Resenhas - A floresta sombria

Beatriz 17/05/2024

Eu achei que esse segundo volume ficou dando voltas e voltas atoa, muitas explicações, descrições e detalhes e pouca ação efetiva! Entendo que era tudo pra ambientar o leitor e preparar para o que acontece no final, mas achei uma leitura mto maçante.

vicniro 16/05/2024

Apaixonada por essa série...
Eu gostei MUITO desse livro. Nele acontece tanta coisa e passamos por períodos de tempo tão diferentes, que no final do livro parecia que eu tinha lido uns 3 livros diferentes.

A parte da física desse volume está bem mais simples comparado com o primeiro, então quando acabei ele a minha cabeça não estava explodindo.

Em relação aos personagens, de um jeito ou de outro eu acabei me apegando a eles, até o Luo Ji que no começo tinha achado super chato acabei mudando de opinião ao longo da leitura.

Nas últimas 100 páginas aconteceu tanta coisa chocante que acho que fiquei de boca aberta chocadíssima até o final. Inclusive, AMEI o final!!!!! Eu já não estava esperando nada mais do livro e de repente ele entregou TUDOOO.

Enfim, essa série está reavivando minha paixão por astronomia. Estou amando e estou doida pra ler o último volume.

Cris 15/05/2024

O vale das sombras!
"A floresta sombria" é um livro tão denso quanto o primeiro da série. O tom, no entanto, é um pouco diferente. A pegada é mais política, filosófica, sociológica... Tem até devaneios românticos uma hora rs. Há muitas teorias e conceitos sendo criados e explicados para um cenário apocalíptico.
No fim da jornada, como as coisas se encaixaram é o que surpreende. Demorei mais para ler esse volume pq é mais complexo e tem mais páginas, mas a leitura não chega a travar.

_Du_ 06/05/2024

Liu, é prolixo, não há dúvidas disso... Aqui foi muito mais do que em O Problema dos Três Corpos. Fico pensando do como será em O Fim da Norte com suas 800 páginas. Rs.

De qualquer forma, isso não tira o mérito de ser uma história incrível, cheia de reviravoltas empolgantes e impensáveis, pelo menos por mim.

Recomendo a leitura... Partimos assim para o terceiro ato " O fim da morte"!

Lili 02/05/2024

A história continua
Achei este segundo livro bem inferior ao primeiro, uma leitura menos interessante e mais morosa. Entretanto os acontecimentos finais dão força para lermos o terceiro livro e concluirmos a saga.

Dayson.Cordeiro 30/04/2024

Ye Wenjie é genial
Uma história muito mais aprofundada do que o primeiro, e com a excelência dose de física. Luo ji é um gênio louco, como todo inteligente deve ser, incompreendido e sem barreiras! Da shi salvou o mundo, quem discordar, precisa ler de novo.

bea666 29/04/2024

é eita atrás de vish
Simplesmente incrível(!!!)

é difícil comentar sobre, mas n vejo a hora de terminar td p fzr a resenha completa no meu blog

nesse livro a gnt tem de tudo e mais um pouco, sem nenhuma ponta solta (uma coisa q eu achei fantástica), qnd vc acha q ele esqueceu de comentar de X personagem, aparece uma referência/explicação sobre

ansiosa pra ler o último

MariBrandão 23/04/2024

No segundo volume de uma trilogia, nós já sabemos que o fim não estará aqui, o que torna este um volume de trânsito...mas gente....como acontece coisa nesse livro!! Achei uma leitura muito extensa e densa (com momentos em que simplesmente não entendi nadinha além das vírgulas no texto).
Não sou grande fã de ficção científica, mas a curiosidade após o primeiro volume (e a série) foi enorme, então resolvi pegar este pouco tempo após. No geral, gostei bastante (mesmo não entendendo tantas coisas técnicas), mas confesso que vou precisar de um tempo antes de terminar a trilogia.

Matheus.Correa 21/04/2024

Floresta Sombria é um livro sobre esperança...
"A formiga marrom tinha esquecido que aquele lugar já fora sua casa. Para o crepúsculo da Terra e para as estrelas que começavam palidamente a aparecer, o intervalo de tempo talvez fosse insignificante, mas não para a formiga, que tinha a impressão de que séculos haviam passado. Em dias já esquecidos, seu mundo havia virado de cabeça para baixo: o solo alçara voo, deixando um amplo e profundo abismo, antes de voltar a ser preenchido, completamente. Em uma das extremidades da terra remexida havia uma solitária formação preta. Este tipo de coisa costumava acontecer muito naquele vasto território: a saída e o retorno da terra, abismos abertos e preenchidos, formações rochosas que despontavam como marcadores visíveis a cada transformação catastrófica. Durante o pôr do sol, a formiga e centenas de suas irmãs haviam escoltado a rainha sobrevivente para estabelecer um novo império. Aquele retorno era só um acaso em sua busca por comida." - E assim tem o começo de À Floresta Sombria, com uma pegada minimalista do mal eminente e de como o universo cresceu, ele expandiu de uma maneira absurda, e o enriquecimento do conhecimento tange entre os dedos de um cientista com um propósito. O conhecimento e suas facetas e a característica brutal da invariável estupidez humana, solidifica a crítica iminente de uma obra genuinamente crítica, o ser humano pode se tornar tolo ao querer conhecer de mais.
A formiga vista de uma floresta e a sua perspectiva mínima de números que exploram um conhecimento que talvez, seja muito, muito complexo, muito acima.

"? Mas? a nossa civilização é a única que conhecemos por enquanto. ? E é por isso que ninguém nunca estudou sociologia cósmica. A oportunidade está nas suas mãos. ? Fascinante, dra. Ye. Por favor, continue. ? Penso que é possível unir as suas duas disciplinas. A estrutura matemática da sociologia cósmica é muito mais clara que a da sociologia humana. ? Por que a senhora diz isso? Ye Wenjie apontou para o céu: o pôr do sol seguia iluminando o oeste. Como ainda era possível contar as estrelas que despontavam, era fácil lembrar como o firmamento estivera pouco antes: uma imensidão vazia e azul, ou um rosto sem pupilas, como uma estátua de mármore em um jazigo. Agora, embora fossem poucas as estrelas, os olhos gigantes tinham pupilas. O vazio estava preenchido. O universo enxergava. As estrelas eram minúsculas, meros pontos cintilantes de prata que insinuavam algum desconforto por parte do escultor cósmico, que se sentira compelido a cobrir o universo com pupilas, mas tinha um terror absoluto quanto a lhe conceder a visão." - E aqui que a gente percebe a expansão daquilo que antes era um ponto, se tornando um ecossistema.
A urgência dos acontecimentos e a forma como vão escalonando é de tirar o fôlego e os diálogos, que pareciam monólogos, caem por terra, dando lugar ao dinamismo e que embora a obra seja maior do que seu primeiro livro, mostra um autor muito mais objetivo em mostrar todos os seus métodos e ideias e aqui entre nós, eles são formidáveis. Segue um exemplo de um diálogo:
"Zhang Beihai se virou para Wu Yue. ? Você está deprimido diante da ideia de entrar em uma guerra cuja derrota é inevitável. Tem inveja daquela derradeira geração que vai ser jovem o bastante para combater na força espacial e ser sepultada no espaço, junto com a frota. Você tem dificuldade em aceitar que vai dedicar uma vida inteira para uma iniciativa inútil. ? Tem algum conselho? ? Não. O fetichismo e o triunfalismo tecnológicos estão profundamente arraigados na sua mente, e descobri há muito tempo que não posso mudar você. Só posso tentar minimizar o dano que essa mentalidade causa. Além do mais, não acho que seja impossível que a humanidade ganhe essa guerra." - Tem muita urgência nesse momento, não tem piada, precisa ser congruente e o é. O autor não quer mostrar sua capacidade profunda em ministrar tantos conceitos e axiomas. Ele expande em humano o complexo. Porque seres humanos são complexos.

O Autor ainda da uma pitada de metalinguagem, abordando a literatura de maneira segura em uma crítica ou subvertendo a crítica (eu realmente não consigo descobri qual dos dois conceitos é ainda mais genial); mas ele diz assim, pela voz de um dos personagens: "Mas as pessoas que praticam literatura hoje em dia perderam essa criatividade. A mente delas só é capaz de gerar fragmentos arruinados e monstrengos, cujos breves sopros de vida não passam de espasmos incompreensíveis destituídos de razão. Depois, elas jogam todos esses fragmentos dentro de um saco e fecham com um rótulo de ?pós-modernidade? ou ?desconstrucionismo? ou ?simbolismo? ou ?irracionalidade?.
E sim, eu só estou falando do começo, pelo menos de suas primeiras 100 páginas.
Além de tecnologias referentes à física e a engenharia da computação, a qual o autor é formado, temos a combinação magistral da neurociência, que não é apenas jogada ao ar, mas que através de uma narrativa tangível, incorpora perfeitamente ao enredo. A partir da descrença na vitória há a criação de um selo neural, que irá desencadear a fé na vitória. Independente dos recursos excasos e do safon (lançado pelos trissolarianos).
"Durante a Guerra da Coreia, meu avô atacou um tanque Pershing com uma granada. A granada bateu na blindagem e deslizou para o lado antes de explodir. O alvo mal sofreu um arranhão, mas meu avô foi atingido por tiros da metralhadora do tanque, quebrou as duas pernas debaixo da lagarta e ficou inválido pelo resto da vida. Agora, na comparação com dois camaradas do mesmo regimento, que acabaram completamente esmagados, ele teve sorte? Foi a história desse exército que nos ensinou tão bem a importância do desnível tecnológico em tempos de guerra. A glória que vocês conhecem é a contada pelos livros de história, mas nosso trauma foi sedimentado pelo sangue de nossos pais e avós. Nós sabemos melhor do que vocês o que significa ir à guerra."

É tanto diálogo bom, com camada e explicativo que passear pelas páginas é compreender o potencial de toda uma sequência de livros e a capacidade absurda de seu autor em passear por tantos cenários de uma maneira tão simples e orgânica. No meio de caos que uma gota acometeu a todo um exército, há posicionamentos e mensagem de paz. Há afeto nessa obra.
As últimas páginas são assustadoras, fortes e de um impacto que não me recordo ler com tanta frequência na ficção cinética e esse apelo me pega muito. O livro é uma arma de expressão. Uma potencialidade e aqui temos o exemplo de livro Raíz, tão citado por Deleuze. São invariáveis linhas de uma mesma árvore. Esperança.

A floresta sombria termina assim: "? Por favor, receba o nosso respeito ? disse Luo Ji. Só gostaria de discutir uma possibilidade com você: talvez haja sementes do amor em outros lugares do universo. Nós deveríamos incentivá-las a brotar e crescer. ? Essa é uma meta pela qual vale se arriscar. Sim, podemos nos arriscar. ? Eu tenho um sonho de que, um dia, o sol forte iluminará a floresta sombria. O sol estava se pondo. Só uma ponta dele era visível para além das montanhas distantes, como se o cume da cordilheira estivesse incrustado com uma joia de brilho deslumbrante. A grama e a criança que corria ao longe estavam banhadas pelo pôr do sol dourado. O sol vai se pôr daqui a pouco. Sua filha não está com medo? ? Claro que não. Ela sabe que o sol vai nascer amanhã de novo." - O Autor, mesmo mostrando o quão pequena formiga é o humano para a perspectiva do universo, ele é preenchido de esperança, o que torna esse livro poesia científica. Não menos.

Cristiano.Konno 20/04/2024

Boa continuação
Segundo volume da Trilogia “Lembranças do Passado da Terra”, “A Floresta Sombria” de Cixin Liu é uma continuação inusitada e bem diferente da anterior.

Enquanto o primeiro volume “O Problema dos Três Corpos” era uma ficção científica diferenciada e até mesmo elegante em sua forma de narrativa, “A Floresta Sombria” não só muda o protagonista, como salta para um novo gênero: Alta Ficção Científica, virando quase uma Fantasia aos moldes de “Fundação” de Isaac Asimov, por exemplo.

A história do livro é sobre o plano para enfrentar a Frota Trissolariana que vêm dominar a terra e exterminar os humanos em 400 anos a partir da exposição da organização OTT (humanos que facilitavam os planos dos alienígenas).

Ao longo da narrativa, acompanhamos quatro personagens incumbidos de salvar a humanidade com apenas sua inteligência, já que os sófons impedem o avanço tecnológico. Eles são chamados de Barreiras, já que suas mentes são impenetráveis para os inimigos.

Achei uma obra um pouco mais difícil de ler, já que parece que algumas passagens são extensas demais, repetidas ou até mesmo incríveis demais. Entretanto, conforme as páginas vão passando e a narrativa avança, algumas escolhas ou pensamentos duvidosos vão se mostrando mais críveis e você acaba por concordar com quase tudo apresentado.

É um livro sobre o pessimismo, derrotismo, escapismo e, por último, esperança em face à um grande problema que parece instransponível.

Embora tenha me tomado um pouco mais de foco e força para ler, ainda recomendo e talvez seja até mais acessível para alguns leitores, principalmente por se tornar uma Ficção Científica Hard com o passar do tempo.

4/5

Levovitch 17/04/2024

Espetacular, tudo que foi escrito aqui é magnifico, mesmo com um inicio lento e demorado, a historia consegue nos fazer continuar a leitura pela curiosidade. Posso resumir a primeira metade do livro em filosofia existencialista e ciência pura, isso pode até desanimar, mas Cixin Liu desenvolve tão bem a historia que até as partes chatas passam despercebidas.

A parte da segunda metade, o maior time skip do livro, o enredo fica excelente, com tudo que é apresentado aqui, a condição em que os personagens se encontram, os mistérios, batalhas e plots, tudo isso torna floresta sombria fenomenal. Ansioso pelo fim da trilogia.

Mandy 16/04/2024

A floresta sombria
Esse volume foi um pouco mais denso que o primeiro. A questão é que é muuita informação técnica e científica, o que ao mesmo tempo enriquece a trama pois dá embasamento para o que é dito. Isso me deixou dividida porque é muito confuso e curioso ao mesmo tempo.
Tiveram partes que eu realmente não entendi nadinha, que meu cérebro deu nó kkkkkkkk

Allan 16/04/2024

Que final foi esse
Depois da Leitura do primeiro livro, já comecei esse na sequência, muito animado pela qualidade do primeiro.
De cara eu estranhei muito a distribuição dos POVs em A Floresta Sombria, visto que no primeiro livro os POVs eram divididos em capítulos, o que facilita a compreensão. Já em A Floresta Sombria os POVs mudam só por um espaçamento maior, ou seja, vc ta lendo, concentrado no Personagem, e quando muda o POV, vc acaba se perdendo um pouco. Mas isso é um problema que a gente se acostuma com o tempo.
Assim com no primeiro livro, esse acompanha o personagem por um período muito grande de tempo, ainda maior que o primeiro, graças a tecnologia de hibernação disponível. A estratégia dos Trissolarianos de atrapalhar o desenvolvimento da ciência atravez do Sófons foi muito em explorada, nos mostrando o quão é importante as pesquisas de base para o desenvolvimento tecnológico.
Nosso personagem principal nesse livro, Luo Ji, fio realmente muito bom, passa o livro todo parecendo para gente ser uma escolha errada para o Projeto Barreiras, quando a verdade dos 4 selecionados ele foi o único que se manteve fiel a proposta do projeto, ele entrega isso de maneira espectacular nas ultimas páginas do livro, quando ele já era considerado um parea na sociedade, se revelando um excelente estrategista e salvando a humanidade do ataque Trissolariano.

pslover_ 09/04/2024

O segundo livro abre uma narração a partir do ponto de vista de uma formiga, faz todo sentido e lembra um expediente usado por Saramago em Levantado do Chão, aqui temos um foco mais na sobrevivência da humanidade e DEFINITIVAMENTE o cara é um gênio em amarrar literatura e ciência, materializando o famoso Paradoxo de Fermi de um jeito surpreendente, a cena do apedrejamento poderia facilmente ser a história brasileira pura e descarada

Jm__reiss 04/04/2024

Um diamante carinhosamente lapidado.
Não há muito o que dizer em relação a qualidade desse livro. As expectativas que vinham junto ao anterior, com suas ideias originais e inteligentes, sua forma de causar no leitor uma urgência que beira a realidade, eram enormes. Só digo que em relação ao ?O problema dos Três corpos?, a Floresta negra não só honra sua qualidade mas a eleva, e eleva muito. Essa história tem tudo que você pode esperar de uma boa narrativa, urgência, motivação, romance, conflitos, traições, tudo. Não sou adepto ferrenho do gênero, mas a escrita me encantou e entre os poucos que li, é o meu favorito de longe!