* 09/09/2013Até que enfim, um ser sobrenatural inovador! Palmas para Amy Plum.Kate e Geórgia perderam seus pais de forma trágica, em uma noite chuvosa o carro acabou capotando e os dois não sobreviveram. Desoladas e inconsoláveis cada uma esta passando pelo luto a sua maneira, Geórgia por ser a mais velha toma a decisão de mudar radicalmente de vida, se mudando com Kate para Paris, para que as duas possam ter o apoio dos avós paternos. Kate se fechou para o mundo, vive trancada no quarto, mergulhada em seus livros, somente vivendo por poucas horas a vida de outras pessoas ela encontra um pouco de paz, já Geórgia vai para festas e bares, faz novos amigos e se diverte, cada um a seu jeito esta tentando seguir e frente.
Depois de muita insistência da avó e de sua irmã Kate resolve sair um pouco de casa, levando seus livros para os cafés da redondeza, pelo menos para poder ver algumas pessoas e sair de seu total isolamento, é em um desses cafés parisienses que ela conhece Vincent, um garoto lindo e pouco amigável. Após um segundo encontro ocasional em um Museu ele a convida para sair, dessa vez sem um pingo de arrogância na voz. Desde o primeiro encontro Kate já não conseguia parar de pensar no rapaz, então ela aceita seu convite sem cerimônia.
Com o passar dos dias e dos encontros os dois vão se conhecendo cada vez melhor e Kate começa a perceber que talvez sue príncipe encantado seja uma furada. Ela não sabe qual é o problema de Vincent ela só ela que ele tem algum, com certeza. Após presenciar um de seus amigos se suicidando e praticamente continuar impassível Kate perde as estribeiras e jura descobrir o que ou quem é Vincent e porque ele não parece ter sentimento algum, quando o assunto é a morte.
Amy Plum conta sua história de forma natural e de maneira simplificada, o livro é de fácil entendimento e embora tenha mais de quatrocentas páginas é uma leitura rápida, as letras de tamanho mediano e suas páginas amareladas são o grande motivo de eu ter terminado esse livro em menos de dois dias. O cenário não poderia ser melhor, a cidade da luz, Paris. Amy relata tantos detalhes da cidade que eu em senti passeando pelas ruas de Paris, adorei cada cenário, cada detalhe, como o rio sena, os cafés e os museus, todos perfeitos e de ótimo encaixe na historia, afinal não cidade mais romântica e cenário melhor para uma historia de amor do que Paris não é?
A trama até sua metade mais ou menos consiste em Kate tentando descobrir o que Vincent é. E eu garanto que esse “ser sobrenatural” você nunca viu. Para quem adora romances sobrenaturais, mas esta cansada dos mesmos seres como vampiros, anjos, demônios e lobos, esse é o livro certo. A autora foi extremamente criativa, ao nos trazer um ser sobrenatural diferenciado e inovador, sem precisar se apoiar em nenhum estereótipo. A história de amor dos personagens começa aos poucos, primeiramente com uma amizade, que ao passar das cenas acaba se tornando algo mais, com o namoro acontecendo no momento certo, em “Morra por mim” nada é feito correndo ou às pressas, cada cena esta no seu devido lugar. O que maravilhoso, já que tudo acontece como aconteceria na vida real. Sem melodrama ou romances forçados. Os realmente se combinam, se dão bem juntos. Sabe aquele tipo de casal que você olha e pensa: “pois é, são perfeitos um para o outro?” Então, lhes apresento Vincent e Kate. Minha única critica, se é que pode ser chamada assim, é sobre o problema central do livro. Achei o “grande acontecimento” um pouco simples demais, eu esperava que esse casal fosse encontrar mais barreiras, ou problemas para viver esse amor. O que não acontece, pelo menos não por forças maiores, o maior problema da relação do casal, na verdade é a Kate. Por estar ainda superando uma grande perda ela tem certa dificuldade em aceitar que seu coração se entregue a Vincent. Como eu disse acima o romance se desenrola de forma natural, principalmente, porque a nossa mocinha da vez tem um medo absoluto de se envolver.
Em “Morra por mim” temos um leque muito grande de personagens, até porque a “família” de Vincent é enorme. E sem brincadeira, adorei todos eles! Jules vive sua vida para flertar com Kate, em parte para irritar Vincent, em parte porque faz tempo que uma garota humana não da às bandas pelo castelo. Ambrose, é totalmente hilário, sempre com uma boa piada na manga, dos meninos é o que maus gostei. Charles é o problemático. Gaspar é o poeta maluco e esquisito. E Jean é o chefão. A única menina do grupo é a fofa Charlote. Quanto à família de Kate também gostei de todos, embora eu quisesse dar uns puxões no cabelo de Geórgia por ser tão tapada as vezes, já a Mama e o Papi, os avós, eu senti que eles terão um papel, importante nos próximos livros, espero não estar engana, gostei dos dois.
O final é ótimo, extremamente romântico e perfeito. Não deixa absolutamente nenhuma ponta solta, e também não deixa ganchos para o próximo livro, o que eu particularmente adoro. Porque já basta você ter que esperar o lançamento dos próximos livros, não precisamos arrancar nossos cabelos enquanto esperamos. Sou completamente a favor de autores que não massacram seus leitores com aqueles finais fdps!