Maisa @porqueleio 23/07/2020Leitura obrigatória e necessáriaEstamos no Condado de Garner, onde as mulheres não têm voz. Há a crença de que elas carregam uma magia perigosa. Para que sejam purificadas, ao completarem 16 anos, elas passam por um ritual: são enviadas para uma ilha, logo após a cerimônia do véu, quando podem ser escolhidas como esposas.
Tierney é uma garota no Ano da Graça. Até então, levava uma vida de aventuras ao lado do amigo Michael. Por ter um espírito tão livre, tem dificuldades em aceitar as regras de sua comunidade, mas ela sonha frequentemente com uma garota que lhe oferece uma flor vermelha, e isso lhe dá medo!
Após a cerimônia, as meninas são escoltadas até o acampamento, de onde só voltarão após um ano. Durante esse tempo, caso tentem sair da ilha, poderão ser caçadas por predadores, que matam e vendem os pedaços de seus corpos cheios de magia no mercado; mas elas têm de voltar – vivas ou em pedaços, caso contrário as irmãs mais novas são expulsas do condado.
As mulheres, quando voltam, estão alquebradas, mutiladas, traumatizadas a tal ponto que não deveriam ter forças para erguer suas vozes. E assim se mantêm o Status quo no condado. A estória é bem complexa, e eu não trouxe grande parte dos acontecimentos sobre o que ocorre na ilha porque acredito que deve ser um degustar muito pessoal. Muitas reflexões podem ser gestadas a partir dessa leitura, mas acho que o principal seria de como nos acovardamos e nos calamos frente a tantos disparates. São homens que pautam sua masculinidade na diminuição do papel feminino. As mulheres são apenas ‘fraquejadas’. E não merecem papel de destaque.
Vale lembrar que O ano da Graça vai ser adaptado, produzido e dirigido por Elizabeth Banks, conhecida por seu envolvimento em histórias que mostram a força das mulheres.
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