Fabio451 24/03/2024
Bom e honesto
Mais um dia de resenha aqui no blog. Aos poucos vamos pegando o ritmo novamente e trazendo conteúdo para quem gosta de acompanhar as leituras que venho fazendo. Hoje iniciamos uma jornada de viagem no tempo, pois iremos retornar ao passado para resgatar alguns livros que li no passado; neste caso no já longínquo ano de 2022, mas não trouxe as minhas impressões. O mais legal disso é que geralmente posto sem acreditar que alguém de fato leia, mas no último final de semana eu fui cobrado por um amigo distante, que eu havia parado com as resenhas e ele estava querendo que houvessem mais. Então hoje vou trazer as minhas impressões a respeito de “Morte no Internato”, um thriller investigativo no melhor estilo tradicional do gênero.
O livro é creditado como de autoria de Lucinda Riley, que é uma autora famosa bastante famosa, o que sempre ajuda na hora de promover a venda – eu mesmo já havia ouvido o seu nome diversas vezes, ainda que nunca tivesse lido um livro de sua autoria, até aqui - mas logo no início da leitura há uma prefácio informando que trata-se de um rascunho escrito pela autora mais de uma década atrás, mas que não foi publicado e que após a morte da autora, o filho decidiu revisar e tratar a história para publica-la. Ainda que ele deixe bem claro que se trata de um texto 100% Lucinda Riley, é importante a ressalva de que ela não esteve envolvida no processo de finalização e publicação da obra.
Não falo isso como uma crítica, mas somente como um ponto de destaque no contexto da obra. Acredito que, para fãs assíduos da autora, talvez apareça algum momento durante o livro que soe um pouco diferente e tratem logo de alardear que não foi escrito por ela, mas creio que para leigos na obra da autora, tal qual eu mesmo, não consigam sentir isso e, honestamente, nem acredito que tenha algum impacto no andamento da história.
Digo isso sem qualquer receio, pois o livro é bom. É a tradicional história de suspense policial envolvendo um assassinato no presente, com tramas que remetem ao passado, um policial investigativo com problemas na vida pessoal que impactam a sua investigação atual. Um dos pontos que achei mais interessante é que, neste caso, a personagem principal é uma mulher, reconhecida por seus pares por sua capacidade investigativa. Ainda em 2024 é necessário louvar estas oportunidades de haver mulher protagonista em uma história em que geralmente o personagem principal é masculino.
Aliás um dos pontos mais interessantes do livro para mim não está sequer relacionado ao andamento da história principal, envolvendo a investigação do crime, mas sim os pequenos lampejos da vida pessoa da personagem tentando se reencontrar após um divórcio difícil e marcante, tal qual organizar a nova casa, torna-la aconchegante e encarar a realidade da vida e principalmente do trabalho, especialmente no contexto em que o ex-parceiro era também um colega de profissão.
Dito tudo isso, é importante ressaltar que não é a história mais marcante e apaixonante já lida, daquelas que te envolvem ao ponto de se sentir desamparado ao final do livro, mas é uma boa leitura descompromissada, daquela que se lê ao final de um dia estressante para descansar antes de pegar no sono. Não é preciso esperar algo além disso. Mas é um divertimento honesto e no final das contas, é isso que importa. Nota 3,5/5.