Grey Borges 03/10/2021Muita vontade e pouca açãoSão só 72 páginas, mas não pense que por conta disso não tenha profundidade.
Ivan Turguêniev foi responsável por fixar na literatura russa o termo "niilista", mas poucos tem conhecimento que ele também foi responsável por apresentar pela primeira vez em uma novela a expressão "homens supérfluos".
➡️Bom, mas quem são os homens supérfluos?
Jovens de origem nobre, dotados de grande capacidade intelectual e de altos princípios morais, mas incapacitados para a ação, para a luta em nome de seus ideais.
💭"...comparava-me com os outros, recordava os mais insignificantes olhares, sorrisos e palavras das pessoas com as quais eu gostaria de me abrir, tudo interpretava mal, ria com sarcasmo da minha pretensão de "ser como todos"..."
O protagonista de nossa história é Tchulkatúrin com 30 anos está em seu leito de morte. E para passar o tempo, se debruça a escrever um diário relatando um momento muito importante de sua vida e algo que ainda o corrói por dentro: um amor não correspondido.
Não conseguimos compreender muitas atitudes de Tchulkatúrin, mas é impossível não depositar compaixão e empatia (às vezes, raiva) pela sua sina.
Percebemos um personagem com muitos complexos e distúrbios que o impedem de ter uma vida plena.
O bom homem supérfluo nos faz refletir como levamos a vida e como desejaremos chegar ao fim de nossa jornada. E nos convida a não hesitarmos, nos momentos em que uma realização depende (exclusivamente) de nós mesmos.
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