A máquina de contar histórias

A máquina de contar histórias Maurício Gomyde




Resenhas - A Máquina de Contar Histórias


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Ana Paula 26/08/2016

O livro conta a história de Vinícius Becker, um escritor brasileiro best seller conhecido dentro e fora do país. Sua vida ia muito bem entre um evento e outro até que no dia do lançamento do seu livro mais recente ele perde a esposa e se vê sozinho com as duas filhas. O maior problema é o fato de que Valentina, a filha mais velha, não se dá bem com o pai devido sua ausência durante a doença da mãe.

Juntando esses ingredientes, temos uma história de reconquista o que acaba passando a impressão de que já vimos isso em algum filme da sessão da tarde…. E não mesmo! Te garanto que a leitura é uma delícia, ele foi escrevendo de forma linear sem se preocupar em trazer grandes reviravoltas a trama.

Aparentemente isso pode fazer com que você pense que a história é chata, mas as formas que ele vai encontrando para contornar o problema são bem interessantes e o melhor é que parece que você sente o coração dele ali o tempo todo.

Ele sente um pesar enorme por ter perdido a esposa, está completamente fechado em seu próprio luto, mas não pode ficar abatido por muito tempo, pois precisa correr atrás do tempo perdido. Aos poucos você vai conhecendo um cara que amava muito a esposa, mais do que qualquer pessoa na vida, mas se fechou em si mesmo quando soube que perdê-la para a leucemia era uma questão de tempo.

Ele não soube lidar com isso, resolveu concentrar todas as suas forças em sua carreira e o custo foi alto. Você vai perceber que ele não tem nenhum problema em admitir que errou, uma coisa rara nos dias de hoje, mas vai ver também que ele está disposto a consertar o erro, o que é mais raro ainda. Apesar disso ele ainda enfrenta bastante resistência e o final é bem construído e me emocionou bastante.

Uma coisa muito legal é que ele cita algumas técnicas de escrita ao longo do livro e, para quem é leigo no assunto, são muito inspiradoras, já quero pesquisar todas! No geral, gostei do livro, achei a escrita do Gomyde bem envolvente e ele consegue transmitir os sentimentos do personagem com muita clareza.

Ah! Uma das revelações do final ficou bem óbvia para mim durante a leitura, mas também não sei se ele queria que fosse exatamente uma surpresa… Mas deixei registrado aqui porque não sei se todos terão a mesma percepção que eu.

site: http://www.pontoparaler.com.br/critica-de-livro-a-maquina-de-contar-historias/
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Aline Marques 17/07/2016

Quem tem fama também ama!
Livros são jornadas que o leitor encara com temores, expectativas e sonhos. Bem como a vida.

Por mais que duas pessoas tenham gostos parecidos, jamais uma história tocará ambas da mesma forma. Claro que uma ou outra característica será semelhante, mas é um caminho solitário, capaz de transformar até o leitor mais desavisado.

Gomyde explora tais fatos de forma sensível, incorporando seu amor evidente pela literatura e esperanças.
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"Por que as pessoas se contentam com tão pouco? Por que a vida real não pode ser uma fantasia com capítulos, reviravoltas e sonhos realizados de forma inesperada?"
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O protagonista é um autor de sucesso, que acredita ter tudo que um ser humano possa desejar, até que a morte de sua esposa o faz enxergar que há muito mais a ser valorizado do que a opinião de estranhos. 'A Máquina de Contar Histórias' tem uma narrativa fluída e reflexiva e, se não fossem pelos diálogos pouco naturais (e às vezes enervantes) teria me conquistado completamente.

site: https://www.instagram.com/p/BHr0dRPgg4V/?taken-by=ousejalivros
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Hanna B 03/06/2016

Lindo de morrer esse livro.
O amor de um pai por suas filhas é infinito. A reconquista me fez refletir sobre o tanto que às vezes deixamos de lado quem a gente ama e só nos preocupamos com trabalho.
O final aberto, dando dupla interpretação, torna tudo ainda mais instigante.
Nota mil.
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Mari Ravelli 08/05/2016

Lindo, lindo, lindo, mil vezes lindo. Amei tudo, a história da família V e toda a fantasia da reconquista. É um conto de fadas moderno, costurado pela literatura.
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Kamila 03/05/2016

A Máquina de Contar Histórias começa com o famoso escritor Vinicius Becker em mais uma de suas viagens para lançar seu mais novo livro. Entre um evento e outro, ele recebe uma ligação - já esperada, até - avisando que sua esposa Viviana tinha falecido, vítima de câncer. Ele larga tudo e volta para poder enterrá-la. Ao chegar em casa, encontra uma família devastada, principalmente sua filha mais velha, Valentina, que sofreu bastante, porque a mãe era seu exemplo.

Valentina o culpa pela perda, por ele ter estado tão ausente nos últimos anos, devido suas viagens e seu tempo dedicado à literatura. A caçula, Vida, tem só quatro anos e também sofre muito, mas entende pouco do que está acontecendo. Daí em diante, Vinicius embarcará numa viagem em busca de sua redenção como pai, ao mesmo tempo que colocará em xeque sua carreira como autor.

Foi meu primeiro contato com o Maurício Gomyde e já gostei! O autor escreve com uma delicadeza que vi em poucos autores homens (tirando o Sparks, que é um caso a parte). Ele mostra um Vinícius antes e depois da perda de Viviana. Como o ato de escrever deixou de ser algo romântico para se tornar mecânico.

Primeiro, Vinícius relembra seus momentos com a esposa, depois volta à infância e adolescência, onde um jovem Vinícius escreve uma declaração de amor a uma colega, mas o texto foi visto com maus olhos pela diretoria e pelos pais do menino. Só uma professora apoiou seu sonho literário, dando-lhe como incentivo um livro de técnicas de escrita, que passaria a ser seu livro da sorte.

Ali em cima eu disse que Vinícius embarcaria numa viagem. Pois é, ele pegou as filhas e as levou para a Itália, Espanha e Inglaterra. Tudo previamente arquitetado através de emails com uma tal Bárbara, cujo endereço de email ele encontrou no computador da Valentina, junto com um livro que ela estava escrevendo.

Teve uma coisa que me incomodou no jeito do Vinícius durante a leitura. O autor era bem metódico na hora de escrever: 1500 palavras por dia, planilhas e mais planilhas com características de personagens... Em certo momento da carreira, ele deixou de escrever com o coração, para simplesmente escrever. Vinícius não escrevia o que sentia, escrevia aquilo que vendia. Eu sei que é maravilhoso quando um autor (principalmente no Brasil) tem seu sucesso reconhecido além-mar, começa a vender muito e arrasta para si uma legião de fãs. Mas, não é mais bonito quando escrevemos com o coração? Não é bonito ser sincero na hora de escrever? Foi como se simplesmente ele escrevesse por dinheiro, eu achei ele mercenário.

A propósito, uma coisa que reparei é que, o livro foi escrito usando duas fontes diferentes. Assim, o autor começou escrevendo usando Times New Roman - eu sei distinguir Times das outras, rs - e depois pulou para essa da foto. A diferença é visível.

Veja bem, eu escrevo no Wattpad (ou tento escrever, já que são tantas coisas pra fazer que ando meio sumida de lá) o que eu gostaria de viver, de sentir, eu escrevo o que sonho. Acho que todo autor é assim. Não consigo gostar de ser tão certinha na hora de escrever, gosto de jogar as palavras na tela, de acordo com o que está na minha mente. Claro que sou a favor de se fazer um fichamento com os personagens da história a ser escrita, para que a mesma não se perca e tenha nexo, mas, precisa mesmo ter tantas técnicas assim? Escrever é bom e ganhar dinheiro também, mas acho que no Vinícius faltou amor. Ele parou de escrever com o coração para escrever com a cabeça.

Tirando isso, a história tem uma linda mensagem, que deve ser lida por todos. Só espero que o Maurício continue escrevendo com o coração e, que o sucesso internacional que está fazendo não lhe suba à cabeça e termine como o Vinícius. Livro mais que recomendado!

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2016/04/resenha-maquina-de-contar-historias.html
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Fran 19/03/2016

"No fundo, as pessoas não compram autores, não compram livros. Compram a emoção que a história promete proporcionar". Acho que esta frase casa muito bem com o sentimento que tive ao ler o livro. Amei de paixão.
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Fernanda 19/03/2016

Amei tanto esta história que nem sem como começar a resenha. Tem uma coisa nos livros do Maurício e que me toca profundamente: a simplicidade. No livro, inclusive, o personagem fala isso, da dificuldade em ser simples. Quando pego um livro e me recosto na poltrona, uma das sensações que procuro é a de fugir da realidade e me entregar à história. A beleza na simplicidade deste livro é tocante. O tema da reconquista é uma coisa que mexe comigo e a coisa meio fantástica, meio lúdica da escrita, me fez terminar o livro com lágrima nos olhos e a sensação de perda. Se um livro provoca isso em mim, só pode ser muito recomendado.
Fran 19/03/2016minha estante
Faço minhas as suas palavras. A simplicidade e ao mesmo tempo profundidade dos sentimentos é um jeito delicioso de se entregar a uma história. Recomendo também.


Diane Ramos 21/03/2016minha estante
Livro excelente! Tá nos meus favoritos também :)




Tiago 16/03/2016

Falácia
Me sinto obrigado a escrever a resenha para criar um contraponto em meio a tantas resenhas e avaliações elogiosas. Difícil entender como um livro tão superficial conquistou tanta gente. Se ainda estivéssemos falando de um livro juvenil eu até daria um crédito para o autor. Mas a intenção dele foi escrever um livro adulto, com um drama familiar permeando toda a história.

O personagem principal é um chato de marca maior. Daqueles tipos que saem distribuindo notas de 50 (sim, para ele só existem notas de 50) para "facilitar" as coisas e se acha o máximo. Tirando um episódio de sua juventude, não existe construção a respeito do personagem, profundidade, nada. O que temos é uma situação dramática que se prolonga por todo o livro, permeada por relações que carecem de verdade e pungência.
regifreitas 16/03/2016minha estante
penso muito parecido contigo. se o livro fosse vendido como um juvenil eu até daria 3 estrelas, mas para um livro com temática adulta, deixa muito a desejar! são clichês demais em uma obra só! as emoções e motivações dos personagens são muito superficiais, não consegui sentir empatia com nenhum deles. poderia tratar-se de um livro escrito pelo próprio personagem (pai), um autor para quem a escrita de desenvolve através de planilhas!




Jana 13/03/2016

Que sensação maravilhosa é a de abrir um livro sem saber o que esperar, e acabar sendo tocada tão profundamente. Não sei como demorei tanto para ler algo do Gomyde, e mesmo vendo as avaliações boas de “A Máquina de Contar Histórias” ainda acabei muito surpreendida.

O título do livro é nada mais que o termo usado pelo próprio protagonista, o escritor best-seller brasileiro Vinícius Becker, para se referir a ele mesmo. Vinícius atingiu o patamar que poucos autores do Brasil conseguiram, enquanto lia o imaginei sendo o nosso Nicholas Sparks – já que sua área é o romance – com uma fama que vai além da de Paulo Coelho.

Na festa de lançamento do seu 10º livro, a mulher de Vinícius, Viviana, perde a luta de quatro anos que vinha travando contra a leucemia. O escritor só fica sabendo da morte da esposa no dia seguinte e corre de encontro com a família para o enterro, e é lá que ele começa a perceber que além de ter perdido os últimos momentos e anos do amor da sua vida em prol da própria carreira e sucesso, Vinícius também perdeu o amor das filhas Vida, de 4 anos, e principalmente de Valentina, de 16.

Perder o membro mais importante de família “V” faz Vinícius acordar. Desde que a mulher, ainda grávida, descobriu a leucemia, ele afundou no próprio sucesso, se afastando daquela que foi a sua grande companheira nos bons e maus momentos, por medo do que estaria por vir. De lançamento em lançamento, festa após festa, Vinícius foi aumentando o seu império, que já era gigantesco, e se afastando da família. A raiva que ele vê que a filha Valentina nutri por ele é resultado de quatro anos de ausência de um pai que escolheu a carreira ao invés da mulher doente e as filhas.

Vinícius, então, entra em uma jornada para recuperar o amor das filhas e conseguir o perdão de Viviana. E que jornada maravilhosa! Maurício Gomyde apresentou com simplicidade o que há de mais complexo nesse mundo, o amor fraternal. O amor de um pai por suas filhas, o amor das filhas por uma mãe forte que ficou, cuidou e foi amiga das filhas enquanto o marido estava indo atrás dos próprios sonhos, a deixando sozinha para lutar contra o próprio corpo que a cada dia mais desfalecia.

Em uma viagem, e com a ajuda de uma correspondente virtual, amiga de Valentina, Vinícius tenta se aproximar das filhas, e a cada momento ele é lembrado pela mais velha sobre os seus erros. A culpa o consome e é ela que o faz decidir que sucesso, fama ou dinheiro nenhum o afastaria de novo da sua família.


Além de dar essa aula sobre amor, Gomyde ainda consegue nos falar um pouco sobre a arte de escrever. Ao descobrir que a filha Valentina também tem a mesma paixão que ele pela escrita, Vinícius tenta ajudá-la a entrar de vez no mundo da escrita criativa que ele conhece, cheio de regras e técnicas. Não para o espanto dele, que a essa altura já percebeu que as filhas têm muito mais a ensinar do que aprender, Vinícius vê que Valentina escreve por e com amor, ao contrário dele mesmo que desde sempre encarou todos os seus livros como projetos lucrativos, com direito à planilhas, horário certo para escrever e quantidade exata de palavras por dia para serem escritas. Uma verdadeira Máquina de Contar Histórias.

Achei a história de uma delicadeza enorme. Fala sobre erros e acertos, sobre redenção e perdão. Logo no começo, com a morte de Viviana, deu para notar que o desenrolar de tudo iria mexer com o meu coração e estava certa. Me emocionei diversas vezes e no final, não teve jeito, terminei em lágrimas. Mesmo sem a presença da matriarca, senti o amor e carinho que ela tinha pelas filhas e pelo marido, senti toda a dor de Vinícius com a morte de Viviana, e a dor do arrependimento quando a noção de que ele deixou de viver com a esposa anos que jamais voltariam. E que mágico é ler e poder sentir a mesma coisa que as personagens. Sentimentos profundos e complexos que encaramos ou vamos encarar em algum momento em nossa vida. Para mim, Gomyde deixa uma mensagem muito clara em sua obra: nada nesse mundo pode ser mais importante ou pode substituir o amor de uma família.


site: www.aquelaborralheira.com.br
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Paraíso das Ideias 09/03/2016



O
lá pessoal!!
Sei que já publiquei algumas resenhas, mas essa é oficialmente a minha primeira leitura de 2016, e caramba, que leitura. Já há algum tempo escuto maravilhas da escrita do querido Maurício Gomyde, mas ainda não tinha tido a oportunidade de ler, vergonhoso já que sou parceira dele kkkkkkkkkk, mas enfim ganhei esse na maratona e resolvi começar meu 2016 ao melhor estilo literário. Mas agora, vamos conhecer a obra...

Vinicius Becker é um autor renomado mundialmente, desde muito novo ele carrega em si o amor pela literatura, e escreveu seu primeiro livro aos dezesseis anos, sob protestos do pai e apoio incondicional de sua professora de literatura. Com o passar dos anos, Vinicius foi agraciado pelo amor de Viviana, uma jovem arquiteta que esteve ao seu lado em todos os momentos e lhe dispôs seu apoio incondicional durante todo o processo de construção, até o nível em que se encontra hoje.

Com o tempo constituíram uma linda família, intitulada família V, e agora prestes a nascer o mais novo membro da família, Viviana descobriu que esta com leucemia e que seu caso é muito grave, com chances baixas de resistir, Vinicius fica atordoado com a chance da perda, mas acaba focando seu desespero em sua carreira, numa busca frenética de diminuir seu sofrimento, mas agora ele acaba de receber a noticia de que Viviana faleceu, e ele como sempre, estava em mais um de seus lançamentos incomunicável.


"O céu escuro, preenchido por nuvens carregadas em cinza-cobalto, transformou-se em testemunha de um crime sem culpados: uma família voltando em frangalhos para a realidade de uma vida que seguiria ninguém sabia como." (Pag. 23)


Quando retorna pra casa perdido em sua dor e sofrimento, Vinicius descobre que perdeu muito mais que sua esposa, ele perdeu sua família, Valentina sua filha mais velha, já não o vê como pai, e não o perdoa por não ter estado ao lado de sua mãe na hora em que ela mais precisou.


"Sem amigos, sem esposa, sem filhas. O lugar pelo qual ele tanto havia lutado revelava-se o lugar em que ele nunca havia desejado estar." (Pag. 54)


Agora ele precisará correr contra o tempo e lutar contra tudo o que esta acostumado para recuperar o amor de sua filha e traze-la de volta, mais sua ficha só cairá de verdade quando ele descobrir o quanto desconhece sua filha e o quanto perdeu enquanto estava fora.

Apenas pela sinopse, já é possível imaginar o contexto que teremos pela frente. Vinicius foi egoísta, e na busca de uma forma de fugir do seu sofrimento pelas condições da esposa, acabou dedicando todo seu tempo aos livros e se abdicando totalmente do que acontecia ao seu redor.

Dessa forma, Valentina foi quem cuidou da mãe e esteve ao lado dela até seu último suspiro, sozinha e sem ter com quem compartilhar seu próprio sofrimento, e isso faz com que ela acumule ódio e desprezo daquele que devia ser seu ídolo e estar ao seu lado. Vinicius só vai perceber o tamanho do seu erro quando retornar para casa e perceber que suas filhas já não o amam ou admiram como antes, e no desespero de um pai para recuperar o amor de sua filha e unir novamente sua família ele começará uma aventura em busca do perdão.

O livro é cheio de conceitos lindos, retrata a dor de um pai e ao mesmo tempo a dor de uma filha, a dor da perda e a dor do desprezo, ao mesmo tempo Maurício nos dá uma aula de escrita e amor com palavras claras e simples.


"A gente não aprende lendo, aprende vivendo. E a vida, por mais que uma quantidade enorme de pessoas acredite nisso, não é feita de métodos, fórmulas, dicas ou listas de recomendações. ela é feita de sentimentos pelas pessoas que estão ao seu lado, ou por aquelas que estão longe, mas que, só por pensarem na gente, já fazem toda a diferença." (Pag. 68)


Citando renomados escritores e passando por lugares lindos em uma viagem incrível, Maurício nos leva por uma linda aventura cheia de amor e perdão, com ensinamentos e lições de vida lindas, onde é possível se colocar no lugar dos personagens e rever vários conceitos e atitudes do nosso dia a dia.

A edição é da Novas Páginas, com folhas amareladas e fonte confortável, o livro vem com uma capa e diagramação impecável que colabora e muito para o encanto do leitor. O livro também contém uma playlist incrível feita pelo autor do no decorrer da história que só torna tudo mais mágico e encantador, vale a pena ler ouvindo.




Minhas considerações com relação ao autor, é que ele realmente é fenomenal, possui uma escrita só dele, e uma leveza nas palavras que te fazem viajar no texto sem perceber o tempo passar, e assim como seu próprio personagem diz, faz com que o leitor queira ir até a última página, o título do livro faz muito jus a história já que Vinicius se transformou em uma máquina, trabalhou horas para alcançar aquilo que ele julgou ser o certo, só posso dizer que agora que li o primeiro é claro que quero os próximos!!

Pra você que curte uma leitura leve e diferente dos romances comuns, com um toque de amor e muito a aprender, leia A Máquina de contar histórias e sem dúvida você vai se apaixonar.


site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Allan Ribeiro 08/03/2016

A Máquina de Contar Histórias
Uma overdose prazerosa de experiência, é assim que começo essa resenha.
Vinícius Becker é um renomado escritor de romances e está lançando o seu décimo livro, mais um para a sua coleção de sucessos. Após o dia cansativo chega ao hotel e só quer dormir, descansar de toda aquela correria do dia. Quando acorda, nota muitas ligações de sua filha mais velha em seu celular. Viviane, esposa de Vinícius, sofria de leucemia e lutava bravamente contra a doença, porém após quatro anos e meio de batalha, deixa o marido com suas duas filhas, Valentina e Vida de dezesseis e quatro anos respectivamente . O que Vinícius não esperava era perder a sua esposa em um dia como aquele, e para piorar tudo, no dia do lançamento de seu livro, deixando-as mais um dia sem a sua companhia de pai e marido. Vinícius perdeu um de seus três maiores tesouros e nem percebeu como isso aconteceu, claro, estava vendendo seus livros, dando autógrafos e tirando fotos.
No mesmo instante ele parte para o enterro de sua amada, mas sua recepção não é nada agradável. Valentina acusa friamente o pai de ser uma pessoa vazia, ausente e egoísta. Vinícius não sabe o que fazer, perdeu sua esposa, sua filha de 16 anos praticamente o apedreja, e a pequenina Vida mal sabe o que está acontecendo ao ver a mãe descer dentro de uma caixa de madeira. Após o enterro sua situação não melhora, agora Valentina vomita tudo o que está sentindo pelo pai, a sua ausência constante e a falta de amor e carinho. Vinícius se pega surpreendido ao saber que realmente não conhece nada das filhas, não sabe quais as suas cores favoritas, seus livros preferidos, lugares preferidos, muito menos as próprias escolas delas.
Valentina estava escrevendo um livro com Viviane, ainda sem conclusão mas estavam escrevendo, juntas. Isto dá um orgulho imenso a Vinícius, pois enxerga a possibilidade de ver a sua própria filha seguindo seus passos. Em contra partida, não deseja que a filha passe por tudo o que está passando agora, acusado de omissão e ausência.
Após uma briga com Valentina, Vinícius entra no quarto dela e invade seu computador, não com a intenção de espioná-la, mas para conhecer mais da própria filha. Nessa visita ao computador da filha encontra duas coisas muito importantes. A primeira é o email de uma amiga de Valentina, Bárbara, que conta seus segredos mais íntimos, seus sentimentos e a mágoa contra o pai. Vinicius anota o email dessa amiga com a intenção de descobrir mais informações básicas de sua própria filha. A segunda e mais forte das coisas, é um vídeo da sua própria esposa em uma “entrevista” com Valentina revelando os seus desejos mais profundo que não foram realizados, coisas que ela ama, amou e amaria se tivesse a oportunidade de realizar.
Vinícius não sabe o que fazer, perdeu a sua esposa para sempre, perdeu a confiança e amor de suas filhas e acaba se vendo perdido em seu próprio mundo, um mundo de ilusão e fama que ele mesmo desejou.
A partir deste ponto, Vinícius parte em disparada contra o tempo para reaver tudo o que perdeu. Toma consciência de seus erros e tentará com todas as suas forças recuperar o amor de suas filhas. Larga para trás sua carreira, coisa que no momento já não importa mais para ele, larga a sua casa e sai com as suas duas filhas para uma viagem de família, uma viagem de amor, de recuperação e superação.
E é nessa viagem que tudo acontece, choramos, rimos e nos divertimos com tudo que nos espera. O desespero de um pai, para reconquistar o amor de seus dois únicos e restantes tesouros...

Minha percepção quando ao livro: Eu simplesmente achei esse livro fantástico, super rápido de ler (acho que esse é o efeito que ocorre sobre mim quando o livro é muito bom) que passou mais depressa do que eu esperava. Fiquei com o coração na mão em muitos momentos e não tive como não "suar" pelos olhos rsrsrsrs. As personagens são muuuuuito próximas da realidade e somos jogados em algumas cenas que podem não parecer tão estranhas ao nosso cotidiano. Um livro 5 estrelas no meu ranking e que me deixou sem fôlego em várias partes.

Notas gerais sobre o livro: Preciso iniciar falando da capa, que capa é essa meu Deus? A Novas Páginas/Novo Conceito mandou super bem bolando essa estrutura relacionada com a história, nada que a compõem está ali por acaso. As letras datilografas no meio do livro também dão um toque todo especial. Vale a pena prestar atenção nesses detalhes.

site: http://www.clubeletters.blogspot.de/2014/09/resenha-escrita-maquina-de-contar.html
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Gil 22/01/2016

A história conta a vida do escritor Vinicius Becker e a família V( Vinicius, Viviana, Valentina e Vida). No auge do sucesso ele perde sua esposa e passa a ser desprezado por sua filha de 16 anos. O que antes havia um pai dedicado, amado e um espelho, agora teria que reconquistar sua filha mais velha, porém uma situação difícil quando não se conhece mais a mesma. A fama roubara o melhor do pai, do esposo e até mesmo do escritor. Até que ele resolve reconquistá-las, deixa tudo de lado e parte rumo a uma viagem que poderia salvar suas vidas e que teria um grande significado para ambos.


Um enredo com drama familiar, redescobertas e amor. Amor pela família, por escrever. Durante a história é apresentado diversas formas e técnicas de escrita. Também no meio da narrativa, nos é mostrado flashbacks do Vinícius, como ele passou a ser escritor, conheceu a mulher, tudo de forma bem objetiva. Capítulos são bem curtos, o livro em si é fino. A trama é envolvente e a leitura rápida, pelo menos pra mim foi, um dia, pois ficava ansiosa para saber o desfecho. Mauricio Gomyde com seu livro nos faz questionar, até onde o sucesso pode corroer e moldar uma pessoa, desviá-la do seu intuito e o quão difícil é recuperar a confiança daqueles que amamos.
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Gabriela 11/01/2016

A máquina de contar histórias
“(...) No fundo, as pessoas não compram autores, não compram livros. Compram a emoção que a história promete proporcionar. O que cada leitor quer é, durante a imersão no mundo criado pelo escritor, esquecer-se dos problemas, angústias e tragédias do dia a dia. Ou, ainda que por alguns instantes, experimentar uma vida diferente da sua realidade.”

Com essa citação do livro, da para se ter uma ideia do quão especial ele é. Exatamente como citado pelo autor, “A máquina de contar histórias” é um livro que faz com que o leitor esqueça os problemas enquanto está lendo, e experimente algo junto com os personagens da história, fazendo os sentimentos virem à tona, como se estivessem sendo vividos por si próprio.
Em síntese, o livro vai nos apresentar o personagem Vinícius Becker, um escritor com uma carreira no auge, famoso e cheio de compromissos com seus livros, lançamentos, e eventos literários. Por essa razão, Vinícius se mantém ausente de casa, dando prioridade ao trabalho, ao invés da família. Mas tudo desaba a partir do momento que sua esposa vem a falecer, vítima de uma doença. Com suas ausências constantes, o renomado autor não esteve presente no momento da morte da amada, e isso faz com que um vazio tome conta dele, além de ser rejeitado pela filha mais velha, que, com muita raiva nem sequer fala mais com o pai.
A história vai se passar nesse contexto da busca do escritor, pela confiança e carinho da filha, juntamente com a tentativa de superação pela perda da esposa. Comovente, e com muitas lições de vida, esse livro fez de mim uma pessoa melhor.
Cada capítulo contém uma emoção diferente, e um ensinamento que, por mais simples, acrescenta algo como reflexão. A essência da história já remete pensar em como perdemos tempo com coisas fúteis, deixando de lado o mais importante, que é a família, o amor e a confiança das pessoas que amamos. Como encarar a morte e o arrependimento de não poder ter feito melhor para a pessoa que se foi. Entre tantas outras coisas que o livro deixa como questionamento para que se pense na vida e no valor das cosias.
O personagem da história busca todo tempo a confiança de alguém que ama, acreditando merecer uma segunda chance. Todos nós merecemos uma segunda chance, independente do que fez com que a primeira tenha sido perdida. O fardo do arrependimento foi o preço pago para que o escritor ganhasse como recompensa, outra chance para reconquistar sua filha, e assim deve ser feito. A segunda chance é um prêmio que todos têm o direito de ganhar, afinal, o velho clichê “errar é humano” não existe sem ter motivos. O erro é inevitável em muitas circunstâncias, mas o que fazemos para concertá-lo é o que vale para que a recompensa de mais uma chance seja dada.


“(...) Gosto da ideia de saber que a forma como enxergamos as coisas é fruto do tanto que a gente aprendeu até ali. De não existir o certo e o errado, apenas o que se apresenta aos olhos de cada um. As gerações vêem de forma diferente as mesmas coisas, e, como diz o velho sábio, enquanto cada um cumprir o papel que lhe cabe, todo mundo terá razão.”
Com citações e reflexões incríveis, Maurício Gomyde transforma tudo aquilo que ele relata, em realidade. Toda a intensidade com que os personagens vivem o drama da morte de uma pessoa querida, e a forma como um pai busca desesperadamente a confiança da filha, é algo que pode ser vivido por qualquer pessoa. E, acima de tudo e de todas as lições, o que mais importa é que o amor é o que há de mais forte e poderoso dentro de qualquer pessoa. Com o amor, tudo pode ser conquistado, e é por ele que se luta. No final, o amor é o que mais vale a pena.

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Papel.Papel 05/01/2016

Sobre a coragem que apenas surge: A máquina de contar histórias, de Maurício Gomyde
I

- Tenho medo de perder a espontaneidade.

- Esse idealismo é bonito e é próprio dos jovens, e você está certa em ter medo de perdê-lo. Mas não vai ser por ter consciência plena das suas limitações e potencialidades que isso vai acontecer. Admiro sua perseverança em se entregar ao texto. Se assim for, que seja com a alma. O importante é você colocar fogo entre as palavras, e não nas palavras.

(A máquina de contar histórias, p. 159)



Seja você mesmo. Talvez o conselho que mais ouvimos na vida? Nesta busca pelo que é verdadeiro, conseguimos traduzir a intimidade que gostaríamos ou sentimo-nos intimidados por esta expectativa de sinceridade?

Contar uma história ou um desejo (ou ainda, o desejo de uma história) pode por vezes ter a voz de uma prece: silenciosa, embora irrequieta, como se estivéssemos à espera da melhor das frases, e não apenas de seu melhor. E qual o vencedor nesta luta entre o não-dito (o fogo entre as palavras) e tudo o que por motivos de timidez, engasgo ou mera incompetência não conseguimos dizer?

Ainda que em um continuum de coragem e tropeço, acredito que o importante seja dizer. Seria este um conselho menos dolorido? Viver de primeiras palavras, não importando quais ou quão importantes, sem medir o tanto de prazer e danos que causaríamos? Haveriam histórias pra contar, lembranças dessa espontaneidade pra vivermos?

Se a conversa e os encontros de nossos dia-a-dias são assim tão difíceis, no limite da naturalidade e da prudência, penso na dor dos que se propõem a escolher palavras para um poema, uma carta de amor, uma obra literária; no quanto de medo, tropeço, coragem, ousadia que cada corpo de texto desses carrega. Afinal, cabe ao autor demonstrar sua verdade com todas as palavras possíveis? É preciso exaustão para soar verdadeiro? Escrever até a alma cansar seu fôlego? Ou, como um antigo texto nos diz, teu nome no meio da página será sempre a melhor declaração de um poeta?

Seria a escrita então este algum-mundo onde nos sentimos... livres? E sentir-se livre, ainda que preso ao texto, é sentir-se então verdadeiro?

Sei que é preciso vontade. Para o impensado e também o texto escolhido. Para que assim o leitor-confidente ouça nossa precisão e soluço, e quem sabe complete o que ficou pelo caminho.




II


- As palavras de um de seus favoritos, Jack Kerouac, vieram à mente: 'A página é comprida, está em branco, cheia de verdades. Quando eu acabar com ela, provavelmente estará comprida, cheia - e vazia com palavras'. Pois ele sentia que o branco da página era o mais sincero a dizer a Viviana.
(p. 54)


O segundo álbum tem a fama de ser um marco e um problema para todo artista. Porque quando uma banda consegue seu melhor trabalho logo no primeiro disco, as expectativas para o segundo costumam ser duvidosas, como se já não houvessem créditos para algo ao mesmo tempo novo e incrivelmente fiel à experiência do primeiro. Talvez a Literatura siga em uma outra lógica e indústria, mas ser diferente com a mesma essência é uma cobrança que assola tanto o escritor como o artista, que nestas horas talvez sofram como um menino à espera de seu segundo encontro, onde por sua essência permanecerão formosos aos olhos da mocinha ou simplesmente ignorados por seus dois ou três diálogos mal ensaiados.

Em A máquina de contar histórias, Maurício Gomyde apresenta-nos Vinícius Becker, um escritor mundialmente famoso que, após um longo processo de dor e segundas chances, reconhece que a fama e o sucesso não o torna um escritor de verdade. Ainda que a verdade percebida por seu público tenha sido o êxito de sua carreira em todos estes anos. Mas no instante em que a vida real confronta a literária, é preciso escolher o caminho que mais importa, e então seguir. No caso de Vinícius, foi preciso este nocaute do real para que sua vida literária recomeçasse no caminho certo.

Aos dezesseis anos Vinícius descobre a escrita, e nela se abriga, sendo este seu melhor ofício e carreira, sua razão de existir. Quando adulto, esta vontade de escrita produziu um, dois, inúmeros bestsellers. E a vida assim continuava, entre milhares de fãs, histórias e clichês de sucesso, até o dia em que uma grande perda confrontou Vinícius com uma dura realidade: valeu a pena conquistar o mundo para deixar-se vencer pela vida?

Esposo de Viviana e pai de duas meninas, por muitos anos Vinícius tratou a literatura 'com a frieza de uma ciência exata' (p. 141), como se a proeza de seu texto (conquistada a duras penas) fosse uma fórmula suficiente para o êxito de seu ofício. Porque anterior ao sucesso está o domínio da escrita, mas para o pequeno-grande mundo que acompanha o artista (sua família e amigos), tal êxito talvez seja sinônimo de apenas isolamento.

Para Vinícius, não é preciso responder se a arte é a expressão de sua verdade (pergunta favorita de todo jornalista) pois suas obras falam por si, e por isso despertam uma inimaginável proximidade com os leitores. E se é verdade que o autor dedica mãos e tempo para escrever, costurar e cortar parágrafos e versos atravessados, seu trabalho será então verdadeiro. Como uma confidência, talvez. Ainda que muito bem estruturada e pouco "espontânea", como dirá Valentina, sua filha adolescente e então comentadora favorita, que não entende como podemos chamar de arte algo que não transparece a verdadeira dor e virtude de todo artista. Porque não pode ser autor aquele que não fala com vigor e autenticidade; afinal, é preciso que sua vida simplesmente pule do coração e se derrame na tela do texto.

E assim prosseguem os personagens de Maurício, neste possível-impossível das relações humanas e da criação artística, apaziguados apenas quando a maior das verdades, o Amor, verdadeiramente ocupa as páginas do coração de Vinícius e suas filhas.

Ainda sobre as segundas chances, lembro de uma entrevista sobre o Pearl Jam (trecho de um documentário na verdade) onde os integrantes comentavam sobre como Eddie Vedder era um cara um tanto introspectivo nos palcos, especialmente no início da banda, e que foi preciso um incidente em um dos shows (no caso, um tumulto entre público e seguranças) para que toda a intensidade da cena reverberasse na voz de Eddie. Este momento foi documentado em vídeo, assim como inúmeros outros de inúmeros shows, mas foi esta explosão de voz e expressão específica que a banda decidiu tornar inesquecível. Porque quando parte de nossa vida é de certa forma assim eternizada, importa guardar a lembrança que queiramos como mais verdadeira, talvez porque não seja possível compartilhar a lembrança mais importante de nossas vidas com todo o mundo. No caso do Pearl Jam, parece mesmo haver algum 'romantismo' nesta imagem de um cantor que descobriu sua voz apenas quando confrontou as forças que o policiavam (o que não deixa de fazer sentido); mas se esta imagem é de todo verdadeira ou não, não saberemos, e não importa. Afinal, para que haja história, seja a da literatura ou da música ou de nós mesmos, é importante que haja voz, ainda que fraca, como um prenúncio de uma coragem que em algum momento apenas surge, e vive.

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Kellen 16/12/2015

Primeiro... Apaixonente!
Foi incrível ler o autor falar sobre técnicas de escrita e imaginar: mas e aí, o que o Gomyde está fazendo agora? Usando técnicas ou os seus mais íntimos sentimentos?
No final eu concluí: Ele pode estar usando os dois; seus sentimentos aprimorados com as técnicas. E tenho certeza, estou 100% certa!
O livro é lindamente emocionante, trás à tona sentimentos adormecidos enquanto estamos lendo. É o tipo de livro que "o leitor sente a necessidade de virar cada página... e virar amigo do escritor" haha
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