manauaraliteraria 07/06/2024
Você gosta de tragédias gregas?
Eu sou apaixonada pela escrita do Alex, e mais uma vez me vejo rendida a uma de suas histórias. Estava muito ansiosa para conhecer a obra em si desde o lançamento e mais um vez o autor não me decepcionou.
Adorei o fato do narrador ser um dos personagens e nos tratar como um desconhecido de bar. Vocês já repararam como é muito fácil falar com um desconhecido numa fila de banco, posto de saúde ou supermercado, por exemplo?
Ele nos convida a conhecer a história pelo seu ponto de vista, tanto por registros quanto por memórias que vem bem de antes do ocorrido.
Ps.1.: Ele já começa me descrevendo, ainda por cima. Eu fiquei, tipo: Por acaso está me observando? ?
Aos poucos vamos sendo apresentados a todos os personagens que fazem parte deste elenco. Mas a história em si acontece em volta de Lana Farrar, uma atriz hollywoodiana aposentada, que está em seu segundo casamento, o qual está passando por uma crise.
A trama nos leva a conhecer uma bela e breve história sobre Lana e seu apaixonante primeiro marido - Otto - que comprou para sua musa uma ilha na Grécia que recebeu o nome de Aura, e que vai ser o nosso palco principal.
Após essa introdução o narrador se apresenta, Elliot Chase. Mesmo ele pedindo para não fazer isso foi impossível não me comover com seu passado ? Mas ele venceu na vida a se tornou um dramaturgo famoso.
Ps.2.: Sabe aquela história de que por trás das câmeras os famosos são uma coisa, e pela frente outra? Vamos ver isso aqui.
Ps.3.: Nunca irrite um autor, pois você pode servir de personagem para ele. Isso pode ser bom, mas ao mesmo tempo ruim caso ele dê ênfase apenas ao seu lado ruim ?
Devo avisá-los que se você está esperando encontrar nessa história um belo suspense, pode ir acalmando seu coração, pois essa é uma história de amor, beirando a obsessão eu diria.
Uma ação sempre causa uma reação, certo? O que uma pessoa "apaixonada" pode fazer para ter quem ama ao seu lado? É o que vamos acompanhar aqui.
Alex conseguiu prender minha atenção e curiosidade até o final. A cada acontecimento, reviravolta e descoberta que eu fazia, pensava: Que genial. ?
Ps.4: Fui enganada até o final do quarto ato. ?