ritita 03/11/2021Maravilhoso, apesar de tristeMaria José é autora do livro A mãe da mãe de sua mãe e suas filhas, então não preciso dizer mais. Como escreve bem, como conhecemos nossa história recente de uma forma prazerosa, apesar dos fatos horríveis.
Alelí é a própria nômade dentro do país, sem eira ou beira, não quer fixar-se em ninguém e em nenhum local. ♫ Sua vida é andar por esse país pra ver se um dia descansa feliz, Guardando as recordações......
Chica é uma mulher boníssima, grudada em mais Nosinhoras que eu, tem imagens de todas para usar em caso de cada aflição, que tem Maria como filha, esquecendo-se que não o é.
Maria Altamira é apaixonada por Altamira e pelo Xingu - uma brava lutadora a favor de sua ancestralidade e dos povos que ali sempre viveram.
A criação da usina de Belo Monte* é o norte e sul do livro, mas também grileiros, madeireiros, políticos arrivistas, extratores de ouro, etc. Todo o tipo de aproveitador inescrupuloso apareceu em Altamira "preocupados" com a construção, o que chamou atenção dos indígenas e pescadores, estes sim, aflitos por sua sobrevivência.
Maria Altamira e seus amigos acompanharam de perto os embates pró e contra a construção, sem muito poder fazer.
A narrativa é concisa, fluida e muito, muito pesquisada, mas a realidade destes povos é tão diferente do pouco que conhecemos pela mídia, que aparenta ser fantasia.
Levei muito tempo lendo por conta das pesquisas que fiz.
Maria José, o Javier Moro de saias.
Amei muitíssimo amado.