Resenhas - A Revoada (O Enterro do Diabo)

Carol 14/06/2020

Maravilhoso!!
Fantástico como uma pessoa de 22 anos, em seu livro de estreia, consegue dominar esses monólogos interiores, fazendo com que nós, leitores, saibamos exatamente a personalidade de cada personagem.
Muito bom mesmo, nunca li nada antes do Gabo e escolhi fazer uma leitura por ordem cronológica de lançamento, na intenção de ir acompanhando as mudanças na escrita ou coisa do tipo. E estou ansiosa pelos próximos, pois se o primeiro já traz uma escrita com fluxo da consciência tão bem planejado, imagino os outros!!!

alemesquitaneto 20/04/2020

Revoada
Primeiro livro de Gabriel Garcia Marquez, certamente superior a muitos primeiros livros de outros autores

Maiara 17/04/2020

Nenhuma escrita de toca como a do Gabo
Minha segunda leitura de Gabriel García Márquez, e em trechos eu me pego viajando longe, a escrita dele é incrível, pura poesia, qualquer coisa simples se transforma em algo sublime.
Amei o modo em que a história é contada, com pequenos segredos em uma narrativa, que é revelada em outra. Cenas que repetem por um olhar diferente.

Como vi em A Revoada, Macondo é um povoado decrépito, largado em um canto por Deus, um sopro e se vai... mas nunca da minha memória.

Cristiane Roveda 02/02/2020

A narrativa nos é apresentada por três personagens muito diferentes: um garoto de dez anos, uma mulher de 30 e um velho avô. O que mais me encanta na história, escrita aos 22 anos, é a capacidade incrível do autor falar sobre morte, deus, solidão. É um livro de leitura rápida, que nos prepara para Cem anos de solidão. Altamente recomendável.

Lili 08/11/2019

A Revoada
Este foi o primeiro romance escrito pelo Gabo. Não parece um primeiro romance, a escrita já é bem semelhante à que encontramos em Cem Anos de Solidão, que é considerada sua obra-prima. Temos os mesmos elementos (maravilhosos) de sempre: o realismo mágico, aquela sensação de decadência do lugar (no caso, Macondo), algum humor bastante sutil e o 'suspense' que Gabo consegue fazer de uma maneira tão sua.

Recomendo sempre!

Cristina.Castellani 16/07/2019

Saudades de Macondo
Já faz algum tempo que li "cem anos de solidão" e é um dos meus livros mais queridos, este "A revoada" me fez matar saudade de Macondo, a pureza e a poesia contida na história.
"A revoada" em parte se trata de como é morrer sozinho, eu as vezes uso a expressão "gente ruim não morre", mas nessa história não só morre como a cidade parece comemorar a sua morte, e fala sobre o ponto de vista de 3 pessoas sobre como o defunto se apresenta.
Gente boa morre com honraria, gente má não tem nem quem o carregue o caixão.


site: https://www.instagram.com/p/Bz_-flOjrlV/?igshid=m4n7gnhcr966

Aline Teodosio @leituras.da.aline 04/11/2017

Nem tão diabo assim...
Neste livro de estreia, Gabo narra a história de um morto muito odiado pelo povoado em que vivia e a difícil tarefa de três pessoas em enterrá-lo.

Anos antes o doutor, como ficou conhecido, chegara ao povoado com uma carta de recomendação e hospedou-se por anos na casa do coronel. Alguns acontecimentos se sucederam e ele mudou-se para uma casinha na esquina, onde permaneceu até o dia de sua morte. Durante esse tempo, algumas atitudes do doutor o fizeram virar o diabo perante os olhos do povo local. Nesse ínterim, o Coronel adquire uma dívida com o misterioso médico, na qual promete dar-lhe um enterro digno quando a sua morte chegasse.

E é nesse clima de tensão, de ter que ir contra todos os habitantes do povoado, que o coronel destina-se a honrar a sua palavra e enterrar "o diabo". Para a fatídica missão, ele leva então a sua filha o seu neto.

A história é, portanto, narrada do ponto de vista desses três personagens (coronel, filha e neto), que em seu desenrolar, vão mostrando seus pontos de vista acerca do morto e despertando memórias silenciosas para si mesmos.

A meu ver, o morto nem era um homem tão ruim assim, a ponto de ser comparado ao diabo. Antes, era um cara taciturno e recluso, que cometeu alguns erros durante a vida. Um livro que narra sobretudo a solidão e a triste vida de alguém que abandonou o mundo.

Não senti neste livro o realismo fantástico, do qual Gabo é tão conhecido, mas desde esta primeira obra já é possível observar, apreciar e amar a escrita fantástica desse autor que viria a ser um dos maiores do mundo.

Amo Gabo!!

Carla 02/07/2017

um ingresso ao universo de Gabo
O primeiro livro escrito por Gabo e já trazia toda a sua escrita fantástica e cheia de personalidade; Pra quem o lê primeiro é uma introdução ao seu grande romance “Cem anos de solidão” e pra quem o lê depois, como eu, traz grandes recordações do místico universo de Macondo e seus incríveis personagens e até a falência da CIA bananeira. A história se passa em Macondo e traz três personagens, um velho coronel, sua filha e seu neto que se veem as voltas com o enterro do odiado médico e a população da cidade se recusa a enterrá-lo. As vozes narrativas vão se alternando entre os três personagens trazendo reflexões distintas de cada um deles e mudando o desenrolar da história conforme vai passando o tempo e surgindo novas nuances de cada uma das vozes. Super recomendo, uma história leve de fácil leitura, embora traga reflexões dignas das escritas de Gabo.

Ale 23/12/2015

Faltou algo
O cadáver de um médico suicida tem seu destino misteriosamente desprezado pelo povoado onde tudo aconteceu, Macondo. O livro foi o primeiro romance de Gabriel García Márquez.
O interessante é que narrado através de monólogos interiores de três personagens - um velho coronel, sua filha e seu neto.
Macondo a mesma cidade do famoso e premiado “Cem anos de solidão” é mais uma vez pano de fundo para uma estória do escritor.
Achei que lembra muito o famoso livro não somente no local que se situa a trama, tudo lembra o best seller.
O livro é lido rapidamente, embora o tempo não passe, isso mesmo todo o livro é focado no tão enterro do personagem central e não leva nem 24 horas. O que acontece são as idas e vindas do presente para o passado. A mesma cena é contada pelos três personagens. Confesso que esse tipo de livro não me agrada, como era pequeno e fiquei curioso não o abandonei.
No final como em outro livro dele “Memórias de minhas putas tristes” fica ao final o famoso gostinho de quero mais. Fica faltando algo ou várias desfechos ou tramas mais interessantes.
Atrevo a dizer e me desculpem os fãs do premiado escritor que sua narrativa é por vezes enfadonha e no final não sinto nada a não ser decepção.
Não quero dizer com isso que não gostei ou que o livro é um lixo. Longe disso, apenas esperava mais do livro e do escritor.

site: http://www.marcellivros.com.br/2015/12/a-revoadao-enterro-do-diabo1955-gabriel.html

Cristiano.Vituri 09/07/2015

A mesma história contada 3 vezes, sob pontos de vista diferentes onde cada um traz nuances diferentes. A morte de um antigo médico no povoado épico de Macondo revela o que cada um dos personagens sentem e o que aconteceu na vida de cada um desde sua obscura chegada ao local. Mestre em literatura fantástica, e assumido Faulkneriano, Garcia Marquez deixa pontos soltos durante o enredo que instiga o leitor a querer saber sempre mais.

Luan Simões 12/11/2012

O Diabo nem é tão mau.
A escrita de Gabriel Garcia Marquez é muito própria. É fácil relaxar e deixar o texto correr.

A Revoada ou O Enterro do Diabo é o primeiro livro de Marquez e narra os acontecimentos em Macondo da perspectiva de três personagens: O coronel, sua filha e seu neto.

A maneira como cada um percebe a mesma situação em que se encontram e a mudança de um narrador para outro sem aviso prévio é o que julgo mais interessante no título. Tudo vai bem até que acaba.

Não direi mais nada além da minha opinião porque a sinopse já explana na medida; se for além, acabarei por contar.

Pela qualidade do texto não considero uma perda de tempo lê-lo, até recomendo a leitura, mas como história mereceu duas estrelas ao meu ver pois faltam informações, conclusões, ou não. Depende do seu ponto de vista que pode ser diferente do meu como os pontos de vista dos narradores são diferentes entre si.

Talvez essa diferença seja a beleza do texto.

Gláucia 21/05/2011

A Revoada - Gabriel García Márquez
Primeiro romance do autor, escrito aos 22 anos, parece uma espécie de ensaio para seu grande livro, Cem Anos de Solidão. Somos apresentados a Macondo e a alguns de seus habitantes, com outros nomes mas as mesmas características. Tem estilo mais poético e introspectivo, a narração ocorre através dos monólogos de três personagens a respeito do suicídio de um médico não muito querido.

TatianaTati 05/02/2010

Primeiro contato com García Márquez
Esse foi o primeiro livro de Gabriel García Márquez que eu li. Fiquei fascinada pela narração, feita sob três pontos de vista, o modo como os fatos são costurados. Essa construção permitiu que os personagens se moldassem com as próprias opiniões e as percepções do outro personagem.
É uma leitura deliciosa e tranquila. Com certeza vou ler outros livros de García Márquez muito em breve!

Raquel Lima 25/12/2009

Meu primeiro livro de Gabu
Encantador. Confesso que aprendi e entrei nos mundo do Buendia, na saga descrita por Gabriel Garcia Marquez através deste livro. O enterro fantástico me deixou completamente fascinada. Amo histórias regionalistas e sua descrição de fatos e coisas que estão no limiar entre o fantástico e o sobrenatural ...è incrivel. Uma viagem.

Jeffer 21/04/2009

Macondo por outros olhos
Só quem leu Cem Anos de Solidão para saber o que é sentir saudade de Macondo - cidade fictícia e fantástica criada por Gabriel García Márquez - quando escreveu a saga da família Buendía. Mas, pense em alguém que retorna à terra natal e a encontra diferente, mostrando que nela a vida continuou sem ele, e pense mais além, e se esse alguém pudesse voltar no tempo e conhecer a cidade antes de ter passado por ela. Explicando essa viagem toda: existia Macondo antes de Cem Anos de Solidão? A resposta óbvia, e que eu nem sequer desconfiava é sim, Macondo já foi tema do primeiro livro de Gabo, A Revoada : O Enterro do Diabo. Só que neste pré-adendo, o foco é em outra família, mais especificamente o complicado enterro de um personagem que é odiado por toda a cidade. O livro revela que Gabo era grande já no seu primeiro trabalho, utilizando bem algumas técnicas, como as da mudança de narradores (um velho, uma viúva e um garoto) e repetição (num interessante efeito de bailarina de corda). O livro foi publicado em 1955 e seu título original é La Hojarasca que significa, literalmente, a folharada.

(publicado originalmente em 21/04/2009 em www.jefferson.blog.br)