Blog MDL 07/02/2016
Depois do desastroso encontro com Conde Olaf, nossos pequenos e azarados heróis agora estão novamente com o Senhor Poe, que os encaminha a seu novo tutor. Trata-se do Tio Moony. Moony é um especialista em réteis, tendo vários animais da espécie em sua estufa, para estudo. O receio das crianças logo some, quando percebem que Moony é um tio extremamente alegre e cativante. Ele fica muito feliz com as crianças em sua casa, fazendo diversos planos para o futuro, próximos ou não, enquanto fica muito interessado nas habilidades naturais do jovens, já conhecidas por nós (Violet sendo inventora, Klaus um leitor voraz e Sunny, o bebê mordedor).
Para demonstrar seu trabalho, Tio Moony, apresenta aos jovens sua mais recente descoberta, a Víbora Incrivelmente Mortífera! E, para o horror de Klaus e Violet, Sunny acaba sendo mordida pela cobra! Para surpresa de todos, a mordida é algo totalmente insignificante, pois a Víbora Incrivelmente Mortífera foi o nome dado por Tio Monny como brincadeira, pois ela é o animal menos perigoso e mais amável de todo o reino animal! Tudo parece ir bem, eles até mesmo tem uma viagem expedicionária marcada para o Peru, e parece que nossos jovens e bravos protagonistas encontraram afinal um lar feliz para viver...
Mas eles não poderiam estar mais enganados.
Toda a felicidade da vida nova some com a chegada de Stephano, o substituto do assistente do Tio Moony. Sem conseguir enganar nenhuma das crianças, elas descobrem a real identidade desse homem assim que o veem: trata-se de ninguém mais, ninguém menos, que o Conde Olaf disfarçado! Agora as crianças precisam desmascarar o pérfido vilão ao Tio, antes que seja tarde demais!
Esse livro é particularmente um dos meus favoritos da série. Além de personagens ótimos, a trama torna-se envolvente após um crime que acontece na casa, sendo necessária uma investigação para descobrir o assassino. Não comentarei sobre quem foi assassinado, apesar de ser meio óbvio e o próprio narrador entregar o outro no começo do livro.
O narrador foi bem feliz em toda a escrita. Trazendo sempre aquelas informações discutidas no primeiro livro (expressões e suas explicações, algumas informações apresentadas de forma mais lúdica e divertida), ele fez uma história fechada, onde todos os personagens conseguem ter seu destaque no momento certo.
A crítica desse livro se encontra na investigação em si. Vai nos ensinar a importância de não tirarmos conclusões precipitadas e que necessitamos avaliar com cuidado todos os elementos de uma história (ainda mais um crime), pois a verdade pode ser encoberta através de pequenos detalhes. A coisa que mais me irrita nesse, e nos demais livros da série daqui pra frente, é que os personagens não conseguem aprender com suas falhas, pois nem o Sr. Poe, o Tio Moony, ou outro adulto conseguem levar fé nas palavras das crianças, sendo necessário sempre que elas desmascarem o vilão. Mas creio que isso é a intenção do autor, pra nos mostrar o quão tolos somos nós, adultos.
A Sala dos Répteis é uma aventura divertida, apesar de algumas tristezas, e que firma a saga como uma das mais brilhantes já feitas para crianças. Ao leitores que são pais, façam um favor a si mesmos e a seus filhos, leiam essa divertida aventura com eles!
site: http://www.mundodoslivros.com/2016/01/resenha-desventuras-em-serie-sala-dos.html