Maria Altamira

Maria Altamira Maria José Silveira




Resenhas - Maria Altamira


129 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Fabs6 27/07/2022

6/12
?Uma história começa em qualquer lugar e em qualquer momento. Há sempre algo que entrelaça de tal maneira as histórias do mundo e as de cada um de nós que o começo depende apenas do ponto de vista pelo qual você escolhe ver e desembaralhar os nós, as malhas, os vazios?.

Maria José, Maria_Altamira
comentários(0)comente



M. S. Rossetti 24/07/2022

Trajetória humana
Uma narrativa comovente e muitas vezes cheia de tristeza. Um desfecho arrebatador. Nova literatura brasileira deve ser valorizada e divulgada. Voz feminina potente em tempos tão sombrios.
comentários(0)comente



Carol.Cuofano 24/07/2022

Esperava mais
Achei o livro ok. O início e a primeira parte me deram a impressão de uma narrativa diferente. Para mim, um texto mais próximo do relato, do que do romance. Esperava mais.
Juliana 14/12/2022minha estante
Também senti isso, o início começou bem, mas depois se perdeu




Marcianeysa 18/07/2022

O assunto tratado no livro é extremamente atual e esclarecedor sobre os estragos que a usina de Belo Monte trouxe à cidade de Altamira. No entanto,a trama não funcionou pra mim, não consegui torcer por nenhuma das duas protagonistas, muitas tramas paralelas que não levaram a lugar nenhum. O final é igual a uma novela mexicana.
comentários(0)comente



Somente Leituras 09/07/2022

Maria Altamira
Alelí culebra, viajando em fuga da sua dor, ou a procura de perdão pela culpa que carrega em seu coração.
Maria Altamira, moça inteligente e inocente, em busca de vingança por tantas injustiças.
Chica, grande mulher, coração de mãe acolhedora.
A história de mães e filha, irmãos e pai, povo e habitantes, progresso ou seria regresso?
Não sei, só sei que todos deveriam conhecer esse livro maravilhoso.
Foi parar na lista dos meus preferidos da vida.
comentários(0)comente



Rafael 06/07/2022

O monstro de concreto que atira nos Brunos e Doms
Foi uma boa surpresa descobrir este livro que veio parar em minhas mãos por acaso. Estava na casa da minha irmã e ela acabou me emprestando, pois tinha acabado de ler e me recomendou.

A capa é de uma beleza estética e conceitual. Foi o primeiro livro que li que traz uma explicação ao leitor sobre o projeto gráfico da capa. Um livro completamente integrado ao seu propósito.

É claro que a gente que vive nas grandes capitais sabe - por cima - das coisas horríveis que acontecem no interior do Brasil relacionadas a desmatamento, garimpo e as consequências da construção de hidrelétricas. No entanto, acompanhar o crescimento de personagens que são impactados por isso durante anos e que, por consequência disso, têm suas vidas viradas de cabeça para baixo é outra história: é um aprofundamento necessário para entendermos melhor nosso país.

O romance mistura com destreza a ficção, o desenvolvimento dos personagens e o tom jornalístico de denúncia com os elementos reais de acontecimentos importantes para a América Latina desde a década de 1970. Ao acompanhar a história de nosso continente por meio de possíveis vivências, conseguimos, por empatia, nos conectar melhor com algo que parece tão distante de nós, mas que deveria estar tirando nosso sono.

Recentemente tivemos o caso de Bruno Pereira e Dom Phillips que chamou a atenção da mídia sobre os desmandos na região amazônica e os riscos de se defender a floresta e os povos originários. Já tivemos muitos outros casos, citados no livro inclusive. Eu me lembro de que o primeiro caso do qual tomei conhecimento foi o da Irmã Dorothy Stang. Anos se passam, mas continuamos reféns de grandes proprietários como o rei do mogno e de governantes que só enxergam o lucro e passam por cima do meio ambiente e de populações inteiras. Precisamos discutir o genocídio indígena e precisamos tirar o Bolsonaro do poder antes que ele agrave mais ainda essa situação.
Michelly 06/07/2022minha estante
Comentário urgente e necessário.


Rafael 06/07/2022minha estante
Muito obrigado!
Precisamos indicar esse livro a todos os amigos para fomentar essa discussão.




Ana Ramos 11/06/2022

Lindíssimo.
A beleza e a força de contar uma historia com todo o coração.
Aquele livro que você encerra com lagrima nos olhos.
Que poder de escrita maravilhoso, eu praticamente terminei em 2 dias, ontem não consegui largar mas fui vencida pelo sono. Terminei agora cedinho, me despedindo desse livro incrível com os primeiros raios do sol. Sentimos a dor de todo o massacre indígena nessa terra. A luta pra manterem sua cultura, o pouco que precisam esses guardiões da natureza. Precisam de paz o resto se arrumam, pois vivem em sintonia com o todo.
A desgraça que é essa ganancia dos homens, a destruição e morte que trazem a este mundo. Livro conscientizador, um futuro clássico que deveria se tornar leitura escolar necessária agora.
comentários(0)comente



Letícia 31/05/2022

Momento oportuno
O livro ainda é muito atual. Diante de todo descaso que vivemos atualmente com o meio ambiente, Maria Altamira segue como um grito de socorro, seja para o cuidado da terra seja para os povos indígenas.
comentários(0)comente



Suliane Araújo 19/05/2022

Maria Altamira
Conta a história de aleli, que após um desastre soterrar todos da sua família e amigos, sai sem rumo por cidades e países vendo a dor dos menos favorecidos, expulsos de suas terras tornam-se andarilhos. Lendas, histórias e devastação.
comentários(0)comente



Gabriela - @livrosdegab 17/05/2022

Romance e denúncia
Na busca por um livro curto nesse último mês do ano, lembrei de Maria Altamira que tava na minha lista desde a Festa da USP de 2020 quando ouvi falar dele pela primeira vez.
Escrito por uma brasileira (@mariajosepeixotodasilveira) com outros 6 romances já publicados, Maria Altamira é mais um banho de cultura da literatura contemporânea.

A história começa numa cidadezinha no Peru onde um terremoto soterra toda a cidade e Alelí, uma das personagens principais, perde toda a família. Sem rumo, ela vaga pela América Latina e alguns anos depois chega no Brasil, no Pará, em Altamira. Nessa época começam os primeiros rumores da construção da Usina de Belo Monte e mais algumas tragédias rondam a vida de Alelí.
Convencida de que é amaldiçoada, ela entrega a filha recém nascida pra uma amiga cuidar e parte novamente.
A partir daí, a história intercala os próximos passos de Alelí com o crescimento da filha Maria Altamira.

Numa linguagem bem simples, a autora descreve o grande impacto que a construção da Usina causou na vida dos habitantes dessa região, principalmente dos indígenas que tinham o rio como principal fonte de sobrevivência.
Numa mistura de ficção e realidade, pesquisei várias passagens do livro que, de fato, aconteceram e aprendi bem mais sobre essa obra tão polêmica dos últimos anos da gestão petista.

O livro foi finalista na categoria “romance literário” do Prêmio Jabuti 2021 e sem dúvida me fez querer ler todos os outros livros da autora.
comentários(0)comente



Vilamarc 15/05/2022

Meu Top 1 desse ano (2022)
Voltei aqui para postar minhas impressões dessa leitura. São comentários aleatórios que fiz sobre o livro numa conversa do wpp.

Os sons que saiam da junção desses dedos-cordas se espalhavam, deixando rastros invisíveis que a levavam junto, sensores tateantes à procura de alguma paz. P. 42
No Samba da Bênção, Vinicius de Moraes diz que pra fazer um samba precisa de um boca de tristeza.
Foi exatamente pela tristeza da musica andina que fui fisgado por essa leitura...
Dizem que depois que o NE dobra o Brasil na curva de Mossoró, se aproxima mais do Caribe do que da América Andina. E eu acredito que aí resida de minha parte esse fascínio pela cultura dos povos andinos.
E eu amei a viagem de Aleli Culebra pela história recente desses países.
Amei essa junção de cacos da história como uma colcha de retalhos, que aproxima essas nossas realidades.
Percebi que ela mesma foi se construindo como herdeira dessas vivências, de sobrevivente, de migrante, de expoliada, expulsa, perseguida, uma mulher sem lugar...
Amei a entrada dela do Paraguai ao Brasil feita também pela música que vai se transformando das guaranias em sons de berrante e cantos indígenas... perfeito!
Acho que esse livro todo é muito triste, mas que foi entregue totalmente de forma poética. Tem o lado belo, olhar sensível sobre tudo de bom que existe em nossa terra mas que sempre sucumbe a ganância e aos poderosos.
Até na despedida de mãe e filha no final, existe uma dose de poesia na morte sempre espreitando cada um em cada esquina. É de uma forma que é destino, sina...
Eu amei cada linha, cada capítulo, me emocionei muito durante todo o livro e continuo me emocionando.
Achei os personagens todos de uma altivez, de uma estatura humana formidável. Muito bem construídos.
E situar o enredo na questão de  Belo Monte foi formidável. Décadas de luta contra os interesses do capital. Que nos ajudam a refletir mesmo sobre a questão ambiental.
Creio que o livro só confirma as questões sobre o PA que temos visto em outros romances. Grilagem, mineração clandestina, desmatamento...
Eu particularmente gosto muito dessa literatura antropológica, que traz costumes indígenas não de forma folclorizada (toda aldeia é igual), mas que apresenta as especificidades das etnias.
Por isso gostei muito do Nove Noites. Lá o autor mostra inclusive tribos dizimadas por outras tribos. Tribos que cultuam a morte e tribos que tocam o terror na selva.
Essa especificidade da cultura da água, do rio, do nado e do mergulho, da pesca, das correntezas... me deu uma outra perspectiva dos povos do Xingu. Acho isso muito importante. Saber da violência que foi o represamento das águas.
Lembrei muito das cidades do baixo SFco. Que como diz Djavam morrem de sede frente ao mar.
Pense na tragédia. Acreditar que traz morte a quem ama. O terremoto e o soterramento são tragédias naturais, mas antes disso foi são mazelas sociais.
E por isso levar uma vida errante, sem laços afetivos.
A imagem "feia" e agressiva de Aleli creio ser uma forma de repelir as pessoas. Uma forma de autocomiseração.
Mas me impressionei com isso, porque independente de sua imagem, ela atraía as pessoas de bem. Ela tinha luz própria que vinha a meu ver de sua arte.
comentários(0)comente



Taitasiq 15/05/2022

Mas que belezura de livro, hein?!

Essa leitura me sugou de tal forma, que li em pouquíssimos dias. Conta a história de Alelí, uma mulher devastada por um terremoto que soterrou sua cidade natal, Yungay, no Peru, e matou sua família, incluindo sua filhinha. Crente de que levava a morte por onde passava, Alelí não se permitiu mais ficar muito tempo em lugar nenhum, e começa sua saga pela América do Sul, até que conhece Manuel Juruna, indígena que a leva para sua aldeia em Volta Grande do Xingu, aqui no Pará. Lá é onde ela permanece mais tempo, até que ele é assassinado por um pistoleiro contratado por madeireiros. Acontece que Alelí está grávida e, com a morte de Manu, ela resolve ir embora novamente e chega a Altamira, onde é acolhida por uma enfermeira chamada Chica, com quem deixa sua filha recém-nascida.

Batizada por Chica de Maria Altamira, a menina cresce com a hidrelétrica de Belo Monte. Na mesma proporção, cresce também sua indignação pela destruição do local e sua vontade de conhecer a história de seu pai. Além disso, ainda que ela não admita, deseja profundamente encontrar a mãe, Alelí, e saber por que foi deixada pra trás.

Eu tirei meia estrela dessa leitura só por causa do finalzinho, mas quem gosta de novela vai amar (tô com um negócio contra cenas novelescas em livro, é fase, quando eu quiser parar eu paro!).
comentários(0)comente



Ivandro Menezes 09/05/2022

Duas mulheres, dois apocalipses
Duas trage?dias, duas mulheres, dois apocalipses, ma?e e filha, Aleli? Culebra e Maria Altamira. Mais que duas mulheres, dois mundos, um nascido do outro, um dentro do outro.

Talvez na?o seja a melhor descric?a?o para o romance de Maria Jose? Silveira, mas e? uma que achei possi?vel apo?s dias pensando no que dizer.

Aleli? vaga pela Ame?rica do Sul apo?s o terremoto que soterrou Yungay, sua terra natal aos pe?s dos Andes, em 1970. Uma criatura magra, triste, opaca, cuja vida escorre pelas estradas e so? se percebe quando toca o charango e invade com sua voz potente os corac?o?es de seus ouvintes. E? assim que enfeitic?a o corac?a?o de Manoel Juruna e se deixa ser amada e levada ate? sua aldeia no Paquic?amba, na Volta Grande do Xingu, no Para?. La? engravida e com o assassinato de Juruna segue a sua peregrinac?a?o deixando para tra?s Maria Altamira.

A filha busca conhecer o pai e nutre ressentimento da ma?e que a abandonou. Na adolesce?ncia se ve? diante da ameac?a de Belo Monte, a usina que destro?i a Altamira de sua infa?ncia e traz a tra?gica morte dos territo?rios e modo vida de seus antepassados, a viole?ncia para ruas de Altamira e a marca com novas trage?dias.

De modos diversos, ma?e e filha peregrinam, buscando fugir e se encontrar, tecendo trajeto?rias duras, ora aplacadas por pequenos lapsos de esperanc?a e alegria.

Maria Jose? Silveira constro?i um romance bonito, cheio de pequenas tramas paralelas, construindo um mosaico de vidas para contar uma trage?dia brasileira desapercebida, diminui?da em nome do progresso e ta?o cheia de contradic?o?es e controve?rsias. Foge das oposic?o?es simplo?rias, e revela em cores vibrantes e variadas narrativas. Chega da? gosto de ler.
comentários(0)comente



Caroline Meirelles 02/05/2022

Leitura obrigatória
AVISO GATILHO: automutilação (sério, não arrisquem), abuso sexual, morte, violência

Um livro de denúncia que deveria ser mais divulgado e lido (com ressalva aos gatilhos). Um livro muito triste, que me fez chorar, mas também fiquei muito chocada e intrigada com uma realidade que infelizmente não conheço muito bem, que é luta dos povos indígenas, a sua resistência.

Já ouvi muito aquela frase "índio que é índio não faz tal coisa", "não bebe", "não usa celular", enfim todo tipo de preconceito. E, nesse livro, aprendi muito sobre a luta diária dos povos originários e da importância que a natureza tem para eles, ao mesmo tempo que a autora conecta tudo com uma tragédia acontecida no Peru e consegue fazer isso com muita maestria. Português é uma língua muito bonita, mas a autora consegue transformar em algo além, é muito lindo de ver.

Me apaixonei pela história, é realmente incrível, recomendarei sempre.
comentários(0)comente



A. Mendes 25/04/2022

Xingu
Que livro incrível! O tipo de leitura que deveria ser obrigatória.
Tem uma riqueza de detalhes e cultura do nossos indígenas mas tbm tudo de ruim que aconteceu com eles em tordo do Xingu, um reflexo do que aconteceu em todo o nosso Brasil. Os indígenas que tiveram suas terras e cultura roubadas pelo homem.
Acompanhar Alelí e Maria Altamira foi maravilhoso a autora nos mostra tudo com sensibilidade e amor entre os personagens e a cidade.
É sim uma leitura densa, em alguns momentos tive nojo da natureza humana mas tudo relatado por Maria José Silveira creio eu não foi nem metade do que a população indígena e os ribeirinhos viveram.
Recomendo demais esse livro e agradeço ao clube por ter me apresentado ele ?
comentários(0)comente



129 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR