lys 05/01/2024"?Sinto um puco de pena de você, não muito, mas um pouco"Olá pessoas, cansadas da impunidade no Brasil? Que tal um livro onde, mesmo achando que saiu impune de seu crime, nosso querido protagonista (ou nem tão querido assim) verá a justiça sendo feita com as próprias mãos, no caso com as mãos de um velho cigano? =)
"Era como se alguém [...] estivesse usando uma louca e sobrenatural borracha sobre ele, apagando-o, quilo a quilo."
Nessa história o advogado Bill Halleck atropela uma mulher, que vai de arrasta pra cima. Porém, com a ajuda de alguns conhecidos, ele sai impune de seu crime ou será que não? Um cigano, então, joga uma maldição nele. Agora Bill, um obeso de 113kg, está perdendo peso cada vez mais rápido e se tornando aos poucos uma monstruosidade cadavérica.
"?Acho que deveria engordar um pouco ? disse a jovem."
Dá para sentir empatia por esse cara? Não. Em nenhum momento o protagonista consegue se arrepender de fato pela cagada que fez, ele insiste que a cigana atropelada tem tanta culpa na história quanto ele e que, portanto, o cigano lhe lançou uma maldição descabida.
Eu atropelo e mato uma pessoa por ser negligente no volante, uso dos meus contatos para sair impune do crime e um cigano mulambento acha que tem direito em me lançar uma maldição, que coisa não?
"?Parece assustado [...] É tarde demais para ficar assustado, homem branco da cidade"
A leitura é fluida e gera cuiriosidade para saber até que ponto o advogado irá definhar ou se ele conseguirá se livrar dessa. É claro, com minha grande torcida para que ele definhe até não haver distinção entre ele e um esqueleto desses de laboratório. Ah ah
O final é muito bom, mas deixa uma dúvida: Alguém sabe o número desse cigano? Ele faria o maior sucesso aqui no Brasil.
"Todo mundo paga, mesmo por coisas que não fez. Nada de quites."