Érica 09/08/20222001Percebi q se tornaria favorito já no meio da leitura. Q livro incrível! Uma prosa toda infiltrada de uma poesia disfarçada.
Ao iniciar a leitura, pensei q seria difícil de entender por causa do filme. Assisti esse filme há muitos anos e lembro q não compreendi muito bem. Mas o livro é muito melhor explicado. E agora preciso assistir ao filme de novo.
E lá vem spoiler (dos grandes). Os seres que criaram o monolito o enviam à Terra para salvar os hominídeos da extinção. Com o domínio da caça, q os hominídeos aprendem com o monolito, esses serem caminham em direção à humanidade. Milhões de anos depois, lá está novamente o monolito. David Bowman dessa vez é o representante da espécie humana q serve de cobaia para uma nova aprendizagem: como se libertar da matéria e conseguir a imortalidade.
Alguns dos meus trechos favoritos, não peguei todos:
"A noite prosseguiu, fria e límpida, sem mais alarmes, e a Lua subiu lentamente entre constelações equatoriais que olho humano algum jamais veria. Nas cavernas, entre cochilos intermitentes e uma espera amedrontada, nasciam os pesadelos de gerações vindouras"
"Outro pensamento lhe ocorria sempre que varria com os olhos aquelas minúsculas manchetes eletrônicas. Quanto mais maravilhoso o meio de comunicação, mais trivial, medíocre ou deprimente seu conteúdo parecia ser."
"Ele já tinha decidido que raios X, sondas sônicas, raios de nêutrons e todos os outros meios não destrutivos de investigação entrariam no jogo antes que ele convocasse a artilharia pesada do laser. Era a marca de um bárbaro destruir algo que não entendia, mas talvez os homens fossem bárbaros, além das criaturas que haviam feito aquela coisa."
"Ele se mudara para uma nova dimensão de distanciamento, e quase todos os vínculos emocionais haviam sido alongados para além do limite de elasticidade."
"O espasmo de esperança e medo passou num instante, quando a lógica fria substituiu a emoção."
"Podemos projetar um sistema que seja à prova de acidentes e estupidez, mas não podemos projetar um que seja à prova de maldade deliberada..."
"Estava sozinho em uma nave sem ar, parcialmente inoperante, e todas as comunicações com a Terra estavam cortadas. Não havia outro ser humano em um bilhão de quilômetros. No entanto, num sentido muito real, ele não estava só. Antes que pudesse estar seguro, precisaria estar ainda mais sozinho."
"Qualquer homem, nas circunstâncias certas, podia ser desumanizado pelo pânico."