Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Jorge 28/03/2022

Morri junto.
O livro acompanha a jornada do Major Policarpo Quaresma, um entusiasta pelas coisas que ele considera as legítimas tradições brasileiras. Um homem com valores pátrios, que acredita no nosso potencial de desenvolvimento, autossuficiência e emancipação internacional. Ou seja, um patriota de ação com mentalidade otimista, tomado de um sentimento grave e absorvente pelo nosso país. Um idealizador visionário (no bom sentido da palavra, claro) que tenta a todo custo melhorar o estado das coisas de seu tempo.

O romance se passa nos primeiros anos da República. No campo politico, grandes eram as dificuldades. Por toda a parte do Brasil, havia levantes de contestação ao governo de Floriano Peixoto. Era um período de transformações significativas na vida dos brasileiros, tão marcados pelos processos de violência e hipocrisia do governo da época e também pela marginalização crescente da massa inculta, urbana e rural.

A saga desse homem que foi uma exceção a regra, e que ingenuamente assumiu para si a luta pela transformação histórica e social do país, é muito mais que um romance escrito para entreter. É acima de tudo um romance escrito para informar, denunciar. Uma denúncia objetiva, corajosa e a frente de seu tempo sobre adoração fetíchica por uma conduta republicana incapaz de considerar o êxito da nação em sua totalidade.

Em síntese, O Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma caminhada quixotesca em direção a uma morte desoladora de um ser humano. Não apenas física, mas moral e intelectual. Desta forma, começamos o romance acompanhando as ideias de Quaresma em prol de reformas urgentes, e terminamos sentido as suas dores. É triste o desfecho dessa saga. Pois é triste assistir o entusiasmo desse homem se transformando em um desanimo doentio, uma tristeza desesperançosa após uma trajetória tão solitária e incompreendida.

Li na edição da editora Atica. Essa edição faz parte da coleção Bom Livro, editada há décadas, e que foi recentemente repaginada. Nesta edição, a literatura afiada de Lima Barreto veio acompanhada de uma apresentação esclarecedora da Doutora Carmen Lydia de Souza Dias, na qual aborda pontos cruciais da obra, além de uma breve biografia elaborada por Carlos Faraco.
Daniel 28/03/2022minha estante
Gostei da resenha! Quero ouvir seus comentários no sábado?




ipe.de.felipe 16/11/2022

Um livro ideal para um vestibulando e para alguém que quer entender mais sobre 1922.
Um livro que retrata fielmente a interpretação dos compositores do grupo Antropofágicos sobre a dinâmica da arte no Brasil. Além disso, uma excelente obra para um início de uma pensamento político amplo e consciente sobre desde como criticar os paradigmas sociais até como responder da maneira mais exemplar essas críticas.
Beca 16/11/2022minha estante
1922? Este livro foi publicado em 1915


ipe.de.felipe 16/11/2022minha estante
Sim, porém as atividades filosóficas desse livro são exemplos perfeitos do que buscavam as mentes literárias da época em que eu mencionei - a da Semana de Arte Moderna.


Beca 16/11/2022minha estante
Tendii




rapha 27/04/2021

Apesar da otima forma de escrever do autor, o livro nao me prendeu. O tempo todo fiquei com a sensação de que a historia nao tinha rumo pra lugar nenhum .
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Mari Pereira 19/03/2022

Um clássico da literatura brasileira que merece ser lido e estudado. Fala de um tempo bem específico, e é, ao mesmo tempo, atemporal. Impressionante (e triste) como algumas questões apontadas por Lima Barreto há mais de 100 anos seguem tão atuais.
Leiam!
Camila.Szabo 19/03/2022minha estante
Sim! Muito bom mesmo e com algumas críticas ainda atuais.




Paloma 03/05/2023

Policarpo é um sonhador, utópico. É interessante estar com ele em suas reflexões.

Olga sem dúvida é a personagem que mais gostei. Ela consegue pensar fora da caixa, embora seja guiada e submetida aos costumes da época.

Este livro representa tanto o Brasil que não há palavras para descrevê-lo.

Senti uma sensação de "o Brasil vai mudar, vamos fazer de tudo para que mude", mas ficamos esperando pela mudança como o Policarpo ...

"A Pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete".
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Ademair 11/09/2021

O (major) Policarpo Quaresma estudou o Brasil por décadas de sua vida e se convenceu de que o país e seus costumes eram perfeitos... em tese.

Quaresma, a meu ver, é mais do que um simples ufanista. Apesar de o livro tratar de sua vida, ele serve como um personagem estratégico que interage com diversos "tipos" de pessoas e permite que outros problemas sejam tratados.

Temas como o casamento por obrigação, profissionais que vivem de aparências, a noção de o que é a política brasileira. Além da loucura, da injustiça, da morte.

"E ela pensava como esta nossa vida é variada e diversa, como ela é mais rica de aspetos tristes que de alegres, e como na variedade da vida a tristeza pode mais variar que a alegria e como que dá o próprio movimento da vida."
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Fabio Shiva 31/08/2010

Gostei muito de ter lido esse livro, que me trouxe muitas reflexões
Imagino que quando o livro foi escrito (1911), deve ter provocado fortes reações. Há muitas ironias e críticas a diversos segmentos da sociedade da época. Hoje, a leitura é amenizada pelo tempo, que torna curiosidade histórica o que antes era vida e morte.

O livro trata principalmente da história de um sonhador, e de seus confrontos e desencantos com a dura realidade. O estilo de Lima Barreto é marcado por belas passagens que alternam ironia e lirismo, comicidade e amargura. Boa parte da trama gira ao redor de um fato histórico, que foi a Revolta da Armada, uma tentativa frustrada da Marinha de expulsar o Marechal Floriano Peixoto da presidência do Brasil.

O protagonista é sem dúvida a figura mais marcante. Confesso que muito me identifiquei com ele. Mas há também muitos coadjuvantes de expressão: o tocador de viola Ricardo Coração dos Outros, principalmente, que vai crescendo em profundidade ao longo do livro. Outra marcante é Ismênia, cuja sina deixa entrever a semente de um Nelson Rodrigues. Não tenho dúvida de que Nelson leu esse livro e vibrou com as vívidas cenas finais de Ismênia!

Há também uma longa galeria de tipos, que são ironizados ou celebrados com a mesma perícia por Lima Barreto. Verdadeiramente um grande autor brasileiro!

Last but not least, uma curiosa impressão ficou dos títulos escolhidos por Lima Barreto. Me parece que todos têm uma mesma cadência, um mesmo ritmo interno: “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, “Recordações do Escrivão Isaías Caminha”, “O Homem que Sabia Javanês”. Experimente dizer os títulos em voz alta. Todos duram o mesmo tempo na boca!

Last do last, lembrei da primeira frase que me marcou de Lima Barreto, pela qual desde sempre o amei:

“Sou brasileiro raça pura, ou seja, mestiço.”

Viva Lima Barreto!

(18.08.10)

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Edson 01/02/2024

Triste mesmo
Patriotismo exacerbado, essa é a principal característica, dentre tantas de Policarpo Quaresma. E foi essa característica que transformou um homem visionário num indivíduo duvidoso e arrependido patriota.
Além do patriotismo, que norteia o romance, Policarpo é um amante do Brasil, sua grandeza, cultura, recursos naturais? bem como defensor de tudo que o país produz em detrimento do exterior.
Policarpo, homem pragmático, porém com uma certa dose de sonhador, mergulha de cabeça no golpe republicano, esperando deste o desenvolvimento da nação.
A nação brasileira do fim do Século XIX é bem detalhada neste romance. O autor Lima Barreto, de maneira ímpar, abordou a cultura, sociedade no que tange a família, casamento, medicina, política religião, amizade e interesses desta época. O autor também foi um crítico ferrenho da República.
Policarpo visionário, aproveitando os embates dos republicanos, se alinhou a estes com intuito de ver o Brasil crescer, mas a medida que mergulhava de cabeça no movimento, percebia que retrocedia. Pois seu pseudo herói, Floriano, ignorou suas petições e ainda o encerrou numa ilha, onde teve seu triste fim.
É importante frisar que Policarpo teve um triste fim, e foi chamado de louco, não porque era patriota e amante de tudo que esse país possuía, mas porque se alinhou aos que não estavam preocupados com o futuro da nação, e sim com seu próprio umbigo. Então é possível entender o hoje olhando pra Policarpo ontem e concluir que o trabalho de tantos que buscam um Brasil melhor não é em vão, mas é necessário alinhar-se as pessoas certas.
Enfim, minha resenha é política, mas o romance não se resume a isto, é rico em detalhes sociais e trata de diversas famílias desde ex-escravos, doutores, músicos, agricultores ?
Rogéria Martins 01/02/2024minha estante
Belíssima resenha, amigo! Parabéns! ??


almeidalewis 02/02/2024minha estante
Muito boa sua resenha Edinho ?. Gostei ??


Edson 02/02/2024minha estante
Obg meus amigos, resenhei muito político , mas o livro é muito bom, não é só isso


Fabio 05/02/2024minha estante
Resenha, Impecável, Edinho!!!???




Min 08/12/2021

Quem, Quaresma?
"Ninguém ali lhe podia contestar. Quaresma só sabia da história do Brasil e os outros nenhuma" página 120.

Esta obra me marcou e é o meu nacional predileto (~até o presente dia)! Com certeza vou reler em uma edição melhor... Tudo começou com a professora de português falando do senhor Lima Barreto e seu patriota mais roxo ou melhor dizendo, verde e amarelo. Me toquei que o livro tava aqui em casa há algum tempo dando sopa, e meu irmão até hoje não viu mais o livro haha.

Ao longo da leitura a gente encontra várias reflexões e críticas bastante atuais, além de termos, expressões e palavras diferentes do comum utilizado atualmente no dia a dia (muito legal). Leia-o, no tempo certo, tenho plena convicção de que você vai ficar inquieto.

De início eu fiquei com o pé atrás em relação ao Policarpo, pois ele tem um gênio do cão e uma personalidade muito peculiar o que pode te irritar muitas vezes e os demais personagens nem se fala, eu tinha vontade de esganar muita gente! Com o passar do tempo você vai criando simpatia e logo você tá sofrendo por ele, como eu penei junto dele e o fim acabou comigo.
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Lia 29/09/2020

Muito bom ler um clássico e realmente gostar.
A leitura pode ser um pouco "pesada", por isso,recomendo o audiobook.
Gostei muito da história e como ela é tão atual,de certa forma.
Olga é a melhor personagem. ?
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Larissa 05/02/2022

Lima Barreto sempre um bom escritor. Leitura que vale a pena, em especial para quem conhece o centro do Rio de Janeiro.
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Eliza.Beth 31/12/2021

Bom, porém chato
Confesso que sinto preguiça para fazer uma resenha sobre esse livro.
Não foi um livro empolgante, achei chato, apesar de gostar de algumas críticas levantadas pelo autor.

Gostei mais dos textos de apoio do que da obra em si, que tentam mostrar como uma figura como Lima Barreto era e foi importante para a literatura brasileira.
Michela Wakami 31/12/2021minha estante
?????


Eliza.Beth 31/12/2021minha estante
Hahahahahha Michela, já leu esse?


Carolina.Gomes 31/12/2021minha estante
??????


Michela Wakami 31/12/2021minha estante
Eliza, já li na época da escola, a algumas décadas atrás kkkkk.
Mas não me lembro de nada. Pelo visto, fiz bem em esquecê-lo.??????


Eliza.Beth 01/01/2022minha estante
Hahahaha
quem sabe vc não gosta agora ?
Eu realmente não gostei




Mauricio Gonçalves 31/12/2023

Insosso
A narrativa é quase irrelevante, o livro não é parado, mas a sequência de eventos parece tão injustificável, que nada acontece, parece que é só uma narração do cotidiano. Não tem nada que prenda o leitor. Os personagens parecem facilmente substituíveis, não tem profundidade.

Foge ao meu conhecimento se faz parte do movimento literário da época ou uma peculiaridade do autor, mas ele coloca o leitor não numa posição de terceira pessoa ou ser onisciente, na verdade você se sente quase um transeunte, pois não conhece a profundidade dos personagens, salvo talvez o próprio Policarpo, e os acontecimentos parecem comuns, como ver alguém que você conhece de vista tomando um ônibus.

O que salva, e muito, no livro são as definições. A definição do subúrbio não consegue ser mais precisa e atual, é perfeita. A descrição de como as coisas funcionam na roça é o retrato de como funciona toda a política e influência em todo o país. Esses são os motivos que valem a leitura. O livro tem potencial mas a narrativa o desmonta.
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