Diário de um homem supérfluo

Diário de um homem supérfluo Ivan Turguêniev




Resenhas - Diário de um Homem Supérfluo


178 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Jaqueline791 14/11/2021

Compondo um romance sentimental
Cara, gostei muitíssimo da leitura. Concluído em um dia de tão curtinho que é. Uma leitura bem fluída, exceto pelos nomes que pelo amor hahaha, tive que ficar pulando por não saber pronunciar. Fora isso, tudo ótimo!

Acredito que se eu disser mais, estaria dando spoiler, então é isso.
comentários(0)comente



Luiz Pereira Júnior 25/04/2021

No final das contas, todos somos supérfluos
Percebi que é bem melhor começar a resenha (crítica, se você preferir) escrevendo um pequeno resumo do livro lido. Não que eu vá fazer um “control c, control v” dos resumos de outros ou das próprias editoras. O que eu escrever como resumo servirá apenas para situar quem estiver me lendo, e nada mais do que isso.
“Diário de um homem supérfluo” é uma história curta (uma novela, no sentido literário), que pode ser lida em uma tarde para quem já tem o doce hábito da leitura. Um homem outrora bastante rico se encontra à beira da morte e resolve fazer um diário de seus últimos dias. No entanto, acaba por voltar ao passado e relembrar (ao que parece) seu único amor. E unilateral talvez seja a melhor definição desse amor.
Em poucas páginas, o autor nos mostra a definição de um homem supérfluo, um homem que não fará falta a ninguém quando sair desse mundo. Nas palavras duras e cruas do autor, um homem inútil.
O pior para o leitor é justamente essa a revelação que o autor faz de um modo que parece não intencional (afinal, quem sou eu para saber o que havia na mente de um mestre russo – ou de qualquer outro escritor?): todos somos homens e mulheres inúteis.
Sempre temos a imagem de que, quando de nosso desaparecimento, o mundo parará por uma fração de segundo e as pessoas com quem convivemos se tornarão petrificadas pela dor de nossa partida ao menos por algumas semanas, ou meses, ou anos. Ledo engano...
Sim, é uma dor monstruosa, que nenhum idioma consegue exprimir e não há palavras suficientes em qualquer dicionário que existiu ou que possa existir, quando da perda de nossos pais, de nossos avós, de nossos irmãos, de nossos filhos, de nossos netos e, para alguns sortudos, daquele amigo que foi um irmão de pais diferentes dos nossos...
Mas, talvez a mais difícil verdade a ser aceita seja justamente aquela frase que acabou se tornando um chavão (e todo chavão sempre tem algo ou muito de verdade) que alguém sempre diz quando perdemos alguém: “vida que segue”, “precisas procurar um jeito de seguir a vida”.
E, sim, todos somos homens e mulheres supérfluos, pois o mundo não se acabará por nosso desaparecimento, mas também somos eternos. O mundo prossegue sem nossos pais, sem nossos filhos, sem nossos avós e irmãos, mas eles se tornam eternos em nossas lembranças. E esse é também um sentido de imortalidade, daquilo que permanece, daquilo que não é supérfluo...
comentários(0)comente



Master 31/12/2023

Uma história sobre reflexões
"Diário de um Homem Supérfluo", do escritor russo Ivan Turguêniev, é uma obra que voltada as reflexões íntimas e nos questionamentos existenciais de um protagonista que se sente deslocado em sua própria realidade. Através das anotações deste homem introspectivo e melancólico, Turguêniev oferece uma visão profunda sobre a alienação, o vazio da vida mundana e as inquietações de alguém que se percebe como um mero observador da sociedade à sua volta. A obra exibe um diálogo sutil e reflexivo, tecendo um retrato tocante da solidão e da busca por significado em um mundo marcado pela superficialidade.
comentários(0)comente



Rodrigo Kimura 26/12/2023

Um romance estilo A consciência de Zeno
Um livro pequeno de rápida leitura narrado em primeira pessoa. Conta uma história que poderia ter inspirado Ítalo Svevo em a Consciência de Zeno, pois remete bastante. Livro legal, caso esteja querendo ler alguma coisa bem rápido.
comentários(0)comente



Vinícius 22/07/2022

Um dos grandes autores russos
O homem supérfluo retratado na Rússia de 1850 como intelectual que não consegue transformar seus ideais e eloquência em ação, é um personagem intrigante que tendo seus dias contados por uma enfermidade, passa a escrever um diário meio que sem querer. No transcorrer de sua trajetória para o fim eterno surge uma paixão por Liza filha de um um proprietário de terra na província onde vivia. A descrição de sua vida, infância, adolescência e fase adulta é a marcada pela relação conflituosa com sua mãe autoritária. Um novela que vale a pena ler. Ao final o tradutor comenta parte de suas obras e biografia do autor.
comentários(0)comente



Raul.Maschieto 25/06/2023

O diário de um homem supérfluo
Essa marcante novela de Turguêniev configura-se como importante por apresentar um tipo de personagem que se tornou muito comum na literatura russa do século XIX, o homem supérfluo. Esse tipo de homem, às vezes tido como um fruto das condições repressivas, é caracterizado por uma incapacidade de agir no mundo, mesmo sendo, no interior, um sujeito de virtudes louváveis, pelo menos na maioria das vezes.
Vale ressaltar também o posfácio muito elucidativo, escrito por Samuel Junqueira, que apresenta informações pertinentes para o entendimento do contexto da obra.
Em suma, recomendo a leitura!
comentários(0)comente



Marcelo 16/02/2022

Mais um russo sensacional!
O Diário de um Homem Supérfluo é uma obra incrível! A narrativa da vida de Tchulkatúrin, contada em forma de diário, quando o personagem descobre que está a beira da morte é cheia de questões existenciais e ao contrário do que o título possa sugerir, o Homem Supérfluo não apenas é extremamente interessante, como mostra o retrato de uma pessoa que poderia se o próprio autor (sem mais spoilers...rs).
Não é a toa que seja sempre citado como tendo relação com a obra O Homem do Subsolo, de Fiódor Dostoiévski, pois os personagens principais realmente guardam uma grande relação entre si.
Marcelo Rissi 23/03/2022minha estante
Eu tenho esse livro. Está na fila aqui. Depois dessa sua ótima resenhar, essa obra vai entrar na lista de prioridades, meu amigo!


Marcelo 24/03/2022minha estante
Obrigado pelas palavras, meu amigo! Estou ansioso para saber quais as suas impressões sobre a obra.




Paula.Mazzuchi 15/01/2024

Turguêniev e seu entendimento sobre alienação.
O Diário de um Homem Supérfluo, nada mais é do que uma das primeiríssimas obras que conseguiram caracterizar o homem alienado. É um tanto amargo e consegue entregar uma primorosa retratação de um Hamlet russo odiado e rejeitado, com 68 páginas que fazem a história de uma vida ser tão promissora e decadente respectivamente, nessa mesma ordem.
Minha primeira leitura de Turguêniev foi o Primeiro Amor, uma de suas obras mais românticas e idealistas, entretanto O Diário de um Homem Supérfluo é o oposto dessas duas palavras e sendo assim, uma grande surpresa minha sobre o escritor.
comentários(0)comente



Emanuele 25/04/2021

Ótimo livro, leitura rápida e fluida
Existe um certo suspense para sabermos o destino de Tchulkatúrin, e por várias vezes me identifiquei com o seu comportamento perante Liza. Provavelmente você também já passou por uma situação como a dele em algum momento da vida.
comentários(0)comente



Marina 03/08/2022

Meu primeiro contato com Ivan Turguêniev. À princípio achei parecido com ?A morte de Ivan Ilitch? do Tolstói: um homem prestes a morrer escreve sobre sua vida, mas diferente de Ivan, aqui o homem supérfluo conta apenas um episódio que viveu, talvez o mais importante, e no qual foi coadjuvante. Supérfluo.
comentários(0)comente



renat.of.ábriga 03/05/2023

Eis o homem supérfluo, o aristocrata
Ótimo relato em forma de diário de um jovem aristocrata à beira da morte sobre acontecimentos do seu passado que o faz se autoclassificar como um "homem supérfluo". Turgueniev faz interessante análise crítica de um estrato da sociedade russa do séc. XIX que se mostrava incapaz de agir e lutar por seus ideias, em uma sociedade que sofria sob o regime repressor de Nicolau I, mas que já se indignava pelo seu atraso social em relação aos países da Europa ocidental.
comentários(0)comente



crystal alves 15/03/2022

O homem supérfluo de Turguêniev
"Ao longo de toda a minha vida, sempre encontrei o meu lugar ocupado, talvez porque não o procurasse onde deveria fazê-lo" (p. 18)

O trecho acima talvez tenha sido o que mais ficou comigo durante toda a obra ? e agora, após a leitura, para descrevê-la. Não é meu primeiro contato com Turguêniev, de modo que eu já estava familiarizada com a escrita do autor, mas acredito que mesmo que tivesse sido não teria tido dificuldades para me envolver, já que é uma história muito fluida.

Como já disse, a frase anterior diz muito sobre o protagonista Tchulkatúrin desde o início da obra à sua conclusão, pois ele se vê diante de inúmeras situações perante às quais ou se percebe deslocado ou incompreendido. Ainda assim, mesmo que tenha sentido empatia (e me identificado, por vezes) em algumas passagens suas, da metade para o fim do livro comecei a me incomodar bastante com várias atitudes do personagem. O posfácio da obra foi extremamente importante para que eu pudesse analisar os meus incômodos e de que forma eles se encaixaram (ou não) dentro da representação do "homem supérfluo" feita por Turguêniev.

No geral, recomendo esse livro mais pelas reflexões que ele suscita, assim como as informações sobre determinado período da sociedade russa que o posfácio traz, seja nas palavras do próprio tradutor ou de críticos literários da época.
comentários(0)comente



Sam.Menezes 13/07/2020

A história é muito completa e o posfácio excelente.
De um modo geral, os homens supérfluos possuem grande capacidade intelectual e elevados princípios morais, mas sem atitude, eles não lutam por seus ideais, isto se dá pela própria educação que receberam e ao sistema repressor sob o qual são submetidos.

A sociedade russa da época era constituída de censura, esta ainda foi levada a patamares sem precedentes pelo temor das influências dos movimentos revolucionários. A partir daí formou-se uma geração sob esse regime opressor, com pessoas céticas, amarguradas, e isoladas, por não terem meios de colorarem seus ideais em prática.

Em Diário de um homem supérfluo, seremos apresentados a Tchulkaturín que tem uma doença sem cura e morrerá em breve, diante desta sentença e sendo proibido de sair, começa a escrever um diário. Nele retrata um amor não correspondido, as relações humanas e sua própria consciência de inutilidade.
comentários(0)comente



Bruna 23/10/2020

A mente prisioneira
O personagem principal lança logo de início sua premissa, ele é um homem supérfluo. Aquele homem que embora pense, deseje, sinta e ame não pode agir nem falar no instante propício. Há um cadeado em sua mente, e esse tipo de homem não serve de nada para ninguém. Excelente livro, novela curta, de leitura muito rápida!

comentários(0)comente



Cristiane 19/01/2022

Diário de um homem supérfluo
Este foi o primeiro livro que li deste autor russo. Fiquei emocionada. Narrado em primeira pessoa, organizado em forma de diário. O personagem principal decide escrever um diário em seus últimos dias de vida. O livro começa com ele afirmando que sabe que morrerá logo e que é um homem supérfluo, um homem insignificante... Conta brevemente sua infância e sua relação conturbada com seus pais. Conta seu primeiro e único amor e sua frustração em não concretizá-lo. Os dramas deste personagem criado a dois séculos são os mesmos do homem/mulher contemporâneos que acreditam que sua felicidade está nas mãos dos outros e é incapaz de ir à luta, em busca de um lugar ao sol. A escrita de I.Turgueniev é primorosa... Tanto na descrição do ambiente como dos personagens... Poucas páginas, muita reflexão.
comentários(0)comente



178 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR