A polícia da memória

A polícia da memória Yoko Ogawa




Resenhas - A polícia da memória


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Dwarcy 02/01/2023

vou ser breve, só pra não deixar passar em branco. também porque nada do que eu escrever aqui não vai chegar nem perto de como eu estou me sentindo.

que livro lindo, incrível, que te remoi por dentro. estou em prantos enquanto escrevo isso.

virou um favorito da vida.
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ekatherinah 01/04/2023

Quando a gente faz uma leitura injusta
Bem, é um livro que exige do leitor o uso dos neurônios. Segui o conselho de outras pessoas que já leram e fui sem esperar respostas então não me frustrei, mas não esperava que fosse tão forte em entregar a história nas minhas mãos para interpretar o que quiser dela.

minha impressão é como se a autora tivesse nos dado ingredientes sendo que nós escolhemos qual prato vamos criar com esses ingredientes. Você pode fazer o que quiser dessa história, interpretar como achar melhor. Literal? Pode. Metafórico? Pode. Misto dos dois? Fique a vontade.

dito tudo isso, eu não li com muita vontade de usar os neurônios para especulações então até tenho algumas suposições de interpretações, linhas que fazem sentido para mim, mas que no momento não estou afim de desenvolver. Por isso considero que tive uma leitura injusta desse livro e quero reler em algum momento quando estiver no mood.

uma coisa que achei divertida é como me lembrou duas outras obras: o seriado Ruptura (2021) e o livro Fahrenheit 451. Considero um ótimo livro para lc já que cada um vai puxar uma linha de interpretação sobre!
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Cristiane 23/11/2023

A polícia da memória - Yoko Ogawa
Em uma sociedade distópica a maioria das pessoas vão perdendo a memória dos objetos, animais, estações do ano, até mesmo partes do corpo.Uma mulher, artista plástica (e mãe) faz parte de um seleto grupo que não perde a memória, ela coleciona os objetos que foram desaparecendo e tenta trazer para filha o significado deles: perfume, fita de cetim, esmeralda, carta, etc... Um dia a mãe da menina é levada pela polícia da memória... Dizem que pretendem estudá-la para compreender os motivos dela não esquecer...
A menina é criada pelo pai, um ornitólogo, ela cresce, vira romancista, o pai morre. Seus únicos amigos são um barqueiro que não é mais barqueiro porque os barcos desapareceram e R. Que é seu editor.
Dia após dia eles observam tudo desaparecer: os pássaros, as rosas, chapéus, calendário, fotografias...E aumentar a força da polícia da memória.
Um dia ela decide esconder seu editor, pois ele é uma das pessoas que não perdem a memória.
Os alimentos ficam escassos, pois muitos desaparecem, a primavera também, só existe inverno... Os livros desaparecem.
É dramático ver a apatia das pessoas jogando fora, queimando suas memórias.
Aos poucos ela descobre que há uma rede de apoio para as pessoas que não perderam a memória.
Junto com este enredo acompanhamos o romance que a narradora escreve que conta a história de uma aluna de datilografia e seu noivo que o professor do curso.
Os personagens não tem nome, exceto a família Inui e o cachorro Don.
Refletir sobre nossas memórias, sobre o que deixamos fazer conosco é a grande lição deste romance.
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Renata (@renatac.arruda) 11/01/2022

Dizem que é impossível matar uma ideia. Mas e se houvesse uma realidade em que coisas - objetos, seres vivos, partes do corpo, sentimentos - simplesmente desaparecessem e, com elas, a memória de um dia terem existido? É possível haver uma existência sem memória, sem passado? É possível seguir a vida como se nada estivesse acontecendo?

São as perguntas que ficaram após a leitura de A Polícia da Memória, traduzido por Andrei Cunha, um romance melancólico e alegórico que fala sobre repressão e perseguição e o quanto viver sob um regime autoritário desumaniza as pessoas, suga suas almas e deixa ocos os seus corações.

Enquanto a maioria dos habitantes da pequena ilha encara o desaparecimento das coisas com uma resignação e uma naturalidade avassaladoras, há aqueles que não esquecem e, por isso, precisam viver escondidas da Polícia da Memória, que faz varreduras frequentes em busca de objetos proibidos e pessoas cujas lembranças permanecem intactas para que sejam eliminados.

Durante a leitura, lembrei daquele famoso poema de Brecht, Intertexto, que fala sobre a indiferença, com a diferença de que, se no poema o narrador termina sozinho, no livro as coisas caminham para o rumo da total extinção. As personagens simplesmente vão vivendo a própria vida, enquanto a população diminui, a locomoção se torna cada vez mais difícil, a comida fica escassa e o inverno parece não ter mais fim.

Mais do que fornecer explicações, Yoko Ogawa parece querer colocar perguntas. E fica a cargo do leitor utilizar a sua imaginação para encaixar as peças do quebra-cabeças e formar um quadro que faça sentido. No final, nos deparamos com uma imagem muito parecida com a do mundo real.

"Lembro-me de já ter ouvido a seguinte frase: 'Pessoas que queimam livros, um dia queimarão pessoas'."
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Anderson916 10/11/2021

Cara que livro interessante..
Como você se sentiria se tudo ao seu redor, fosse sumindo aos poucos? E se a polícia fosse atrás de você por causa de sua memória??

Eu particularmente não iria preso nesse livro, minha memoria é péssima, horrível, terrível...
Kkkkkkkkk

Belíssimo livro, vale a pena.
JurúMontalvao 21/11/2021minha estante
Kkkk




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Caio421 09/10/2023

Não senti nada
Conheci A polícia da memória através do livro Não-coisas de Byung-Chul Han. Ser introduzido nessa história através da ótica de Han criou toda uma outra esfera paralela de significados, sensações e profundidades para a história. Sem essa perspectiva, sinto que a experiência seria completamente outra. Com certeza um livro que
ecoará na minha cabeça por muito tempo.

Me surpreendi ao ver resenhas de pessoas que dizem não terem se sentindo envolvidas ou conectadas à história. Achei irônico, e isso me fez gostar mais do livro. No mais, pensei e percebi que também não senti nada. E acho que esse é o sentimento mais provocador e singular que a autora poderia escolher transmitir com sua escrita. É isso, não sentimos nada mesmo.
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Eaisagui 24/08/2021

Apesar de ter sido originalmente publicado há quase 30 anos, A Polícia da Memória permanece atual, como toda boa distopia.

A escrita fluida de Ogawa faz duas horas de leitura parecem minutos, o tipo de livro que se lê em rapidamente e ecoa por dias na memória.
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Ana Luiza 22/06/2021

A fragilidade da existência humana (?)
Em um tempo distante, distópico, os moradores de uma ilha são atormentados pelos sumiços: de objetos, de memórias, de pessoas (?)

Sempre que algo desaparece, os corações dos habitantes da ilha abrigam um novo vazio, e logo, um novo oco(um novo esquecimento).

De repente, as fotos somem, em pouco tempo, somem também os romances, as rosas (?) e cada vez mais, as pessoas.

A polícia da memória é responsável por capturar aqueles que não esquecem, aqueles que não são afetados pelo esquecimento e que permanecem com os corações intactos.

A protagonista de Yoko Ogawa é, assim como ela, uma escritora de romances, e com o sumiço deles, tem início o seu próprio.

Durante a narrativa acompanhamos de perto a vida de três personagens: a protagonista (e romancista), seu editor (R) (e a quem os sumiços não afetam) e a do Velho Balseiro.

Também acompanhamos páginas do romance escrito pela protagonista e a ambos os finais: da personagem e da criadora.

Um livro sensível, comovente, frágil, humano (?)

Nossas memórias são parte importante do que somos, o que aconteceriam se começassem a desaparecer?

?O tempo dirá. O tempo não cumpre ordens, ele flui majestoso e incessante?.
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Lucy 15/06/2021

Linda metáfora dos nossos dias
Lindíssimo o livro, com uma escrita delicada e melancólica. Em uma ilha, objetos (e outras coisas mais extremas) começam a desaparecer, e a população é sempre fiscalizada pela polícia da memória.

As pessoas vão sentindo cada vez menos os sumiços e todos os sentimentos e palavras que desaparecem junto. Aceitam circunstâncias cada vez mais absurdas - o que me lembra muito do que estamos vivendo agora, dessa anestesia. A opressão vem silenciosa e às vezes sutil, o que torna tudo muito cruel.

O final é de uma profundidade e uma beleza tão grandes, termino o livro emocionada e recomendo bastante essa leitura, que é rápida e marcante.
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renni 19/04/2023

E no final, o que ficaram foram memórias
"Você sabia que, se cortarmos as antenas de um inseto com uma tesoura ele imediatamente fica quietinho? Torna-se hesitante, começa a andar em círculos, para de se alimentar. É a mesma coisa. No momento em que você perde a voz, perde também a capacidade de dar forma a si mesma."

Durante minha leitura eu não sabia se estava gostando ou não do que lia. Eu estava naquela área cinzenta o tempo todo.

Eu estava gostando pela forma lírica da história ser contada. Não tinha exatamente um plot. A vida nesse universo distópico só estava acontecendo e a gente estava assistindo através da personagem.

E as vezes eu não estava gostando justamente por isso. Nada realmente acontecia. Porque estão sumindo com as memórias? Porque e como isso afeta alguns e não outros? Porque nada parecia que realmente tinha um peso?

Depois de terminar creio que entendi por completo e posso concluir que eu gostei da história.

O ritmo monótono num universo tão caótico é quase um (des)equilíbrio perfeito. O apego e medo de algo não palpável e incontrolável assusta. Não existiu nada tão genuíno quanto o relacionamento dos três personagens. A sua voz nunca realmente some.

Enfim, foi um livro bem interessante (e não que venha ao caso mas gostei mais do que 1984). Gosto quando tudo acontece no nada.
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Dai Solyom 05/01/2023

Foi a nossa última despedida
Eu não sei se eu detestei ou adorei essa obra.

Esse é o meu primeiro livro de uma autora japonesa, apesar de eu gostar muito da cultura oriental, e ter contato com muitos filmes, mangás e animes.

Sem dúvida alguma essa é uma das histórias mais intrigantes que eu já li.

1984 + Fahrenheit 451?

Sem dúvidas há semelhanças, como o sistema autoritário, vigilância constante, violência e a falta de informações.

Mas ainda assim a obra é única, original e completa.

Nossa narradora não nos conta seu nome, apenas relata morar em um ilha onde é rotineiro as coisas desaparecerem, e logo após ser como se nunca sequer tivessem existido.

Ela não é heroína, revolucionária ou conspiradora. Ela só está lá, ela apenas existe e tenta dar o seu melhor.

Gostei muito do velho balseiro, e consigo imaginar o quão profundo tudo foi para ele, mesmo sem a memória necessária para ativar esses sentimentos, um homem gentil até seu último suspiro.

O R é o único personagem que teoricamente possui um nome.

O livro tem um ritmo morno, entretanto ao longo da leitura tudo se encaixa.
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Jessica Alves 21/10/2021

E se as palavras desaparecerem, o que será de nós?
Eu gosto de livros que me fazem sair da zona de conforto, livros não óbvios e sem clichês e de livros poéticos. Para mim é assim que é "A Polícia da memória". Mas mesmo ele tendo todas essas características que gosto, ainda assim, pra mim pareceu que faltou um algo a mais. O livro conta a história de uma escritora que mora em uma ilha onde frequentemente as coisas somem, e quando elas somem, as pessoas esquecem da existência dessa tal 'coisa'. Mas entre os habitantes da ilha ainda existem quem não se esquece. A história é intercalada com a o livro que escritora está escrevendo, que também faz um paralelo com o tema da história principal. É um livro onde as coisas acontecem de maneira lenta, com várias doses de filosofias, e com um suspense que nos obriga a responder com a nossa própria imaginação.
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