Prisioneiras

Prisioneiras Drauzio Varella




Resenhas -


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Luiz Garrido 24/02/2024

Um grand finale
Depois de ler a trilogia composta por Carandiru, Carcereiros e Prisioneiras, posso dizer com propriedade que Drauzio Varella conseguiu fazer dos limões uma boa limonada. Ao realizar trabalho médico voluntário em presídios e se tornar amigo tanto de presos(as) quanto de não funcionários, ele pôde coletar histórias de todos os tipos: emocionantes, macabras, trágicas, românticas, etc. Mas o maior diferencial em cada uma dessas histórias, que as torna muito mais interessantes, aliás, é o toque de pragmatismo quase cruel que só a vida real tem. No capítulo final, podemos ler uma espécie de conclusão contendo observações do autor em relação a sociedade, o mundo do crime e a vida dentro dos presídios.
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Maaria_ 21/02/2024

Já pensou se a maioria tivesse tido oportunidade de estudar
Mais um livro incrível que o dr. Drauzio Varella descreve como funciona o sistema prisional na prática, só que dessa vez dando destaque às Prisioneiras. As casas de detenção possuem suas particularidades, diferenças notórias entre o presídio masculino. Um livro direto sem julgamentos morais, apenas contando o relato de cada uma delas.

É muito difícil ler os relatos das presas e não se emocionar, mulheres novas de apenas 11/12 anos que nem sequer tinham noção do que estavam fazendo, mulheres/adolescentes sem oportunidades de estudos ou até mesmo de um trabalho digno. Doeu-me ler do começo ao fim as histórias contadas por cada uma delas.

O livro não possui julgamentos de valores e o cuidado de descrever os relatos é de um altíssimo profissional competente, Drauzio foi imprescindível para esse livro acontecer. Com certeza, fiquei mais presa nesse livro do que no Estação Carandiru.
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Luciane.Gunji 21/02/2024

Terminei o último livro da trilogia depois de ter lido o primeiro há uma década, quando ainda era estudante de Jornalismo e tinha Estação Carandiru na lista de obras importantes.

Sempre gostei de como Drauzio Varella narra o cotidiano, mesmo que este seja bastante cruel e difícil de digerir.

Leitura sempre me fez aprender a escrever um pouco melhor. É bom ter chegado até aqui!
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Biatunix 20/02/2024

Dei cinco estrelas porque é o máximo, mas por mim é 10/10
Li estação carandiru, fiquei encantada e ao mesmo tempo abismada, com as histórias contadas pelo Dr. Drauzio.

Quando soube que era uma trilogia, e com um livro sobre a penitenciária feminina, fiquei interessada pensando nas histórias que iria conhecer.

O livro me doeu mais, pois dessa vez eu consegui me ver nos lugares daquelas mulheres. Podia ter sido eu, e isso foi assustador.

Meu pai poderia ter seguido o caminho do meu avô, virando um bêbado que batia nos filhos. Minha mãe podia ter se deixado tentar pelas drogas, bebida, assim como seu pai, meu avô materno. Podia ter sido eu, uma daquelas meninas, assustada, sem estrutura familiar, em uma periferia onde o crime organizado cresce e se mostra um meio de viver, ganhar dinheiro e sair da pobreza.

Por vários fatores, não fui como elas, tenho uma família estável, trabalho e consigo pagar minha faculdade. Não vivo de luxos, mas também não vivo como a maioria das mulheres citadas no livro, viveram.

Óbvio, que não apaga seus crimes, os mesmos que elas já pagam na penitenciária, em completa solidão, já que são esquecidas na cadeia pelos familiares.

É muito triste, ver mulheres espertas, com extremo potencial, saindo da cadeia e voltando pro crime, porque nosso país é extremamente falho em reinserir a massa carcerária a sociedade.

Esse livro é uma denúncia, Dr. Drauzio conta com maestria e linguagem simples, a vivência das mulheres que atendeu, onde 90% tem o mesmo início de história: filhas de um pai alcoolista e agressivo, mãe com dificuldade de cuidar dos filhos, que vão de 3 até 9, e que infelizmente morrem muito cedo.

Também é um livro sobre reflexão, onde de maneira brilhante, o Doutor trabalha com fatos, números e conhecimento de mais de 40 anos em voluntariado em penitenciárias. Ele fala sobre os problemas da sociedade, sobre o ciclo sem fim e como o PCC ocupou um lugar sensível e que precisava de atenção do estado.

Como dito por uma prisioneira durante o livro:

"Que não é vista, não é lembrada".
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Mariana.Sanchez 18/02/2024

Empatia sem julgamento
Comecei lendo o último livro dessa trilogia do Drauzio Varella, me despertou muito interessante em ler os outros livros.

O fato de se passar no Carandiru, em São Paulo e as histórias serem de bairros vizinhos e até mesmo do bairro de onde vim deixa o livro muito mais intrigante pra mim. Saber que pessoas do meu convívio podem ter tido o mesmo desfecho das histórias contadas nessa obra é de enlouquecer.

Quantas reflexões esse livro traz? Eu precisei parar tantas vezes durante a leitura pra respirar e processar as informações.

Ótima leitura, ótimo escritor e profissional. Doutor Drauzio Varella.
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RHG 02/02/2024

Excelente livro
Drauzio Varella tem maestria em descrever cenas e amarra cada uma delas com muita perfeição, as histórias são pesadas e nos fazem refletir sobre várias questões sociais e morais.
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Luh 10/01/2024

Que livro potente e necessário!
Sem julgamento de valores, com um cuidado altamente profissional, Drauzio consegue penetrar na alma dessas "Prisioneiras", que se mostram num lugar em que poucas pessoas conseguem adentrar. Como é fascinante a complexidade das interações humanas.
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Ju 09/01/2024

Incrível e doloroso
Esse livro é algo essencial. Drauzio Varella mostra a realidade das penitenciárias femininas e te faz refletir sobre a sociedade como um todo. Por que essas mulheres pararam ali? Por que continuam a parar? O que poderia ser feito? Quais influências comandam, de verdade, tudo aquilo? Como o gênero é visto?

Li em outubro e ele ainda me abala. Volta e meia penso nos capítulos de Santíssima Inocência e Violência Sexual. É uma obra que te muda para sempre, te faz rever preconceitos e enxergar o mundo que talvez jamais tivesse contato.

"A tendência natural é a de nos aproximarmos de pessoas da mesma classe social, com gostos, ideias, posições políticas e estilos de vida semelhantes aos nossos. Embora esse formato de convivência nos traga conforto, não abre espaço para o contraditório nem dá acesso a modos de pensar e de viver radicalmente diferentes. Impossível imaginar como eu chegaria aos 73 anos se não fosse a experiência nos presídios, mas sei que saberia menos medicina e desconheceria aspectos da alma humana aos quais só tive acesso porque me dispus a chegar perto daqueles que a sociedade tranca atrás de grades. O fascínio infantil pelo mundo marginal que me conduziu ao Carandiru ainda persiste. Não faço esse trabalho voluntário que me toma um período da semana há tantos anos por motivações religiosas ou engajamento ideológico de qualquer natureza - sou avesso a religiões e ideologias - mas porque posso dispor desse tempo e manter aceso o interesse pela complexidade das interações humanas, sem o qual viver perde o encanto."

Até breve, dr. Drauzio.
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Danilo 09/01/2024

Uma ótima leitura!
Eu gosto do jeito que o Dráuzio Varella escreve: é fácil de ler, tanto que passei a ter o hábito de leitura com o Estação Carandiru.
Prisioneiras é parecido com Estação. Mas conta história de mulheres presas, que são ainda mais invisíveis que os presos. São histórias que dariam um filme cada uma, mas que são rejeitadas. Junto com isso, é possível entender mais sobre o sistema prisional e sobre a sociedade brasileira, enriquecida pelas reflexões do médico.
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Tai.Sueð 08/01/2024

Reflexivo
De fato muito interessante conhecer as histórias que compõe o cenário carcerário brasileiro e perceber que os número são bem mais que isso...
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Sarah432 29/12/2023

Mais um
Que leitura tranquila, fácil e rápida!
Livro que te prende do começo ao fim, livro de muito conhecimento e aprendizagem, como qualquer livro pode trazer!
Olha que final de ano rendeu a leitura, será que ainda vai mais esse ano? Kkkkk
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Gabriella.Anderson 29/12/2023

Sistema carcerário brasileiro
Não é o primeiro livro que leio do Drauzio Varella. Gosto da escrita dele, gosto dos detalhes com que narra as histórias. Muito pouco se sabe sobre o sistema carcerário brasileiro. Mas Drauzio tem uma larga experiência como médico em presídios de São Paulo e conhece bem do assunto. O livro é muito bom e mostra bem a realidade das cadeias.
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Andreia515 28/12/2023

Trilogia Sistema Prisional
Drauzinho é muito humano em trazer essas mulheres (muito vulneráveis, esquecidas, rejeitadas por suas famílias) que em sua maioria, se tivessem oportunidades oferecidas não estariam na prisão.
Recomendadíssimo!
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Samantha.Facincani 27/12/2023

Fechando um ciclo...
O terceiro livro da ?trilogia do cárcere? tem como ponto de partida o trabalho do médico Dr. Drauzio Varella na Penitenciária Feminina da Capital. Nele é mostrado que a ordem nas cadeias femininas obedece tanto à razão quanto à emoção. São histórias de mulheres que na maioria das vezes entram para o crime por conta de seus parceiros, inclusive tentando levar drogas aos companheiros nas penitenciárias ou assumindo ?cargos? na ausência deles.
Assim como em Estação Carandiru, temos um relato de como as detentas precisam de um tratamento mais humano e digno. Dr Drauzio descreve com maestria a vida das prisioneiras, intercalando com suas histórias pessoais os motivos e acontecimentos que as levaram às condições em que se encontram agora, o cárcere.
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carolina 24/12/2023

Encerrando minhas leituras do ano com este! foi um presente de uma amiga em fevereiro, tem a sensibilidade no afeto e no detalhe especificamente por ser sobre esse tema. o drauzio é mt humano, muito interessante ler todas essas narrativas, ele da voz a uma das massas mais vulneráveis existentes, principalmente considerando o recorte de gênero nesse aqui. é mt curioso em como funciona as interações humanas, sobretudo quando são mulheres, e como, paradoxalmente, num ambiente de encarceramento, único lugar que sentem-se livres para explorarem sua sexualidade. como pode os espaços sócio ambientais influenciarem tanto a forma que exploramos quem somos, né?!
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