Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Jonara 17/04/2010

O Dom Quixote Brasileiro
O coitado do Policarpo Quaresma é um dos meus personagens preferidos. Um sujeito que lia demais, e era ridicularizado por todos, que não achavam certo alguém ter em casa tantos livros. Ele resolve pesquisar os verdadeiros costumes nacionais e é tachado de maluco. Por causa dessas pesquisas acontecem as mais engraçadas e tristes cenas, nunca vou me esquecer de quando ele recepciona as visitas e começa a chorar desesperado, num ritual indígena... é uma das coisas mais engraçadas que já li!
Tudo dá errado na vida do pobre Policarpo, que sempre foi honesto, bem intencionado e teve bom coração. Ao redor dele, quase tudo é mesquinharia, mentira, preguiça e falsidade. O livro faz uma ótima critica do período. E o fim, não poderia ser mais triste. O coitado finalmente vê que esteve lutando contra moinhos de vento.
Pra mim, um dos melhores da literatura nacional.
RogArio.Amatuzzi 17/07/2013minha estante
Realmente um dos mais fantásticos personagens da nossa literatura. Parabéns Jonara pelo ótimo comentário.


Hester1 03/12/2014minha estante
Muito bom seu comentário. É triste, mas temos muitos "Policarpos", ilhas de bem-intencionados cercados de pessoas que só querem se aproveitar disso.


Cheyenne 09/09/2015minha estante
Adorei o comentário e fiquei excitada pra ler este livro, só ia ler porque um professor pediu, estou lendo Dom Quixote e amando e esse comentário me fez querer ler sobre o Quixote Brasileiro.


Janaína! 02/09/2016minha estante
Oi Jonara!
Adorei o comentário, e estou lendo o livro agora... Não tinha visto por este lado, de que o Quaresma ser o Dom Quixote Brasileiro. Agradeço a resenha, é muito completa e objetiva!


Adegilson.Alves 15/04/2021minha estante
Assisti o filme . E que final hein!


Beti 10/06/2021minha estante
Como faço para ler esse livro nesse aplicativo?


Beti 10/06/2021minha estante
Não estou conseguindo


MACARI0 24/10/2021minha estante
Concordo plenamente! Policarpo Quaresma é o Don Quixote Brasileiro!!!




Ju_allencar 05/02/2024

Um fim triste e injusto
O livro é muito bem escrito, os personagens são bons, eu gostei muito do quaresma e do Ricardo. O autor faz muitas críticas à sociedade, o personagem principal é muito bom. É um bom clássico pra quem quer conhecer a nossa literatura nacional.
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Nati 30/01/2022

A minha primeira experiência com esse livro foi na escola e confesso que na época não apreendi direito, mas sempre tive vontade de reler. A oportunida surgiu e me lancei nessa leitura. E me surprendi o quanto eu gostei.

Logo de início o que me chamou atenção foi o tom irônico e divertido em toda a narrativa, até mesmo no triste fim do personagem, por mais trágico e melancólico ainda teve espaço para o escárnio.

Lima Barreto descreve com muita lucidez e perspicácia o ambiente social e político da época, bem como os valores da época acompanhado sempre por críticas que se mostram muito atuais.

Lima me conquistou pela escrita e pela trajetória de vida dele, pela atualidade da escrita e pela construção dos personagens. E vou ler mais obras do autor.

Não esquecendo de dizer que a edição da antofágica está excelente, com boas notas de rodapé e glossário, o que ajuda bastante no entendimento da obra.
Bruna Gomes 06/02/2022minha estante
nossa, nunca nem tinha ouvido falar desse livro. deu vontade de ler


Nati 06/02/2022minha estante
É um autor que não recebeu muito visibilidade, mas é uma escrita primorosa e lúcida, além de crítica. Vale muito a pena ler.




caspaeletrica 27/10/2022

7/10: O nacionalista começo de Policarpo Quarentena
Embora seja uma leitura cansativa e confusa às vezes, a mensagem além do tempo é perspicaz e carrega o livro pelas costas.

E o nacionalismo exagerado não leva a lugar nenhum...
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Issaguedsants_ 13/12/2022

Clássico da literatura
Me seguem que sigo de volta??

Eu li i livro pra fazer uma prova e por incrível que parece eu acabei amando o livro logo de cara, fiquei encantada.
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Andre.28 14/06/2020

Literatura e As Representações Sociais da Primeira República Brasileira

Como a escrita está um pouco extensa, deixei a resenha no meu blog (link abaixo)

https://osmoseliteraria.blogspot.com/2020/06/literatura-e-as-representacoes-sociais.html
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Claire Scorzi 24/03/2009

O preço de ser diferente
Um romance sobre idealismo; sobre a mediocridade e seu ódio aos que não se encaixam nela; sobre os falsos "salvadores da pátria". Para muitos, esta é a obra-prima de Lima Barreto, a história de um Dom Quixote nacional cujas atitudes vão lhe granjeando estranheza, desconfiança, hostilidade aberta além de fazê-lo alvo de ridículo - até a morte.
Apesar do seu tema (ou por causa dele) este é um livro feliz de Lima Barreto: tudo se ajusta, da criação dos personagens ao desenvolvimento da narrativa; da estrutura do romance (com os três períodos da vida do herói, em seu idealismo sempre castigado pela realidade) às observações argutas, que ficam na memória; certas seqüências.
Alguém disse, a propósito do Dom Quixote (é difícil não fazer a comparação) que não era o cavaleiro a estar errado por não ser como o mundo o queria; o mundo, sim, estaria errado por não ser como o desejava Quixote... A colocação é válida igualmente para o nosso Policarpo Quaresma. Se estamos imersos num mundo materialista, medíocre, utilitarista, pragmático, interesseiro, aborrecidamente "prático", e o major não, é ele o felizardo (apesar de tudo) e não nós; o mundo do herói de Lima Barreto é infinitamente mais rico, mais vivo - melhor.
O escritor deixa isso claro ao elaborar dois personagens que, em contato com Policarpo, sentem a sua grandeza: Ricardo Coração dos Outros, o trovador, e a afilhada de Quaresma, Olga. São, também, idealistas, Ricardo na sua prática diária, no seu amor ao violão e às suas modinhas; Olga por intuição, sem viver plenamente sua crença (é interessante notar como Lima Barreto relaciona essa impossibilidade de Olga com a vida monocromática, compactada, destinada às mulheres e vivida por elas na época do autor) mas resguardando uma parte de si, secreta, que pressente que "deve haver algo mais": algo mais do que ganhar dinheiro, casar-se, ser respeitável, adquirir status. Deve haver algo mais. Policarpo Quaresma encarna esse desejo, na medida em que aspira a mais no seu amor desinteressado pelo Brasil. Um Brasil que parece preferir a mediocridade, contudo; não é o que vemos todos?



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Goldenlion85 18/12/2009minha estante


Nossa!!!

Já tinha lido várias vezes a sinopse é nunca tinha interesse por esse livro,

só que sua resenha me empolgou vou le-lo.

É interessante só um pouco idealista neste mundo cruel, então tenho que ler...

o seu comentário mudou minha opinião sobre a sinopse do livro!!!


Jonara 17/04/2010minha estante
Ótima resenha!




Fenrir 14/02/2022

Classico da literatura nacional
Um livro triste que até hoje faz todo o sentido na sociedade brasileira ? o próprio título de livro já te da spoiler mas, nos faz questionar muito?
JurúMontalvao 14/02/2022minha estante
Pretendo ler em breve




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Eliza.Beth 03/10/2023minha estante
Achei tão chato kkkkk


Michela Wakami 03/10/2023minha estante
Tem muita gente que acha, Eliza. Tento que a nota dele no Skoob é baixa.

Faz tempo que você leu?


Michela Wakami 03/10/2023minha estante
Tanto*


Eliza.Beth 03/10/2023minha estante
Acho q li em 2021? achei muito chato, mas não achei ruim.


Michela Wakami 03/10/2023minha estante
Ah, entendi. Você gostou, só achou chato. Isso em alguns momentos achei também.
Apesar de ter achado divertido em outros momentos.
Mas compreendo perfeitamente o seu ponto de vista.
Não é um livro empolgante.




Leila de Carvalho e Gonçalves 16/03/2021

Injusto Fim
Sobre o romance:
Lima Barreto, um dos precursores da ficção na literatura negro-brasileira, distingue-se por não fazer parte do movimento pré-modernista, nem do grupo de 22. Essa condição faz com que ele seja considerado ?o fundador de uma outra leitura da modernidade em nosso país?. Uma modernidade que amplia a complexidade da questão racial e justifica a presença de Triste Fim de Policarpo Quaresma, sua magnum opus, entre os principais romances brasileiros.

Curiosamente, lançado em folhetins no Jornal do Commércio, entre agosto e outubro de 1911, o livro só chegou às livrarias quatro depois, numa edição custeada com dificuldade pelo próprio autor, impressa em papel barato e coalhada de erros.

Conforme explica o crítico Alfredo Bosi, sua narrativa ?disseca o sonho de um patriota exaltado, Policarpo Quaresma, ao mesmo tempo em que apresenta uma sátira impiedosa e bem-humorada do Brasil oficial?. Para tanto, ela divide-se em três partes, cada uma trata de uma questão imperativa para o desenvolvimento do país, transfigurada em projeto pessoal que o protagonista pretende levar a cabo.

A primeira proposta é a cultural em que ele defende a ideia do Português ser substituído pelo Tupi como nosso idioma oficial. A segundo é econômica, quando ao virar agricultor, tem que travar uma dura batalha para poder colher uma diminuta safra. Finalmente, a mais decepcionante é a política: ao participar de uma rebelião, Policarpo encontra seu triste e injusto fim.

Com humor e mordacidade, a narrativa flui com leveza e informalidade, enquanto exibe inúmeras críticas ao primeiros anos da República e só vai ganhar maior tensão perto do final, ocasião que o autor volta sua artilharia para o Positivismo de Comte, a Revolta Armada e Floriano Peixoto.

A leitura do romance surpreende pela atualidade. Nossa identidade permanece em construção, o racismo ? que marcou a vida do escritor ? resiste em nossa sociedade assim como a viabilidade de um projeto cultural, econômico e político, tendo em conta a volta de uma retórica nacionalista e polarização política.

Quanto a edição, independente de e-book ou livro, o custo-benefício é indiscutível. Aliás, o cuidado da Editora Antofágica com cada projeto já se transformou na sua marca registrada e, nesse caso, salta aos olhos a escolha das cores de nossa bandeira para as ilustrações, de autoria de João Montanaro, e desperta interesse a seleção de textos escolhidos para a Fortuna Crítica. São eles:
* Apresentação - MC Criolo
* Lima Barreto Negociando O Esquecimento Nacional - Fernanda Felisberto
* Lima Barreto Ladrão - Ferréz
* Modernismo E Modernidade Em Triste Fim De Policarpo Quaresma - Jorge Augusto
Enfim, um material capaz de redimensionar a compreensão do romance, portanto recomendo.

Boa leitura!
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Ivan 04/04/2022

Amor à pátria
Nascido em 1881 no Rio de Janeiro, Afonso Henriques de Lima Barreto era órfão de mãe e teve uma trajetória brilhante na escola. Quando adulto, trabalhou no Ministério da Guerra. Lima Barreto foi um escritor e jornalista brasileiro, conhecido pela publicação de sátiras, folhetins, crônicas e romances de tom anarquista no início do século XX. Foi considerado um dos principais escritores do período pré-modernista. As obras de Lima estão ligadas a tons sociais e nacionalistas.

Em sua obra mais famosa "Triste Fim de Policarpo Quaresma", Lima Barreto nos apresenta sua visão sobre o país da época. O livro foi lançado em 1915, porém os capítulos dessa obra tinham sido publicados desde 1911, em folhetins no Jornal do Comércio.

O livro é uma sátira aos ideais positivistas e nacionalistas que nortearam os primeiros anos do regime republicano no Brasil. Ocorrida nas vésperas da Revolta Armada, durante o governo de Floriano Peixoto, a história narra as desventuras de Policarpo Quaresma, o personagem principal da obra. O romance se desenrola principalmente na cidade do Rio de Janeiro.

Policarpo Quaresma, também conhecido como Major, era um homem extremamente patriota e com alguns hábitos incomuns que espantavam as pessoas que o conheciam. Ele possuía muitos ideais inovadores para a época e vivia preocupado com os rumos da nação. Era um homem de baixa estatura e magro, uma figura miúda, porém estudioso e interessado nos assuntos nacionais, menos na política, já que não gostava de se envolver nesse meio. Apesar de muito respeitado, era tido como louco por suas manias e atitudes desvairadas, principalmente após ter proposto que a língua nacional fosse o tupi-guarani.

Quaresma acreditava que o nacionalismo era o único meio de triunfo do país. Porém, para ele o termo nacionalismo teria que ser considerado ao pé da letra. Em sua visão deveriam ser valorizadas as nossas riquezas naturais, a nossa língua (no caso o tupi) e instrumentos musicais locais, sem espaço para nada que tinha influência ou origem europeia.

Lima Barreto criticava tudo relacionado ao processo de modernização do Brasil. Foi um dos inovadores da literatura brasileira, com sua forma de escrever e com os temas que abordava. Criticava veementemente a sociedade e seus costumes, abrangendo preconceitos e as diferenças sociais da época. Ele via na literatura uma forma de denunciar toda a hipocrisia que imperava.

O enredo narra os fatos em ordem cronológica e em 3ª pessoa, sem que o narrador participe da história. A obra começa em 1891 e vai para o seu desfecho em 1894. A linguagem é mista e traz expressões e gírias do Rio de Janeiro da época, palavras estrangeiras e até mesmo um toque de tupi-guarani. Além disso, a escrita de Lima Barreto é repleta de palavras e expressões difíceis e, em alguns casos, fora de uso atualmente.

Mais que um simples romance, Lima Barreto escreve uma crítica aos conceitos positivistas da Primeira República e ao conceito de falso nacionalismo que ocorria no Brasil. A obra é um pouco cansativa e repetitiva em alguns trechos, mas vale a pena ser lida para conhecer o que é o real amor à pátria.
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ALAN 22/04/2023

Um clássico de Lima Barreto. Dependendo da edição, é necessário ter uma dicionário ao lado, ou a leitura perderá o seu contexto. É um bom livro sobre o extremismo patriótico.
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Jorge.William 18/09/2021

Pobre Quaresma...
Policarpo é um brasileiro que todos deveriam ser um pouco, e um exemplo de oque sofreriamos se fossemos verdadeiros filhos da terra.
Recomendo demais.
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@LuanLuan7 11/10/2021

Quaresma, certamente, votaria no Bolsonaro.
O livro conta a história de Quaresma, um patriota.
Mas não é qualquer patriota: ele é mais que um homem hétero usando a camisa da seleção brasileira para comprar pão.

Quaresma é um militar de meia idade, culto e estudioso, obcecado pela cultura e indústria nacional ao ponto de consumir apenas produtos nacionais: desde a comida até roupas, aparelhos, móveis e manifestações culturais.

Essa paixão, que poderia ser resolvida na terapia, leva o servidor público aos seguintes extremos: da aversão à política, à luta armada em defesa de um político.

Com uma escrita genial o autor transforma um funcionário público pedante em alguém digno de afeição. E é exatamente nessa ?simpatia? que o leitor encontra sua ?desgraça?: a reviravolta nos últimos capítulos da trama.

Sob a firme crença de que determinado político seria o arauto do patriotismo e Messias da revolução nacional, Quaresma encontra seu final trágico (e inesperado, pelo menos pra mim).

Após décadas de dedicação ao país, Quaresma sente que desperdiçou toda sua vida a uma vã ilusão, afinal: quem se importa mesmo com o Brasil?

Recheado de informações inusitadas a respeito desta terra tupiniquim, o livro intercala bom humor, crítica social e conhecimento técnico sobre arte, geografia e indústria nacional (risos).

O Livro foi publicado em 1911, porém mais de um século depois, temos inúmeros ?Policarpos Quaresmas? em nossas redes sociais que defendem seu preciosíssimo líder patriota a todo custo?

Espero que os patriotas do século 21 não encontrem o mesmo triste fim de Quaresma.

??
almeidalewis 11/10/2021minha estante
??????




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