Blog MVL - Nina 21/07/2011
Minha Vida por um Livro | www.minhavidaporumlivro.com.br
Que adolescente nunca quis ser como as modelos lindas e magras das revistas? Por apenas um minuto você se imagina sob os holofotes, todos os caras mais lindos desejando você, o mundo aos seus pés. Bem, Emerson certamente nunca desejou isso, mas como uma espécie de carma invertido, foi exatamente o que ela conseguiu.
Quando eu penso que Meg Cabot não poderia mais me surpreender, eis que a escritura vem e me prova o quão errada eu posso estar. Ao iniciar a leitura, uma coisa me veio à mente de pronto, o fato de eu ter sido um tipo de Emerson mais legal na adolescência. Revoltada com o mundo pop em geral, fã de rock, e completamente contrária a literatura para adolescentes. Eu fui ler meu primeiro livro de Meg aos dezoito anos, quando finalmente resolvi dar uma chance e acabei... Bem, acabei aqui. Escrevendo uma resenha super entusiasmada sobre um de seus livros.
O estilo de escrita da autora continua o mesmo, romance e comédia se entrelaçam e formam uma trama interessante até para os adultos com a mente mais aberta (minha mãe, por exemplo, fã da Meg). A premissa da estória é simplesmente... Tão bacana e especial. Apesar de as protagonistas de Meg serem sempre um protótipo umas das outras, meio rebeldes, revoltadas com o mundo, o enredo sempre possui uma reviravolta que coloca a suposta previsibilidade de pernas para o ar. Rá! Adivinha? Funcionou novamente. Aqui estou, literalmente correndo para ler a sequência, Sendo Nikki.
O conceito em si do que acontece com Emerson é assustador e desconcertante. Foi difícil para mim, enquanto leitora, me acostumar a essa condição que a personagem é colocada. Não vou entrar em detalhes para não acabar diminuindo a experiência dos leitores. Em outras palavras, a estória é tão louca que é genial. Ponto.
Quebrando paradoxos e preconceitos interessantes, Meg usou mão de uma narrativa de entretenimento para abordar conflitos devastadores nas adolescência que acabam seguindo a fase adulta dos indivíduos. O mundo dividido entre pessoas bonitas e pessoas feias, aqueles que são legais e os que são considerados nerds. Enfim, a dignificação da beleza e a importância dada a essa característica. De uma forma inteligente, a autora consegue também refletir o outro lado da moeda, o daqueles que são considerados lindos e que “caminham” nesse suposto universo glamoroso. Antes da metamorfose, Emerson acreditava que o trabalho de modelo era algo simples e fácil, mas ela compreende que não é bem assim.
O enredo de Cabeça de Vento, também envolve dois garotos lindos e especiais. Um deles é o famoso cantor Gabriel Luna e na outra parte da equação está Christopher, o amigo de Emerson. Gabriel e Christopher são bem diferentes, e justamente por isso, será difícil decidir de que lado estou no momento. Por enquanto eu sou a suíça, não me posiciono.
Entre adolescentes lobotomizados pela aparência, o glamour do mundo dos ricos e famosos, as primeiras descobertas amorosos de uma garota muito especial, e uma ideia única, Meg Cabot honra sua fama de Rainha do gênero teen em Cabeça de vento.
Se você já é leitor assíduo da escritora, vai amar ainda mais seu trabalho. Se nunca leu os livros da Meg, este é uma pedida para começar!