Bárbara 22/10/2015Muita enrolação!Bom, esse foi o primeiro livro que li da Marian Keyes, e pela boa reputação da escritora confesso que eu esperava mais. Mas não por não ser um livro bem escrito, por que na verdade ela tem uma excelente desenvoltura com as palavras, consegue adicionar à leitura detalhes mínimos e cômicos do dia à dia e da personalidade da personagem, já que o livro é escrito em primeira pessoa. Mas o problema mesmo, pelo menos pra mim, foi o desenrolar da história, que se tornou cansativa e enfadonha pela tamanha chatice e lentidão que a protagonista representa.
Que mocinha mais sem noção e completamente pateta, principalmente em assuntos relacionados a seus pais! Ela se torna boba e até mesmo injusta, por demorar tanto a enxergar as coisas como elas realmente são. E como se não bastasse ela se mostra total desprovida de amor próprio quando se trata de envolvimentos amorosos e algumas amizades. Tudo bem a personagem passar por alguns dilemas e ser enganada por alguns, são necessários esses acontecimentos pra se ter uma história envolvente. Mas o problema aqui foi a lentidão com que os fatos se desenrolam. A Lucy é uma mimada, que não sabe nada da vida e enxerga tudo pela ótica de uma iludida que não sabe se impor. E confesso que isso me irritou bastante, por que a teimosia dela fez com que uma historia que poderia ter sido contada em trezentas e poucas páginas se arrastasse por mais de seiscentas. Desnecessário isso!!!
Mas enfim... eu acabei atribuindo três estrelas ao livro, por que existe uma coisa muito boa nessa história toda, e essa coisa se chama Daniel. Ele é o sonho de consumo de qualquer ser humano normal do sexo feminino. Lindo, prestativo, companheiro, compreensivo, carinhoso, atencioso e inúmeras qualidades maravilhosas que não caberiam aqui. Ele é um fofo e acabou se tornando um dos meus personagens prediletos. Que ironia, já que ele está em um livro que eu nem gosto tanto assim! Mas sinceramente, quem não gostaria de ter um melhor amigo irresistivelmente sexy que está discretamente, mas ao mesmo tempo perdidamente, apaixonado por você? Bem, só a pateta da Lucy responderia não. Ela não repara em Daniel e muito menos dá valor a ele. É até de se admirar como ele pode gostar tanto dela, já que ela sofre dessa cegueira absurda e ainda o trata mal. Mas enfim... “Casório” não é um livro ruim, já li piores, mas também não é dos melhores. As últimas páginas do livro são maravilhosas, mas até chegar lá você vai ter que sofrer por umas seiscentas e poucas páginas.