A polícia da memória

A polícia da memória Yoko Ogawa




Resenhas - A polícia da memória


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Cleber 20/11/2023

Na LC do literature-se
Gostei tanto do livro que não aguentei seguir o cronograma da LC.
A escrita da autora as parece ser bem simples, mas na verdade o que se percebe é que cada palavra é bem pensada para ser direta e significativa, sem muita firula. Gostei muito de como a história é contada, é melhor não falar muito para não dar spoiler e agora e esperar pelo encontro na LC.
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fabio.orlandini 13/07/2021

Decepção
Sei que cada um tem um ponto de vista e que o momento da leitura pode afetar nossa relação com o livro, mas, embora esse livro seja de leitura fácil e rápida, não consegui me conectar com a personagem e nem com a história. O enredo prende em alguns momentos, mas com desfechos tão simplórios que não me agradoaram em nada. Final previsível e passa a impressão que ela não sabia como terminar.
Daniel Andrade 14/07/2021minha estante
Comigo aconteceu a mesma coisa. É impossível criar conexão com os personagens! Pra mim foi a decepção do ano até agora


fabio.orlandini 14/07/2021minha estante
Rapaz... Vc me tirou um peso das costas. Estava me achando a criatura mais estranha do mundo por não gostar de um livro que todos elogiam. Nem sabe como agradeço.


Kelly.Maxwell 03/11/2021minha estante
Mesmo para mim. Estou na metade e nem tenho vontade de terminar. A trama pareceu sensacional no início. Pensei que seria daqueles livros que não conseguimos parar de ler. Mas aí a narrativa cai, fica morna, repetitiva e arrastada.


Fulanuendel 05/08/2022minha estante
Sem contar com os trechos do romance dela que são ainda mais chatos que a história principal e totalmente irrelevantes. Estou em 56% terminando na força do ódio


Sandra 15/04/2023minha estante
Lá pela metade o livro se arrasta?????




Joyce Chies 10/08/2021

A polícia da memória
A história trata da deterioração das memórias da população de uma ilha no Japão a partir de sumiços de diversos objetos. No início é um pouco confuso, porque a autora não deu nome aos personagens, mas logo é possível identificar a personagem principal e narradora, uma mulher que trabalha escrevendo romances.

O livro mexeu muito comigo, e me fez confirmar algo que eu já sabia: valorizo demais minhas lembranças, sejam elas boas ou ruins.

É uma legítima distopia, que provoca desconforto e estranhamento. Fiquei triste e muito incomodada com a reação das pessoas sobre os sumiços e sobre a atuação da tal polícia da memória.

Qualquer pessoa que não esqueça o que sumiu é considerada uma aberração, um erro. Elas tentam se esconder, mas nada escapa da polícia da memória.

Esse livro me proporcionou muitas reflexões, e uma delas é que somos compostos pelas situações vividas, pelas nossas memórias. Se tirar isso da gente, sobra o quê? Será que a gente conseguiria ter identidade e se reconhecer como o que somos sem lembrar de muitas coisas do nosso passado?

Leitura linda, triste em muitos pontos, provocativa e distópica. Eu não conseguiria viver num mundo como esse retratado pela escrita leve e fluida de Yoko Ogawa.
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Aegla.Benevides 15/12/2022

Entre ver tudo o que você ama desaparecer e ser perseguido por nunca esquecer de nada, o que você prefere? Essa é a principal reflexão que nos traz Yoko Ogawa em seu romance ?A polícia da memória?, história em que as memórias são as protagonistas.

Com personagens sem nome (afinal, eles serão logo esquecidos mesmo), uma ilha inteira vive sob um véu de esquecimento: um dia acordam e percebem que sumiram as rosas, os pássaros, os perfumes, os calendários. Numa postura passiva, mas sobre a qual nada pode ser feito, a população da ilha se vê desaparecendo aos poucos, com exceção das pessoas que lembram ? e essas são perseguidas pela polícia da memória, pois lembrar do que sumiu é o pior crime existente.

A personagem principal, uma escritora de romances, luta para manter vivas as pessoas mais importantes de sua vida (após a morte dos pais), um amigo próximo e o velho balseiro que conhece desde criança. Em uma vã tentativa de não sumir e nem deixar com que eles sumam, ela vê e narra - algumas vezes de forma angustiante - a ilha cair no esquecimento, e é essa caminhada que o leitor traça junto dela ao longo das páginas.

Particularmente, gostei de tudo o que a autora fez nesse livro, desde mesclar partes do romance da protagonista com a narrativa principal até descrever alguns sumiços de forma tão fiel. O final, apesar de aberto e reflexivo, não poderia combinar mais com o que foi construído por Ogawa nessa grande obra. Porém, reforço: não é um livro que todo mundo consiga - e queira - apreciar da mesma forma.
Giiiii 15/12/2022minha estante
Amei esse livro! Uma beleza tão singela.




Bia 02/04/2022

Esse livro foi uma surpresa pra mim. Pela sinopse eu já fiquei interessada porque tem uma proposta muito interessante, mas eu realmente não esperava ser uma leitura tão poética e curiosa.

Eu tive alguns problemas com algumas coisas, como entender a perda das memórias em si. Sinto que essa parte não foi muito bem explicada, eu fiquei meio confusa com o que seria esse “sumir” das coisas, pois pareceu meio aleatório. Algumas coisas pareciam ser esquecidas totalmente e outras parece que ainda deixavam resquícios na memória da protagonista.

Não consegui me conectar tanto com os personagens, o que foi um pouco ruim, mas não consegui dar muita importância pra isso porque o livro é nebuloso de uma maneira que a distância com os personagens parece ser parte dele.

A leitura é muito intrigante. É imersiva e tem uma atmosfera meio misteriosa que me prendeu bastante, além da escrita ser poética e profunda. Essa história me fez refletir bastante, e, por mais que na maior parte do tempo seja uma narrativa lenta, tem uns acontecimentos que me fisgaram e, mais pro final do livro, eu fiquei muito curiosa e não consegui largar.

É um livro diferente. Eu gostei muito, mas foi uma leitura meio melancólica, e eu ainda não consigo definir exatamente meus sentimentos em relação a esse livro. Mas com certeza é uma história bonita e reflexiva, que valeu muito a pena ter lido.
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Rodrigo Digão 12/03/2023

Livro mágico, sútil, inteligente, intrigante, mágico, são algumas das qualidades desta obra .

Leitura fluida, rápida , um vira páginas, você fica louco para querer desvendar o mistério central.

Personagens cativantes, que te fazem sentir uma gama ampla de sentimentos.

Sem dúvida, uma experiência Valorosa.
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Akkah 15/12/2022

1984 japonês
"Não somos mais páreos para todo esse sumiço. Cada vez que uma coisa some, gasta-se uma energia descomunal. (…) Não conseguimos preencher esses vazios com outras coisas; a ilha está se tornando um lugar cheio de vãos. Um lugar oco e poroso. Um belo dia, vai derreter e sumir sem deixar traço. O senhor nunca sentiu essa angústia?"

A Polícia da Memória é um livro que fala sobre uma ilha onde coisas desaparecem. Não simplesmente objetos perdidos ou algo do gênero, mas coisas que definitivamente deixam de existir, junto com as memórias, conexões e familiaridades ou qualquer coisa relacionado a ideia da coisa que sumiu. No início tudo parece muito leve e inofensivo, não afeta a vida de forma tão radical, e quando os sumiços se intensificam as mentes e pessoas já estão tão atrofiadas as lacunas que não restam nem forças de se sentirem contrariadas com a nova mudança.

Fiquei bastante reflexivo a respeito disso tudo, a obra me trás uma memória muito latente de 1984, talvez porque, apesar de outras possíveis interpretações mais sentimentais ou floreadas as duas obras conseguem indiretamente tocar em um ponto muito relevante para os dias de hoje: a censura e a ruptura social da era da pós-verdade, parafraseando nosso querido amigo George Orwell: "O partido lhe dizia para rejeitar a evidência vista e ouvida. […] O óbvio, o tolo e o verdadeiro precisavam ser defendidos. Banalidades são verdades, agarre-se a isso! O mundo sólido existe, suas leis não se alteram. Pedras são duras, água molha, objetos sem apoio caem em direção ao centro da Terra."

Apesar do teor político que senti, também tive o sempre delicioso contato com a cultura japonesa e de reflexões sobre morte, felicidade, luto, amizade, cura e perda. Uma leitura riquíssima.

A Polícia da Memória - Yoko Ogawa

"Você sabia que, se cortarmos as antenas de um inseto com uma tesoura ele imediatamente fica quietinho? Torna-se hesitante, começa a andar em círculos, para de se alimentar. É a mesma coisa. No momento em que você perde a voz, perde também a capacidade de dar forma a si mesma."

(texto retirado do post q fiz sobre o livro lá no meu instagram literário @akkah.bookclub)

site: instagram.com/akkah.bookclub
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beIIedejour 19/10/2023

No final, tudo some.
Peço perdão pelo palavreado, mas caralh? Que livro. Chega a ser difícil falar de A Polícia da Memória. Li muitas resenhas detonando o livro, principalmente o final, reclamando das pontas soltas, mas eu não poderia discordar MAIS. Yoko Ogawa entrega com maestria uma sequência de interrogações, vazios, buracos ocos e escuros, totalmente em consonância com os sumiços da pequena ilha. Amei a forma como nada é explicado e ao mesmo tempo tudo fica MUITO claro. Preciso confessar que terminei a leitura um tanto quanto atordoada, ainda tentando absorver tudo que li e, como os moradores de Policia da Memória, tento encontrar uma maneira de deixar o que está faltando se acomodar, mas tenho plena certeza que vou carregar essa história por muitos e muitos anos comigo. Por favor, só leiam.
Liandra Schug 20/10/2023minha estante
Essa resenha define muito bem a relação que tive com o romance! Apenas leiam, é ótimo e incômodo.




Toni 03/03/2022

Leitura 072 de 2021

A polícia da memória [1994]
Yoko Ogawa (Japão, 1962-)
Estação Liberdade, 2021, 320 p.
Trad. Andrei Cunha

'A polícia da memória' é uma espécie de suspense melancólico: nele, Ogawa imagina uma ilha onde objetos, conceitos, sensações e, inevitavelmente, pessoas desaparecem sem explicação de um dia para o outro. Ao sentirem ou se aperceberam dos sumiços, os habitantes destroem de forma voluntária (por força do hábito e da coação) qualquer rastro das coisas desaparecidas e deixam até mesmo de ter qualquer lembrança de seus usos ou das palavras que as definiam. Todavia, o fenômeno parece não afetar algumas pessoas que continuam a reter suas memórias e precisam, por isso, viver na clandestinidade para escapar da Polícia da Memória, instituição onipresente por trás da manutenção da ordem após cada sumiço.

Neste lugar aprisionado em um inverno perene (sobretudo após o desaparecimento dos calendários), uma jovem romancista acolhe em sua casa um desses fugitivos – relação que rende belos diálogos sobre o poder do coração nos feitios da memória. Aos poucos, a narrativa em que a escritora trabalhava no momento em que até mesmo os romances desaparecem e a miséria desta ilha onde esquecer é a regra tornam-se de tal forma imbricadas que se revelam campo fértil à inúmeras interpretações, desde a reflexão sobre políticas e técnicas de esquecimento de regimes autoritários ao lugar da mulher em estruturas machistas que as anulam e transformam em sombras de si mesmas, anuentes e massacradas como os habitantes de uma ilha governada por princípios insustentáveis.

Saramago certa vez sugeriu que “vivemos num lugar [...], mas no fundo habitamos uma memória”. Assim, é fácil imaginar que cada desaparecimento provoca violências que tornam o espaço narrativo e a vida dessas personagens mais limitados e sufocantes. Mostrando-nos o que podemos nos tornar quando destituídos daquilo que nos constitui como seres sociais, este romance de Ogawa revela o alto custo para um povo que ignora traumas coletivos e abdica da responsabilidade intransferível de lembrar. Um livro forte e pungente como a saudade que dói naquela velha canção do Chico Buarque...
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PriFerraz 31/12/2023

Como seria a vida se perdermos nossas lembranças?
Se um livro me toca e me provoca reflexões, é claro que merece 5 estrelas de minha parte. O final acredito que foi proposital para podermos nos questionar sobre como seria a nossa vida se nossas memórias desaparecessem aos poucos? Nossa vida é feita de lembranças e acredito que se a perdemos, morreremos aos poucos. Foi essa a lição que eu tive do livro.
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Lusia.Nicolino 30/05/2021

Laia Ogawa antes que os romances desapareçam
Às vezes precisamos da distopia para consumir a realidade. O que de nós desaparece e é engolido pela memória? Como trazer isso à luz? Faz diferença? Aquilo que esquecemos abre um vazio ou apenas libera espaço para coisas novas? Neste romance de Ogawa estamos em uma ilha que é marcada pelo desaparecimento de pessoas, objetos, lugares e lembranças. E não só isso, há uma polícia secreta que caça e elimina vestígios de recordações. Uma narrativa insólita, uma trama sem muitos personagens, mas cativante e que não nos deixa largar o livro, com medo de que ele também desapareça. Nossa personagem central é uma romancista e precisa salvar a sua personagem, a datilógrafa. Consegue ajudar? Experimente este livro!

Quote: "Algumas semanas se passaram sem que nada de ruim acontecesse. Então ocorreu um sumiço. Achei que já estivesse acostumada com o fato de as coisas desaparecerem de uma hora para outra, mas dessa vez foi mais difícil. Sumiram os romances."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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ThayAvalon 17/07/2022

O medo , desespero e a solidão.
Uma distopia com ficção científica, onde as coisas são esquecidas, SIMPLISMENTE do dia para a noite as pessoas esquecem o nome das coisas, o aroma, , o gosto, os objetos, em sua grande maioria. Mas há aquelas que ainda se lembram , e estas são cassadas pela chamada "polícia da memória", em um dia você acorda e não sabe mais o que é um perfume, um livro, um doce e a polícia te obriga a levar estes objetos ao mar, ou a uma grande fogueira , e destrui-los. A personagem não sabe e o autor também não explica porque estas coisas acontecem, e porque alguns não esquecem de nada e são perseguidos.Não nos é apresentado nome dos personagens, nem lugar, nem a causa dos evento. Acredito que o autor fez isso pra uma imersão do leitor ao sentimento e a reação que o personagem tem diante dos objetos que somem. Assim o livro do meio para o fim é muito desesperador , você acompanha toda a luta para que a personagem não se esqueça de nada. E também o medo de se tornar obsoleto.
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Beatriz.Schenaide 02/08/2021

decepção
pensei que fosse amar o livro, achei a história muito interessante, mas os personagens são muito tediosos e não senti conexão nenhuma com eles. infelizmente, vou acabar abandonando a leitura.
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Cintia177 30/05/2023

Um pouco decepcionada
O livro me trouxe algumas reflexões e momentos de nostalgia, por trazer lembranças de coisas esquecidas. Mas não me conectei com o final. Um pouco decepcionada.
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