A terra inteira e o céu infinito

A terra inteira e o céu infinito Ruth Ozeki




Resenhas - A Terra Inteira e O Céu Infinito


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Bog 23/11/2016

Maravilhoso!
Um livro que te mostra que o tempo é sempre uma influência. Que te mostra que antônimos são a mesma coisa. Conta um pouco da cultura japonesa, como é um lugar fascinante e muito cheio de peculiaridades e muito artístico, elétrico e cheio de vida!!! Nao conta em seu diário os detalhes de sua vida, os altos e baixos e te considera um amigo pra ela, me senti envolvido com ela e me senti um Oliver a todo instante. Super recomendado, tipo, favorito!!!
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Isa 07/11/2016

Preciso falar sobre este livro.
É um livro incômodo. Uma das personagens (a Nao), é extremamente sincera e vai contar ao leitor tudo da maneira mais crua e sem filtro. Ela vai passar por coisas absurdas envolvendo bullyng, prostituição, mas acho que um dos temas principais do livro é o suicídio. Outro tema incômodo.
O livro traz tb a história da bisavó de Nao, uma monja de 104 anos q vive reclusa em um lugar nas montanhas. Em dado momento, Nao vai conviver com essa monja. Essa parte do livro é sensacional.
Temos também a história do filho de sua bisavó, que foi um piloto camicase e lutou na Segunda Guerra Mundial no Japão. É outro personagem incrível na história.
E temos o casal Ruth e Oliver, que encontram o diário de Nao nas areias de uma praia q fica perto de onde moram. Ruth e Oliver lêem o diário de Nao 10 anos depois de qndo foi escrito, o que é muito interessante.
Na verdade eu ainda tô digerindo esse livro. Ele definitivamente ficou em mim.
Traz várias referências à cultura japonesa (o q eu adoro) e tem todo um teor filosófico-existencial. Mas é um livro-porrada. Vai te deixar abalado em alguns momentos. E é bem triste também.
Ainda não sei se gostei do final. Eu entendi a sacada da autora de deixar à critério do leitor sobre o que aconteceu de fato. Mas a forma como apareceu foi meio que de uma vez...De repente o livro se bandeou pra outro lado, meio q a física quântica...
Talvez eu ainda releia esse livro e tire outras conclusões.
Por ora, chega de sofrimento por enquanto..
Mas acho que o livro tem umas passagens lindas e com certeza ficará gravado na minha memória..
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Lorena Braga 16/10/2016

Virou meu favorito
Melhor livro que eu já li até hj. Escrita perfeita e não é aquela história cansativa e forçada. Os personagens te encantam e é como se vc quisesse ajudar a Ruth também. O livro retrata diversos assuntos: suicídio, bullying, budismo, etc. Todos deveriam ler ele. Merece mais do que 5 estrelas.
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Fernanda 06/09/2016

"Não pensem no tempo como algo que simplesmente voa e passa. Não compreendam "passar" como a única função do tempo. Se fosse verdade que o tempo simplesmente voa e passa, então existiria uma separação entre vocês e o tempo. Portanto, se vocês compreenderem o tempo como algo que apenas passa, nunca serão capazes de entender o ser-tempo.
Para captar a verdadeira ideia, pensem que todas as criaturas que existem no mundo estão ligadas entre si como momentos no tempo, e ao mesmo tempo existem como momentos de tempo individuais. Porque todos os momentos são o ser-tempo, eles são o seu tempo de ser." Dōgen Zenji, Uji - Pg. 279

"Dois mundos reais, você quer dizer?
- Isso. Louco, não? A teoria, que ele baseou no que chamou de função de onda do Universo, diz que a mecânica quântica não se aplica só ao mundo subatômico. Ela se aplica a tudo, incluindo átomos e gatos. O universo todo, inteiro, funciona segundo a mecânica quântica. E é agora que a coisa fica mais incrível. Se existe um mundo do gato vivo e um mundo do gato morto, isso tem implicações para o observador também, porque o observador existe inserido no sistema quântico. Você não pode se colocar à parte da história, e portanto se divide, como uma ameba. Então agora existe uma você que está observando o gato morto e outra você que está observando o gato vivo. O gato era singular, e agora eles são plurais. O observador era singular, e agora você é plural. Só não pode interagir e falar com as outras vocês, ou mesmo saber a respeito das suas outras existências em outros mundos, porque não consegue se lembrar..." Pg. 435
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Silvia.Silveira 02/09/2016

Uma escritora com bloqueio e insatisfeita com a vida, uma menina japonesa que sofre bullying no colégio por ter sido criada em outro país, duas vidas entrelaçadas por meio de um diário encontrado. Esse livro nos mostra realidade vividas em nosso cotidiano e, as escolhas que fazemos ,que nem sempre são acertadas.
Bia 04/09/2016minha estante
Muito boa sogrinha!




Stella 27/08/2016

A Terra Inteira e o Céu Infinito
O livro conta a história de duas pessoas. A Nao, uma jovem que mora no Japão com os pais e tem uma bisavó monja e a Ruth, que vive numa pequena cidadecinha praiana com o marido no Canadá. Certo dia, a Nao ganha um diário de sua bisavó e lá ela escreve todo o dia a dia dela. Ruth, enquanto passeava na orla da praia, encontra um saco cheio de musgo onde dentro havia uma lancheira da Hello Kitty com um diário e alguns objeitos possivelmente oriundos da Primeira ou Segunda Guerra mundial (perdão, não lembro ao certo). O que essas duas histórias tem em comum? A física quântica responde :) Boa leitura!
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bssbrubs 09/02/2016

Filosófico, crítico e realista
Esse livro foi um presente, e caiu como uma luva em mim.
Podemos começar falando do início da narrativa, temos uma breve introdução sobre o que é um ser-tempo. Um ser-tempo é aquilo que vive no tempo, como eu, você, seu cachorro, seu gato, seus pokémons, etc. É preciso entender que a narrativa é dividida entre o presente com Ruth, uma das personagens principais que é escritora, e Naoko que é uma adolescente que escreveu o diário que Ruth encontra no início da história.
Os capítulos são intercalados, um capítulo contando o presente com Ruth, e um capítulo com os acontecimentos do diário de Nao (leia Now), isso faz com que a narrativa fique menos enjoativo porque os mistérios que saem do diário só aumentam a tensão que Ruth vive para desvenda-los. Além do diário de Nao, Ruth achou um caderno que pertencia a Haruki n°1, essa é um parte especial da história, onde temos alguns capítulos exclusivos para contar a história de Haruki n°1.
Existem uma quantidade imensa de referências na obra, e isso pode ser massivo para leitores de primeiras viajens. Além disso os personagens estão sempre em um clima tenso, triste e solitário, até mesmo durante o sexo.
Os três pontos mais fortes do livro são:

Crítica
Ao longo da história passamos por dentro de temas como desemprego, bullying, suicídio, dentre outros temas que envolvem o psicológico de crianças e adolescentes com Nao e seus colegas de classe, e adultos com o Pai (Haruki n°2) e Mãe de Nao.
Apesar da família de Nao ser japonesa, eles sofriam xenofobia, por terem morado em Sunnyvale. Comentários como "Você tem cheiro de americano, credo" eram direcionados a Nao frequentemente.

Realista
O livro é um tapa na cara de quem achava que o Japão é um mundo dos sonhos cheio de maravilhas. É mostrado a situação de alguns distritos dentro da grande Tokyo, que não são nada bem desenvolvidos, é o subúrbio de Tokyo. A prostituição reina, e existe um aliciamento para levar as jovens que vivem nesse meio de subúrbio para virarem garotas de programa.
Outro fator importante inclui a importância da criação dos filhos pelos pai. Nao não teve a devida atenção dos pais na adolescência, sua mãe passava o dia todo trabalhando, e ainda tinha que lidar com as tendências suicidas do pai.
Voltando um pouco mais no tempo, temos que Nao fica curiosa sobre seu antepassado Haruki n°1, e descobre como era o ambiente de concentração dos soldados japoneses na Segunda Guerra Mundial.

Filosófico
Os diários de Nao, originalmente tinham como intenção narrar as histórias de sua vó, a monja budista de 104 anos, Jiko. A monja era sábia, e ajudou e influênciou Nao. Para a monja existem superpoderes nas pessoas. Para Nao o superpoder de Jiko era ler e tocar as mentes. É necessário tomar bastante cuidado e atenção na hora de interpretar as falas da monja, principalmente quando o assunto é o tempo.
Além disso Haruki n°2 passa boa parte do livro lendo sobre Filosofia Ocidental, e escreve sobre isso para um psicólogo que era seu amigo na época de Sunnyvale.

A conclusão é que esse livro é bastante interessante para quem gosta de refletir, mas para quem só que ler uma narrativa suave e engraçadinha é uma obra extremamente desaconselhável.

Editora: Casa da Palavra
Páginas: 462
Ano: 2014

site: http://pomardelimao.blogspot.com.br/
Charli 08/04/2016minha estante
Obrigado!, sua resenha me ajudou muito.




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Lêdo 18/10/2015

Completamente diferente
Esse me livro me surpreendeu bastante. Primeiro que foi um livro que eu compre pela capa, sem ler nada sobre. Nunca fiz uma leitura parecida. Ele aborda duas personagens. Nao uma adolescente americana que se muda pro japão e Ruth, uma americada, casada, que encontra o diário de Nao. O livro se divide em partes de Nao e partes de Ruth. Não separadamente (meio a meio) mas continuamente. Em Nao ela aborda a vida da adolescente que possui um pai suicida e uma avó que aderiu ao budismo. A garota sofre muitas agressões - físicas, sexuais, psicológicas - na escola e relata isso tudo no seu diário. Em Ruth a autora aborda como ela reage as informações que lê e o que faz pra tentar entender. Muito interessante e diferente. Gostei bastante!
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Luiz 09/10/2015

364
Ser-tempo
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Gabriel 02/07/2015

Quando você termina um filme , um livro , uma amizade , ou qualquer outra coisa importante , você prefere saber o final ou não-saber?

Saber um fim. Ter um desfecho. É seguro, mas pode desapontar - ao mesmo tempo que pode ser ser um '' felizes para sempre'' ou um ''tudo acabou bem'' - .
Mas o não-saber é , no íntimo , o mais feliz. Pois quando você não sabe o fim, quando algo ficou em aberto para livres interpretações, você escolhe o que quiser que fique como ''um fim'' .Você decide.
E essa mistura de final único e pessoal para cada pessoa,essa ideia que transita entre o singular e o plural da verdade, essa é a forma mais verdadeira de se terminar algo.
Porque isso de : '' Tudo acaba bem , e se não está bem é porque não acabou '' não é verdade. Da mesma forma que '' Tudo que pode dar errado , vai dar errado '' (Citando a honrosa Lei de Murphy) também não é verdade . É estranho , mas na minha concepção , a incerteza é a verdade . Na vida real , muitos '' is'' não tem pingo. Muitas frases não tem ponto final. E eu acho isso lindo. É parte do'' viver'' .
Então a escolha é sua (e minha) e por isso que acredito que a forma aparentemente incerta de algo é também a forma mais verdadeira . Porque tudo e todos são ser-tempo , todos somos seres no tempo, momentos . E o sumo disso, desses momentos, é a incerteza e consequentemente todas as possibilidades que ela traz. E , por isso , essa é a forma mais real de terminar algo. E a mais bonita. Porque , como eu disse , você decide o fim.

'' Para o ser-tempo, a terra inteira e o céu infinito''.
-Dõgen Zenji.

Esse livro me fez refletir sobre coisas que pretendo levar pra toda vida.
Keli 08/07/2015minha estante
Foco bacana que vc deu na sua resenha da vida como ela é ; )


Bekah Abreu 12/08/2016minha estante
adorei sua resenha. estava na duvida se adicionava ou não, mas sua resenha me fez decidir




Beatriz B. 24/06/2015

The Future is Nao.
Esse é um daqueles livros que me envolveu tanto, que ainda estou tentando descobrir como me desprender, ao menos parcialmente, para contar a vocês. Não quero nem calcular minhas chances de sucesso, but here we go \O/

Pois bem, a premissa do livro me conquistou de primeira, afinal temos: uma autora japonesa que contará sobre uma personagem japonesa = fator culturas diferentes, de uma forma bem feita vale ressaltar, que tanto amo; uma personagem escritora que tem passado pelo fatídico problema de bloqueio criativo = Identificação total por minha parte (choro é livre); e as vidas de duas pessoas diferentes narradas paralelamente, que uma hora se entrecruzam de alguma forma, e a graça toda mora aqui.

Vamos começar pela escritora, Ruth, e se você leu a box de informação e se não parabéns também, É O MESMO NOME DA AUTORA!, OMG. Então você já pode prever o que isso significa para história. Ruth e seu marido estão na casa dos 40 anos e moram em uma pequena ilha do Canadá. Seu marido é uma espécie de pesquisador/especialista ambiental/algo do gênero e como a biodiversidade desta ilha é bem farta, tem sempre trabalho para fazer. Já Ruth, depois de ter trabalhado em jornais e publicado romances, está empacada em um novo projeto que é contar sua história de vida.

E, em meio a assolação desse novo dilema, Ruth um dia encontrou uma lancheira da Hello Kitty enquanto andava pela praia. Seu conteúdo? Um diário de uma garota japonesa de 16 anos embrulhado na capa do livro Em Busca do Tempo Perdido do Marcel Proust (e, tanto quanto eu, você provavelmente deveria ler este livro). Por quanto tempo o diário esteve no mar? Quando foi escrito? Quem é a autora e, principalmente, como ela está agora? Ruth também quis saber e foi atrás das respostas.

E agora, do outro lado do Planeta (mas em qual ponto do passado?), vive Nao, a peculiar garota japonesa que, no começo de seu relato pessoal, tinha 16 anos e era dona de um blog com o melhor título ever "The Future is NAO". E se você googlear isso, verá um robô.
ENFIM, Nao morava nos E.U.A desde pequena e tinha uma vida confortável e feliz ao estilo americano. Até que seu pai foi a falência e, junto com sua mãe, tiveram de retornar ao Japão. E em meio a turbulência de sua nova vida, Nao conhece sua bisavó: uma monja budista de 104 anos que a convida a passar um tempo no templo budista.

Eu adorei conhecer um pouco mais sobre o universo budista e é incrível o quão pouco conhecemos sobre outros países e culturas, inclusive a nossa, me arrisco dizer. E depois de passar por loucuras terríveis, desde ter um pai suicida a até iniciar-se na prostituição, essa experiência foi a rehab que Nao precisava.
Pois bem, não sabemos ao certo quantos anos tem a Nao que escreveu sobre a Nao de 16 anos que nos é apresentada, mas hey, é isso que compõe a atmosfera singular e incrível do livro.

AGORA, o que dizer da prosa de Ozeki? Eu adorei a maneira como que ela está sempre interagindo com o leitor, principalmente nos capítulos de Nao, de maneira direta. Seja perguntas para te fazem revirar suas lembranças próprias ou uma "receita de meditação para leigos". E é uma escrita tão reconfortante quanto o cheiro do chá que permeia suas páginas. Ela sabe tanto manter segredos de você e criar dúvidas a respeito dos porquês dos detalhes da trama, quanto descrever contextos e pessoas. Isso me fez importar com os personagens, característica essencial quando teu livro trata sobre pessoas e seus relacionamentos, (seja consigo mesmo, familiar, ou até em relação ao passado, por que não?). E algo que me impressionou muito mesmo sobre a capacidade da autora de fazer "links temporais" foi que a cada revelação sobre determinado personagem, me fez encarar toda situação passada dele de maneira diferente, algo que muitas vezes apenas a releitura nos proporciona.

Minha única ressalva em relação ao livro é a tentativa da autora de adicionar um certo elemento sobrenatural que achei não combinar com a proposta do livro como um todo. Não gosto de categorizar os livros como "realidade ou fantasia", pois creio que a Literatura é muito mais bizarra e complexa que isso. Mas, até o final do livro, a autora havia deixado certas dúvidas sobre a veracidade de alguns eventos, o que é ótimo para instigar o leitor a refletir mesmo depois de virar a última página. Contudo, a maneira como ela encerrou esse tópico me fez fechar o livro e simplesmente soltar um "Ah, então é isso?". Mas nada que tirou o prazer de ter conhecido essa história e viver tudo aquilo que ela me trouxe.

Tenho de dizer o livro trata de assuntos como suicídio, prostituição e bullying japonês (que é tão absurdo quanto cruel), narrados em primeira pessoa por alguém que passou/está passando por isso. Então, é um livro que contém algumas partes bem densas, e ao meu ver foram bem trabalhadas e desenvolvidas, o que demostra a habilidade da autora de lidar com temas pesados. Outro detalhe que achei interessantíssimo é a quantidade de japonês que você pode aprender lendo esse livro! Quase toda página apresenta uma nota de rodapé com as traduções, e algumas possuem diálogos inteiros! Um último detalhes curioso: as partes da Ruth são narradas em terceira pessoa e a Nao sofre de paralisia do sono (se tiver coragem, jogue no google), E EU TAMBÉM, CHOREMOS.

site: http://soleitoressabem.blogspot.com/2015/06/livros-entre-linhas-terra-inteira-e-o.html
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Marla 09/05/2015

A terra inteira e o céu infinito - Ruth Ozeki
Ruth é uma romancista que vive com seu marido Oliver e Pesto o gato deles, numa ilha remota em Desolation Sound no Canadá. Em um dia comum caminhado pela praia Ruth encontra um saco boiando no mar, com o intuito de jogá-lo no lixo ela o recolhe e leva para casa e graças á curiosidade do marido ela acaba descobrindo que dentro dele havia uma lancheira da Hello Kitty, com três pilhas de cartas escritas à mão em japonês , um livro grosso de capa vermelha e um relógio de pulso antigo. Num primeiro momento Ruth não se interessa pelos objetos, até descobrir que o livro na verdade é um diário de Naoko Yasutani ou simplesmente Nao uma garota japonesa de dezesseis anos. Ela então decide ler o diário, para descobrir quem é Nao, para quem sabe assim encontrar uma forma de devolver os objetos. Nao que é uma jovem solitária decide ocupar seus dias escrevendo sobre sua querida bisavó Jiko, uma monja zen-budista de 104 anos com quem ela tem uma forte ligação, porém ela acaba desabafando sobre sua própria vida. Nao foi criada na Califórnia por causa do trabalho do pai que era engenheiro da computação, mas quando ele perde o emprego , a família e obrigada a retornar para o Japão. Falidos eles acabam vivendo em um pequeno apartamento na periferia, onde Nao sofre para se adaptar a sua nova vida, já que passa a sofrer bullying no colégio e para piorar seu pai se torna um homem recluso com tendências suicidas. Com o passar dos dias, Ruth vai se envolvendo mais em mais com a história de Nao e a cada nova página lida ela vai descobrindo novos fatos, como o inesquecível verão na companhia da bisavó no templo, a admiração de Nao pelo tio – avô Haruki que foi piloto Camicaze na Segunda Guerra Mundial e o rápido relacionamento dela com um homem mais velho. Entre os altos e baixos na vida de Nao, Ruth vai percebendo o constante medo que a garota tem de não conseguir evitar que o pai cometa suicídio. Poderá Ruth fazer algo para ajudar, ou será tarde demais para elas se encontrarem.

"Estou esticando o braço para a frente, através do tempo, para tocar em você... você está estendendo o braço para me tocar."

Assim que li que a editora iria lançar A terra inteira e o céu infinito eu fiquei logo animada para lê-lo, já que gosto de tramas com diários e o melhor que tinha o todo o mistério por ter sido trazido pelo mar, porém infelizmente o livro não funcionou para mim. Vejam o livro não é ruim, a proposta da autora é boa, só que achei algumas partes bem cansativas e demorei bastante para lê-lo não chegando a me envolver realmente com a trama. O livro e dividido em quatro partes, mais epílogo e tem a narração intercalada entre Nao e Ruth. Conhecemos Nao através de seu diário, apesar de todos os problemas em sua jovem vida ela tem um jeito sarcástico e se mostra lutadora em vários momentos, assim como muitas vezes acredita que o melhor seria desistir de lutar. Já no caso de Ruth, nos vamos acompanhado seu dia a dia enquanto ela ler o diário. Ruth que no momento estar passando por um bloqueio criativo, reflete sobre suas escolhas, acredito que de certa maneira ela encontra a motivação que estava faltando em sua vida ao ler o diário, ela não desiste em tentar descobrir tudo que for possível, sobre Nao e sua família. Como ponto negativo eu poderia destacar a introdução de assuntos que ao meu ver não tinham nada a ver com a trama, essas situações ocorriam geralmente durante a narração de Ruth, o marido dela , o Oliver sempre surgia com um assunto e prolongava em suas explicações, o que fazia com que a leitura fosse cansativa. O livro também tem muitos momentos de reflexão e a autora utiliza bastante o idioma japonês, durante a narração de Nao. Enfim o livro não foi o que eu esperava o que foi uma pena, mas ele pode muito bem agradar vocês, então eu sugiro que vocês leiam e tirem suas próprias conclusões.

"... a zilhões de quilômetros de distância no tempo e no espaço, como a bela Terra vista do espaço sideral, e eu e papai éramos astronautas, morando em uma espaçonave, orbitando nas trevas frias."

Resenha Postada no blog Louca por Romances no dia 03/06/2014

site: http://loucaporromances.blogspot.com.br/2014/06/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
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Márcio_MX 24/03/2015

O Budista de Schroedinger
13/03/2015
"Puxa como é difícil comentar esse livro! Ele mistura zen-budismo com física (de budismo não entendo muito e quero aprender, mas de física...). A autora encontra uma mensagem “espaço-tempo” que é melhor que uma mensagem na garrafa, é um diário numa lancheira perdido na praia de uma menina intrigante que narra à história de sua avó (104 anos), uma senhora monja zen-budista e muito à frente de seu tempo e que ainda por cima sabe usar internet e celular! Coincidências enormes acontecem e pelo visto as páginas vão derramar grandes discussões sobre a vida e todos nossos questionamentos:

Tempo de gratidão: “Eu fui causada a viver pelas condições intensas do Universo, pelas quais sou humilde e profundamente grata”

“E acho que a velha Jiko não vai ligar, porque, sendo budista, ela realmente entende a inconstância e que tudo muda e nada dura para sempre.”

"O tempo em si é ser, ele havia escrito, e todo ser é tempo... Em essência, tudo o que há no universo inteiro está profundamente interligado como momentos no tempo, contínuos e separados”.

Duas dicas: 1) Pesquise a biografia da autora. É interessante para melhor compreender as motivações do livro
2) O nome do gato é Schrödinger e isso já diz tudo.”

"E de repente me vejo estalando os dedos, risos" Nota: 4

15/03/2015
"Só acho que pela quantidade de assuntos, a autora não vai ter tempo de se aprofundar nos temas em apenas 462 páginas. Tudo parece uma deliciosa conversa em que um assunto passa pro outro e volta novamente, típico de pessoas de pensamento ágil." Nota: 3

16/03/2015
"Recomendo que esse livro seja lido por ebook, porque tem várias referências e alguns apêndices. Isso vai tornar a leitura menos cansativa, porque a consulta será imediata sem parar muito a leitura." Nota: 4

18/03/2015
"A autora e seu marido como protagonistas do livro ao lado de Nao, misturando ficção e realidade, nos põem a dúvida se a "mágica" aconteceu, o que é bem pertinente ao tema. Nós leitores ora somos meio, ora somos fim.”Nota: 4

19/03/2015
"A leitura que a princípio parece ser leve, não é. O tema morte e suicídio são recorrentes. Gostei disso: "O 11 de Setembro é como uma faca afiada cortando o curso do tempo." Nota: 4

20/03/2015
"Tudo se encaixa... Esse capítulo sobre o pai de Nao é revelador, com uma ótima discussão sobre consciência:
” A vergonha é algo que vem de fora, mas a consciência deve ser um sentimento natural que brota do âmago mais profundo de um indivíduo."
Sobre a culpa: "...Nesse mundo de causas e efeitos tão emaranhados, seria impossível saber ao certo."
Linda a frase: "Filosofar é aprender a morrer” “Nota: 5

21/03/2015
"Realidade, parece algo fácil de entender, mas nas profundezas, o que é de fato?” Nota: 5

22/03/2015
"Terminando com a física quântica na filosofia. Um livro que representa lindamente o pensamento do século XXI." Nota: 5






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Gabi Gallo 14/03/2015

Resenha de A Terra Inteira e o Céu Infinito
A Terra Inteira e o Céu Infinito conta a história de duas personagens que o destino acaba cruzando de uma maneira única. Ruth, uma escritora que mora em uma ilha do Canadá e uma jovem japonesa chamada Naoko Yusutani.

Ruth acaba encontrando uma lancheira da Hello Kitty na praia, toda embrulhada em vários sacos plásticos e quando ela abre essa lancheira ela encontra um relógio, algumas cartas e um diário da Naoko, e ela acha que essa lancheira veio logo depois do tsunami que aconteceu no Japão em 2011.

E neste diário a Nao vai contando a sua história, mas a meta dela para este diário é contar a vida de sua bisavó, uma monja budista chamada Jiko. E assim que a Ruth encontra o diário, ela vai lendo, então o livro é dividido entre os capítulos narrados pela Ruth e capítulos que são narrados pela Naoko.

A história da Naoko é que ela foi criada nos Estados Unidos, ou seja, sempre se considerou uma americana, mas assim que seu pai foi demitido do emprego, ele voltou para o Japão com a família, e com isso ela teve que se adequar com uma nova cultura, e a Nao vai narrando toda essa adaptação ao longo do diário, sobre a escola onde ela estuda, onde não tem amigos e sofre bullying por todos e quando falamos de bullying no Japão a coisa é séria, pois como alguns sabem o Japão é um dos países que mais comentem bullying no mundo. E a Naoko conta os diversos ataques que recebe de todos os companheiros de sala, tapas, xingamentos, cortes e tantas outras coisas sórdidas. E ela também conta sobre o pai dela, que está constantemente tentando cometer suicídio e ela quando ela teve a ideia de escrever este diário foi quando decidiu que iria se suicidar, só que antes disso, queria escrever sobre a Jiko e suas experiências ao longo de seus 104 anos.

Com o desenrolar da leitura Ruth acaba entrando em um conflito, pois ela quer saber mais sobre a Naoko, se ela realmente existe, se tem como ela poder ajudar, conhecer mais a Jiko e também acaba nos mostrando que ela é cheia de conflitos internos e medos.

Uma das coisas que eu mais amei neste livro foi que não falta assunto e tema, a autora mostra para gente muita cultura e a história aborda de modo muito sutil, por exemplo, mecânica quântica, cracas, giro do pacifico, bullying, preceitos budistas, suicida, entre diversos outros assuntos e o melhor sem deixar que o leitor fique confuso.

A Terra Inteira e o Céu Infinito foi de longe o melhor livro que eu li em 2015 até agora, ele tem um alto nível de conhecimento, e eu me inseri muitas vezes dentro do livro, querendo fazer as mesmas coisas que os personagens fazem, como por exemplo, meditar. Aconselho esse livro para todos, mas sei que não é um tipo de livro que todos gostem por ser sempre constante e não ser aquele tipo de livro “montanha-russa”.


🌺 Página 363

“Nada como saber que não há mais muito tempo de sobra para te fazer dar mais valor aos pequenos momentos da sua vida.”

site: https://reinodpalavras.wordpress.com/
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