Vitoria.Milliole 20/04/2021
Com filmes tão conhecidos, amados por alguns e odiado pelos leitores, acredito que a maioria saiba a premissa básica de Percy Jackson e os Olimpianos: Percy, um menino de doze anos, disléxico, se descobre um meio-sangue - ou semideus - após acontecimentos incomuns. Típico da fantasia, né? Mas, também típico na fantasia e o que eu amo é que, apesar de um início bem parecido, cada história é completamento original, com um mundo fantástico em todos os sentidos.
Em O Ladrão de Raios, Percy, logo após entrar no Acampamento Meio-Sangue, uma espécie de acampamento de verão para semideuses, se vê metido numa encrenca daquelas. É que o raio mestre de Zeus, o símbolo de poder do deus e através do qual todos os outros raios são produzidos e controlados, foi roubado. E a culpa, é claro, sobra pro nosso protagonista, que nem sabia que um raio pode ser roubado.
Entre grandes aventuras, ele vai até o Mundo Inferior, comandado por seu tio Hades, acreditando ter sido ele o ladrão do raio. Hades, por sua vez, acredita que Percy é o ladrão não apenas do raio, mas também de seu elmo. Com tudo isso, Percy ainda precisa lidar com sua mãe que, após uma batalha contra o Minotauro, encontra-se presa no Mundo Inferior e seu pai, Poseidon, que é acusado de tê-lo enviado para roubar o tal raio.
Nessa briga de família entre deuses, Percy e seus amigos - Anabeth, filha de Atena, e Grover, um sátiro - passam por perigosas aventuras, de Medusa querendo transformá-los em pedra a um cassino onde ninguém envelhece e nem percebe o tempo passar.
Com o fim do livro se aproximando, vivemos grandes momentos de tensão, entre traições, segundas chances e aquela sensação de "eu não preciso dormir, preciso de respostas".
Com personagens memoráveis, divertidos e carismáticos, o primeiro livro de Percy Jackson me cativou. Acredito que no decorrer da série os personagens sejam ainda mais explorados e aprofundados, mas já percebemos uma evolução neles do início ao fim do livro.
Assim como aconteceu com Harry Potter, leio essa série de livros me perguntando como sobrevivi vinte anos da minha vida sem ter lido essa obra prima.