Jenni 09/02/2024
"Um de nós era um assassino..."
Ok, comecei o livro temerosa. "A Paciente Silenciosa" foi um marco para o meu amor por thrillers, enquanto o segundo livro do autor, "As Musas", foi bem mediano, com uma boa escrita, mas reviravoltas previsíveis. Já este terceiro começou muito bem; no meio, pensei que fosse desandar tudo, já que estava adivinhando todas as "reviravoltas", mas lá no final a obra pega um ritmo que me surpreendeu muito, de verdade. Particularmente, achei uma sacada genial, embora o final não tenha me agradado tanto.
Em "A Fúria", Lana Farrar, uma ex-estrela de cinema, reúne seus amigos em sua ilha grega para a Páscoa, mas o que começa como uma escapada idílica rapidamente se transforma em um pesadelo quando um assassinato ocorre. Narrado por Elliot Chase, um dos presentes na noite fatídica, o livro mergulha em um jogo mortal de intrigas, revelando segredos, ódio e desejo de vingança entre os amigos. Com reviravoltas surpreendentes, a história desafia as expectativas, levando a um clímax tenso e violento.
O que mais gostei foi a narração; ela é diferente do comum, parece uma conversa íntima com o narrador, e isso foi importantíssimo para meu envolvimento na história. Parece real também, como uma notícia que poderia ter saído do jornal.
Os personagens são uma questão à parte. Não me senti apegada a nenhum deles; acho que faltou desenvolvimento nos secundários, que são tão importantes para a trama. Parecem pessoas sem motivações. O principal até foi do meu agrado; não gosto dele, mas dizer que ele é mal explorado seria mentira.
No geral, é bom, mas poderia ter sido mais trabalhado. Se eu realmente tivesse me importado com todos os personagens, criado um vínculo, os plot twists que vão acontecendo no final teriam sido bem mais chocantes. Entretanto, foi uma leitura boa e rápida.
?"Somos todos narradores não confiáveis de nossas próprias vidas."