O Irmão Alemão

O Irmão Alemão Chico Buarque




Resenhas - O Irmão Alemão


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Simone Brito 03/06/2017

Um brinde a família
Livro: O irmão alemão
Autor: Chico Buarque
Literatura Brasileira

De certa forma, o livro não deixa de ser uma espécie de biografia escrita por Chico Buarque com o objetivo de relatar o processo de descoberta de um irmão alemão que ele nem sabia que existia.
A história basicamente começa quando Sérgio Buarque de Holanda, pai de Chico, passa os anos de 1929 e 1930 morando em Berlim.
Nesse período, Sérgio, além de seu trabalho como correspondente de um jornal, também teve uma aventura amorosa com uma moça chamada Anne Ernst, do qual resultou um filho, Sergio Ernst, que o pai jamais conheceu.
De volta ao Brasil, Sergio Buarque casou-se com Maria Amélia Buarque de Holanda e tiveram vários filhos, entre eles, Chico Buarque.
Chico, descobriu, por acaso, aos 22 anos, que tinha um irmão alemão. Essa história o incomodou bastante, até porque, afetivamente, ele não fazia ideia do que estava acontecendo com seu irmão. Tanto que não parou mais de ler coisas sobre a Alemanha e empenhar-se em seguir todos os possíveis rastros que o levassem ao irmão.
Em sua incessante busca rumo ao desconhecido, no caso, a vida do irmão, acaba por escrever o livro em pauta.
O livro acaba por mostrar a constante tensão em que a viviam os Buarque de Holanda, relatando o que realmente aconteceu ao longo dos anos, com uma pitada de imaginação.
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Gi Santos 29/11/2021

Confesso que me surpreendeu pela qualidade da narrativa, a riqueza de detalhes, mesmo nos devaneios. É uma história interessante e intrigante.
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jesusa02 25/04/2021

Ao pegar o livro: Chico Buarque (CB) feliz. Lendo: CB triste
Ao pegar o livro: Chico Buarque feliz. Lendo: Chico Buarque triste!
Me senti meio palhaça, fui enganada kkkk
Acho que o livro não funcionou para mim, pois não entendi muito bem o propósito.
Por diversas vezes me perdia no relato do narrador, a descrição me induzia que a situação era x e lá no final fui perceber que era y. O desejo do narrador, para concluir, solucionar a questão era tão vívida, que por vezes parecia ser realidade.
Enfim, li a sinopse superficialmente e imaginei algo bem diferente.
Sim, entendi toda a situação de busca, de desejo por conexão.
Mas não sei, achei, um pouco doentio. Me incomodou a relação tradicional familiar, será que é porque estamos num contexto histórico diferente?
Acho q a parte que chamou mais a atenção foi com relação a ditadura, os sumiços, o trato com quem ou era considerado subversivo.
Mas o personagem principal me incomodou muito, ainda mais em relação a fixação com os casos amorosos do irmão mais velho.
E espero que a parte das baratas não tenha nada de verdadeiro, porque só de imaginar é repulsivo (Óbvio que o que aconteceu durante ditadura é bem mais né minha gente, é triste saber que tanta atrocidade acontece...enfim, vamos deixar bem claro, porque hoje em dia é preciso explicar nos mínimos detalhes, caso contrário posso ser mal interpretada).
Mas, enfatizo que a leitura flui bem, só não funcionou o conteúdo, porque pareceu uma história que faltou algo a mais, um simples relato rotineiro, esperava mais sentimento menos praticidade.
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jessica.guabiraba 25/02/2021

Irmão alemão
O irmão alemão é um misto entre o o real e o que @chicobuarque gostaria que fosse. O enredo mescla entre sua vida e o imaginário, saber que teve um irmão alemão e tudo que poderia ter vivo com ele tomou conta desse romance. Alguns momentos parece que tudo de fato aconteceu, são tantas referências, tantos pontos de ligação, tanta esperança e principalmente muita admiração pelo pai que em livro e em vida real era um mega intelectual. A referências literárias são tantas que parece um guia de biblioteca, assim como a referência musical e teatral. Entre óperas e quadrinhos a história te prende e você só quer saber como ficou o desfecho .... Quando chega o desfecho você simplesmente vive em um sonho ??
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alekele_ 11/04/2021

Sempre ótimo
Para quem me conhece, sabe que amo Chico desde sempre. Li quase todos os seus livros, e até agora o livro "Benjamim" tem sido o meu preferido.
Mas, após ler "O Irmão Alemão", tenho que pensar qual deles fica em primeiro lugar.
De qualquer maneira, Chico nunca decepciona.
Amo muito ?
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Oswaldo 13/09/2019

Gosto e não gosto dos livros dele
Sempre tive uma relação conturbada com os livros do Chico Buarque. Desde o primeiro. No entanto, li todos, talvez na esperança de que o próximo vou gostar de fato. Gosto e não gosto dos livros dele. Há coisas que me agradam e outras que não. Já li livro dele que achei que deveria ter terminado na metade. Neste livro, entretanto, achei que a história exigia mais alguns capítulos. O início gostei muito, principalmente quando do relato da relação do pai com a biblioteca, incluindo claro, o espaço dedicado a descrever a biblioteca em si. Depois achei que a história se arrasta, pouco abordando da época da ditadura, do terrorismo cultural. Disse e não disse. A crítica, pelo que li até agora, gostou muito. Por meu lado, garanto que não está na lista dos livros que relerei.
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JoãoV.Castro 25/11/2020

Um dos melhores que já li
Salvo engano, li O Irmão Alemão pela primeira vez em 2015 - no início da minha relação com a literatura - o ano que mais li e talvez o que melhor li: Chico, García Márquez, Orwell, Marx, Rousseau, Gonzaga, e a lista continua. Já faz um tempo que queria reler este livro, que sempre considerei um dos melhores da minha estante, mas já não lembrava tão bem o porquê. Realizei a meta nos últimos 4 dias, pra me abastecer pro Sopa de Letras (programa que conduzo na Rádio Universitária) desta semana, que falará do Chico. E a experiência valeu como a primeira.

Foi engraçado rever as notas perdidas pelo livro do adolescente que começava a aprender História, que se iniciava no universo da MPB, que se encantava com as experiências socialistas mundo afora e que pouco sabia de português. Mais que isso, foi explorar um novo universo, que a pouca maturidade dos meus 15 anos não haviam permitido de forma integral.

O Irmão Alemão, o primeiro e até então único livro que li do maior compositor da MPB, é sem dúvidas um dos melhores e mais geniais livros que já li, misturando ficção e autobiografia, devaneio e realismo, pesquisa e literatura, história e invencionice. Um livro que não é curto, mas que se devora em poucos dias - ou quiçá horas.

Por fim, Chico Buarque é do caralho!
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Rodrigo.Junta 29/10/2019

Eita! Aqui começa a certeza da minha ida para o inferno! Não que eu acredite mas alguém acredita. Acontece que, tomei como hábito ler no meu horário de almoço. Sentava-me na floreira de um edifício, na calçada do quarteirão de cima do meu trabalho. Eis que um dia, incomodados com a minha presença, colocam lanças na floreira para que ninguém mais se sente lá. Nesse dia, fiquei até envergonhado quando vi meu lugarzinho com aquelas lanças (gritando para mim perdeu seu cuzão) e, discretamente continuei andando e dei a volta no quarteirão. Descobri no caminho uma igreja. Igreja de S. Benedito ou algo assim. Entrei, me acomodei, percebi o silêncio, a arquitetura modesta e simples mas bonita e peguei no livro. Me senti vigiado e talvez criticado pelas beatas cuidadoras da igreja. No dia seguinte voltei à igreja mas com o terço na mão. Leio livro comunista, palavrões e bobagens dentro da igreja mas com o terço seriamente empunhado. Agora já inspiro um pouco de respeito e também informo o horário da missa aos desavisados.
Pois bem, Chico é incrível. Ele escreve delicadamente, de uma maneira romântica o carioca filho d puta. Uma visão natural da malandragem, como se fosse comum e corriqueiro um furto ou algo do tipo. É interessante a ansiedade e capacidade do personagem que chega a imaginar e criar situações que além de vivê-las (em sua imaginação) calcula também as possíveis consequências. Trata do tempo da ditadura, trata da questão racial, educação e da busca por um possível irmão alemão. Talvez a frieza seja a maior característica do personagem. Um desapego com o amor e com a saudade. Um desapego também à vida. Parece uma narrativa de um velho já cansado das emoções.
Não o leia na igreja.
Esse livro foi empréstimo do meu amigo Bruno.
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Andreza 05/05/2021

O misto de realidade com ilusão nos confunde durante toda a narrativa, de um jeito bom. Nos tira da inércia e propõe uma história baseada em fatos, mas também em situações ilusórias próprias de nossa mente. Bem real e constante.
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augustomw 30/03/2015

Prolixo e enfadonho!
Como dizem no jargão, não crie expectativas... mas criei. Afinal é Chico Buarque. Afinal é o compositor, o poeta e o autor de peças teatrais belíssimas como a Ópera do Malandro. Penso nas canções de poesia concretistas que não foram compostas, mas arquitetadas. Um gênio! Não pensei no romance Budapeste. Fraquinho. Mas foi só um lapso. Não foi. 'O Irmão Alemão' consegue ser pior. Muito pior. Clichê ao extremo em seu enredo de uma busca de raízes melancólicas (quase patéticas) de Chico por seu suposto irmão. Uma homenagem a um ente desconhecido ou uma pressão de editoras pela produção deste que antes foi um gênio? Sabe-se lá. Eu detesto fazer, mas pulava páginas sem perder o sentido. Não. Não era poesia em prosa. Era um texto prolixo. Saiu de muito ruim para ruim por uma passagem que me despertou a saudade de uma geração no último terço do livro.
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Raffafust 27/01/2015

Pela primeira vez li um livro de Chico Buarque. Ouço suas músicas desde que nasci, fui a shows, vi filme inspirado em livro... mas nunca havia lido um livro seu. Estranhei ao notar isso já que leio muito e sempre gostei muito de Chico. Mas gosto pelas outras artes, a de compositor, a de músico...e agora completo : gosto como autor.
O Irmão Alemão não é um livro simples, pelo contrário, Chico nos remete ao seu passado e todo momento brinca com a realidade e com a ficção, e confesso que ali me perdi , mas me perdi deliciosamente entre as palavras de um brasileiro que tem o dom delas e que só por isso me encantou ao chegar no final.
Chico nos conta que descobriu que tinha um irmão, seu pai Sergio de Holanda morou pouco mais de 1 ano na Alemanha antes da guerra e lá fez um filho. Seu pai nunca o conheceu, Chico nem imaginava essa história, e entre a busca pelo passado da família ele cria personagens, ele imagina coisas que esse irmão fez ou faz , seu pai vira Sergio de Hollander, seu irmão alemão é Sergio Ernst e ele é Francisco de Hollander.
Criado entre milhares de livros ele sabia bem a importância deles, é no meio de alguns que encontra cartas trocadas , é entre eles que cresceu admirando o dom da escrita e de ler. Seu pai tinha uma das maiores bibliotecas particulares do Brasil , Chico mexia nos livros com admiração e medo. Se estragasse algum? Passeava os dedos entre as lombadas, observava a barata transitar por eles e deixava. Eram tantos, eram muito...e o menino perdido ali entre palavras que nem sempre ele entendia, entre o que seu pai mais amava e ele apreciava. Mas queria, sempre quis que o pai tivesse mais contato com ele, mais carinho, mais assunto.
A narrativa é descrita em pensamentos, e em cartas. São cartas muito velhas em alemão onde o pai se comunica com o governo alemão , querendo dar apoio aquele filho, depois se faz entender por elas que no meio da guerra o filho foi adotado, e era importante saber se havia algum vestígio de judeu no menino, do contrário seu destino seria outro. O irmão alemão nunca veio ao Brasil, nunca sentiu os braços do pai que não conheceu. No livro o papel da mãe de Chico é aceitar, é se calar, é entender, como toda mãe da época.

Ciccio - como é chamado no livro como Francisco de Hollander - vaga pela imaginação e nos confunde , explica o que aconteceu mas viaja em certos pontos, e a graça do livro é exatamente se deixar levar pelo " achismo" de Chico, por aquilo que poderia ter acontecido ou pelo que jamais aconteceu, saber separar o que é real e o que não é vira perda de tempo, quando o importante na leitura é se deixar levar pelo jogo de palavras, pelas descobertas de um irmão existente, pela genialidade de Chico Buarque... e deliciar saber mais um pouco da história do compositor que no momento escritor nos presenteia com um livro não tão perfeito quanto suas músicas, mas no mesmo caminho para se fazer pensar e apreciar. Recomendo.
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Cheiro de Livro 01/01/2015

O Irmão Alemão
Sou dessas fãs que gasta dinheiro como ídolo mesmo não levando muita fé no trabalho lançado. Como já escrevi aqui sou uma chicólatra, dessas que tem todos os discos e quase todos os livros (Roda Viva é uma raridade que ainda não cruzou meu caminho), logo quando li que Chico Buarque estava para lançar um novo livro comprei na pré-venda. “O Irmão Alemão” é uma ficção com toques de realidade e é um livro que penei um pouco para engrenar, não é o melhor do Chico.

O ponto de partida do livro é a historia real de um filho que o historiador Sergio Buarque de Holanda, pai de Chico, teve na Alemanha na década de 1930 e que seus filhos brasileiros nunca conheceram. O protagonista do romance chama-se Francisco Hollander ou Ciccio que descobre no meio de um livro uma carta de uma antiga namorada do pai falando sobre o filho alemão. Ciccio passa a fantasiar sobre o parente e se dedica a procurar Sergio Hollander, o irmão alemão. Tudo isso tem como pano de fundo a ditadura militar no Brasil e a Segunda Guerra na Alemanha.

O livro é todo em primeira pessoa, a narrativa acompanha o fluxo de pensamento de Ciccio, não se limita a contar a historia, delira sobre acontecimentos, antecipa cenários. O texto é escrito como esse fluxo de pensamento, são poucos os parágrafos, a narrativa é continua e passa de uma situação para a outra com rapidez e isso é o melhor e o pior do livro. O pior porque nem sempre essa estrutura funciona e, em alguns momentos, fica maçante e confuso. O melhor porque quando funciona, e funciona melhor no terço final do livro, torna a história envolvente e não se sente as páginas.

Meu livro preferido de Chico continua sendo “Budapeste”, “O Irmão Alemão” é melhor do que o livro anterior, “Leite Derramado”, mas isso não é dizer muito. Talvez eu espere demais de Chico Buarque, suas músicas tem poesia tão rebuscada que sempre me encantou e sua prosa nunca conseguiu chegar perto disso. Não sei dizer ao certo, sei que continuarei comprando seus livros, não posso evitar, e ouvindo sua música.

site: http://cheirodelivro.com
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posfacioliteratura 17/07/2015

A leitura de Chico
O livro apresenta uma narrativa interessante imersa ao contexto da ditadura militar no Brasil, traz ao leitor toda a ambientalização das cenas de modo claro e descritivo incluindo a grande biblioteca do pai do personagem central; a dinâmica das relações com cada um dos familiares e com os demais personagens é bem descrita e representativa. O fim do livro não atende a expectativa proposta ao longo da narrativa, vale ressaltar que isso em pouco prejudica a qualidade do escrito, principalmente em razão de sua capacidade descritiva fiel dos fatos da narrativa.
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Laura 14/05/2015

Chico escreve como se estivesse libertando as palavras do papel. Durante a leitura, a narração se transpõe, montando imagens e cenas diante dos olhos. A alternância entre devaneios e realidade nesta obra, ao contrário de tornar a leitura confusa, incita o leitor a submergir nas curiosidades e desejos do autor. Através da descoberta de um irmão nascido na Alemanha, Chico Buarque busca uma aproximação com o pai e envolve o leitor em sua imaginação, numa época marcada pelo militarismo e repressão.
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Matheus Italo 01/05/2015

História incrível, bem escrito, mas não emociona.
Com toda a certeza 'O Irmão Alemão' é uma leitura que vale a pena, porém, uma oportunidade imensa foi perdida de envolver o leitor em uma história muito profunda.
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