A.Maia 20/02/2019Os ImortalistasQuatro irmãos descobrem que há uma mulher capaz de revelar a data da morte das pessoas. Com isso, ainda crianças e cheios de curiosidade resolvem ir atrás da tal mulher, a fim de descobrir se suas previsões podem ser verdadeiras ou se ela diz a mesma data à todos. Querendo acreditar e ao mesmo tempo descrentes, essas quatro crianças crescem e seguem suas vidas com a lembrança de suas respectivas datas ativas em seus pensamentos.
Eu esperava que fosse uma leitura mais fantasiosa, mas se foca no lado real da vida dos seus personagens. A narrativa, em terceira pessoa, é bem diferenciada com uma linguagem um tanto rebuscada. O livro se inicia em 1969 e é dividido em quatro partes, onde temos contato direto com as escolhas e consequências de cada um dos irmãos, a partir do momento em que eles descobrem suas possíveis datas de morte.
- O primeiro dos irmãos a mostrar sua história, com pitadas de cenas hot, é Simon, um rapaz corajoso e que vai em busca de ser ele mesmo, sem medo da sociedade da época. Simon descobre o mundo, deixa transbordar sua paixão por dança e a sua homossexualidade.
- Por segundo é apresentada a história de Klara, uma ilusionista segura de si, procura sempre conquistar seu público e passar uma mensagem única para cada um.
- O terceiro dos irmãos é Daniel, um médico que não está contente com muitos pontos de sua vida e vai atrás para alterá-los e melhorá-los.
- Por quarto e último quem mostra sua história é Varya, ela têm muitos medos e inseguranças. A sua meta é conseguir descobrir algo científico que permita às pessoas viverem por mais tempo.
Em cada parte é possível perceber uma linha de desenvolvimento diferente, tanto no lado cultural quanto na dificuldade de cada personagem. Além da abordagem de temas polêmicos, a junção de todas as histórias torna o livro bem impactante. Deixa mensagens fortes que fazem seu leitor refletir sobre a vida no geral.
@oparaisodaleitura