A terra inteira e o céu infinito

A terra inteira e o céu infinito Ruth Ozeki




Resenhas - A Terra Inteira e O Céu Infinito


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Gabriel 14/11/2014

Conexões, moral e paradigmas.
Tudo está conectado. Essa é uma ideia clichê explorada em vários meios artísticos, mas ao tratá-lo de um jeito tão simples, Ruth Ozeki brilha e inova ao enfocar a conexão quase mística que se forma entre o escritor e seu leitor. Assim, Ruth Ozeki (a personagem, não a autora, que é o autorretrato desta, ou seja, apenas uma representação da pessoa real, não a própria) se conecta a Naoko Yasutani, uma adolescente de 16 anos japonesa; a própria Naoko faz o mesmo com o seu tio avô Haruki, que tem o nome igual a de seu pai (o que é uma belíssima escolha da autora, pelos conflitos de consciência similares que ambos enfrentam, e que todos nós deveríamos enfrentar, pois a falta de ética cada vez mais toma conta desde cedo dos indivíduos em sua singularidade quanto reunidos em massa), este se conectando (e aparentemente enlouquecendo) com cabeças da filosofia mundial. Mas o livro é muito mais do que isso. Em suas páginas, A Terra Inteira e o Céu Infinito expõe temas urgentes e fundamentais em contrastes gritantes, por vezes de forma cortante e explícita, em outras ocasiões mais delicadamente, explorando uma diversidade de estados de espírito em seus personagens, que vão ao fim do túnel sem luz aparente até um vislumbre do que seja a iluminação que os budistas tanto almejam, mas que não se frustram caso não a atinja. No fim das contas, a maior conexão explorada por Ruth Ozeki é aquela que nós leitores temos para com seus personagens. Será a literatura capaz de mudar a vida de seus leitores?

Para continuar a ler a resenha na íntegra e encontrar outras resenhas:

site: http://oquadropintadodecinzas.blogspot.com.br/2014/11/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
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Laís Ambrósio 04/10/2014

Maravilhoso!
Me interessei pelo livro devido ao título e ele que foi uma surpresa incrível! Acredito que foi o livro mais cativante e bem escrito que li em muito tempo. Me encheu de vontade de procurar mais sobre a autora.
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Otávio 16/08/2014

Mesmo com medo de que o fantasma de um tal de Proust estivesse ainda agarrado ao miolo do “À la recherche du temps perdu”, onde uma artesã havia jogado fora os pensamentos dele, ela escreveu. Agora, no lugar onde ficavam seus pensamentos, Nao Yasutani escreveria os dela.

No litoral canadense, Ruth Ozeki encontrava uma lancheira da Hello Kitty contendo um diário com as últimas palavras de uma garota, Nao Yasutani.
Em um primeiro momento, Ruth se vê em um impasse: “Será que a dona do diário gostaria que Ruth se intrometesse na sua vida assim?”, mas de uma forma ou de outra, ela quer saber como aquelas palavras escritas em tinta roxa foram parar ali, praticamente no meio do nada.
Mas já que são os meus últimos dias na Terra, também quero escrever alguma coisa relevante. Bom, talvez não relevante, porque não sei de nada relevante, mas algo que valha a pena. Quero deixar para trás algo verdadeiro.
página 28
Bem, a vida de Nao não é tão interessante assim. Ela sofre bullying todos os dias e tem um pai suicida. Nada na sua vida é interessante, a não ser Jiko, sua bisavó, ativista, monja e que vive a falar coisas incompreensíveis que sempre fazem sentido: “Em cima, embaixo, mesma coisa”. E é por causa de Jiko que Nao decide escrever o diário: ela teme que toda a sabedoria de sua bisavó se esvaia com sua morte, por isso ela decide escrevê-lo para alguém do futuro.
Quando o de cima olha para cima, em cima está embaixo.
Quando o de baixo olha para baixo, embaixo está em cima.
Não-um, não-dois. Não são iguais. Não são diferentes.
página 46
A Terra Inteira e o Céu Infinito possui uma linha tênue que divide o presente (Ruth) e o passado (Nao), já que em grande parte dele, essas duas partes andam separadas, em que conseguimos distingui-las facilmente. No decorrer da narrativa a linha temporal (ou real-fictícia) passa de tênue para inexistente, em que o mundo real da Ruth influenciam diretamente o mundo da Nao e vice-versa.

Em toda a narrativa, muitos assuntos são abordados, sejam eles bullying, questão ser-tempo, camicases, internet e principalmente suicídio, quer dizer... o livro todo gira em torno desse tema, o suicídio do tio-avô de Nao (Haruki nº 1) que era camicase, tentativas de suicídio do pai de Nao, pensamentos suicidas da própria Nao, e isso acaba fazendo o leitor analisar a situação e pensar sobre, na realidade pensar muuuuito sobre. Em dado momento do livro, fala-se que o suicídio é método para nos tornar mais real a sensação de estarmos vivos, confira o trecho completo:
Hoje em dia, na cultura tecnológica moderna, às vezes ouvimos as pessoas reclamando que nada mais parece real. Tudo no mundo moderno é plástico ou digital ou virtual. Mas eu digo, a vida sempre foi assim! Assim é a vida! Até Platão discutiu que as coisas dessa vida são apenas sombras de formas. Então é isso o que quero dizer quando falo da sensação de mudança e irrealidade da vida. Talvez você queira me perguntar como é que o suicídio faz a vida parecer real? Bom, perfurando as ilusões . Perfurando os pixels e achando sangue. [...] Você consegue sentir a vida completamente ao tirá-la.
página 95
Acho que já devem ter percebido que a Ruth personagem do livro é a mesma Ruth que escreveu a estória. Pois é, A Terra Inteira e o Céu Infinito é um livro de autoficção, em que há traços autobiográficos em meio à sua trama fictícia, ou seja, a Ruth-que-escreveu também é, por exemplo, casada também com um Oliver, assim como no livro.
Mas com o tempo que se leva para dizer agora, agora já está terminado. Já é antes. [...] Antes é o oposto de agora. Portanto, dizer agora destrói seu sentido, tornando-o exatamente o que não é. É como se a palavra estivesse cometendo suicídio ou algo desse gênero.
página 107
Não sei se foi essa verossimilhança ou se foi o fato de Ruth escrever perfeitamente bem que me fez acreditar que aquela história pudesse ser real, ela era tão... tangível... eu sofria e me preocupava junto com as personagens, me sentia próximo a eles. É para tanto que antes de eu escrever a resenha anotei no meu caderno: “Pesquisar se a história é verídica”, só por este fato dá para se notar o quão bem essa mulher escreve.

O exemplar foi disponibilizado pela editora LeYa, que, aliás, está de parabéns com o trabalho feito neste livro. Não localizei erros, o acabamento é um luxo com aqueles detalhes dourados e ainda tem a capa... EU AMO ESSA CAPA! Não sei se lembram, mas à algum tempo eu fiz um post em que devíamos escolher uma capa para este livro, todas as capas eram muito bonitas, mas fico feliz que esta tenha sido a escolhida (minha capa favorita \o/).

Tenho receio que minha opinião venha afastar vocês do livro, pensando algo como: “Este livro vai me trazer pensamentos suicidas? Não o lerei” (o que não é nem um pouco a verdade), mas quem pensa assim estará cometendo um grande engano porque hoje, quando olho para A Terra Inteira e o Céu Infinito, penso: “E se não tivesse lido este livro, o que seria da minha vida?”.
Por eu espero que você leia, já que...
Nada no mundo é concreto ou real, já que nada é permanente, e todas as coisas — inclusive árvores, animais, cascalho, montanhas, rios e até mesmo eu e você — estão apenas fluindo por enquanto.
página 115
Escrito por Otávio Braga
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Thay 13/07/2014

O agora do Para Sempre!
Falar sobre esse livro para quem não o leu é uma tarefa complicada, mas vamos lá!

O livro conta duas histórias distintas que acabam se cruzando. A de Ruth (sim, como a autora), uma escritora que mora em uma ilha, e a da jovem japonesa Naoko Yasutani. Tudo começa quando a romancista encontra uma sacola na praia, a princípio acha que é só lixo e o leva para sua casa, largando-a na porta. Oliver, seu marido, entretanto, quer explorar o que há dentro daquele saco, e assim o faz, descobrindo uma lancheira da Hello Kitty. A surpresa traz junto consigo uma curiosidade para saber o que tem dentro dela e como foi parar na costa. O "tesouro" guardado na lancheira consiste em um exemplar do livro À la recherche du temps perdu (Em busca do tempo perdido), de Marcel Proust, que acaba se mostrando, na realidade, um diário disfarçado. Além disso há um relógio antigo, cartas escritas em japonês e um caderno em francês.
Com isso, Ruth começa sua leitura obcecada por Nao e sua história. O passado da japonesa se mistura com o presente da canadense-americana mestiça de japonesa, e isso faz com que a vida de ambas seja totalmente balançada (principalmente a de Ruth). Sendo assim, a história prossegue.
O livro é dividido em quatro partes e oscila entre os relatos em primeira pessoa de Naoko e o dia a dia em terceira pessoa de Ruth. Desde o começo de seu diário Nao deseja escrever a história de sua bisavó, que é uma monja budista, feminista e anarquista de 104 anos... Porém Yasutani coloca no papel tudo o que acontece em sua vida, como o ijime (Bullying) que sofre na escola, o pai suicida e etc.
Embora a principal história seja a de Naoko, a que mais chama a atenção (e que parece ser a preferida da japonesa) é a do seu tio-avô Haruki nº1, que foi um piloto Kamikaze apaixonado por filosofia.
Mesmo envolto em temas tão profundamente ruins (como o ijime, o suicídio, a solidão e a prostituição), o principal foco dos personagens, pelo menos ao meu ver, é a esperança, sempre ligada ao budismo. Com isso aprendemos palavras de conforto e paz traduzidas de obras existentes na realidade, como o Shabogenzo (O tesouro do verdadeiro olho do dharma), do mestre zen japonês Eihei Dogen Zenji. Além das indagações sobre a vida, sobre o 'agora'... Uma das principais obsessões de Nao era o "Agora", e por isso resolvi inclui-lo no título, pois estou escrevendo o agora deste livro, a minha absorção dele, e, com o significado que teve para mim, posso dizer que ele sera eterno, sendo o "Agora do 'para sempre'" (Isso fez sentido?).
Com esse mundo de Nao sendo mostrado ao leitor, é necessário (pelo menos eu o fiz) ter um instrumento de pesquiso ao lado, pois muitas coisas são muito interessante e ótimas para aprender mais a fundo, como, por exemplo, a pratica do Zazen, que pode ser resumido como um momento para explorar o próprio ser, é quando a pessoa se senta e tenta parar seus pensamentos, só aguçando seus sentidos. Tentado se desligar e ativar o SUPAPAWA (como diria Jiko no seu inglês mau-falado) que todo mundo tem. Seria um superpoder, não necessariamente como um super-herói da ficção, mas um superpoder possível, por exemplo, Ruth tenta ativar sua criatividade que parece tê-la esquecido.
Enfim, o livro aborda vários assuntos interessantíssimos, reflexivos, e, para poder aproveita-lo é preciso saber saborear esse tipo de escrita, já que é um livro lento e cheio de questões filosóficas, porém é incrível!
Uma das obras que mais me marcou e me deixou confusa! Mil respostas precisarão ser inventadas pelos meus pensamentos, assim como Ruth (a personagem) fez. Um livro que recomendo a todos.
Josiane 13/07/2014minha estante
Bom... vai ser difícil fazer algum comentário contra, e peço desculpas por isso.
Como eu posso criticar algo (no sentido depreciativo da palavra), uma resenha que me parece tão fiel a leitura de A Terra Inteira e O Céu Infinito? Não tem como. Eu sei que eu não li (não ainda, devo informar), mas se eu tinha alguma dúvida, ela se esvaiu e não voltará mais.
Você consegue transportar os sentidos que todos (não só leitores) temos que ter bem aguçados dentro de nós, em nosso intimo. Você conseguiu isso da maneira mais simples e explorativa possível e não possível, que foi escrevendo.
Começou com um relato embasado no que eu li sobre o livro e que aqui ficou bem mais claro para a minha singela percepção. E partiu para a sua própria sabedoria, para o seu próprio aprendizado perante a essa leitura que já me parece tão magnifica (as pessoas ainda usam essa palavra?). Você conseguiu atribuir a esse resumo tudo o que o livro lhe proporcionou, e acredito eu que não tenha faltado nada (mesmo que sempre achamos que falta algo para dizer)...
É isso que o livro que a própria leitura tem que nos proporcionar, certo?
A sabedoria sobre coisas novas, a reflexão... a capacidade que temos de explorar o que há de bom em nós mesmos. E o que eu tenho para lhe dizer é que sinto que isso também pode acontecer comigo. Mesmo que eu seja uma preguiçosa quando nem o dicionário eu quero pegar para ver o significado de alguma palavra nula até então para mim, acredito fielmente nas suas palavras quando você diz sobre o instrumento de pesquisa ao lado. Isso nos enriquece, e com todas as suas palavras aqui contida isso ficou bem claro para mim e para todos que lerão com certeza a sua RESENHA. Que é mais do que uma resenha, venhamos e convenhamos.
Só acho que a autora (Ruth), a personagem (Ruth) e a, acredito eu, a fantástica Nao, adorariam ler isso aqui, que eu tive o prestígio de ler. Elas ficariam impressionada com a sua capacidade de apreciar os pequenos detalhes que se tornaram infinitos, o tal do AGORA DO PARA SEMPRE (que fará sentido para mim também, algum dia... Mas e se eu te dizer que não é só a Nao, ou você que estão a procura do AGORA?). Eu também estou... E AGORA, MAIS DO QUE NUNCA.

Obs.: o que é diferente deveria nos refrear? Com tudo o que você disse aqui posso dizer com total certeza que não... O DIFERENTE É O QUE NOS UNE nessa sabedoria infindável de A Terra Inteira e o Céu Infinito.
Obs².: sei que tenho muito mais a dizer, o que pode parecer estranho, pois eu nem comecei a leitura, mas fico por aqui, morrendo aos poucos para ler. Quando der...


Thay 14/07/2014minha estante
Josi, você e suas ótimas palavras!
Bom, o que eu tenho que dizer, acima de tudo, é obrigada!
Seria ótimo se você lesse, eu ficaria muito feliz, assim como fiquei com As vantagens de ser Invisível.
Espero ter conseguido passar grande parte da minha admiração por esse livro, e, pelo que você disse, parece que passei para você pelo menos a vontade de ler, e já fico super feliz com isso.
Ah, sim, a Nao é fantástica! Embora o melhor personagem, na minha opinião, seja o Haruki nº1, acho que você também gostaria muito dele!
Eu encontrei o contato da Ruth Ozeki, e estou pensando no que mandar para ela, só um "Caraca, que livro maravilhoso!" seria pouco, mas vou pensar.
Então, já sabe, quando ler esse livro, me diga todas as suas impressões!
Obrigada mais uma vez!




Marcos 30/06/2014

Ruth é uma escritora que vive em uma remota ilha do Canadá. Certo dia, ao caminhar pela orla enquanto cata mariscos com seu marido, se depara com um saco plástico escuro e percebe que há algo em seu interior. Como quando acontecem tsunamis na Ásia, esporadicamente resquícios dos destroços aparecem por lá, ela resolve investigar o seu conteúdo. Logo ela se depara com uma lancheira da Hello Kitty vermelha, coberta de cracas. Ao abri-la, ela encontra um livro preto, de capa dura, de Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido. Mas ao folheá-lo ela percebe que não se trata do livro em si, mas sim de um diário de uma garota japonesa, Nao Yasutani.

Nao é uma garota que tenta escapar de sua realidade. Sofrendo bullying na escola e com um pai suicida e alcoólatra, por ter perdido todo o seu dinheiro no Vale do Silício, onde trabalhava e morava com a família. Um dia, ela resolve ler as cartas de seu bisavô e escrever um livro sobre sua avó, uma monge budista de 104 anos que é sua inspiração de vida. Para registrar todo esse processo, ela resolve criar um diário. Ao lê-lo, Ruth ficará extremamente intrigada e viciada na narrativa. Mas o que ela não sabia é que essa viagem iria mexer com sua vida, seu relacionamento e seu modo de enxergar o mundo.

Quer continuar a ler a resenha? Acesse:

site: http://capaetitulo.blogspot.com.br/2014/06/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
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San 21/06/2014

Leitor, escritor, mesma coisa
Caminhando numa praia no Canadá, Ruth encontra um saco plástico trazido pelo mar envolto em algas. Dentro do saco tem uma lancheira vermelha da Hello Kitty com alguns ítens e um diário escrito por uma adolescente japonesa chamada Nao. Ruth começa a acompanhar os fatos descritos no diário até que aos poucos o passado começa a virar presente, até o ponto em que Ruth começa a se envolver na história de Nao.
No diário Nao diz que escrevendo naquelas páginas, ela estava estendo as mãos através do tempo, e quando lemos essa história, vemos Ruth estendendo sua mão de volta para Nao. Essa relação entre as duas protagonistas nos faz refletir sobre tempo, vida, coragem e realidade.
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Clã 17/06/2014

Clã dos Livros - A Terra Inteira e o Céu Infinito
A autora canadense Ruth Ozeki, é uma americana mestiça de japonesa, mora em uma ilha no Canadá e é casada com Oliver. A história que ela conta em seu livro A Terra e o Céu Infinito é sobre Ruth, uma escritora de romances que é americana mestiça de japonesa, que mora em uma ilha no Canadá e é casada com Oliver.
Eu sei que isso parece uma biografia, mas na verdade a história é toda uma mistura do real, muitos relatos do que parece ser a vida real da autora, com a ficção. Dai vem o nome de autoficção.

A história começa quando Ruth, personagem, encontra um pacote embolado, com sacos plásticos. Por curiosidade leva para casa e ao abrir junto com seu marido, descobre ser uma lancheira com um diário de uma adolescente japonesa. Parece que os destroços atravessaram o oceano após o tsunami de 2011, chegando a costa do Canadá somente na atualidade.

A adolescente dona do diário, chama-se Nao Yasutani. Ela viveu grande parte de sua vida nos EUA. Naquela época seu pai trabalhava no Vale do Silício em uma empresa de tecnologia. Mas após perder todos os seus investimentos foi obrigado a voltar para o Japão com toda a sua família.
Na volta a seu país, a vida deles muda drasticamante de uma vida cheia de conforto para uma vida muito mais simples. Além disso, Nao sofre bulling. Os adolescentes a tratam mal, por vir de fora.

Ruth, começa a entrar pela vida da menina, através de seu diário.

O livro intercala a narração de Nao em primeira pessoa, em seu diário e de Ruth em terceira pessoa.

Essa mistura de vida real, com ficção ficou muito interessante e confesso que foi a primeira vez que li um livro de autoficção.

A narrativa é lenta, o que deve desagradar a alguns leitores, mas a história é boa e trata de temas profundos, interessantes e importantes.

Vemos no enredo, muitos dos problemas vividos pela moça, que tem dificuldades em sua relação com o pai, tem uma tendência suicida, retratando momentos de muita angústia.

"- Papai continua tendo pensamentos conturbados - eu disse, com o olho pregado no gato, que continuava me ignorando.
(...)
Eu contei a ela sobre a noite que meu pai caiu na frente do trem, sobre como ele e minha mamãe tentaram fazer tudo parecer um acidente, mesmo não sendo, (...)"

A autora retrata muito da cultura japonesa, o que enriquece ainda mais o livro.

O livro é bom, e nos faz refletir sobre situações importantes da vida. Recomendo!

"Caramba. Vou mesmo sentir falta de você. É maluquice, eu sei, afinal você nem existe ainda. E, a menos que encontre este livro e comece a ler, pode ser que nunca nem chegue a existir. Você é só um amigo imaginário meu, pelo menos por enquanto.
(...)
Mas como você já deve ter notado, as páginas estão acabando, então é melhor encerrar a história. "


site: http://cladoslivros.blogspot.com.br/2014/06/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
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Dressa Oficial 10/06/2014

Resenha A Terra Inteira e o Ceu Infinito
Olá, tudo bem com você?

Comecei a ler esse ebook no mês passado e o começo da narrativa é bem cansativo, mas como estou participando da maratona literária #SouDoidera resolvi terminar de ler esse livro no primeiro dia da maratona e me surpreendi com a leitura até o final.

No começo da narrativa conhecemos Naoko Yasutani uma garota de 16 anos que mora no Japão, e deseja que todos conheçam sua avó uma senhora monja que já tem cerca de 104 anos e ajudou muito Naoko a superar situações bem complicadas da vida.

Os primeiros capítulos são narrados em primeira pessoa pela Naoko e confesso que no começo ela fala com você como se fosse uma apresentação do livro sabe, demora um pouco para se dar conta que a história já começou, talvez por isso eu me senti um pouco perdida no começo.

Página 11
Suposições são um saco. São que nem expectativas. Suposições e expectativas matam qualquer relação, então você e eu não vamos entrar nessa, ok?



Depois de um tempo começa a se alternar as narrativas entre Naoko a menina que escreve seu diário e é narrado tudo em primeira pessoa e Ruth uma moça mais velha já casada que mora em uma ilha no Canadá narrado em terceira pessoa.

Ruth encontra esse diário na praia quando vai com o seu marido colher mariscos, e então percebemos que a narrativa do começo do livro é exatamente o diário de Naoko que Ruth está lendo.

Ruth lê em voz alta para que seu marido também saiba o que acontece com Naoko e depois que Naoko começa a revelar os fatos de sua vida, impossível não se sentir e se comover com sua história, ela sofre bullying na escola da pior maneira possível, além de enfrentar isso na escola teve que lidar com aquela crise que afetou o Japão e acabou deixando seu pai desempregado, e homem sem trabalho no Japão não é nada, ele tenta o suicídio diversas vezes e Naoko sempre fica apreensiva com medo de um dia seu pai de fato conseguir se matar.

Naoko começa a cuidar de seu pai, apesar de não falarem muito ela sempre fica próxima dele e deseja que ele pare de pensar em se matar, pois a vida dela também é ruim mas nem por isso ela quer perder a vida.

Página 166
Da maneira como a sociedade funciona, os pais deviam ser os adultos a cuidar dos filhos, mas muitas vezes acontece o contrário.


A maior parte do livro é narrado nos capítulos de Naoko e isso é a melhor parte da história, depois vai alternando com o que Ruth também está achando da leitura do diário dela e ela começa a procurar algumas referências que tem no diário na internet para ver se ela consegue encontrar pessoalmente Naoko ou pelo menos saber se pelo menos Naoko ainda esta viva.

Naoko passa uma temporada de férias com sua avó Jiko no templo budista onde ela é monja e aprende a agradecer por tudo que tem em sua vida, inclusive até a fazer as necessidades básicas no banheiro, achei engraçado esse relato dela mas até tem fundamento, aprende também a não criar ódio por ninguém e mesmo sendo maltratada por seus amigos na escola ela acaba tentando praticar tudo que sua avó Jiko lhe ensina.

Página 58
Minha velha Jiko diz que tudo acontece devido ao seu carma, que é uma espécie de energia sutil que você gera através das coisas que faz ou diz ou até mesmo pensa, o que significa que você tem que se vigiar e não ter muitos pensamentos devassos, senão eles voltam para te pegar.


Nessa viagem ao templo budista ela conhece o irmão de seu pai, já morto na guerra e esse tio deixa um diário também de memórias de tudo que viveu na guerra e precisou enfrentar, os relatos são emocionantes e também passa uma outra visão do Japão e de como esse povo já sofreu na vida.

Página 301
Eu só conseguiria parecer ridículo aos meus próprios olhos se insistisse em me agarrar a vida quando ela nada mais tem a oferecer. Sócrates.


O livro é muito bom, só pecou mesmo no inicio acho que talvez não seja um livro fácil de se engatar de ler sem parar, mas depois que começa não queremos mais parar de ler.

Um ponto negativo no e-book que foi onde eu li é que o livro tem muitos termos e gírias em japonês e a tradução disso fica somente no final do capítulo, isso atrapalhou na hora de querer saber o significado.

Mas com certeza é um belo livro que te passa muitas lições de aprendizado, de como entender melhor a vida, e de como a diálogo é importante.

Um livro que te faz sonhar e com certeza refletir na vida de uma forma única, um livro que te deixará com saudades de Naoko com toda certeza!

Na maratona literária pede para assim que ler um livro indicar uma música que combine com a história que leu, como no livro ela fala um pouco sobre Edith Piaf que eu gosto muito pensei nessa música que tem tudo haver com viver:

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/06/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
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Camilla191 27/04/2014

Resenha do Blog | Descafeinadas (Livro Cortesia)
Quando eu comecei a ler esse livro tive a impressão de que ele era longo demais para a história que abordava. Obviamente acabei me enganando. O livro te suga para dentro da história, é tudo envolvente e contagiante.

O enredo começa quanto Ruth, uma romancista, encontra em uma ilha do Canadá um saco de lixo. A principio ela acha que pode ser algo ruim, mas quando abre o saco encontra uma lancheira da Hello Kitty. Então ela encontra o livro "Em Busca do Tempo Perdido" e embora ela goste de ler nunca havia lido tal livro. Ao abrir ela descobre que é um diário.

Tudo já começa profundo, como a maioria dos ensinamentos japoneses são. Ela questiona o leitor sobre conhecer a si mesmo e diz o que é "ser-tempo" que eu não sabia o que era, o livro simplesmente me mostrou.

"Um ser tempo é alguém que existe no tempo, e isso quer dizer você, e eu, e todos nós que estamos aqui, ou já estivemos, ou que um dia estarão"

O engraçado é que o livro não narra apenas Ruth, Naoko ( agarota do diário) também conta sua história, o livro inteiro vai se alternando com a narração delas e as vezes é até um pouco confuso, exceto pelo fato de que Naoko narra em primeira pessoa e Ruth em terceiro.

Naoki vai contar a história da sua vida e principalmente da sua avó que é uma monja budista de 104 anos. Achei ruim que o livro tem várias palavras do dialeto japonês, e algumas delas faz você ter que ficar lendo o rodapé, como li por e-book ficava horrível.

Naoki ou Nao chama avó de Jiko. Ela conta sobre como a avó gosta de ouvir histórias do mundo moderno e de como as coisas mudaram com o passar dos anos. A autora capitou a essência de uma garota escrevendo, é realmente como ler um diário. Não parece que é um livro sobre um garota com um diário, e sim que a garota cedeu material para a história.

O fato de seu diário ser nas páginas brancas do livro "Em Busca do Tempo Perdido" não tem um significado em especial, na verdade foi tudo um grande acaso do destino. O livro é sentimentalista e real.

As palavras descritas são tocantes, é quase como se reviéssemos alguns momentos da Segunda Guerra Mundial, livros que retratam a história tendem a ser chatos mas, não com esse. Ele é um lembrete, um pouco ficcional sobre acontecimentos reais e de grande importância mundial.

Para o ser-tempo, palavras se espalham... Seriam folhas caídas?

Nao conta com tanto amor a história da avó que chega a ser cativante, embora tenha horas em que a personagem fala de mais e torna tudo muito maçante, é o momento em que somos obrigados a pausar a leitura. Não é um livro que lemos e não conseguimos parar, embora a narração seja gostosa as vezes temos que parar e respirar.

O mais recompensador em ler esse livro é que conhecemos muitas coisas da cultura japonesa. Não tenho o costume de ler livros que contem histórias sobre o mundo, sobre acontecimentos mundiais. E conhecer sobre o Japão, foi uma experiencia recompensadora.

O engraçado é como o livro conta a história de alguém que ninguém conhece, uma pessoa comum com uma vida magnifica. É o que Ruth, a romancista, pensa ao ter o diário em suas mãos. A história de Jiko dever ser contada, para o mundo saber que pessoas como ela existem.

O livro é fantástico, uma história comum porém com um brilho escondido. A autora foi fantástica em cada uma das palavras e embora ele tenha partes em que são incrivelmente intragáveis e literalmente chatas. O livro tem uma qualidade e história que nunca li em nenhum outro.

Recomendo a leitura e embarquem nesse livro perfeito.

site: http://descafeinadass.blogspot.com.br/
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