Número Zero

Número Zero Umberto Eco




Resenhas - Número Zero


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Deghety 01/02/2020

Número Zero
Eu tinha ficado um pé atrás com o Eco quando li A Ilha do Dia Anterior por achar um tanto prolixo. No entanto, A Ilha... continha uma ampla fonte de conhecimento que não encontrei em Numero Zero.
A história de Número Zero em si não é muito interessante, o interessante são os fatos históricos apresentados (em especial sobre Mussolini), mesmo sendo vários deles de caráter especulativo, como também o destrinchar das entranhas do jornalismo.
Colonna, o personagem principal é convidado a escrever um livro e participar da redação de um novo jornal, que promete ser algo inovador.
Fiz essa breve sinopse para elucidar a questão jornalística, já que é, ao meu ver, a cereja do bolo do livro. A forma como são discutidas as pautas, com estratégias políticas e sociais, manipulando, fazendo insinuações vazias e tantas outras manobras, lembra muito o jornalismo atual.
É um livro razoável, nada de espetacular.
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Rub.88 17/07/2021

A Realidade é Mais Estranha que a Ficção
Número Zero é o romance escrito pelo italiano Umberto Eco que faleceu em 2016. E como as outras obras ficcionais dele é difícil de entender e fácil de ler.
Um rascunhador, palavra que não existe mais a profissão eu tenho quase certeza que tem, chamado Colonna está com cinquenta anos e viveu de escrever coisas para os outros. Pode chamar ele de jornalista freelancer, Ghost Writer humilhado e de colonista anônimo para publicações sem relevo. A coisa que ele é um perdedor e não tem nada no seu nome. Um dia foi convencido a escrever um livro que nunca seria publicado. A estória desse livro para sempre inédito seria sobre a produção de um jornal que não chegaria as bancas. Não é bacana. Um editor, que como nada seria publicado não é mesmo um editor de verdade, queria uma obra só como possível ameaça a certos círculos do poder. A simples suspeita danosa que a obra existia era o proposito dessa embrulhada. Não vamos nos apegar a esse absurdo em especial. Seguemos.
Uma equipe para o jornal natimorto batizado como Amanhã é formada por profissionais que não conseguiam trabalho sério em nenhum lugar. Maia, única mulher da redação, que escrevia fofoca parcialmente verdadeiras para revistas celebridades. Cambria que contava quantas pessoas chegavam mortas aos hospitais e quantas foram pressas, devidamente espancadas, nas delegacias. Palatino fazia palavras cruzadas fáceis demais. Costanza era um técnico que estruturaria as páginas inexistentes e Lucini que ninguém sabia onde tinha trabalhado anteriormente nem no que era especializado. Somente que fica de olho em tudo.
A trama se passa em 1992 na cidade de Milão. Apenas Colonna e o editor, Simei, sabem que o jornal não vai sair e da existência do livro descrevendo essa aventura, então por isso não tem amarras na formação das matérias. Calunias, inverdades, boatos, cochichos indiscretos, factoides e todos os truques baixos do jornalismo rasteiro para disseminar qualquer coisa que chamem de notícia. Nesse ambiente, no mínimo, pouco ética porem padrão no mundo do jornalismo, uma reportagem mesmo de conteúdo altamente fantasioso e conspiratório delirante aparenta alguma consistência. Braggadocio, um dos repórteres que tem uma preocupação extrema em conseguir um automóvel a altura da sua missão, desencavou uma teoria e tem muito papel para prova-la, ou não. Nas averiguações que levou anos para compilar, imagina poder levar ao público as conclusões, está convencido de um grande complô que começou no fim da segunda guerra mundial.
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Marcela.Correia 01/10/2021

Bastidores de uma revista
Mostra a trama por trás de uma revista fictícia? como se manipulam dados e notícias conforme interesses.
Por trás tem um romance água com açúcar e uma trama conspiratória.
Mostra potencial no início mas se torna enfadonho com final bem modesto.
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Benigno 10/02/2016

Não é o melhor, mas...
Não é o melhor livro escrito por Umberto Eco, mas ainda assim vale a pena ser lido, afinal, a pior obra que ele pode escrever é infinitamente superior ao que venha a ser escrito por Paulo Coelho, Dan Brown e outras abobrinhas de fim de feira.
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Jusley.Sousa 06/07/2020

O que?
Nossa, foi complicado ler este livro. Me senti a pior leitora do mundo.
Rammy 08/07/2020minha estante
Por quê?


Jusley.Sousa 08/07/2020minha estante
Me perdia na historia com o amontado de fatos que compunham as teorias de conspiração do Braggadocio. Eu mesma tenho impaciencia com pessoas como ele. Se Eco teve a intenção de causar incómodo me lembrando como e conversar sobre isso com as pessoas assim ele conseguiu kkkkkk


Rammy 08/07/2020minha estante
Hahahaha entendi. Que bom que concluiu!! ?




Jeferson Souza 05/02/2021

Particularmente não gostei muito do livro achei uma história enrolada com personagens sem graça.

A ideia do livro é demostrar como somos manipulados pela mídia, de como funciona o editorial de um jornal e como eles utilizam notícias de seu interesse para induzir a opinião pública a suas ideologias.
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Amanda 20/06/2021

Número zero, nota 3
Livro "OK".
Cheio de conteúdo histórico, mas comparado a outras obras do autor, achei um pouco raso.

Partes arrastadas e desnecessárias, mas ainda um bom livro.

Leitura para avião.
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Wagner 16/10/2015

AO CONTRÁRIO DO MUNDO NORMAL

(...) Não são os filhos que odeiam os pais, mas os pais que odeiam os filhos (...)

IN: ECO, Umberto. Número Zero. Rio de Janeiro: Record, 2015.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Não Há Futuro Para O ?Amanhã?
Lançado em 1980, "O Nome da Rosa" foi o romance de estreia de Umberto Eco, sem dúvida, uma empreitada arriscada para um eminente filósofo e linguista prestes a completar cinquenta anos. O livro virou um best seller e seguido de outros sucessos como "O Pêndulo de Foucault" e "O Cemitério de Praga", trouxe à luz um ficcionista de assombrosa erudição, capaz de criar enredos criativos e tramas bem urdidas, destilando uma fina ironia nas entrelinhas.

Seu livro mais recente, "Numero Zero", não foge à regra. Com apenas de 200 páginas, engana-se quem imaginar que trata-se de uma obra de menor fôlego. Eco ressurge na melhor forma e o título da narrativa é bastante sugestivo, refere-se a um jargão jornalístico usado para uma edição de circulação restrita, destinada a avaliar um periódico antes dele ser lançado. Nesse caso, trata-se do jornal "Amanhã", que não será destinado a informar, mas difamar, amedrontar e chantagear os inimigos de seu corrupto fundador, o Comendador Vimercate.

Esse romance é baseado em fatos e boatos que vão desde a morte de Mussolini até os primeiros anos da década de noventa, aliás, suas personagens remetem tanto a Silvio Berlusconi como ao jornalista Carmine Pecorelli, assassinado enquanto investigava a morte do presidente Aldo Moro.

Apontando para o sensacionalismo da imprensa, a manipulação da opinião pública, o escritor também aborda o benefício do próprio Estado com o empobrecimento moral da nação que passa a aceitar pacificamente toda uma série de abusos e escândalos como se fossem episódios rotineiros.

Tendo como cenário a cidade de Milão, seu enredo também exibe certa semelhança com o Brasil atual. Como afirma Collona, um "gost writer" fracassado, que narra a história: "É só esperar, depois que se tornar Terceiro Mundo de uma vez por todas, o nosso país (Itália) será plenamente viável, como se tudo fosse Copacabana."

Com um desfecho maquiavélico, de fato, "não são as notícias que fazem o jornal, e sim o jornal que faz as notícias." Cuidado...
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Sarah 24/12/2022

só li por livre e espontânea pressão
pra mim esse livro só funciona pra usar de material de análise sobre o jornalismo e suas implicações e também só através desse olhar que esse livro se torna interessante, pq se for pra ler por vontade própria ou diversão? boa sorte
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Bibiana Hernandez 10/02/2021

Me decepcionei! A verdade é que pelas primeiras páginas achei q fosse ser mto envolvente, a escrita é mto fluída, parece q o Colonna está contando pessoalmente a historia dele pra ti.. mas dpois não consegui me conectar com a história, tive a impressão de q me faltava conhecimentos anteriores sobre a política italiana e os seus "personagens" e isso tornou a minha leitura meio deagastante, fiquei só esperando o fim pra saber como seria finalizada..
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ElisaCazorla 19/08/2015

A vida é suportável, basta contentar-se.
O livro começa bem, depois parece ser uma crítica sobre o mau jornalismo - o que seria péssimo tal clichê vindo de Umberto Eco - me frustrei com tantas listas de nomes, complôs e momentos históricos italianos que não reconhecia e de que não sabia quase nada. Não pude deixar de considerar um dos livros mais chatos que eu já havia lido, mas mantinha a esperança de que no final, algo acontecesse e salvasse o livro. Poxa vida, estou lendo Umberto Eco! Já li outros livros dele e sei que ele é um fenômeno! Fico pensando se esse foi o primeiro Umberto Eco de algum leitor... Enfim, veio o final e sim, o final salvou o livro. Não merece 5 estrelas em minha opinião, mas posso dizer que o livro é bom!
Não é uma crítica clichê sobre os meios de comunicação em massa, é uma crítica ao povo desmiolado, conformado, descontente e impotente. Afinal, temos saída desse mundo sombrio e obscuro? Talvez, a única coisa que nos traga paz neste mundo seja a conformidade, a aceitação, a cegueira voluntária.
Samantha 18/12/2015minha estante
exatamente o que eu pensei!!! frustrante! O final salva um pouquinho.


Lais 29/03/2016minha estante
Foi decepcionante a leitura. Esperava algo fenomenal como O nome da rosa que havia acabado de ler, mas fora as reflexões acerca da forma como a sociedade consome notícias, aceitando acontecimentos absurdos, rejeitando certos tabus, pouco crítica em relação ao conteúdo, a leitura não me foi muito proveitosa. Mas acho que sua crítica está bem mais justa do que a minha ;)


ElisaCazorla 30/03/2016minha estante
Lais, obrigada pelo comentário. Compartilho da sua frustração mas, acabei de ler Baudolino, acabei de lê-lo ontem! E devo dizer a você que se Número Zero foi um tipo de fracasso do Eco, Baudolino não é! Já leu Baudolino? O que achou?
Também amei O Nome da Rosa, acho que é sua obra prima, e por isso tinha muitas expectativas com Número Zero. Quando comecei ler Baudolino fui um pouco menos sedenta hehe e fui surpreendida com outra obra maravilhosa do Eco. Não é melhor do que O Nome da Rosa, mas Baudolino merece ser lido! Abraços =]




jota 12/08/2015

Jornalismo zero
Número Zero em jornalismo significa o exemplar experimental para o lançamento de um jornal ou revista e é destinado especialmente para agências de publicidade e anunciantes em potencial. Serve de teste para o exemplar número 1 e demais, que futuramente circularão também entre os leitores.

Esta ficção (amplamente calcada na realidade) reúne uma série de personagens curiosos que participam da criação do número zero de um jornal que jamais circulará, o Amanhã. E mais: ele terá não apenas um número zero, mas também um número zero um, zero dois, zero três...

O Amanhã não tem a missão de informar; como diz a sinopse da Record “(...) seu objetivo é chantagear, difamar, prestar serviços duvidosos a seu editor.” Poucos sabem disso, claro. Estamos então em Milão, numa década emblemática para os italianos, os anos 1990.

Foi em 1992 (quase todo o livro se passa nesse ano) que teve lugar a operação Mãos Limpas, envolvendo magistrados, políticos, religiosos, empresários, mafiosos etc. e com a qual a Lava Jato de nosso herói o juiz Sergio Moro e equipe tem forte ligação. Lá teve o juiz Giovanni Falcone, que foi assassinado naquele ano. Os mafiosos não perdoam...

Em certo momento um dos personagens cita Copacabana, imaginando que a Itália daquela época um dia pudesse se tornar um país de Terceiro Mundo igual ao nosso, pleno de corrupção. Ou como outro país sul-americano qualquer, em que as aberrações políticas e outras são vistas como “a normalidade”.

Número Zero conta uma história mais ou menos policial (um dos jornalistas é assassinado) - ou política, talvez fosse melhor afirmar isso. Embora no fundo seja mesmo uma paródia que fustiga o mau jornalismo, as teorias conspiratórias e certos vícios jornalísticos.

Dentre eles o emprego de expressões tais como “no olho do furacão", "um duro revés", "com a água no pescoço" e outras. Cansamos de ouvir repórteres de tevê falar em “último adeus” ao morto quando alguém famoso morre, não? E “criança de zero ano” tem muita no Brasil. “Década emblemática” que usei acima acho que também deve ser evitada, mas não sou jornalista...

Pela contemporaneidade e demais características literárias, por ser pouco volumoso etc., Número Zero não lembra quase nada outras obras bastante conhecidas de Umberto Eco como, por exemplo, O Nome da Rosa ou O Pêndulo de Foucault.

Além de inúmeras referências à política italiana dos anos 1990, também traz uma história curiosíssima envolvendo o cadáver do ditador Mussolini, a Santa Sé, a Argentina etc. É quando a ironia e até certo humor invadem alguns parágrafos desta história aparentemente simples. Somente aparentemente simples...

Lido entre 08 e 12/08/2015.
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