O Ano da Graça

O Ano da Graça Kim Liggett




Resenhas - O Ano da Graça


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herfleurs 04/05/2020

O que mais me irrita nesses tipo de livro não é nem eles serem ruins mas sim a propaganda que é feita, vendendo ele como ele não é e nunca será, não existe comparar esse livro a Jogos Vorazes nem sequer imaginar algo equivalente a Conto da Aia.

Eu não sei exatamente por onde começar essa resenha, queria que ela ficasse linear a todos os problemas que encontrei no livro mas isso vai ser impossível.

Todos somos completamente cientes que em qualquer sociedade opressora para o sistema se manter é essencial que os oprimidos se odeiem em determinados níveis, então é claro que iria ter rivalidade feminina; é essencial para a construção do que ela estava escrevendo. E se fosse um livro de denúncia, de questionamento sobre a sociedade que a gente vive seria imprescindível ter essa questão. Mas ele não é. Ele não é uma obra de questionamento, nem sutil nem radical. Então a rivalidade que ela coloca aqui é só para engrandecer a principal dela e aí temos tantas cenas dela mostrando como a principal é mais inteligente e mais esperta e com "olhos abertos" do que as outras garotas, sendo que além de duas outras, a autora descreve todas como influenciáveis e alienadas.

O antagonismo do livro não é partriacado, não são os homens, não é a religião, não são sequer as mulheres que são conformadas ou com medo de mudar, é a Kirsteney. E não é aqui o começo da rivalidade feminina que é o que rege esse livro, mas é a partir daqui que o livro segue. Desde o começo temos mulheres atacando Tierney do nada, inclusive a escrita e ambientação da autora é péssima, ela andando nas ruas e sendo alvo de tudo que é comentários maliciosos e olhares que ela "sente" serem hostis.

Tierney sabe de tudo, ela espiona os homens na reunião antes da cerimônia do Véu há anos. Ela sabe de tudo, ela sabe o que ocorre na farmácia e no final do livro você descobre que ela já sabia de tudo mesmo.
Em um momento ela diz que as mulheres são maioria que se juntassem poderiam conseguir, e já no proximo ela aponta como elas são fúteis e incapazes. Em um momento ela diz que agora ela é "igual as outras" para o pai. Em outro momento ela diz ter "pena dos meninos que caíram nessa" sobre as manipulações da Kirsteney sendo que ela via o que acontecia nas florestas e etc temos vários desses comentários na narração dela.

Então é assim temos a principal que se acha super inteligente e forte, pois foi treinada pelo pai. Mas ela não é capaz de falar o que quer e se manter firme, e esse ponto é usado para em um momento ela seja líder e depois mostrar ela sendo excluída pelas outras garotas. É esse tipo de narrativa que temos aqui, ela sempre sendo alvo das outras garotas por não ser igual a elas.
Kim que deu o mesmo ou até um pouco mais do período de tempo de Tierney com as meninas e com Riker, se mostrou incapaz de construir qualquer tipo de laço entre elas, foi óbvio que foi um caminho para a exclusão em massa que ela iria ter depois para que Kim finalmente pudesse ter o que ela queria: um romance clichê.

Gente, olha só eu desisti de falar mais. Então só para resumir:

É péssimo.
Não é uma leitura feminista, Kim sequer se deu ao trabalho de escrever sobre qualquer tipo de união e luta.
Não tem mistério nenhum aqui, tudo é muito claro, é maçante estar na cabeça da principal, ela vê inimigos em todas as mulheres mas toda validação dela vem por personagens masculinos.

Esse plot é horrível, é de uma preguiça autoral tremenda.
O despertar da principal sobre as outras mulheres se mostra no livro mesmo como é ridículo, um momento ela vê tudo de bom e no seguinte já crítica todas as mulheres novamente.
Não existe profundidade em nada aqui, nem sequer no romance clichê dela. Além da principal você não conhece nenhuma personagem em geral.


É ruim desde a mensagem que sequer foi passada, eu não sei sobre o que essa mulher estava tentando passar com essa obra, desde a escrita e ambientação dela. Existe diversos sistema de opressão e nenhum é realmente desenvolvido, na verdade é como se ela nem sequer foi criada em um sistema opressor.

Enfim. Eu odiei, foi uma experiência terrível, só não me senti mais irritada porque é claro que a autora é uma péssima escritora e todo o contexto que ela criou não foi só mau caratismo.
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Má Powzum- @entrelinhaslivros 03/06/2020

Distopia necessária!
O ano da graça é uma distopia e de leitura nem sempre fácil afinal ele trabalha uma sociedade totalmente patriarcal, onde as mulheres são inferiorizadas e tratadas como seres ?perigosos?. Essa leitura me despertou muitos sentimentos, eu senti raiva, enjoo, impotência, esperança, angústia, choque e acho que muito mais! ??????

Se você for mulher acho que será inevitável que esse livro não mexa com você, com toda a certeza muitas cenas dele nos remetem a nossa própria sociedade. Além disso, é um livro com cenas fortes e indigestas, mas ao mesmo tempo com muitas lições valiosas.

Tierney é uma protagonista ímpar, o tanto de coisas que ela enfrenta ao longo de sua jornada e mesmo assim se mantém forte me deixou abismada. Uma protagonista que honra o livro e se mostra empoderada da primeira a última página.

Esse livro fala acima de tudo sobre a nossa voz! Nós mulheres podemos ser o que quisermos e a nossa união é a chave para as mudanças. A esperança de dias melhores nunca deve morrer...

Resenha completa no ig @entrelinhaslivros
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Pamela.Pugliano 14/06/2020

Mudança de panorama...
Eu nunca li um livro que me passasse emoções tão conflitantes - em um momento não aguentava ler sobre como a união de um grupo pode determinar algo tão fortemente e ao mesmo tempo como a impossibilidade de ação também é determinante.

Bom, conhecemos a história de Tierney a caminho do seu Ano da Graça - adorei a forma como a autora conseguiu manter tudo em segredo, mesmo que revelando pequenos toques. Conforme vamos conhecendo como a sociedade em que essas meninas estão inseridas, parece tudo errado, tudo (na minha percepção) inaceitável.

Quando vamos passando pelas estações, pelas situações a que essas moças são colocadas e a que predadores tem que se precaver, tudo vira uma história em que em vários momentos tive que parar e entender porque ela simplesmente não matava todas e pronto - foi difícil para mim perceber como a aceitação de um grupo estava totalmente ligada a sobrevivência.

Foi um leitura diferente e que agregou bastante. Acho que mostra como a força feminina, e como o patriarcado (nessa distopia) procura simplesmente enfraquecer essa força, mas não consegue. Recomendo que todos leiam. Leitura aprovada.
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Andy.Sena 19/06/2020

Lindo e emocionante! Vale muito a pena a leitura. O livro nos lembra que uma verdadeira mudança na sociedade leva tempo e algo da noite para o dia, não é duradouro, já que pode ruir facilmente. A transição da personagem principal foi bem sutil e forte.
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Coisas de Mineira 25/06/2020

O ANO DA GRAÇA , de Kim Liggett, é uma distopia com críticas a um sistema patriarcal opressivo, que detêm o poder através da visão deturpada que as mulheres são uma ameaça simplesmente por existirem.

Estamos no Condado de Garner, onde as mulheres não têm voz: não podem sonhar, não podem rezar em silêncio, e até mesmo seus cabelos têm de ser presos em uma trança. Isso tudo porque há a crença de que elas carregam uma magia que pode tentar os homens, da mesma forma como Eva fez.

“Nos dizem que temos o poder de fazer homens adultos saírem de suas camas, deixar garotos alucinados e enlouquecer as esposas de tanto ciúme. Acreditam que nossa pela emana afrodisíaco poderoso, a essência potente da juventude, de uma menina à beira de se tornar mulher. É por isso que somos banidas aos dezesseis anos, para liberarmos nossa magia na natureza antes de voltarmos à civilização”

Para que sejam purificadas de sua magia, ao completarem 16 anos, as meninas passam por um ritual de purificação – O Ano da Graça. Ninguém fala sobre isso, o que serve para criar um clima de suspense e medo. As meninas são enviadas para uma ilha, mas, antes, passam por uma cerimônia onde algumas são escolhidas como esposas, e recebem um véu de seus futuros maridos – se voltarem. As demais terão seus destinos traçados pelo conselho do condado.

“Casar não significa privilégio algum para mim. Não há liberdade no conforto. As algemas podem ser acolchoadas, mas não deixam de ser algemas.”

Tierney James é uma garota que acabou de completar 16 anos. Até então, levava uma vida de aventuras ao lado do amigo Michael, sob o olhar atento do seu pai, médico do condado. Suas duas irmãs mais velhas já passaram pelo Ano da Graça, e ambas já estão casadas. Tierney tem mais duas irmãs mais novas.

Por ter um espírito tão livre, tem dificuldades em aceitar as regras de sua comunidade, mesmo que ainda tenha medo de sua magia – afinal, contrariando as ordens, ela sonha frequentemente com uma garota que lhe oferece uma flor vermelha. Mesmo sem compreender, ela sabe que não poderia ser feliz amarrada em um casamento, então sempre se empenhou em se mostrar como uma péssima candidata.

“Somos proibidas de sonhar. Os homens acreditam que os sonhos são uma forma de escondermos nossa magia. Sonhar por si só já bastaria para que eu fosse punida, mas, se descobrirem com o que eu sonho, eu iria para a forca.”

No dia da cerimônia, as meninas trocam o laço branco de suas tranças pela cor vermelha, e vão para a praça esperar a deliberação sobre quem sairá de lá com o véu. Apesar de todo seu trabalho, Tierney é uma das 12 escolhidas – para sua surpresa e indignação. Porque isso também coloca um alvo em suas costas, já que outras 18 meninas só poderão tomar seu lugar caso ela não volte do confinamento.

Após a cerimônia, as meninas são escoltadas até o acampamento, de onde só voltarão após um ano. Durante esse tempo, caso tentem sair da ilha, poderão ser caçadas por predadores, que tem permissão de matar aquelas que tentarem fugir para vender os pedaços de seus corpos cheios de magia no mercado, e de onde tem de voltar – vivas ou em pedaços, caso contrário as irmãs mais novas são expulsas do condado e tem de viver às margens, onde normalmente se prostituem.

Então, pela segurança de suas irmãs, Tierney sabe que terá de sobreviver ao Ano da Graça!

“Eu costumava me perguntar como as mulheres podiam fechar os olhos para as coisas no Condado, coisas que estavam acontecendo bem na frente delas, mas algumas verdades são tão horríveis que você não pode sequer admiti-las para si mesmo.”

O Ano da Graça é considerado uma mistura de O conto da Aia e Jogos Vorazes, o que poderia deixar o leitor incomodado. Mas a autora consegue extrair pontos importantes das duas obras e entregar uma historia com um frescor revigorante.

Aqui se faz isso de uma forma impressionante. As mulheres, quando saem da ilha, estão alquebradas, desiludidas, mutiladas, traumatizadas a tal ponto que não deveriam ter forças para erguer suas vozes. E assim se mantêm o Status quo no condado.

A historia é bem complexa, e eu não trouxe grande parte dos acontecimentos sobre o que ocorre na ilha porque acredito que deve ser um degustar muito pessoal. Muitas reflexões podem ser gestadas a partir dessa leitura, mas acho que o principal seria de como nos acovardamos e nos calamos frente a tantos disparates. São homens que pautam sua masculinidade na diminuição do papel feminino. Que são mais inteligentes, mais fortes, que contribuem verdadeiramente para a construção de uma sociedade. As mulheres são apenas ‘fraquejadas’. E não merecem papel de destaque.

Mas em O ano da Graça temos Tierney. Ela não é uma super mulher, que vai enfrentar todos. É uma menina quase como as outras, que se permite sonhar, mas que duvida de sua força. Nem acredita que tem. O desabrochar dela é lindo de se acompanhar. É um crescimento gradativo, por isso bem crível.

Os outros personagens também tem papéis significativos: Michael Welk, o melhor amigo de Tierney; Hans, um dos guardas responsáveis por conduzir as moças até a ilha, que já amou alguém no passado; Kiersten Jenkins, uma das garotas do Ano da Graça, que acredita veementemente na magia das mulheres; Gertrude Fenton, que é rejeitada por conta de um problema anterior e acaba se tornando uma aliada da Tierney; Ryker, um dos predadores, além de uma figura chamada de usurpadora, vista como o mal que pode se abater sobra a comunidade.

“Quando nossas escolhas são tiradas de nós, o fogo cresce por dentro. Às vezes, acho que poderíamos incendiar o mundo inteiro, queimá-lo até só restarem cinzas, com nosso amor, nossa fúria, e tudo que há em nós.”

E um final… de deixar com lágrimas até o mais duro dos leitores. Termina com esperança. É um final que pode deixar alguns mais incomodados, até agora não sei se posso afirmar que foi aberto. Mas foi condizente, espero sinceramente que não tenha continuação.

Vale lembrar que O ano da Graça vai ser adaptado, com roteiro de Ashleigh Powell e será produzido e dirigido por Elizabeth Banks, conhecida por seu envolvimento em histórias que mostram a força das mulheres.

Por: Maisa Gonçalves
Site: www.coisasdemineira.com/resenha-o-ano-da-graca-kim-liggett/
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Camys 18/08/2021

Perfeição em forma de livro
MEU DEUS PQ NAO TEM NINGUEM FALANDO DESSE LIVRO???
Essa distopia é simplesmente incrível, eu sou completamente apaixonada pela personagem principal, essa garota é incrível e extremamente forte
Eu gostei tanto desse livro que nem sei resumir em palavras o quão bom ele é kakakak apenas leiam e falem mais sobre ele!!!
E oq falar desse final!!! Apenas digo que tive que ter os meus 15min de reflexão e 30min de muito choro após reflexão
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Frannynh 26/07/2020

Sinopse incrível, premissa melhor ainda e resultou em um bom livro.

Esse livro aborda um tema tão importante e interessante de ser lido que até fico tentada a relevar a protagonista chata dessa ficção.

O sistema, os homens, as lendas, a religião ... tudo isso é o foco desse livro. E eu achei a ambientação muito boa, leitura muito fluida, o que me fez demorar mais a terminar esse livro foi a protagonista que do início ao fim do livro age e toma decisões tão burras que é agonizante! Não é dotado de lógica ou inteligência, e reclama e reclama e reclama.

O homens são uma escória a parte nesse livro, mas a falta de empatia de Tierney com o melhor amigo (já nem me lembro o nome dele) me irritou profundamente, o cara fez o melhor que ele pôde caramba, ela é simplesmente muito chata. Fora isso esse livro me trouxe reflexões e algumas lágrimas ... tem reviravoltas, momentos tensos e um romance meia boca. E eu recomendo, é com certeza uma leitura interessante.
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Maria.Eduarda 02/12/2020

muito bom
a história desse livro é bastante intrigante e gostosa de ler. A narrativa mostra de maneira simples a luta da protagonista Tierney contra o seu destino, e também de outras meninas, após o ano da graça.
me impressionei em diversas parte de como tudo se encaixa e funciona no espaço do livro, simplesmente fantástico, porém acabei me decepcionando um pouco com o final, que na minha opinião foi contra o objetivo inicial da protagonista. recomendo muito a leitura
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Silva 18/09/2020

Simplesmente maravilhoso
Acho que todos deveriam ler este livro, tanto mulheres quanto homens
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Gabriela3872 25/11/2022

Incrível
É uma analogia com a nossa realidade, tão próxima e tão distante ao mesmo tempo.

Uma distopia maravilhosa que me fez redobrar o pensamento e a ânsia por mudança na nossa sociedade, assim como a Tierney.

A brutalidade com a qual as mulheres são tratadas, desde à objetificação aos castigos físicos, essa falsa crença imposta com o único propósito de controlar o corpo e os fazeres femininos.

A indignação e revolta sobre todo aquele absurdo inflamou ainda mais a chama que vinha sendo sustentada pela usurpadora, pela qual a Tierney e posteriormente as meninas do ano da graça, que apesar da crença ficaram do lado certo.

Queria que houvesse uma continuação.
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