Resenhas - A Garota dos Pés de Vidro

Sandra de Oliveira 11/11/2010

Esse foi um livro do qual me apaixonei antes mesmo de folheá-lo. Primeiramente pelo título e também por sua belíssima capa, tão bem trabalhada, denotando um misto de sonhos e contos de fadas.

Primeira obra do escritor inglês Ali Shaw, A garota dos pés de vidro, como o próprio autor afirmou em uma entrevista, bebeu da fonte de obras literárias de Hans Christian Andersen, entre outros nomes dos clássicos e belos contos de fadas.

E A garota dos pés de vidro, de fato, é isso mesmo: um conto moderno de amor, cheio de metáforas acerca da solidão, do isolamento emocional, do medo, da dor, das dificuldades e do desafio de se apaixonar.

Mergulhados num cenário invernal, onde tudo é monocromático e visto como que pelas lentes de uma câmera fotográfica, acompanhamos o introvertido Midas, morador de St. Haudas Land, uma misteriosa ilha que esconde segredos, paisagens exóticas, gados com asas de borboleta e pessoas que se transformam em vidro. Você precisa estar preparado, como o próprio livro diz, para deixar-se levar por toda essa fantasia. Só assim é possível sentir de verdade a história e todos os elementos que fazem dela um belo retrato de como vencer corações de vidro com o simples poder da afeição, carinho e atenção.

Não é por acaso que Midas, sempre tão calado e esquivando-se a todo custo de sentimentos que possam de alguma forma despertá-lo de sua reclusão emocional verá em Ida, a garota dos pés de vidro, aquilo tudo que mais temeu em sua vida: a possibilidade de viver algo além daquilo que seu medo permite e que seu coração, tão endurecido pelo tempo e acontecimentos, deseja tanto conhecer.

É um belo romance sobre uma improvável história de amor. Como disse a personagem Denver: O sentido do jogo é se iludir por um momento. Para que as coisas não sejam o que elas são. E não é exatamente disso que se trata um conto de fadas?

Camila 27/10/2010

Ruim.
Acho que foi o pior livro que li esse ano.
Midas, o personagem principal, não tem carisma, é totalmente apático e não me conquistou em momento algum.
Ida é a única personagem legal do livro, com energia e alegre, mas fiquei completamente desapontada com o fim.
Uma história sem fundamento, sem explicações e totalmente previsível.
Eu poderia fazer facilmente um resumo das 288 páginas do livro em duas páginas de Word.
Passei o livro inteiro esperando que algo de emocionante e surpreendente acontecesse, e isso me causou uma das maiores decepções literárias que já tive.
Achei muito chato mesmo!

Jessica 23/07/2012

ATENÇÃO,
Se você quer ler este livro porque acha que vai ser uma aventura mágica, como Harry Potter ou qualquer outro, esqueça porque não é esse tipo de livro.

Levei tempo pra compreender a leitura deste livro, sou daquelas leitoras apaixonadas que gosta de ver um final feliz como um conto de fadas da Diney, mas fiquei brava com o livro ( coloquei ele de castigo na estante de cima). Resolvi ler ele mais uma vez antes de trocar e percebi uma coisa, eu também estava virando vidro. A garota dos pés de vidro é um livro sobre reflexão e compreender como a natureza humana se comporta.

Logo caro amigo leitor, se for pra ler um livro de cabeça fechada, esqueça. Começa a ler e deixe que o vidro vá tomando conta de você, sinta o sangue cristalizado subir pelas veias e quando terminar, feche o livro e comece a buscar a cura, acredite essa é a parte mais legal do livro.

OceaneMontanea 04/01/2011

Decepcionante
"Nunca julgue o livro pela capa". Eu ainda não aprendi! Não tenho muitas palavras para dizer desse livro. Sabe quando você vai com muita sede ao pote e acaba se decepcionando? Foi assim.
A capa é perfeita, o título instigante, a ideia principal é até muito boa, mas tudo isso foi desperdiçado com personagens fraquíssimos, cenários descritos sem energia, e alguns absurdos.
Enfim... não há muito o que dizer quando se decepciona com algo. Quem sabe dessa vez eu aprenda...

Andressa 20/01/2022

Uma história peculiar
Eu gostei muito dessa história. É um livro que pode ser confuso em alguns momentos por intercalar passado, presente e pontos de vistas de outros personagens (um pouco do nada). É meio previsível, já que lá pela metade você já sabe o que vai acontecer com a personagem e só fica esperando por isso, enquanto os outros personagens continuam indo atrás de uma resposta. É uma história um tanto peculiar e única que não sei explicar bem o que ela tem, mas nem todos que a lerem vão se agradar ou gostar. Apesar de ter me apegado aos personagens, fiquei triste com o final mesmo ele já sendo previsível, mas a história não deixa de ser boa.

Aileen 12/12/2010

Não gostei mesmo.
Nossa, eu esperava outra coisa do livro. Todo mundo comentando de paisagens fantásticas, mas tudo que eu consegui notar foram pessoas solitárias e cheias de problemas que não conseguem resolver em momento algum. Todos os personagens da história têm passados muito tristes que deixaram problemas que não vão embora. Nenhuma das histórias termina bem, não é explicado o motivo das coisas acontecerem e o final... aff!

A personagem mais legal do livro é a Denver, menininha de 8 anos q tem uma maturidade maior do que a de qualquer um dali. Todo o livro me passou uma coisa muito deprimida. Eu gosto de ler livros de fantasia pra me tirar desse mundo pra um mundo mais legal, e não um lugar onde tudo é triste e monocromático.

SPOILER:

Um monte de gente na resenha comentando sobre se o amor vai fazer a transformação em vidro diminuir, sumir, etc. História de amor bonita e não sei o quê. Pra mim, história de amor bonita não termina em tanta tragédia (foi mal, sou uma romântica feliz). Se o objetivo do autor fosse q a transformação dos personagens fizesse alterar a transformação em vidro, a Ida tinha parado de se transformar assim que ela e o Midas se acertaram.

Decepcionante.

Ane Gonçalves 17/11/2022

Olá leitores e aleatórios
Eu peguei esse livro sem saber nada, ai eu fiquei com ele. Dois meses depois voltei a leitura e me deparei com algo estranhamente bom...

Cansativo porém dá pra levar. Tantos segredos me manteram ligada ao livro. O final é inesperado.

Bom e ruim, é isso kkkkkk

Hemilyn.Barros 22/01/2023

Leitura mais chata da vida
Pelo amor de Deus que livro chato. Desde o começo foi uma leitura tão cansativa, tinha esperança que ia melhorar em algum momento e que a história iria me prender, mas até o fim do livro foi uma luta.
Eu até achei interessante q premissa da história, só que ela teve um desenrolar péssimo. São tantos detalhes desnecessários, cada cena tinha uma quantidade super chata do que parecia ser a mesma descrição das coisas. Passa mais tempo descrevendo lugares do que contatando a história. Só por Deus.
Os personagens uns mais chatos que os outros. As vezes eles se salvam, mas não tem como gostar deles.
Não sei se eu não soube apreciar o livro ou se ele é ruim mesmo, só sei que realmente não gostei.

Birdie.Reader 06/12/2010

Belo por fora e por dentro
Um autor que quer ser um sucesso deve investir muito em seu primeiro livro. Deve buscar criar uma história que seja o que queremos ler, o que for atingir o máximo número de pessoas possível... bem, Ali Shaw não se importou muito com essa regra.
"A garota dos pés de vidro" tem o romance, o mistério, a fantasia, a aventura, a magia, o suspense e a tensão que todos buscam nos livros, mas não é um livro que vá se tornar popular com facilidade.
Com um formato que eu chamaria de fábula-fantasia e um texto quase lírico, Shaw nos leva a um lugar frio e monocrmático, as ilhas de Saint Hauda’s Land, onde criaturas fantásticas e nunca imaginadas convivem com pessoas reais com problemas normais.
Fiquei encantada com a arte da capa, mas o conteúdo é ainda melhor!
Ida, minha segunda personagem favorita, é a garota do título... está, literalmente, se transformando em vidro puro e sem vida e tem de contar com Midas, um fotografo tímido e problemático, como sua esperança de cura e de amor.
Midas, apesar de ser frio e conflituoso é a melhor coisa no livro!
Sua detalhada visão de fotografo e sue duelo emcocional contra a carregada herança de personalidade de seu pai pode cansar alguns leitores, mas me deixou encantada por ele.
O final é previsível, mas é como deve ser...

(http://verbologiapink.blogspot.com/)

Ju 22/01/2013

A Garota dos Pés de Vidro
Eu tinha expectativas muito altas a respeito desse livro. E, infelizmente, acabei me decepcionando. Não tenho nada contra autores que viajam absurdamente. Gosto disso. Mas somente quando há um propósito.

A história se passa em St. Hauda´s Land, uma ilha em que coisas completamente inverossímeis acontecem, Mas o pior não é isso. É que o autor não junta as pontas soltas da história.

Nossa protagonista, Ida, está se transformando em vidro. O motivo, ninguém sabe. Mas é um fenômeno que, apesar de já ter acontecido com outras pessoas, é conhecido apenas por poucos que conviveram com as vítimas. Não dá pra saber como começa, só que nunca termina bem.

"O que você poderia fazer para ajudar... Como eu disse antes... Estou com medo, sim. Não consigo sentir meus dedos, pelo amor de Deus! Não sei onde eu termino e minhas meias e botas começam. Você poderia, se não for muito trabalho, apenas ficar por perto."

Esse deveria ser o foco. Mas o autor nos fala de insetos em forma de vacas, e de um animal que só de olhar outro ser vivo o faz ficar inteiramente branco e perder a vida. Eu esperava que essas coisas tivessem alguma relação com o problema da Ida. Mas não. São apenas fatos pra mostrar como a ilha é estranha, como se a transformação das pessoas em vidro não bastasse pra fazer isso. Essas coisas desnecessárias me fizeram lembrar do meu professor de teatro, que sempre nos dizia que nada deveria estar no cenário de uma peça se não tivesse utilidade alguma em cena. Alguém deveria ter ensinado isso ao autor.

É uma pena, o livro tem uma capa linda, um efeito nas páginas que as faz ter a borda prateada (por dentro são amarelas). Um título e uma sinopse que me atraíram. Mas, pra mim, realmente não deu. Não me convenci. No fim da história consegui me envolver um pouco com os acontecimentos, mas não foi o suficiente para me emocionar com o destino das personagens, nem um pouquinho.

Ao menos consegui gostar de alguém que fazia parte do livro: a Denver. Uma garotinha muito esperta e incrivelmente sensata. Super perceptiva, ela é responsável por alguns dos melhores momentos do enredo e, principalmente, pelos melhores quotes. Puxa a orelha dos adultos como se fosse gente grande, e mostra a eles que tudo é muito simples, desde que as pessoas se mantenham atentas às suas próprias vidas e não permitam que os outros as manipulem para que se tornem algo que não querem se tornar.

E pra continuar falando das personagens, agora o ser que eu mais odiei no livro: Carl Maulsen. Por mim bem que ele podia ter morrido na primeira cena em que apareceu, e não faria falta. Um mala sem noção, um egoísta que nem liga para o quanto suas ações e mentiras machucam as pessoas. (eu sei, isso quer dizer a mesma coisa que ser egoísta, mas eu quis frisar). Insuportavelmente falso e manipulador, e infelizmente muito atento aos detalhes. Responsável pelas cenas mais infelizes.

"Você tem medo demais de admitir que o mundo não gira ao seu redor. Acha que até a paisagem é subordinada a você. Pode-se ir bem longe na vida com uma atitude assim, posso dizer isso mesmo sem ter tido essa coragem. As pessoas nos respeitam quando têm medo de nós. Mas não acho que se pode amar e ser assim."

Bom, tenho que frisar, mais uma vez, que não é porque eu não gostei que alguém não vá gostar também. É apenas a minha opinião.

O livro tem algo aproveitável. É legal mostrar que a transformação da garota em gelo vai, pouco a pouco, derretendo o gelo da personalidade de outra pessoa. Fala de amor, da solidão, de resignação. Poderia ter sido interessante. Recomendo que leiam outras resenhas, há várias no skoob. Porque, para mim, foi a maior decepção literária do ano.

"Uma vez ele disse que as personalidades de uma pessoa durante a vida são como roupas usadas durante um dia, colocadas para preservar a dignidade ou proteger do clima. Ele disse que era possível desvendar uma pessoa dessa forma."

Postada originalmente em: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2012/11/resenha-garota-dos-pes-de-vidro.html

lady day 25/08/2022

Ida Mclaind & Midas Crook
Eu não costumo ler livros de fantasia, mas por achar a capa deste linda decidi arriscar. Vamos por tópicos:

1) A falta de personalidade de Midas.
O personagem passa a história inteira sem abrir a boca pra falar nada, nem discutir com ninguém. Fica quieto o tempo todo e nos últimos 10% do livro decide bancar o herói e bater de frente com o Carl. Antes tarde do que nunca MASSSS o autor mudou completamente a personalidade dele do nada.

2) A obsessão de Carl por Ida.
Já estava ficando ridícula a forma como o Carl tentava controlar a vida e as decisões da Ida pela paixão que sentia pela mãe dela, e por ver os traços de Freya em Ida.

3) Os detalhes não necessários da história.
O autor acabou dando muita ênfase em algumas coisas como descrever a paisagem que que os personagens se encontram, ao invés de narrar o diálogo entre eles. A história acaba dando muitas voltas até chegar ao assunto realmente relevante.

4) Erros de escrita.
Achei vários erros em frases como "precisa ir lá até" com palavras invertidas por falta de revisão de texto.

5) Personagens sem relevância para a história.
Que relevância teve de fato a Emiliana? E pior... e o marido dela que apareceu e sumiu do nada?
Que importância teve Gustav e a filha dele? Que apareciam breves momento como consolo de Midas e sumiam do nada também?

6) A criatura que transforma tudo em branco puro.
A tal criatura da floresta que transforma tudo em branco puro apenas olhando para o objeto/pessoa... que fim deu? Foi falado dela apenas nas ultimas páginas do livro com Midas tentando achá-lo na floresta, e nada mais foi falado, sendo que essa criatura é relatada até na sinopse atrás do livro (???)

7) Furos na história deixados para trás pelo autor.
Depois que Emiliana foi até a floricultura, o que houve com ela? Carl realmente morreu ali na neve caído deitado congelando? E a mãe de Midas, o que houve com ela depois que Henry Fuwa a visitou e foi embora sem trocar uma palavra?

8) A origem de tudo.
Em nenhum momento do livro temos uma breve ideia do que desencadeou esse surto de pessoas se transformando em vidro. Como Ida ficou daquele jeito Como o pai de Midas ficou com o mesmo problema? E Saffron?
Como o primeiro gado de asas de borboleta surgiu? O autor não aparenta dar a mínima explicação sobre nada disso.

Liddy 29/01/2012

Então... Tipo assim... Tá comprado mesmo...
A Garota dos Pés de Vidro, romance de estreia do britânico Ali Shaw, lhe rendeu o prêmio The Desmond Elliot Prize de nova ficção, análises favoráveis do New York Times e Washington Post, e o deixou entre os finalistas de várias premiações literárias.

A história tem inicio com Midas Crook – um jovem e introvertido fotógrafo – encontrando Ida Maclaird e ficando “ligeiramente fascinado” por ela – aliás, fica fascinado por como ela é frágil e monocromática. Ida, por sua vez está na ilha de St. Hauda’s Land a procura de Henry Fuwa para obter respostas...

-x-

Se arrependimento matasse eu estaria embaixo de sete palmos de terra. Devia ter comprado Dragões de Éter ou quem sabe aquele bendito primeiro volume do As Crônicas de Gelo e Fogo que estava com um desconto de quase 60% naquela livraria... Mas não! Comprei esse livro por ter achado a sinopse fascinante e capa bonitinha.

A primeira página foi quase promissora – a li duas vezes para finalmente colocar o cérebro no ritmo da história. Foi prático imaginar os personagens como protagonistas de um filme do Tim Burton (e Deus queira que ele nunca faça um filme desse livro), pois tanto Shaw quanto Burton partilham certo carinho por esse tipo de ambiente.

O que caiu como um mal pressagio, um agouro que só foi piorando à medida que continuava a leitura, foi a maldita personalidade dos personagens (talvez eu deva dizer “falta de”).

Midas Crook era um magrelo reprimido, covarde, fraco e sem propósitos - o tipo de pessoa apática que faz a gente socar a cara, ou ao menos passar para o outro lado da rua; Ida era a única personagem interessante, com certa vivacidade; e todo o resto da trupe tinha ao menos um ou dois mortos para ficar lembrando e lamentando (não de um jeito comovente, mas um tanto mórbido). O excesso de melancolia errou justo nisso: o excesso.

A existência das vaquinhas voadoras, da estranha criatura que transformava tudo em branco, as águas-vivas que explodiam em luzes ao morrer, das pessoas se tornando vidro, e até o velho Hector Stallows (que aparece lá pelas páginas 200 e 201) prometiam mais a essa obra. Mas, ou Shaw os criou só para serem secundários e dar mistério a trama, ou simplesmente não sabia o que fazer com eles depois de criá-los.

O fato é que você nunca saberá a origem de fato sobre o vidro que consumia o corpo da garota – fica apenas com a sensação de que, a cada pancada ou queda que Ida leva faz a transformação acelerar mais um pouco – nunca verá a tal criatura que torna tudo branco e o rebanho com asas nunca será motivo para o Henry Fuwa ganhar qualquer coisa.

Se esperava paisagens douradas ou verdejantes ficará seriamente desapontado(a). Tudo é preto e branco, talvez com leves escalas de cinza. A leitura se torna exaustiva exatamente pelo excesso de comparações que o escritor insiste em fazer e criar; o clima da história apenas piora as coisas.

Enfim, o tempo simplesmente vai passar, o livro vai terminar, e você fica com cara de taxo se perguntando por que raios gastou seu dinheiro a toa.

Yara 03/05/2011

Chato e entediante
Decepcionante. É a primeira coisa que me vem a cabeça quando eu penso no livro “A Garota dos Pés de Vidro”. O livro tinha tudo para dar certo, um mundo fantástico na verdade, porém, esse mundo não foi explorado o suficiente.
Teve três pontos, na minha opinião, que deixaram a desejar

1. O gado alado: os pequenos boizinhos voadores ficaram sem função nenhuma no livro, claro, foi um meio de ligar a Ida com o Henry, mais tirando isso eles não servem para mais nada. Eles deveriam tem alguma outra função, isso teria tornado as coisas mais interessantes.
2. A criatura que transforma tudo que olha em branco: isso foi a coisa mais sem sentido do livro! Claro que devido a essa criatura é que o arquipélago de Saint Hauda’s Land ganha um ar de lugar misterioso, porem, a criatura não tem utilidade nenhuma. Assim como o gado alado, ela deveria ter ganhado um destaque maior.
3. A transformação em vidro: o livro não explicou porque as pessoas se transformam em vidro! Custava explicar porque isso acontece?

Bem, eu sei que pelo que eu to falando o livro parece ser uma bosta, mais não é, é apenas decepcionante. Eu esperava muito mais de uma historia que tem um tema tão legal! Tipo, a pessoa tem que ser um gênio para poder inventar isso, quem mais imaginaria vacas em miniatura que voam?! Uma criatura que transforma tudo que olha em branco?! E uma garota que se transforma em vidro?! Eu pelo menos não conseguiria criar nada do gênero.
Para mim, a leitura foi maçante, a história teve apenas dois pontos altos, sendo que o segundo deles foi justamente o final.

Lay 25/06/2017

O Livro da Minha Vida (sem spoilers)
Lembro que li a primeira vez em 2011, e desde então, montei um ciclo para que eu pudesse reler esse livro a cada 1 ano e meio. Toda vez que releio, é uma bela surpresa. Por mais que a história seja a mesma, eu mudei. E minha interpretação do livro, de cada personagem, das histórias se entrelaçando, muda também. E toda vez que eu releio, eu me pego sendo um personagem diferente.
A primeira vez, me identifiquei com o Midas e sua zona de conforto. A segunda, com o Fuwa e seu mergulho num sentimento desconhecido. A terceira, com a Ida e sua coragem e vontade de viver. A quarta, com o Carl e sua paranoia e garra se agarrar a um passado que não tinha mais volta.
Esse livro tem muito de mim, da minha mudança como pessoa. Preciso reler esse ano... Quem será que contará minha história dessa vez?

doc leão 06/02/2013

INSTIGANTE E REFLEXIVO
Terminei a leitura a pouco menos de uma hora e a conclusão preliminar é que o final do livro não foi o desejado, acredito, para a maioria dos leitores. A personagem Ida que vai se "vitrificando" ao longo da história, é uma das mais agradáveis, e ganha a simpatia do leitor logo nas primeiras páginas. Seu final como estátua de vidro repousando no fundo do oceano é a princípio frustrante. Como disse, essa é a conclusão preliminar. Analisando com mais profundidade, este é um livro que nos faz refletir. O autor é dotado de fina sensibilidade e acurada capacidade de descrever ambientes e personagens. As monocromáticas ilhas onde se passa a história são tão bem descritas, que quase é possível sentir o frio do local. Cada personagem é cuidadosamente elaborado e tem finais bastante justificáveis como por exemplo a mãe de Midas, uma mulher corajosa e intensa casada com um homem austero de coração de vidro. Esta mulher apaga-se em uma existência insípida que tem como clímax um pequeno affair com Henry, um quase eremita que vive para suas pesquisas e para o estudo dos animais fantásticos que habitam a ilha. O pequeno romance não passa de uma tentativa de dar cor a vidas desbotadas e ambos no final do livro optam por não se unirem, demonstrando que suas verdadeiras existências foram as que de fato viveram por mais sem graça que isso possa parecer. O personagem Carl, violento, em sua maneira de querer, conclui que de fato durante sua vida, as pessoas se afastavam por medo. Termina sucumbindo em uma tempestade de neve tentando de forma agressiva se ver livre dela (completamente coerente com o personagem). Midas, um personagem cheio de medos que ama fotografar em preto e branco apaixona-se por Ida. Aos poucos Ida, vai passando coragem para Midas e desmistificando seus traumas. Quando ela se transforma por completo em vidro, Midas também perde seus medos e termina a história praticando mergulho oceânico vestido em uma roupa vermelha (nada mais corajoso e colorido). A metáfora é clara: uma garota exuberante que vivia intensamente foi perdendo a cor e vitrificando (o vidro é incolor), ao mesmo tempo em que transferia para a pessoa que amava o que tinha de melhor: coragem, cores e sede de viver. Teria muito mais para resenhar, mas acredito que poucos teriam paciência para tantas linhas e por isso encerro por aqui. Ah! Antes que me esqueça: alguém poderia me dizer qual a utilidade, na história, da criatura que transforma tudo em cores brancas.