Resenhas -

RaquelSales17 17/04/2024

Muito triste nossa realidade
O último livro da trilogia que trás a realidade da vida das mulheres nos presídios demonstra uma realidade crua e preocupante do sistema penitenciário, em que para as mulheres tem o agravante do abandono da família

Aninha 14/04/2024

Prisioneiras
Neste livro pude ter mais conhecimento sobre as mulheres na cadeia, muito bem detalhado por Dráuzio Varella contando o período que trabalhou voluntariamente num presídio feminino. Algumas histórias de mulheres que sofreram o pão que o diabo amassou para chegar a ser presas, outras que foram presas por causa de seus namorados serem traficantes e a envolve-las, mulheres que não tiveram opção e entraram para o mundo do crime etc. Enfim Dráuzio Varella nunca me decepciona, livro maravilhoso????

Renata1004 12/04/2024

Espetacular
Depois de várias tentativas de outras leituras que não me identifiquei, parti para minha zona de conforto, pois Dráuzio Varella é sempre leitura certeira para mim. Acho ele um excelente escritor, médico, pessoa... enfim... "Prisioneiras" virou meu preferido. Recomendo! Leiam!

tatioueu 07/04/2024

Exercício de empatia
Que livro maravilhoso! Interessante conhecer a história e o sofrimento de tantas mulheres com oportunidades (ou falta delas) muito diferentes das minhas. Ler esse livro foi um mergulho num Brasil profundo e um exercício de empatia enriquecedor. Ri, me emocionei e recomendo demais a leitura. Ganhou espaço na estante de favoritos ??

Angelita_P 04/04/2024

Prisioneiras
Li por recomendação de uma advogada que palestrou na minha faculdade e só tenho a agradecê-la! Conhecia o Drauzio apenas por seu trabalho como médico e não fazia ideia existia uma parte sua como escritor, e que é espetácular!

Nesse livro, Drauzio conta sua experiência quando trabalhava como médico voluntário na penitência feminina e relata as emociantes histórias das suas pacientes que conversavam com ele durante suas consultas.

Achei muito interessante, quem estuda sobre isso sabe o quanto falar sobre as penitênciarias ainda é um assunto pouco abordado no Brasil, sobretudo as femininas, onde são totalmente esquecidas pela sociedade, pois o peso de ver uma mulher presa é muito mais "vergonhoso" do que ver um homem ali. Além disso, Drauzio mostra que os problemas são muito mais complexos, envolvem estigmas políticos e sociais que geram a criminalidade e que nos tira do senso comum.

Costumo dizer que trabalhos como esse não são apenas livros, são contribuições importantíssimas para a sociedade e que todos deveriam ler para sermos mais humanos! Comecei pelo último, mas com certeza vou ler o resto da trilogia!

Jackie 02/04/2024

Que livro!

Sempre penso na situação das personagens. A maioria vinda de famílias desestruturadas e depois de presas,quase sempre abandonadas.
As mulheres desde sempre sendo inferiorizadas pelos homens e pela sociedade.
Um livro cheio de relatos tristes,mas muito necessários.

OPHTHORN 02/04/2024

Forte, muito forte...
Se com Estação Carandiru Drauzio Varella lançou pedrada, com Prisioneiras ele lançou tijolos.
Esse conseguiu ser ainda melhor que Estação Carandiru.
Nunca tinha lido um livro onde relatava a experiência de presas antes, esse foi o primeiro, e que experiência que eu tive viu.
Apenas leiam gente, só leiam.

Suellen118 01/04/2024

Como estão essas personagens?
A todo momento eu penso mas personagens desse livro. Perfeito do início ao fim. Sobre se colocar no lugar do outro, não julgar e ter empatia. As infâncias dessas mulheres são retrato do Brasil, e seus respectivos destinos também. Me tocou demais.

nanarissa 31/03/2024

O hômi escreve bem, que se pode fazer?
Sempre tem aquela coisa ou outra que soa meio escr*tinha, mas no plano geral, excelente.

alexandragnzg 14/03/2024

Sensacional
Drauzio é médico, mas é brilhante em livros reportagem! Como jornalista, a escrita dele me fascina! Li na faculdade há alguns anos, vi deixar abaixo a resenha que fiz pro Clube do Livro na época:

?Prisioneiras? é o último de uma trilogia de livros de temática carcerária (Estação Carandiru e Carcereiros) do Dr. Drauzio Varella. O autor dedicou mais de 28 anos da sua vida voluntariamente a atender presidiários pelo Brasil e, no caso deste livro, passou 11 anos na Penitenciária Feminina Capital, em São Paulo.
A maneira humanizada e a riqueza de detalhes como ele conta o cotidiano da prisão e as histórias de algumas das mais de 2 mil prisioneiras é impressionante. É, sem dúvidas, um livro que incomoda, mostra a face cruel das histórias das detentas sem rodeios, choca, e leva o leitor que não tem conhecimento sobre o mundo das penitenciárias a ver as circunstâncias que tantas mulheres buscam a marginalidade.
Paixões, gravidez precoce, pobreza extrema, fome, aborto, violência sexual e doméstica e homossexualidade são alguns dos temas tratados na obra do médico. Esses e outros motivos levam até hoje milhares de mulheres ao mundo do crime, na esperança de mudar de vida facilmente, fugir de relacionamentos abusivos em casa, trazer sustento financeiro afim de alimentar os filhos, entre outras complicações sociais que as fizeram escolher a ilegalidade como profissão.
A obra também conta relatos das mulheres que se juntaram ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e como funciona a hierarquia com as mulheres na facção. Brigas, ciúmes, hierarquia interna, relação com carcereiros, as moedas de troca dentro da prisão, surtos de doenças nos pavilhões, o tráfico de drogas constante nos dias de visita, gravidez durante o cumprimento da pena, a separação das mães dos seus filhos, o abandono da família e dos companheiros são questões que acompanham a vida de praticamente todas as mulheres detidas na capital paulista.
Por fim, o Dr. Drauzio Varella conta brevemente a trajetória de sua infância, onde começou seu fascínio pelo mundo carcerário e como o voluntariado transformou sua maneira de ver o mundo e, principalmente, o próximo, sem julgamentos a cada história ouvida por ele nas consultas nas galerias da Penitenciária Feminina da Capital.

Leticia1615 13/03/2024

"O caminho é sem volta, a adesão ao grupo obriga irmãos e irmãs a permanecer nele pelo resto da vida. Da mesma forma que nas leis marciais das guerras, a deserção é passível de pena capital."

Ghellem Pires 03/03/2024

Bom, iniciamos este livro com a mesma estrutura que Estação Carandiru: conhecemos o ambiente, cada espaço feio, mal conservado, a forma como é distribuído e os funcionários. Logo após, começamos a conhecer os personagens, desta vez, mulheres.
Conhecemos diversas pessoas e suas histórias, algumas chegam até ser engraçadas (o famoso 'seria cômico se não fosse trágico') mas a maioria segue sempre a mesma linha, mulheres que cresceram em ambientes hostis e que não tiveram outra oportunidade (seja por falta de opção ou mesmo por vingança) senão seguirem o caminho do crime.
Ao todo são 2.400 mulheres distribuídas em pares, cada cela com no máximo duas presas, situação atípica quando se trata dos presídios masculinos.
São muitas as diferenças apontadas pelo dr. Drauzio em relação aos presídios femininos e masculinos, segundo as próprias presas: "Cadeia foi feita para homem, doutor. Mulher não tem procedimento. Aqui elas brigam até por um lugar no varal para pendurar calcinha.? e de fato é assim mesmo. A maior diferença citada entre os presídios é em relação a família, enquanto no masculino as filhas, mães, esposas etc., se reúnem todo domingo para irem visitar os presos, quando a presidiária é mulher ela simplesmente é abandonada, pela família e principalmente pelo companheiro, muitas vezes tbm do crime, que nunca aceitaria o abandono por parte da companheira mas que é o primeiro a abandona-la quando "a casa cai"".
O ponto mais difícil de encarar é quando a mãe dá a luz estando presa, após o tempo de amamentação esse bebê é retirado da mãe e passa a viver com um parente ou entregue ao conselho tutelar, é a parte mais triste, relatada pelo médico.
O livro nos mostra com clareza a realidade no presídio feminino e assim como Carandiru nos prende com as diversas histórias e imagens reais da prisão. Eu gostei bastante mas achei que em muitos capítulos o foco continuou sendo o Carandiru e não o presídio feminino, de fato.
Entendo que a comparação é inevitável, mas acho que poderiam focar muito mais nas mulheres e na convivência entre elas, muitas vezes iniciei um capítulo que ficou falando sobre o Carandiru e "esqueceu" um pouco que este livro era sobre o presídio feminino. Tirando isto, o livro é perfeito e muito enriquecedor.

Sarah587 03/03/2024

Meu preferido da trilogia! Conhecer histórias de mulheres prisioneiras é, ao mesmo tempo, triste e interessantíssimo

Ma 28/02/2024

O peso da mulher sempre será maior e é odioso pensar sobre isso e perceber que a gente já nasce com uma bagagem imensa, que nem pedimos, mas somos condenadas se recusarmos tal. Prisioneiras mostra isso muito bem quando os relatos das detentas sempre são carregados de responsabilidades imensas que nenhum encarcerado homem traz. Além da ausência total de apoio que essas mulheres perdem por terem saído do "seu lugar", pois há repúdio quando uma mulher vai presa pq vai de desencontro de todo papel que a ela sempre foi colocado a ter. Homem? Tadinho, o erro foi se envolver com pessoas erradas. A culpa jamais eles carregam, diferente das mulheres, que além de carregarem a culpa do crime, carregam a da rejeição e muitas a da maternidade.

O mundo do crime organizado é coisa de maluco (no sentido de fascinante msm pq é um universo organizado q "funciona" e enfim muitas coisas, mas até nele, óbvio, as mulheres são subordinadas kk drauzio deu nome ok muito bom.

carol.gonzalez 25/02/2024

Histórias tristes e fascinantes. a solidão das mulheres em cárcere me tocou de forma diferente, ao contrário de ?estação carandiru?, priosioneiras me deixou com um sentimento de impotência