Dante082 21/11/2021
Jura é jura.
Mas, que surpresa (apesar de não poder afirmar que é uma das boas), esse é o primeiro quadrinho que leio de Scott Snyder esse nome que desperta tanta controvérsia por onde passa. Conhecia o trabalho dele com os heróis até então não tinha tido contato com outras vertentes do seu trabalho, eis que chega as minhas mãos Wytches nesta belíssima (ou terrível) edição que a Darkside trouxe para o Brasil em datada de 2017 essa história não poderia ter sido lançada por outra editora.
Normalmente quando vou escrever minhas opiniões sobre as obras, eu as separo em elementos isolados, e o último e mais importante é o ?sentimento?, é como essas histórias são contadas e como os autores conseguem te envolver e fazer você embarcar na ideia a ponto de ficar completamente envolvido, a ponto de se envolver, se identificar e quando você menos espera já se importa completamente com o que está sendo contada.
E foi exatamente assim que me senti durante essa experiência, ?Se você ler as quatro primeiras páginas, não consegue mais parar.?, é exatamente assim que acontece é como a ?jura? e ?Jura é jura?, fiquei absorto na leitura preocupado com a família Rook, curioso em saber o que teria acontecido com a Sailor, encantado com a tentativa dos pais em se conectar com uma jovem que além de todos os problemas da adolescência ainda precisa lidar com todo esse trauma. Devorei as páginas o mais rápido que pude e o quanto a arte me permitia, por vezes me vi parado em algumas páginas com a melhor dúvida possível: ?passo essa página pra descobrir o que acontece ou fico aqui mais um tempinho admirando.? Ainda me surpreendo com a imaginação dos artistas, fico me perguntando como alguém consegue imaginar e colocar no papel dessa forma.
Talvez o que tenha me deixado tão ?enfeitiçado? é a veracidade que é transmitida, assim como aquele bom filme de terror te deixa com aquela pergunta: ?Será que isso poderia realmente acontecer?? só para em seguida você ser surpreendido pela frase na tela preta: ?Baseado em fatos reais.? E depois de ler isso você engole em seco e dá aquela olhadinha por cima do ombro só pra ter certeza de que não tem nada por ali. Foi com essa sensação que poucas obras conseguiram despertar em mim, que cheguei ao fim. Com esse trauma, quer dizer com essa satisfação.
Extra: Os extras dessa edição merecem uma nota extra, como eu me diverti com os depoimentos do Snyder, e como foi interessante descobrir em que ele se baseou para ir criando a história e seus personagens. Deu um toque especial saber o quão envolvido eles estavam no projeto, e algo que foi feito com tanto zelo e carinho só poderia resultar em um trabalho muito bem feito.