2001: Uma Odisseia no Espaço

2001: Uma Odisseia no Espaço Arthur C. Clarke...




Resenhas - 2001: Uma Odisseia No Espaço


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Igoru 30/11/2014

"Está cheia de estrelas!"
Decidi, depois de assistir a Interestelar, que deveria ver 2001: Uma Odisseia no Espaço, porém notei que havia um livro também, então resolvi ler a obra de Arthur C. Clarke antes de mergulhar no filme de Stanley Kubrick.

Muito interessante o livro. A história é bastante simples, mas um tanto complexa para um livro sci-fi de 1968, graças aos constantes discursos sobre computação, biologia e física. Pelo menos dentro de meus conhecimentos nessas áreas, acho que foi tudo descrito de maneira um tanto precisa, sem nunca entrar em termos muito técnicos - a linguagem é muito simples e desconfio que a tradução brasileira deixou ainda mais simples.

Interessante é observar a previsão de um futuro que, para nós, já passou. Não calcularam bem o nível de tecnologia que teríamos em 2001, afinal, neste ano, não tivemos viagens interestelares para Jupiter (ou tivemos e foi mantido em sigilo, nunca se sabe), e nem temos computadores suficientemente inteligentes a ponto de passar pelo teste de Turing. Porém acho que a história foi bastante profética em alguns sentidos, levando-se em consideração tendências. Uma coisa que acho engraçada é a ausência quase que completa de interfaces touchscreen, que são uma tendência da tecnologia. Provavelmente porque, para nós, atualmente, touchscreens parecem algo super banal, quando, na verdade, são uma ideia muito incrível.

Interessante também é como a história nos faz pensar sobre como o ser humano evoluiu em termos de tecnologia. Tecnologia vai desde usar um pedaço de osso como arma - tal como fizeram os antepassados macacos, estendendo o seu raio de ataque e viabilizando a vitória em um conflito - até manipular a matéria de maneira a construir espaçonaves sofisticadíssimas e tornar realidade viajar para um lugar para onde os antepassados antigamente só podiam olhar, jamais tocar, a despeito do desejo. O nível da tecnologia depende da quantidade de conhecimento acumulada e registrada pelos antepassados, porém cada passo, por menor que possa parecer, jamais perde seu mérito.

Das seis partes, somente tive problema com a última. Parece que o autor tomou uma droga alucinógena muito louca e resolveu descrever tudo.

De toda maneira, gostei bastante, e agora vou ver o filme. E depois ler 2010.
Kennedy 26/12/2014minha estante
Mas o ápice do livro é o final. Incrível. O bom de 2001, tanto do livro quanto do filme, é o tom de mistério. Só não gostei do final do livro. Muito esquisita aquela cena final.

PS: Interestelar é foda.




spoiler visualizar
Kennedy 26/12/2014minha estante
Cara, dizer que o livro é mais complexo que o filme é um absurdo. Os dois são complexos. O livro só se torna complexa com o seu final diferente do filme. Os dois estão no mesmo patamar.




Gisele 28/03/2021

Tão misterioso é seu mundo... ?
Há tempos um livro não me prendia assim.

Uma ficção científica de altíssima qualidade, sem ser pedante. O texto é claríssimo, simples, mas muito poético em certas passagens, me deixando maravilhada.

Até os 70%, a leitura flui muito rápido. Depois dos 70%, o livro fica impossível de largar. Se for alguém com ritmo maior de leitura, lê em um dia com tranquilidade.

Pretendo ver o filme (deixei pra ver depois de ler o livro pq sim), mas imagino que não tenha nem metade da beleza, apesar de ter quebrado paradigmas.

Reviveu a chama do sci-fi que tinha se apagado em mim há anos, lerei mais do autor em breve.
vanessacrx 28/03/2021minha estante
Quero muito ler. Está na minha lista de "Não sei quando." Mas ainda lerei.




Carolina 16/02/2014

Minhas impressões - 2001 - Uma Odisséia no Espaço
Essa foi a primeira vez que li ficção científica e, devo confessar, que a sensação foi de estranhamento nas primeiras páginas, porém, no decorrer da leitura, o livro prendeu toda a minha atenção e posso dizer que ao final, a sensação foi de superação!
Apesar da longas partes descritivas do livro (que ao final compreendemos serem necessárias), a história flui bem. É importante saber que o autor leva a pelo menos três tempos diferentes, por isso é bom ficar bem atento. Não vou contar nada sobre a história, pois acredito que é muito prazeroso descobri-la aos poucos.
Como foi meu primeiro livro desse gênero, não tenho parâmetros para compará-lo com outro, mas indico para todos, pois a vale muito a leitura. Ele ficou na minha cabeça por dias!!
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Flavio 02/04/2014

Sensacional
Sabe aqueles livros os quais você lê e nunca mais se esquece? Sabe quando você consegue imaginar a cena toda acontecendo como se você estivesse dentro da história? Foi assim que me senti ao ler 2001: Uma odisséia no espaço. Toda a trama baseada em pura ficção científica é bem elaborada, respeita as leis da física (rsrsrsrs) e te instiga a saber mais sobre o assunto.

Recomendadíssimo!
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Jarbas15 07/04/2014

Uma viagem espacial
Sempre gostei muito de filmes e series de ficção cientifica, e quando fala-se em livros do gênero, um dos primeiros nomes citados é de Arthur. Inevitavelmente cedo ou tarde eu iria ler um de seus livros...

O autor escreve muito bem, tem detalhamento em suas palavras, você realmente se sente onde o autor te transporta.

Mas se você está em busca de uma historia com naves, contato extraterrestre, civilizações avançadas, robôs ou algumas dessas aventuras que já estamos acostumados(Avatar, Star Trek, Star War, entre outros) Sinto que não seria um livro apropriado pra você.

O Livro descreve muito bem uma viagem espacial no mínimos detalhes(as vezes até demais, deixando o miolo entediante) assim você se sente realmente no espaço e é uma sensação impar. O inicio é fantástico e o final te faz ficar frustado, pois a parte que você esperava acontecer, talvez só aconteça em uma sequencia. Por ora vale pena perder algumas horas nessa viagem ;)
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Pablito 16/04/2014

O começo foi bem interessante, num bom ritmo. A parte da viagem espacial é ótima, bem detalhada e empolgante, mas o final pareceu bem anticlimax. Talvez eu precise ler novamente, para tentar entender melhor, porque me pareceu sem sentido.
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Marcos 20/01/2016

Estamos na pré-história. O homem, então apenas mais um dos animais ditos irracionais que agiam como bestas-feras, tem de encarar todos os dias a luta diária pela sobrevivência. Eles devem caçar para comer, lutar com outros animais para não serem comidos e perpetuar a espécie ao máximo que conseguirem. Até então, eles não tem muita vantagem competitiva em cima das outras espécies, até que um objeto estranho, um grande monólito preto surge do espaço e, desde então, a inteligência destes seres aumenta exponencialmente: agora eles conseguem usar instrumentos e, assim, dominar outros grupos e seres, sendo vencedores nas competições intra e interespecífica.

Avançamos milhares de ano a frente. Agora estamos em uma expedição ao espaço sideral, mais precisamente numa escavação na Lua. Lá, um objeto que apresenta um estranho campo magnético ao seu redor, é encontrado no subsolo. Nunca tal frequência de radiação foi detectada por instrumentos de medição terrestres. Para que isso seja melhor investigado, a Terra manda uma equipe de grandes especialistas abalizados em busca de respostas. Nessa expedição, o líder é um computador com inteligência artificial própria, o HAL 9000. Mas nessa jornada uma série de acontecimentos ocorrerão e isso tudo levará a questionamentos sobre a vida e sobre até que ponto pode ir o conhecimento humano.

2001: Uma Odisseia no Espaço é um livro de ficção científica que aborda a questão espacial e faz um contraponto com as questões sociais vigentes. O filme homônimo, dirigido por Stanley Kurick, foi lançado paralelamente ao livro. Ou seja, nesse caso não temos uma adaptação de uma obra para outra mas sim duas que correram paralelamente. À medida que o roteiro era escrito, o livro assim também o era ao mesmo tempo.

Esse é um daqueles livros em que várias interpretações são possíveis, tamanha a genialidade do enredo. No meu caso, interpretei que o autor usa da alegoria, nesse caso explicitamente, do monólito para fazer uma crítica à sociedade moderna, ao egoísmo humano, a como estamos a todo custo querendo vantagens por sobre outros de nossa espécie e a como o homem se coloca como espécie dominante do planeta. O objeto representa o além da inteligência, aquele insight ou aquele passo que a humanidade deu além em sua evolução e isso fica claro nos momentos em que ele aparece. O final é para explodir a cabeça de qualquer leitor.

Essa edição da Aleph está incrivelmente linda, como já é de praxe devido ao brilhante trabalho que a editora tem com seus títulos. O miolo vem uma caixa exterior que o guarda e este tem o formato do monólito, protagonista da história, com capa completamente preta e cortes pintados na mesma cor. Genial e sensacional. Há também extras, como os contos A Sentinela e Encontro no Alvorecer e prefácios do autor.

Recomendo a todos que gostem de ficção científica e que queiram começar a se aventurar nesse gênero. É uma ótima porta de entrada.

site: http://www.capaetitulo.com.br/2016/01/resenha-2001-uma-odisseia-no-espaco-de.html
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sagonTHX 05/08/2012

O MELHOR DA FICÇÃO CIENTIFICA
Indiscutivelmente, 2001 é leitura obrigatória para todos os fãs de Sci-Fi.

Há duas versões, obviamente. O filme, de Stanley Kubrick (1968), com uma visão diferente para o final da história (Júpiter e não Saturno); e a do livro, com um final (em Saturno) muito mais fascinante.

Ambas as versões são maravilhosas. 2001 faz tempo que está merecendo um remake. Por isso, se você não viu o filme, leia o livro primeiro, depois, veja o filme se você pretende ler os outros três livros da série, pois esses são continuação do filme, não do livro.

2001 é dividido em três partes: A primeira, acontece há 3 milhões de anos, na aurora do nascimento do homem; a segunda parte, acontece na lua, com a descoberta do segundo monolito; e a terceira parte ocorre com a ida da espaçonave Discovery a Saturno (no filme é Júpiter). Essa última parte também pode ser divididade em dois segmantos: a viagem até Saturno e as consequências desastrosa para os tripulantes e a viagem quase matafísica de David Bowman.

A visão de Clarke na sequência em que David Bowman mergulha no Monolito em órbita de Saturno é uma das mais impressionantes do universo Sci-Fi.

Apesar da idade do livro (44 anos), a narrativa é atualíssima. Quem já leu alguma das obras do mestre da ficção-científica, sabe perfeitamente do que estou falando. Clarke sempre escreveru aquém do seu tempo. Leia e comprove. Aliás, recpomendo a leitura dos três livros subsequentes, também.

Mais do que recomendado, 2001 Uma Odisséia no Espaço é imperdível.
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JPHoppe 18/10/2011

"Alguma ideia viria"
Se, como relatava a wikipedia-PTBR, "2001" é a magnum opus de Arthur Charles Clarke eu não sei, mas posso afirmar que é, com certeza, um dos melhores livros de ficção científica já escritos, ao pé de clássicos como "Nightfall" de Asimov.

No começo do livro, estamos a 4 milhões de anos no passado, observando hominídeos primitivos lutando pela sobrevivência, dia após dia. A descoberta de um estranho monolito negro causa transformações no grupo de símios, que então aprendem a usar ferramentas para seu dispor, melhorando em muito as condições de vida do grupo. Aqui já podemos ver um tema da obra: a existência de vida inteligente extraterrestre que provê "saltos evolutivos" aqui e ali. Amigo da Lua, o hominídeo, não sabe o que fazer depois da descoberta de seus novos "poderes". Mas alguma ideia viria.

A recriação da cena é bem feita, e do ponto de vista biológico não está tão defasada: as primeiras ferramentas, osteodontoqueráticas, com alguma maleabilidade, podem ser datadas desse período, junto dos primeiros australopitecíneos. Mas também se vê o espectro da época, quando a Teoria do Macaco Assassino ainda estava em voga.

Então, somos apresentados ao Dr. Heywood Floyd, que vai à base Clavius na lua para investigar algo mantido com segredo absoluto: a descoberta de um monolito enterrado na superfície lunar. Assim que desenterrado, o então chamado AMT-1 envia um sinal direcionado aos confins do Sistema Solar.

Sem saber de nada, Dawid Bowman e Frank Poole estão a caminho de Saturno a bordo do Discovery, com a missão de lá chegar com o satélite e depois retornarem em uma nave de "resgate". Junto deles estão mais três pesquisadores em hibernação, além de HAL 9000, o inteligente computador de bordo.

A forma com que as duas histórias se encontram é, depois de certo ponto da leitura - e especialmente se você já viu a adaptação de Kubrick - previsível, mas não por menos bem feita.

O desenrolar é surpreendente, e no final, novamente, há a intervenção da mesma inteligência extraterrestre que deixa o protagonista sem saber o que fazer. Mas, ah... alguma ideia viria...

Leia e esteja com a sequência em mãos, você vai querer saber o restante!
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JoAo.FerrAo 29/12/2015

Homem-macaco no Espaço
Uma obra esplêndida, mais do que eu possa dizer!

O livro é uma história de ficção científica sem precedentes que mostra como o homem, nos seus primórdios (homem-macaco), adquiriu conhecimento e inteligência por meio da influência de uma inteligência alienígena superior e, futuramente, "dominou" as viagens espaciais obtendo assim um pequeno vislumbre do misterioso espaço.

Depois da leitura eu assisti o filme, que também é uma obra prima. Mas em se tratando das duas obras eu opto pelo livro, pois no filme, devido aos limites tecnológicos de quando foi feito, não foi possível recriar muitas das cenas descritas no livro. Claro que livros e filmes devem ser desfrutados de formas diferentes, portanto vale desfrutar dos dois.
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Alex 01/12/2015

Bom livro !
Há muito tempo assisti o filme e não me lembrava de quase nada. Resolvi ler o livro antes de assistir novamente. O livro é muito bom, tem uma linguagem fácil, muito atento à veracidade das informações, da física incluída. A história é bem envolvente, mas às vezes fica um pouco chata e às vezes o foco muda tão radicalmente você fica pensando pra que serve o que você leu anteriormente. Mas com o passar das páginas tudo se encaixa. O final é meio viajante, mas bom assim mesmo. Vou ler o 2010 e as sequencias para ver se a história se completa. Uma pena é a realidade imaginada não fazer parte da nossa realidade ! rs.
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Flucks00 31/05/2024

Demorei para engajar
O livro é de fato incrível, acredito que a culpa de não ser 5 estrelas seja inteiramente minhas, pois só consegui pegar o ritmo e interesse lá pela 3/4 parte do livro. Depois disso a experiência foi incrível, me prendeu de um jeito sublime, de fato quanto mais o tempo passa mais atual essa obra fica, é inegável a genialidade de Clarke nesse livro e roteiro de "2001: uma odisseia no espaços".
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Lili Machado 19/01/2011

“Esta é apenas uma obra de ficção. A verdade, como sempre, será muito mais estranha.” - Arthur. C. Clarke
Os sentimentos e sensações dos homens-macaco que habitavam a Terra após a extinção dos grandes sáurios, é singular: “Não sabia que o Velho era o seu pai, pois tal relação estava muito para lá de sua compreensão.” “Ele não possuía uma verdadeira memória do passado e não podia, portanto, comparar um tempo com outro.”
Quando o monolito negro foi encontrado pela tribo dos homens-macaco, este começou a lhes comandar os corpos e pensamentos, analisando e avaliando suas reações e potenciais, incitando-os a preparar armas e usá-las contra os animais que os rodeavam, de forma a supri-los de comida e defendê-los dos inimigos – quem sabe, escolhendo as espécies que mais facilmente se adaptariam à evolução iminente ao homus erectus. Os que falhassem não teriam importância – bastaria apenas um único êxito, que conseguiria mudar o destino do planeta. Os aprendizes de caçadores perceberam que nunca mais precisariam ter fome.
O destino dos novos homens-macaco ainda era incerto, mas desenvolveram aptidões e habilidades, multiplicaram suas forças, aumentaram seus poderes de alcance, deixaram de ser indefesos. Seus dentes maciços diminuíram; os traços faciais se suavizaram; e a boca tornou-se capaz de produzir sons sutis.Suas mãos desenvolveram destrezas e seus cérebros evoluíram. “O Homem adquirira um passado e começava a tatear em direção a um futuro.” - tudo isso teria acontecido após o descobrimento do monolito negro.
No século XX, numa Terra entupida de gente, as estações espaciais tornaram-se necessidade premente para desafogar os recursos naturais do planeta. Nessas estações, os simples atos de comer e ir ao banheiro, tornaram-se operações que deveriam seguir à risca, instruções de segurança, de acordo com suas peculiaridades.
O livro foi escrito em 1982 – e a descrição que Arthur Clarke faz, do capacete “bloco-de-notícias”, não nos remete ao atual Facebook? Um a um, apareciam os títulos das notícias importantes, cujo teor podia ser consultado com mais calma, num clicar de dedos, atualizados automaticamente, à medida em que eram postados.
Na base localizada na Lua, após um vôo rotineiro de pouco mais de um dia, a comida era processada quimicamente e transformada em alguma coisa que lembrasse os pratos normais da Terra. Os aposentos individuais eram minúsculos e possuíam apenas o mobiliário mais essencial, embora agradável, com paredes que transformavam-se em painéis com paisagens terrestres.
Ffoi descoberto, também na Lua, o mesmo monolito negro, com 3 milhões de anos de idade, que, juntamente com seu irmão que os homens-macaco encontraram, constituíam-se na primeira prova da existência de vida inteligente fora da Terra. - e quem disse que a nossa forma de vida é inteligente? Vai saber...
Na nave Discovery, David Bowman e Frank Poole dividiam sua missão em direção a Júpiter, com o supercomputador HAL 9000 e mais 3 outros técnicos em estado de hibernação criogênica. HAL era capaz de reproduzir a maioria das atividades do cérebro humano, porém com maior velocidade e rigor. E todos os tripulantes da nave, viveram felizes até que, um dia...
É aqui que começa a verdadeira odisséia de David Bowman, o Dave, como HAL o chama. Com a famosa frase: “Temos um problema.”, Hal inicia a odisséia que a nave Discovery passará, com supostas e reais avarias, motim, dissimulação, enganos e arrependimentos. “Frank Poole seria o primeiro homem a chegar a Saturno.” Ainda me lembro do absurdo e do assombro da cena, no cinema. Interessante pensarmos o que será da humanidade quando nos encontrarmos escravos dos robots e dos computadores. Saberemos controlá-los e subjugar suas vontades cibernéticas? Conseguiremos, como Dave, efetuarmos manobras dissimuladas, para enganar suas mentes e nos livrarmos de seu jugo? Teremos o sangue frio suficiente para, se necessário, destruir seus chips de memória?
Quer dizer que o tal artefato monolítico tinha, na verdade, mais de três milhões de anos, portanto, tem a mesma idade do irmão encontrado pelos homens-macaco do início do livro. Eu, particularmente, concordo com a idéia do autor, de que somos parte de uma grande experiência bio-científica, perpetrada há milhões de anos, por extraterrestres muito, mas muito mais evoluídos do que nós. Estes teriam acompanhado o alvorecer da humanidade, o despertar das consciências. Teriam remexido no destino das espécies, e partido para a continuação de suas experiências em outros mundos, tais como seus antepassados fizeram, e seus descendentes o fariam.
Quando o bebê Dave regressa às suas origens do espaço real, direto das profundezas do monólito de cristal negro, ele sabia, sem saber, que não poderia lá permanecer – mas acabaria por descobrir alguma coisa. Era necessário renascer – seria uma metáfora de reencarnação?
O livro foi escrito nos anos 60, e publicado após a divulgação do filme, em projetos simultâneos a se complementarem. Nessa época, a exploração espacial se iniciava, com o primeiro passo do homem na Lua, em 1969 – que se deu após o lançamento das duas obras. Realidade e ficção interligando-se, os astronautas da Apolo 8 já tinham visto o filme, quando partiram para a Lua. E a Apolo 13, a tripulação ouvia a música-tema: “Assim falou Zaratustra.”
Partir para reler 2010, 2016, e 3001.
“Pois embora fosse o Senhor do Mundo, não sabia bem o que fazer a seguir. Mas acabaria por descobrir alguma coisa.” – Arthur C. Clarke
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Camila Faria 17/10/2015

Livro indispensável para quem ama ficção científica, a história permeia as diversas fases da humanidade e a influência de um enigmático monolito sobre os acontecimentos na Terra e no Espaço. O romance foi encomenda do Stanley Kubrick, que percebendo a baixa tolerância do Arthur C. Clarke ao tédio, sugeriu a construção de um livro completo, a partir do qual eles posteriormente derivariam o roteiro do filme (que vocês já assistiram, né? por favor). A capa maravilhosa, que representa o HAL 9000, símbolo máximo da inteligência artificial (e considerado um dos maiores vilões da história do cinema) é, na verdade, uma caixinha. O livro por dentro é completamente preto, numa referência ao Monolito de Tycho. Maravilhoso! Essa edição tem ainda os contos originais A Sentinela e Encontro no Alvorecer, que serviram de base para o livro e para o roteiro do filme.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-2/
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