Maria Altamira

Maria Altamira Maria José Silveira




Resenhas - Maria Altamira


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tguedes2 10/03/2023

Maria José Silveira foi um achado
Gostei muito de Maria Altamira. Foi muito interessante e importante vislumbrar as obras da usina Belo Monte pelos olhos das famílias desalojadas e, principalmente, pela visão dos indígenas que viviam a margem do Rio Xingu. Essa enfoque do livro pra mim foi o mais interessante e o enredo que eu mais estava interessada em acompanhar, de modo que os enredos paralelos não me interessaram muito. A jornada de Aleli, apesar de ter significado e importância, tornou-se um pouco repetitiva pra mim.Queria acompanhar melhor o impacto das obras da usina e o que aconteceu com os amigos de Altamira, o que não é tão explorado como eu gostaria. No mais, é um livro muito representativo de um Brasil desigual, feito para lucro e gozo das classes dominantes. Revolta e denúncia são os pontos centrais dessa narrativa. Leiam.
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Kahn 26/01/2023

Movimento Sem Terra, Movimento Sem Teto, luta pela demarcação das terras dos povos indígenas, degradação do meio ambiente, desastres naturais, violencia contra as mulheres, remoção forçada de moradia são temas que costumamos ouvir muito no noticiário, mas é impossível nos comovermos e indignarmos da mesma forma que os envolvidos. Dito isto, o maior legado do livro é construir a jornada das duas protagonistas com todos estes temas, de modo que provoca ao leitor mais conhecimento, indignação e empatia em relação a estas mazelas sociais do Brasil. A forma como a autora retrata o luto e o desamparo aos oprimidos também é feita com muito delicadeza. Uma excelente leitura para começar 2023 com pé direito.
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A.Henrique 15/01/2023

não é bem uma resenha, é mais uma conversa interna.
todo leitor é um ótimo fazedor de promessas. pagá-las é que é o desafio.

quando li 'a mãe da mãe de sua mãe e suas filhas' prometi que ia atrás de tudo que maria josé silveira escrevesse - até aí nenhuma novidade, outras vítimas dessa promessa são ana paula maia, vhm, aline bei, saramago, graciliano e outros 90% dos autores e autoras dos quais já li alguma coisa.
em 2022 eu estava num bom ritmo de leitura até março - o que também não é nenhuma novidade, parece que o capitalismo consegue sugar minha alma no fim de março/começo de abril e só sinto que volto a mim mesmo em meados de novembro - e tentei começar esse livro umas três vezes (ele era o livro de maio da famigerada lista x livros para 20xx), não rolou, deixei de lado porque me conheço bem. chegou janeiro de 2023, prometi não fazer metas na forma de lista, apenas manter a ideia de diversificar minhas leituras: mais mulheres e menos (ou não só) estadunidenses.
ok, metas e promessas, a gente diz que não vai fazer e vai lá e faz. mas quero manter essas metas mais sóbrias e não me cobrar tanto - como fiz ano passado, quando parei de ler e arrastei alguns livros por vários meses, sabia que ia voltar quando desse. e voltei.
enquanto escrevo isso penso que deveria manter um diário de leitura, ou nem que seja apenas um caderno para deixar minha verborragia fluir, já que ao tentar escrever uma resenha para um livro acaba mais sendo uma conversa sobre meus hábitos (ou a falta deles) de leitor, tudo muito misturado e confuso e, não sei, meio íntimo talvez.

maria altamira não aconteceu pra mim em maio de 22, mas em janeiro de 23. acompanhei alelí no seu périplo pela américa latina, fugindo da sua "maldição". acompanhei altamirita nas suas jornadas, interna e externa, se conhecendo e conhecendo as injustiças do mundo.
tenho mania de assistir à videoresenhas quando termino um livro, não sei se é uma falta de confiança nas minhas conclusões ou se é só gosto por escutar alguém falando do que acabei de ler pra que a leitura desça melhor, mas não é hora pra essa reflexão atravessada. de todos os apontametos que ouvi (da isabella lubrano, do humberto conzo júnior) quero destacar o que disse a bárbara krauss, de que o final fecha o arco das duas protagonistas perfeitamente. no mundo das probabilidades (e dos gostos literários) há alguns finais possíveis, entretanto, para esse livro, para alelí e maria altamira esse é o final perfeito. comecei falando de promessas de leitores, e maria altamira também fez uma promessa a si mesma ao saber do destino de manuel juruna. tenho pra mim que ela vai conseguir cumprir essa promessa.
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Camila 03/01/2023

Maria Altamira
Seguindo mais uma boa indicação do @bookster, iniciei 2023 propositalmente com um livro sobre o etnocídio dos povos ancestrais. O marco inicial do livro é o terremoto no povoado de Yungay, no Peru, ocorrido na década de 70. A devastação é tanta que a sensação é de que a única sobrevivente foi Aleli, com dezesseis anos, a personagem que inicia essa longa trajetória. De tragédia em tragédia, Aleli busca um novo sentido para sua vida longe do Peru. Chega ao Brasil e ao Xingu. A história então se abre para o início de uma nova (prevista) tragédia: a construção da usina de Belo Monte. Pelo olhar de Maria Altamira, filha abandonada por Aleli, acompanhamos a relação de comunidades indígenas e povos ribeirinhos afetados pela construção da usina. O dilema (será?) do progresso x degradação ambiental faz do Rio Xingu o terceiro maior personagem do livro. A autora torna o rio quase tangível. Mérito de uma escrita potente e sensível. Mãe e filha alternam a narrativa da história fugindo e tentando se encontrar. Aleli perdeu sua terra e sua identidade com a tragédia no Peru. Maria Altamira busca a sua e a encontra em meio aos povos ancestrais. Difícil fazer uma resenha sem trazer algum spoiler nesta leitura tão sensível e doída. Ouso dizer que Maria Altamira, de Maria José Silveira, está para a degradação ambiental e etnocídio dos povos ancestrais como Torto Arado, de Itamar Vieira Jr, está para o colonialismo e a escravidão contemporânea no Brasil.
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EdilenaRisuenho 03/01/2023

Segundo livro de Maria José Silveira e continuo me encantando com a força dos personagens femininos por ela construídos. Aliás, a autora é super acessível e até me seguiu de volta no Instagram.
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Maria 29/12/2022

O romance é rico em detalhes e assuntos atuais: o feminino, a natureza, o homem, o indígena e mais.

É uma boa temática literária. Até mesmo mais do que o enredo.
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Thalia58 15/12/2022

Temática muito relevante para a sociedade
O livro traz uma temática muito importante para que possamos refletir: o impacto ambiental e social causado por uma obra tão grande como a Usina de Belo Monte na cidade de Altamira. Apesar de ter uma escrita bem bonita e fluida, a leitura foi difícil pra mim por causa da temática, principalmente quando mostrava os impactos na vida dos indígenas e ribeirinhos, sem falar do desequilíbrio ambiental que foi causado, principalmente no Rio Xingu. Estudei biologia, então eu entendo o quanto a natureza (incluindo nós mesmos) sofre por causa disso.

O que mais gostei no livro foi justamente mostrar esse lado, geralmente a gente só pensa no ‘progresso’ e ‘avanço’ que essas obras trazem, mas não pensamos nos impactos negativos associados a elas. Então é fundamental que os livros causem essa empatia para refletirmos e buscarmos opções que não agridam tanto o equilíbrio da natureza.
Outro ponto lindo e ao mesmo tempo triste, é a resistência indígena em manter o seu modo de vida em comunhão com a natureza. Um dos personagens fala sobre como ele achava que nem existiam mais indígenas ou suas comunidades, algo que ainda acontece. A luta desses povos que teve e ainda tem suas terras tomadas, modo de vida e línguas destruídas é encoberta e não é tão divulgada na mídia. E se pensarmos, são justamente os povos indígenas e ribeirinhos que conseguem manter a integridade das matas e florestas.

Além dessa temática, o livro retrata a opressão, desigualdade e injustiças sociais em vários países latino-americanos e como o machismo e patriarcado permeia a nossa sociedade, os vários sofrimentos e humilhações que as mulheres enfrentam.

A história é dívida em duas partes, Mãe e Filha. A primeira conta a trajetória de Alelí que vivenciou um desastre natural, o soterramento de sua cidade no Peru e sua jornada sem destino e objetivo com muito sofrimento, até que um dia ela chega no Brasil, onde vivencia por um período o modo de vida indígena com a tribo Yudjá ou Juruna. Já a segunda parte, conta a história de sua filha, que nasceu na cidade de Altamira e vivenciou todo esse processo de construção das barragens da usina.

Gostei também da importância que a música tem na história e como ajuda Alelí a sempre seguir em frente e expressar seus sentimentos. E através do livro conheci um novo instrumento, o charango, que faz parte da cultura andina.

Meus personagens favoritos são Maria Altamira por sua determinação e coragem, Chica e Don Rodrigo por sua bondade e o próprio Rio Xingu.

Sobre o final, ao mesmo tempo que esperava algo diferente, acredito que aquele foi o melhor para Alelí. O que vocês acham?

Quero aproveitar esse momento para falar sobre o um projeto de lei chamado Amazônia de pé que destina as florestas públicas na Amazônia para proteção dos povos indígenas, quilombolas, pequenos produtores extrativistas e Unidades de Conservação. Para ajudar, basta a sua assinatura. Vou deixar o link do site que contém os detalhes.

Agora só falta assistir o documentário que fala sobre essa temática.


site: https://amazoniadepe.org.br/
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Juliana 13/12/2022

Começou bem, mas..
Gostei do ritmo e da história até a metade do livro, depois os diálogos começaram a me soar forçados, como se tivesse lendo um documentário e não um romance..
Mas gostei a abordagem de temas tão relevantes como o impacto ambiental causada por belo monte e as questões indígenas.
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Odilon.DilAo 12/12/2022

Que presente!
Antes havia lido Banzeiro Okoto, de Eliane Brum que me deu uma grande abertura de entender o Xingu e a construção de Belo monte.

Eu fiquei apaixonado por esse Romance, agradeço a escritora Maria José Silveira pelo presente.
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Jaqueline.Saraiva 04/12/2022

Um dos livros mais sensíveis que li esse ano. Um romance histórico e antropológico que nos faz querer percorrer os caminhos de nossos personagens. Uma história tão próxima e ao mesmo tão distante. Se falar nesta edição lindinha e cheia de simbologia.
Maria Altamira é uma história perfeita de luta de mulheres de gerações e origens étnicas diferentes que se entrelaçam de um forma única.
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Renata.Mieko 16/11/2022

Que livro MARAVILHOSO!!!!!
Nossa, tão angustiante, mas tão profundo e importante.
Um relato de como a Amazônia e seus moradores são destratados pelo lucro.
Leitura essencial.
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Maiza 09/11/2022

I love reading books based in northern Brazil. Specially if there is a social discussion in it. I highly recommend this book
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Marisa.Camargos 07/11/2022

Maria Altamira
Melhor livro do ano! Uma história muito comovente e que te prende desde o início até o final. Recomendo muito ?
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Bookster Pedro Pacifico 04/11/2022

Maria Altamira, de Maria José Silveira
O livro já começa com uma tragédia: um terremoto no Peru soterra a cidade de Yungay e mata os familiares de Aelí. Sua filha está entre as vítimas fatais. E é a partir de tantas perdas que a autora goiana nos leva por um caminho dolorido, na tentativa de deixar a tristeza para trás. Como se uma tristeza dessa proporção fosse passível de esquecimento.

Alelí parte sem rumo, encontrando toda uma América do Sul em seus pés. Se o sofrimento não pode sumir, ela parece descansar um pouco quando conhece a personagem Manuel Juruna. O homem leva Alelí para uma aldeia onde vive no Xingu. O que poderia ser o início de um novo capítulo na vida de Alelí, termina bruscamente com uma nova perda. De lá, ela parte mais uma vez sem rumo e abandona sua nova filha, ainda recém-nascida, com uma enfermeira que conhece. Maria Altamira é o nome da menina.

Alternando com a vida de Alelí, a autora apresenta o futuro de Altamira. Uma jovem que ainda busca seu passado e, por suas mudanças de vida, abraça causas sociais. Da destruição do meio ambiente com a construção da Usina de Belo Monte à triste realidade dos sem-teto em São Paulo. A parte de Maria Altamira não me cativou tanto, senti uma menor profundidade e, por isso, me envolvi menos com a sua narrativa.

A escrita de Maria José é cativante e toca em temas muito atuais. Desastres naturais, relação destrutiva do homem com o meio ambiente, proteção dos povos originários e a desigualdade social em grandes centros urbanos. É nesses cenário que a autora insere personagens bem construídos que carregam dores individuais. Destaque para a construção de Adelí.

Mais um lido para o Desafio Bookster 2022 que nos mostra a riqueza da literatura nacional contemporânea.

Nota 8,5/10

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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