A polícia da memória

A polícia da memória Yoko Ogawa




Resenhas - A polícia da memória


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fabio.orlandini 13/07/2021

Decepção
Sei que cada um tem um ponto de vista e que o momento da leitura pode afetar nossa relação com o livro, mas, embora esse livro seja de leitura fácil e rápida, não consegui me conectar com a personagem e nem com a história. O enredo prende em alguns momentos, mas com desfechos tão simplórios que não me agradoaram em nada. Final previsível e passa a impressão que ela não sabia como terminar.
Daniel Andrade 14/07/2021minha estante
Comigo aconteceu a mesma coisa. É impossível criar conexão com os personagens! Pra mim foi a decepção do ano até agora


fabio.orlandini 14/07/2021minha estante
Rapaz... Vc me tirou um peso das costas. Estava me achando a criatura mais estranha do mundo por não gostar de um livro que todos elogiam. Nem sabe como agradeço.


Kelly.Maxwell 03/11/2021minha estante
Mesmo para mim. Estou na metade e nem tenho vontade de terminar. A trama pareceu sensacional no início. Pensei que seria daqueles livros que não conseguimos parar de ler. Mas aí a narrativa cai, fica morna, repetitiva e arrastada.


Fulanuendel 05/08/2022minha estante
Sem contar com os trechos do romance dela que são ainda mais chatos que a história principal e totalmente irrelevantes. Estou em 56% terminando na força do ódio


Sandra 15/04/2023minha estante
Lá pela metade o livro se arrasta?????




Tatiana 16/04/2022

A polícia da memória
Uma breve sinopse: nesta ilha, as pessoas acordam com a sensação de que algo em sua memória sumiu. Desta forma, esse algo, não faz mais sentido para as pessoas, elas deixam de se importar com isso e seguem suas vidas. A polícia da memória existe com a função de garantir que todas as coisas que sumiram das memórias das pessoas deixem de existir fisicamente. Então, por exemplo, se pássaros deixam de existir na memória dessas pessoas, todos os pássaros e tudo que tenha relação com pássaros - estudos de pássaros, fotos de pássaros, livros de pássaros, profissões que trabalham com pássaros - deve ser destruído e banido da ilha (mas os pássaros continuam existindo fora da ilha).
Quando comecei a ler, fiquei com uma sensação de familiaridade pois parecia ser uma distopia com traços semelhantes à tríade das distopias - “1984”, “Admirável mundo novo” e principalmente "Fahrenheit 451”. E sim, a polícia da memória tem esse caráter autoritário e passa a agir de forma mais truculenta com o passar do tempo porque existem pessoas que não esquecem, passando a retirar essas pessoas da sociedade. A protagonista, que é uma romancista, faz parte do grupo que tem suas memórias perdidas e ela começa a levantar alguns questionamentos a respeito disso, pois ela sente que seu coração está oco e fica preocupada com a perspectiva de que um dia tudo desapareça de suas memórias. Afinal, o que resta de nós sem nossas memórias? Quem nós somos sem nossas memórias? Como mantemos nossa identidade sem memórias?
Por ser uma romancista, algumas partes do livro são trechos do livro que ela está escrevendo, e isso é bem interessante porque o que ela está escrevendo de certa forma se relaciona com o que ela vivencia em sua vida.
Como eu disse anteriormente, há traços de uma distopia e podemos tirar muitas reflexões a respeito. Mas para mim, essa narrativa alcançou reflexões muito mais profundas e eu vou tentar explicar isso de forma resumida. Enquanto distopia, podemos levantar a questão de como muitas vezes aceitamos as coisas sem questionar, principalmente quando as sugestões ou ordens provém de autoridades ou leis. Para as pessoas que tinham suas memórias perdidas, era bastante natural destruir tudo e procurar alternativas para seguir em frente sem aquelas coisas destruídas. Ninguém entende o motivo por trás dos desaparecimentos e a razão por trás da destruição. Tudo é simplesmente naturalizado. Inclusive, se você não gosta de ler livros em que não há respostas, talvez saia frustrado(a) da leitura. Ao longo da narrativa vamos acumulando muitas dúvidas e ansiamos por ter uma explicação sobre como funciona esse desaparecimento nas memórias e qual o motivo por trás, mas não há um esclarecimento. Eu particularmente, não me incomodei com a falta dessas explicações, pois em algum momento o livro passa a navegar por questões existenciais e filosóficas, se tornando mais profundo e reflexivo. Quando dei por mim, estava tragada em uma reflexão sobre a perda - em como há diferentes tipos de perda e como algumas delas são naturais e não há nada que possamos fazer a respeito senão aceitá-las como parte do processo de viver (como a morte, a juventude, a infância…), enquanto outras muitas vezes são retiradas de nós por aqueles que alegam ter mais poder (como nossa voz, nossas escolhas, nossa liberdade…).
Este livro me tocou de uma forma que eu não esperava. Fiquei impactada e com um sentimento agridoce por ter lido algo tão incrível, mas ao mesmo tempo inquietante, triste e que me deixou com uma crise existencial (assim que eu gosto).
Vou deixar algumas citações :
“E se as palavras desaparecerem, o que será de nós?"
“No momento em que você perde a voz, perde também a capacidade de dar forma a si mesma.”
“Talvez fosse infundada a minha crença , baseada no senso comum, de que ela me pertencia por direito, dada a facilidade com que minha voz me foi arrancada.”
“Mesmo sem sofrerem um sumiço oficial, muitas coisas em nossas vidas, um dia, desaparecem sem silêncio.”
Andre.28 16/04/2022minha estante
Coloquei ele na minha meta de leitura. Espero gostar ?


Tatiana 16/04/2022minha estante
Tomara que goste! Eu recomendo muito!!!


Luíza 29/07/2022minha estante
resenha maravilhosa! eu não tava conseguindo organizar direito meus pensamentos/sentimentos sobre o livro mas com essa resenha ficou mais claro, obrigada ?


Tatiana 29/07/2022minha estante
Que bom! Fico contente em saber que te ajudou de alguma forma a organizar as ideias ?




Raquel Araújo 06/04/2023

Não gostei!
A história tinha tudo para ser boa... esperei por alguma ação das pessoas para evitar que tudo fosse apagado da memória. Esperei que as pessoas que nada esquecem se rebelassem, mas nada disso aconteceu.
Não me conectei com a protagonista, nem com os personagens humanos. Conectei com o Don. Mas ele não faria nada na história para que tivesse um final diferente.
Gente, todo mundo aceitando as coisas de boa...
Decepcionada... apesar de não me conectar com o enredo, esperei por plot twist que não veio.
Enfim...
Sandra 15/04/2023minha estante
Não foi explicado pq as coisas sumiram, com qual intuito??????


Raquel Araújo 15/04/2023minha estante
Muito menos que está fazendo as coisas sumirem ou para onde foram as pessoas que a polícia prendeu ou o que acontece na outra ilha.
E o R?! Enfim... muitas perguntas e nenhuma resposta.




Leila 14/11/2022

Livraço meu povo! É o segundo livro da Yoko Ogawa que leio e esse é supimpa demais. Já tinha gostado de o Museu do Silêncio, mas não estava preparada para a delícia de leitura e também sua complexidade disfarçada de facilidade de A polícia da memória. Ogawa arrasou!!! Vamos lá, é um livro difícil de falar sobre, mas vou tentar dar uma prévia para instigá-los a ler. Temos aqui como mote central uma ilha onde "coisas" somem, e essas coisas são as mais diversas, podem ser elas desde objetos a itens mais "sérios" por assim dizer, desde passarinhos, flores, comidas ou itens mais essenciais à vida. Toda vez que há um sumiço, todos os moradores da ilha simplesmente se desfazem dos itens queimando-os, jogando-os no rio ou algo do tipo, porque eles simplesmente deixam de fazer sentido na vida deles, são apagados da memória de cada um, são literalmente esquecidos mesmo. Porém contudo entretanto, sempre há os "diferentes", aqueles que não esquecem e esses serão os "perseguidos" na nossa historia pela tal polícia da memória. Nossa personagem/narradora é uma moradora da ilha que vive sozinha, é autora de romances, perdeu o pai de causas naturais e a mãe por ter sido presa pela policia da memória e voltar morta após uma semana. Nós acompanharemos então o cotidiano dela e as pessoas com quem ela convive, um barqueiro e seu editor e todo o clima de tensão e apreensão que cerca a ilha. Isso é a base do livro, mas há muitas outras camadas a se desvendar, todo um cotidiano, toda uma gama de sentimentos e relacionamentos, além da critica velada que a autora quer fazer com esse seu romance/ficção cientítica/distopia. Sério mesmo gente, um dos melhores livros que li no ano. Fantástico.
Andressa Menezes 14/11/2022minha estante
Também gostei muito desse, Leila! Quero ler O museu do silêncio, só falta ele. Recomendo muito A fórmula preferida do professor.


Leila 14/11/2022minha estante
Já está na estante




Aegla.Benevides 15/12/2022

Entre ver tudo o que você ama desaparecer e ser perseguido por nunca esquecer de nada, o que você prefere? Essa é a principal reflexão que nos traz Yoko Ogawa em seu romance ?A polícia da memória?, história em que as memórias são as protagonistas.

Com personagens sem nome (afinal, eles serão logo esquecidos mesmo), uma ilha inteira vive sob um véu de esquecimento: um dia acordam e percebem que sumiram as rosas, os pássaros, os perfumes, os calendários. Numa postura passiva, mas sobre a qual nada pode ser feito, a população da ilha se vê desaparecendo aos poucos, com exceção das pessoas que lembram ? e essas são perseguidas pela polícia da memória, pois lembrar do que sumiu é o pior crime existente.

A personagem principal, uma escritora de romances, luta para manter vivas as pessoas mais importantes de sua vida (após a morte dos pais), um amigo próximo e o velho balseiro que conhece desde criança. Em uma vã tentativa de não sumir e nem deixar com que eles sumam, ela vê e narra - algumas vezes de forma angustiante - a ilha cair no esquecimento, e é essa caminhada que o leitor traça junto dela ao longo das páginas.

Particularmente, gostei de tudo o que a autora fez nesse livro, desde mesclar partes do romance da protagonista com a narrativa principal até descrever alguns sumiços de forma tão fiel. O final, apesar de aberto e reflexivo, não poderia combinar mais com o que foi construído por Ogawa nessa grande obra. Porém, reforço: não é um livro que todo mundo consiga - e queira - apreciar da mesma forma.
Giiiii 15/12/2022minha estante
Amei esse livro! Uma beleza tão singela.




beIIedejour 19/10/2023

No final, tudo some.
Peço perdão pelo palavreado, mas caralh? Que livro. Chega a ser difícil falar de A Polícia da Memória. Li muitas resenhas detonando o livro, principalmente o final, reclamando das pontas soltas, mas eu não poderia discordar MAIS. Yoko Ogawa entrega com maestria uma sequência de interrogações, vazios, buracos ocos e escuros, totalmente em consonância com os sumiços da pequena ilha. Amei a forma como nada é explicado e ao mesmo tempo tudo fica MUITO claro. Preciso confessar que terminei a leitura um tanto quanto atordoada, ainda tentando absorver tudo que li e, como os moradores de Policia da Memória, tento encontrar uma maneira de deixar o que está faltando se acomodar, mas tenho plena certeza que vou carregar essa história por muitos e muitos anos comigo. Por favor, só leiam.
Liandra Schug 20/10/2023minha estante
Essa resenha define muito bem a relação que tive com o romance! Apenas leiam, é ótimo e incômodo.




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Bia 15/04/2022minha estante
falou tudo




Anderson916 10/11/2021

Cara que livro interessante..
Como você se sentiria se tudo ao seu redor, fosse sumindo aos poucos? E se a polícia fosse atrás de você por causa de sua memória??

Eu particularmente não iria preso nesse livro, minha memoria é péssima, horrível, terrível...
Kkkkkkkkk

Belíssimo livro, vale a pena.
JurúMontalvao 21/11/2021minha estante
Kkkk




Lucy 15/06/2021

Linda metáfora dos nossos dias
Lindíssimo o livro, com uma escrita delicada e melancólica. Em uma ilha, objetos (e outras coisas mais extremas) começam a desaparecer, e a população é sempre fiscalizada pela polícia da memória.

As pessoas vão sentindo cada vez menos os sumiços e todos os sentimentos e palavras que desaparecem junto. Aceitam circunstâncias cada vez mais absurdas - o que me lembra muito do que estamos vivendo agora, dessa anestesia. A opressão vem silenciosa e às vezes sutil, o que torna tudo muito cruel.

O final é de uma profundidade e uma beleza tão grandes, termino o livro emocionada e recomendo bastante essa leitura, que é rápida e marcante.
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Giovana 30/06/2021

Maravilhoso. Recomendo que todos tenham a oportunidade de realizar essa leitura em algum momento. A escrita é fluída, capítulos curtos e intensos.

A história é envolvente e com muito significado. Linda.
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Ivandro Menezes 29/07/2021

Em que nos define a memória?
Como definir a memo?ria? Memo?ria pode remeter a um processo de retenc?a?o de informac?o?es pelo ce?rebro ou ainda ao modo como reconstrui?mos o passado e, por conseguinte, compreendemos o presente. Particularmente, recordo de quando ouvi anos atra?s que memo?ria e? ficc?a?o, e na?o por ser mentira, mas por ordenar, significar momentos, coisas, pessoas e afetos.

Em A poli?cia da memo?ria esses sentidos convergem. Numa ilha em que os habitantes, sem aviso pre?vio, precisam lidar com sumic?os e o oco deixado por cada coisa lanc?ada ao esquecimento. Mas ha? os que na?o esquecem, perseguidos por uma poli?cia secreta e levados para nunca mais serem vistos.

A sombra autorita?ria da poli?cia da memo?ria paira sobre todos criando uma tensa?o conti?nua e levando os que na?o esquecem a viverem em esconderijos, esconderem objetos banidos, numa esperanc?a fra?gil de que um dia a memo?ria possa ser avivada.

Percebemos que a memo?ria define nossos sentimentos e pauta a nossa relac?a?o com a nossa biografia e com os que nos cercam. A cada ause?ncia uma parte de si desaparece.

Ogawa, com a leveza e melancolia, percorre os dias da narradora, uma romancista apaixonada por seu editor, revelando o modo como lida com os desaparecimentos e como tambe?m comec?a a desaparecer, bem como o esforc?o de R para reverter esse processo.

O romance assusta e alerta sobre a delicadeza da memo?ria e no quanto a forma com que a tratamos e? capaz de apagar a todos e validar o autoritarismo daqueles que temem os que sa?o diferentes. Os vazios sa?o mais poderosos ou, no mi?nimo, igualmente potentes a?s presenc?as. Na?o se pode descuidar, porque esquecer e? abandonar e todo abandono e? um risco.

A tessitura do romance e? cheia de delicadezas, uma escrita enxuta e polida, precisa e pensada, quase um ritual, a ponto de me remeter a uma cerimo?nia do cha?.
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Gilcimar 26/05/2024

Tenha Muita paciência e dedicação para essa leitura
Um livro que dita seu próprio ritmo. Apesar dos momentos confusos e enfadonhos, que não são tão raros de aparecer, rapidamente o leitor consegue pegar um bom ritmo e se motivar novamente com a leitura.
De um modo geral, considero o livro regular.
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Radamila 17/09/2021

Ai que angústia. Fiquei muito triste com o final. Não entendo porque gosto tanto desse tipo de escrita. Enfim, intenso. Recomendo pra quem não se importa em desidratar um pouco devido às lágrimas.
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Jessica Alves 21/10/2021

E se as palavras desaparecerem, o que será de nós?
Eu gosto de livros que me fazem sair da zona de conforto, livros não óbvios e sem clichês e de livros poéticos. Para mim é assim que é "A Polícia da memória". Mas mesmo ele tendo todas essas características que gosto, ainda assim, pra mim pareceu que faltou um algo a mais. O livro conta a história de uma escritora que mora em uma ilha onde frequentemente as coisas somem, e quando elas somem, as pessoas esquecem da existência dessa tal 'coisa'. Mas entre os habitantes da ilha ainda existem quem não se esquece. A história é intercalada com a o livro que escritora está escrevendo, que também faz um paralelo com o tema da história principal. É um livro onde as coisas acontecem de maneira lenta, com várias doses de filosofias, e com um suspense que nos obriga a responder com a nossa própria imaginação.
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