A terra inteira e o céu infinito

A terra inteira e o céu infinito Ruth Ozeki




Resenhas - A Terra Inteira e O Céu Infinito


99 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Bya 06/02/2019

Para o ser-tempo, a Terra inteira e o céu infinito...
Li e reli esse livro e em ambas as ocasiões a força da leitura me deixou maravilhada!
A princípio a história é simples e despretensiosa: um diário pertencente a uma jovem japonesa é encontrado, anos depois de escrito, por alguém do outro lado do oceano,numa pequena ilha. Um enredo que de cara desperta a curiosidade. Aos poucos essa curiosidade se transforma em apego e você se vê extremamente envolvido, e em muitas linhas temporais! Acompanhando os conflitos existenciais de uma jovem inserida na cultura japonesa, a dor de um pai cheio de questionamentos morais e sombra de fracasso, a leveza e sabedoria de uma monja budista, a coragem de um piloto camicaze, e a sagacidade e insegurança de uma escritora moderna.
E em todos esses personagens se enxerga muita verdade pra entender o que enxergam, e como e porque o fazem!

Um livro sobre reparar no tempo, e mais que isso, reparar que somos tempo e somos escolhas. Resultados de conexões e de uma teia infinita de possibilidades em cada partícula de agora! Pois "em essência, tudo que há no universo inteiro está profundamente interligado, como momentos no tempo, contínuos e separados."

Excelente livro para aprender e refletir!
Neto Marcel 07/02/2019minha estante
Nossa, dá um medo de reler e não ser bom como antes XD, mas tb quero muito! E pelo jeito não perde o brilho, até pq é daquelas leituras que mais vivência e maturidade na verdade nos faz absorver mais e diferentes aspectos né! A coisa do tempo mesmo, antes (e nem são tantos "momentos" atrás assim hahaha) eu ficava até impaciente, bem numa vibe adolescente mesmo XD E agora é uma das principais razões da minha vontade de revisitar tudo isso!


Bya 07/02/2019minha estante
HAHAHAHA sim!!vale muito revisitar! Seja pra viver de novo as sensações ou reparar em coisas novas!! Também ficava impaciente na primeira vez que li com essas questões e agora super fui curtindo! ( Mas acho que já saber o que ia acontecer ajudou a ser mais plena hahaha).... E me lembro que da primeira vez o final me deixou inquieta também,dessa vez não,fiquei pensativa de boinha hahaha


Monique 07/02/2019minha estante
Aí! Esse livro-me da uma sensação ótima gente! É simplesmente maravilhoso é diferente.


Mih_RB 11/02/2019minha estante
nhaaaaaa quero leeeer! pelo jeito só falta eu




Ladyce 16/01/2017

Os dois elementos mencionados no título brasileiro do livro de Ruth Ozeki A Terra Inteira e o Céu Infinito formam um todo, uma unidade, um ser-tempo, pleno, indivisível. E foi justamente com o sentido de plenitude, de preenchimento emocional que acabei de ler um dos mais ricos livros de ficção (o quanto é ficção é debatível) dos últimos anos. Ao fechar a última página, ao ler os apêndices, me dei conta de querer reler o livro, assim que for possível, pela certeza de que mesmo na releitura ainda não terei digerido tudo o que foi abordado nessas quatrocentas e tantas páginas.

Esta é uma obra complexa demais para caber nos poucos parágrafos de uma resenha. Extremamente atual, de fácil leitura, o livro de Ruth Ozeki nos leva a considerar assuntos sérios que ponteiam o horizonte cotidiano de todos nós e que raramente paramos para considerar em maior detalhe. Temos através dessa história de duas mulheres: uma jovem adolescente e uma mulher madura, que se encontram através do tempo, noções de zen-budismo, física quântica, meio ambiente, tsunami, lixo oceânico, bullying, doença mental, suicídio, Segunda Guerra Mundial, relativismo da história, escolhas éticas e morais e um tanto de fantasia. Tudo isso numa obra que consegue manter unidade integral, única, aberta, consistente e estética.

Com essa variedade temática espera-se uma espécie de colcha de retalhos. Mas isso não acontece. Ruth Ozeki controla muito bem o texto e seu ritmo. Ainda que não produza uma obra de suspense, eu me vi virando página após página, magnetizada pelo desenrolar da quase não-trama. Que feito!

A história é contada por duas vozes distintas: Ruth, uma mulher madura que vive numa ilha no Canadá e encontra um diário de uma jovem japonesa jogado ao mar. Resolve lê-lo. E nós lemos junto. Assim conhecemos Naoko a jovem japonesa que viveu nos EUA e voltou com sua família para o Japão onde sofreu todo tipo de preconceito e bullying. Não era suficientemente japonesa. Aos poucos sabemos dos problemas familiares, de seu pai, de seu tio avô e conhecemos sua bisavó, um dos personagens mais interessantes do livro que nos dá lições e lições de vida.

Mesmo que repleto de situações difíceis descritas em detalhe, ou talvez justamente porque são descritas em detalhe, consegui seguir em frente testemunha dos sofrimentos dos personagens, seguir seus passos, entender suas maneiras de pensar, quer pessoais quer culturais, e sair ao final estimulada, esperançada.

Esta obra de ficção é repleta de informações factuais que se transformam diante dos nossos olhos em verdadeiras meditações. Dentre elas, quase imperceptível, está aquela do leitor criando sua obra na leitura do livro, como Proust, que tem um papel importante e interessante no livro, já havia notado [“todo leitor é leitor de si mesmo”]. Como acontece com Ruth ao ler o diário de Naoko. Há, de fato, tantas camadas de leitura entremeadas e possíveis que ao final do livro o desejo de reler é quase obrigatório. Com fortes personagens o leitor é levado pela mão a considerar postulados filosóficos diversos inclusive aqueles sobre o conceito de tempo, assim como considerações éticas em horas difíceis. Tudo isso num contexto contemporâneo que a pessoa comum não só entende mas sobre a qual é frequentemente convidada a opinar.

Há tempos não me encanto com uma obra de tal maneira. Foi a primeira leitura de 2017 do meu grupo de leitura e todos os leitores se encantaram. Recomendo com entusiasmo.
raissa.pinto.9 17/01/2017minha estante
Já tenho aqui. Quero ler!


Ladyce 17/01/2017minha estante
Espero que goste tanto quanto eu!


Cissa 13/03/2017minha estante
Gostei muito da sua resenha, como sempre. Estou lendo aos poucos pois mexeu muito comigo e está me fazendo rever até conceitos antigos.
Excelente leitura!
Parabéns pela excelente resenha!




Marina 14/04/2021

Este livro foi uma surpresa muito boa pra mim! É muito bem escrito, e a história é muito sensível, reflexiva e envolvente. Tem muitas partes tristes, a vida da Nao, descrita por ela no diário, passa por períodos muito difíceis e deprimentes.
O livro também nos traz muitos aspectos da cultura japonesa, já que a Nao é uma adolescente japonesa, e a Ruth (personagem e escritora) também é filha de japoneses.

É uma obra muito bonita, recomendo a leitura para todos.
Mateus1201 14/04/2021minha estante
Tenho esse livro há anos aaaa preciso ler


Marina 14/04/2021minha estante
Vale a pena, Mateus!!! Também ficou muito tempo na minha estante até eu ler!




Thay 13/07/2014

O agora do Para Sempre!
Falar sobre esse livro para quem não o leu é uma tarefa complicada, mas vamos lá!

O livro conta duas histórias distintas que acabam se cruzando. A de Ruth (sim, como a autora), uma escritora que mora em uma ilha, e a da jovem japonesa Naoko Yasutani. Tudo começa quando a romancista encontra uma sacola na praia, a princípio acha que é só lixo e o leva para sua casa, largando-a na porta. Oliver, seu marido, entretanto, quer explorar o que há dentro daquele saco, e assim o faz, descobrindo uma lancheira da Hello Kitty. A surpresa traz junto consigo uma curiosidade para saber o que tem dentro dela e como foi parar na costa. O "tesouro" guardado na lancheira consiste em um exemplar do livro À la recherche du temps perdu (Em busca do tempo perdido), de Marcel Proust, que acaba se mostrando, na realidade, um diário disfarçado. Além disso há um relógio antigo, cartas escritas em japonês e um caderno em francês.
Com isso, Ruth começa sua leitura obcecada por Nao e sua história. O passado da japonesa se mistura com o presente da canadense-americana mestiça de japonesa, e isso faz com que a vida de ambas seja totalmente balançada (principalmente a de Ruth). Sendo assim, a história prossegue.
O livro é dividido em quatro partes e oscila entre os relatos em primeira pessoa de Naoko e o dia a dia em terceira pessoa de Ruth. Desde o começo de seu diário Nao deseja escrever a história de sua bisavó, que é uma monja budista, feminista e anarquista de 104 anos... Porém Yasutani coloca no papel tudo o que acontece em sua vida, como o ijime (Bullying) que sofre na escola, o pai suicida e etc.
Embora a principal história seja a de Naoko, a que mais chama a atenção (e que parece ser a preferida da japonesa) é a do seu tio-avô Haruki nº1, que foi um piloto Kamikaze apaixonado por filosofia.
Mesmo envolto em temas tão profundamente ruins (como o ijime, o suicídio, a solidão e a prostituição), o principal foco dos personagens, pelo menos ao meu ver, é a esperança, sempre ligada ao budismo. Com isso aprendemos palavras de conforto e paz traduzidas de obras existentes na realidade, como o Shabogenzo (O tesouro do verdadeiro olho do dharma), do mestre zen japonês Eihei Dogen Zenji. Além das indagações sobre a vida, sobre o 'agora'... Uma das principais obsessões de Nao era o "Agora", e por isso resolvi inclui-lo no título, pois estou escrevendo o agora deste livro, a minha absorção dele, e, com o significado que teve para mim, posso dizer que ele sera eterno, sendo o "Agora do 'para sempre'" (Isso fez sentido?).
Com esse mundo de Nao sendo mostrado ao leitor, é necessário (pelo menos eu o fiz) ter um instrumento de pesquiso ao lado, pois muitas coisas são muito interessante e ótimas para aprender mais a fundo, como, por exemplo, a pratica do Zazen, que pode ser resumido como um momento para explorar o próprio ser, é quando a pessoa se senta e tenta parar seus pensamentos, só aguçando seus sentidos. Tentado se desligar e ativar o SUPAPAWA (como diria Jiko no seu inglês mau-falado) que todo mundo tem. Seria um superpoder, não necessariamente como um super-herói da ficção, mas um superpoder possível, por exemplo, Ruth tenta ativar sua criatividade que parece tê-la esquecido.
Enfim, o livro aborda vários assuntos interessantíssimos, reflexivos, e, para poder aproveita-lo é preciso saber saborear esse tipo de escrita, já que é um livro lento e cheio de questões filosóficas, porém é incrível!
Uma das obras que mais me marcou e me deixou confusa! Mil respostas precisarão ser inventadas pelos meus pensamentos, assim como Ruth (a personagem) fez. Um livro que recomendo a todos.
Josiane 13/07/2014minha estante
Bom... vai ser difícil fazer algum comentário contra, e peço desculpas por isso.
Como eu posso criticar algo (no sentido depreciativo da palavra), uma resenha que me parece tão fiel a leitura de A Terra Inteira e O Céu Infinito? Não tem como. Eu sei que eu não li (não ainda, devo informar), mas se eu tinha alguma dúvida, ela se esvaiu e não voltará mais.
Você consegue transportar os sentidos que todos (não só leitores) temos que ter bem aguçados dentro de nós, em nosso intimo. Você conseguiu isso da maneira mais simples e explorativa possível e não possível, que foi escrevendo.
Começou com um relato embasado no que eu li sobre o livro e que aqui ficou bem mais claro para a minha singela percepção. E partiu para a sua própria sabedoria, para o seu próprio aprendizado perante a essa leitura que já me parece tão magnifica (as pessoas ainda usam essa palavra?). Você conseguiu atribuir a esse resumo tudo o que o livro lhe proporcionou, e acredito eu que não tenha faltado nada (mesmo que sempre achamos que falta algo para dizer)...
É isso que o livro que a própria leitura tem que nos proporcionar, certo?
A sabedoria sobre coisas novas, a reflexão... a capacidade que temos de explorar o que há de bom em nós mesmos. E o que eu tenho para lhe dizer é que sinto que isso também pode acontecer comigo. Mesmo que eu seja uma preguiçosa quando nem o dicionário eu quero pegar para ver o significado de alguma palavra nula até então para mim, acredito fielmente nas suas palavras quando você diz sobre o instrumento de pesquisa ao lado. Isso nos enriquece, e com todas as suas palavras aqui contida isso ficou bem claro para mim e para todos que lerão com certeza a sua RESENHA. Que é mais do que uma resenha, venhamos e convenhamos.
Só acho que a autora (Ruth), a personagem (Ruth) e a, acredito eu, a fantástica Nao, adorariam ler isso aqui, que eu tive o prestígio de ler. Elas ficariam impressionada com a sua capacidade de apreciar os pequenos detalhes que se tornaram infinitos, o tal do AGORA DO PARA SEMPRE (que fará sentido para mim também, algum dia... Mas e se eu te dizer que não é só a Nao, ou você que estão a procura do AGORA?). Eu também estou... E AGORA, MAIS DO QUE NUNCA.

Obs.: o que é diferente deveria nos refrear? Com tudo o que você disse aqui posso dizer com total certeza que não... O DIFERENTE É O QUE NOS UNE nessa sabedoria infindável de A Terra Inteira e o Céu Infinito.
Obs².: sei que tenho muito mais a dizer, o que pode parecer estranho, pois eu nem comecei a leitura, mas fico por aqui, morrendo aos poucos para ler. Quando der...


Thay 14/07/2014minha estante
Josi, você e suas ótimas palavras!
Bom, o que eu tenho que dizer, acima de tudo, é obrigada!
Seria ótimo se você lesse, eu ficaria muito feliz, assim como fiquei com As vantagens de ser Invisível.
Espero ter conseguido passar grande parte da minha admiração por esse livro, e, pelo que você disse, parece que passei para você pelo menos a vontade de ler, e já fico super feliz com isso.
Ah, sim, a Nao é fantástica! Embora o melhor personagem, na minha opinião, seja o Haruki nº1, acho que você também gostaria muito dele!
Eu encontrei o contato da Ruth Ozeki, e estou pensando no que mandar para ela, só um "Caraca, que livro maravilhoso!" seria pouco, mas vou pensar.
Então, já sabe, quando ler esse livro, me diga todas as suas impressões!
Obrigada mais uma vez!




Esdras 20/08/2017

"Estou esticando o braço para a frente, através do tempo, para tocar em você... você está estendendo o braço para me tocar."
Uma garota escreve um diário.
Anos depois uma mulher o encontra.

O livro conta com duas protagonistas.
Uma delas é Nao Yasutani. Estudante prestes a completar 16 anos.
Nao mora atualmente no Japão e sua vida não é nada fácil. Ela e a família passam por problemas financeiros.
Seu principal pensamento diário é cometer suicídio. Seu pai também tem grandes tendências a isso.
Nao sofre bullying na escola.
O diário, a princípio, seria pra escrever a historia da vida de sua bisavó Jiko(uma senhorinha que eu curti muito conhecer), mas acabou servindo para contar seu dia a dia sofrível.
Foi sua maior e melhor válvula de escape.

A outra personagem é a Ruth.
Romancista, casada, sem filhos e vive numa ilha remota do Canadá.
Ela encontra a diário de Nao, junto com outras coisas, durante uma caminhada na praia.

O livro vai intercalar os capítulos entre as páginas do diário de Nao enquanto são escritas e as leituras que Ruth faz delas. E vai , teoricamente , mostrar todo o trajeto que liga esses dois tempos.

As personagens são bastante distintas, mas são igualmente cativantes. Suas tristezas nos tocam.
E a conexão que surge entre elas é espantosa. Assim como entre Nao e o leitor, já que ela cria ali um diálogo página após página que, imperceptivelmente, se torna mútuo.

Essa história não é muito fácil de ler.
É tensa. É incômoda.
As situações pelas quais a Nao passa são muito cruéis. A ponto de despertar em nós, acima de tudo, uma revolta. E misturado a isso, uma angustia e uma tristeza imensa.

É ainda uma história muito ampla, até um pouco complexa.
Isso porque envolve terceiros personagens e suas historias igualmente perturbadoras.
Guerras e desastres da natureza(fatos reais inseridos aqui). Tudo isso contribue para que a trama se torne pesada.
Conta ainda com uma quase-que-total influência da cultura japonesa. O que pode dificultar um pouco a leitura caso você se incomode de parar para ver as traduções dos dialetos no fim dos capítulos – assim como eu. Mas que vai te dar uma pequena bagagem de conhecimento acerca.
Gostei muito da ambientação em todas as “épocas” inseridas. Amei ler as cartas e o diário de Haruki n°1. Tem tanta coisa pra se refletir nesse livro!!

Os personagens possuem uma imensidão de conflitos interiores e lutam numa batalha diária contra eles mesmos.
É preciso um pouco de paciência pra ir absorvendo as coisas e lidando com esse tanto de personagem problemático.rs.

O livro tem, ainda, um toque bem filosófico (de acordo com a cultura trabalhada) e também um tanto sobrenatural.
O diário de Nao proporciona a Ruth uma janela para ver a coisas sob um outro ângulo. Assim como fazê-la sentir-se tão íntima a ponto de querer acolher, proteger e ajudar a Nao independente da linha de tempo. O grau de envolvimento da Ruth para com tudo isso é muito alto e mexe muito com a cabeça dela.

O livro é dividido em quatro partes.
Conclui a quarta parte numa espécie de confusão.
Não sei se posso chamar de desapontamento. Talvez?
Há uma lacuna na história que eu queria muito saber e confirmar.
Não é em todo caso que dá pra aceitar um imagine-você-mesmo. E acho que essa história é um deles.
Algumas partes beirando final soaram meio malucas e para “explicar” algumas delas a autora inseriu no epílogo questões de física quântica, coisa que achei muito chata, apesar de despertar o benefício da dúvida.

Ainda estou meio que digerindo esse livro.
(Acho que a resenha até ficou meio bagunçada.)
Algumas partes foram cansativas e tal. Desnecessariamente descritivas.
Cheguei a desejar que o livro tivesse páginas a menos!
Mas, no geral, achei uma história muito boa . E concluo com um saldo positivo.
Um livro que merece uma chance.
Que com certeza não deixa o leitor finalizar sem ser marcado de alguma maneira.

Fernando Lafaiete 20/08/2017minha estante
Faz muito tempo que tenho vontade de ler este livro. Só que provavelmente não lerei este ano. Com a ressaca que eu tô e pela sua resenha, este livro não é o livro que devo ler neste momento!! :/


Esdras 20/08/2017minha estante
É uma leitura que tem que ser feita aos poucos. Acabei forçando um pouco a barra porque tava participando de um desafio e tal. Mas é bom. Não é ruim não.




Mari Pereira 25/01/2023

Sobre ser-tempo...
Este livro me foi muito recomendado e realmente achei bastante interessante.
Aborda diversas questões importantes, como ética, diferenças culturais, depressão, suicídio, espiritualidade, relações sociais etc.
Os personagens são carismáticos e geram muita empatia.

Apesar de eu ter tido um pouco de dificuldade de engatar a leitura no começo, depois que me familiarizei com a trama não consegui mais largar o livro. Queria muito saber o que vinha a seguir.

Em geral gostei do enredo, mas o final descambando pra física quântica, mundos paralelos etc. me entediou um pouco e achei decepcionante.
Ah, essa edição também está meio ruinzinha, com muitos erros gramaticais.
(Vi que saiu recentemente uma edição nova pela Morro Branco, talvez valha mais a pena)
Yasmin O. 26/01/2023minha estante
Que bom que gostou mais do que eu desse livro. Te vi lendo e fiquei quietinha rs. Foi uma leitura bem arrastada pra mim, achei desnecessariamente longo.


Mari Pereira 26/01/2023minha estante
Também achei longo demais... Seria melhor se fosse só o diário da Nao ???
E ele se perde totalmente na última parte... ?
Mas achei a história interessante, apesar de tudo...




Nataly Rocha 19/01/2021

Que livro!
Comecei a ler por recomendação de uma amigo. Eles descreveu como sendo muito especial e para certos momentos da vida. Confesso que comecei a ler sem enormes pretensões e acabo o livro arrebatada.
Claro que, também, com várias perguntas, tentando encaixar os fatos, achar explicações.
É difícil até descrever a sensação do final desse livro.
Lilitteris 10/02/2021minha estante
*talvez para novato possa ter spoiler*
.
.
.
.
.
Eii, você é a leitora mais recente, rs. Eu acabei de ler o livro agora, mas confesso que não consegui gostar muito. Achei cheio de gatilho e bem detalhado, o que tava me fazendo sofrer,rs. Então fui fazendo leitura dinâmica, mas me talvez vc possa me ajudar: eles explicam como o diario chegou na ilha?


Nataly Rocha 20/02/2021minha estante
Eu sofri um pouco para acompanhar o final, porque as informações eram muito subjetivas pra mim, mesmo assim eu gostei bastante. Não, até onde eu me lembro, eles não explicam... e eu não tinha sentido falta disso tbm! Rs




Gabriel 02/07/2015

Quando você termina um filme , um livro , uma amizade , ou qualquer outra coisa importante , você prefere saber o final ou não-saber?

Saber um fim. Ter um desfecho. É seguro, mas pode desapontar - ao mesmo tempo que pode ser ser um '' felizes para sempre'' ou um ''tudo acabou bem'' - .
Mas o não-saber é , no íntimo , o mais feliz. Pois quando você não sabe o fim, quando algo ficou em aberto para livres interpretações, você escolhe o que quiser que fique como ''um fim'' .Você decide.
E essa mistura de final único e pessoal para cada pessoa,essa ideia que transita entre o singular e o plural da verdade, essa é a forma mais verdadeira de se terminar algo.
Porque isso de : '' Tudo acaba bem , e se não está bem é porque não acabou '' não é verdade. Da mesma forma que '' Tudo que pode dar errado , vai dar errado '' (Citando a honrosa Lei de Murphy) também não é verdade . É estranho , mas na minha concepção , a incerteza é a verdade . Na vida real , muitos '' is'' não tem pingo. Muitas frases não tem ponto final. E eu acho isso lindo. É parte do'' viver'' .
Então a escolha é sua (e minha) e por isso que acredito que a forma aparentemente incerta de algo é também a forma mais verdadeira . Porque tudo e todos são ser-tempo , todos somos seres no tempo, momentos . E o sumo disso, desses momentos, é a incerteza e consequentemente todas as possibilidades que ela traz. E , por isso , essa é a forma mais real de terminar algo. E a mais bonita. Porque , como eu disse , você decide o fim.

'' Para o ser-tempo, a terra inteira e o céu infinito''.
-Dõgen Zenji.

Esse livro me fez refletir sobre coisas que pretendo levar pra toda vida.
Keli 08/07/2015minha estante
Foco bacana que vc deu na sua resenha da vida como ela é ; )


Bekah Abreu 12/08/2016minha estante
adorei sua resenha. estava na duvida se adicionava ou não, mas sua resenha me fez decidir




Deborah 24/08/2019

Livro maravilhoso
Um lindo livro capaz de mostrar a profundidade do ser humano.
Nao é uma narradora incrível, vc sente que REALMENTE a conhece. Ela é extremamente forte, mesmo nas piores situações.
Esse livro explora a força do ser humano através do pior das violências. E, ainda assim, quando vc está lendo ele é como um toque de veludo, a violência está ali de forma tão sutil, que vc não sente o verdadeiro horror dela até por o livro de lado.
É uma viagem através do tempo em várias situações, a 2a guerra, a bolha da internet, o 11 de setembro de 2001, o tsunami de 2011. E em cada uma delas percebemos como o ser humano é capaz de seguir contra todas as adversidades.
O livro explora também a filosofia zen e a cultura japonesa de uma forma que nunca tinha visto, para quem pensa que conhece o Japão através de animes e mangás, vai ter muitas surpresas.
É uma leitura prazerosa e reflexiva que vale muito a pena!
_sescleticia 27/08/2019minha estante
é um dos melhores livros que li!! amo muito




Silvia.Silveira 02/09/2016

Uma escritora com bloqueio e insatisfeita com a vida, uma menina japonesa que sofre bullying no colégio por ter sido criada em outro país, duas vidas entrelaçadas por meio de um diário encontrado. Esse livro nos mostra realidade vividas em nosso cotidiano e, as escolhas que fazemos ,que nem sempre são acertadas.
Bia 04/09/2016minha estante
Muito boa sogrinha!




bssbrubs 09/02/2016

Filosófico, crítico e realista
Esse livro foi um presente, e caiu como uma luva em mim.
Podemos começar falando do início da narrativa, temos uma breve introdução sobre o que é um ser-tempo. Um ser-tempo é aquilo que vive no tempo, como eu, você, seu cachorro, seu gato, seus pokémons, etc. É preciso entender que a narrativa é dividida entre o presente com Ruth, uma das personagens principais que é escritora, e Naoko que é uma adolescente que escreveu o diário que Ruth encontra no início da história.
Os capítulos são intercalados, um capítulo contando o presente com Ruth, e um capítulo com os acontecimentos do diário de Nao (leia Now), isso faz com que a narrativa fique menos enjoativo porque os mistérios que saem do diário só aumentam a tensão que Ruth vive para desvenda-los. Além do diário de Nao, Ruth achou um caderno que pertencia a Haruki n°1, essa é um parte especial da história, onde temos alguns capítulos exclusivos para contar a história de Haruki n°1.
Existem uma quantidade imensa de referências na obra, e isso pode ser massivo para leitores de primeiras viajens. Além disso os personagens estão sempre em um clima tenso, triste e solitário, até mesmo durante o sexo.
Os três pontos mais fortes do livro são:

Crítica
Ao longo da história passamos por dentro de temas como desemprego, bullying, suicídio, dentre outros temas que envolvem o psicológico de crianças e adolescentes com Nao e seus colegas de classe, e adultos com o Pai (Haruki n°2) e Mãe de Nao.
Apesar da família de Nao ser japonesa, eles sofriam xenofobia, por terem morado em Sunnyvale. Comentários como "Você tem cheiro de americano, credo" eram direcionados a Nao frequentemente.

Realista
O livro é um tapa na cara de quem achava que o Japão é um mundo dos sonhos cheio de maravilhas. É mostrado a situação de alguns distritos dentro da grande Tokyo, que não são nada bem desenvolvidos, é o subúrbio de Tokyo. A prostituição reina, e existe um aliciamento para levar as jovens que vivem nesse meio de subúrbio para virarem garotas de programa.
Outro fator importante inclui a importância da criação dos filhos pelos pai. Nao não teve a devida atenção dos pais na adolescência, sua mãe passava o dia todo trabalhando, e ainda tinha que lidar com as tendências suicidas do pai.
Voltando um pouco mais no tempo, temos que Nao fica curiosa sobre seu antepassado Haruki n°1, e descobre como era o ambiente de concentração dos soldados japoneses na Segunda Guerra Mundial.

Filosófico
Os diários de Nao, originalmente tinham como intenção narrar as histórias de sua vó, a monja budista de 104 anos, Jiko. A monja era sábia, e ajudou e influênciou Nao. Para a monja existem superpoderes nas pessoas. Para Nao o superpoder de Jiko era ler e tocar as mentes. É necessário tomar bastante cuidado e atenção na hora de interpretar as falas da monja, principalmente quando o assunto é o tempo.
Além disso Haruki n°2 passa boa parte do livro lendo sobre Filosofia Ocidental, e escreve sobre isso para um psicólogo que era seu amigo na época de Sunnyvale.

A conclusão é que esse livro é bastante interessante para quem gosta de refletir, mas para quem só que ler uma narrativa suave e engraçadinha é uma obra extremamente desaconselhável.

Editora: Casa da Palavra
Páginas: 462
Ano: 2014

site: http://pomardelimao.blogspot.com.br/
Charli 08/04/2016minha estante
Obrigado!, sua resenha me ajudou muito.




Dressa Oficial 10/06/2014

Resenha A Terra Inteira e o Ceu Infinito
Olá, tudo bem com você?

Comecei a ler esse ebook no mês passado e o começo da narrativa é bem cansativo, mas como estou participando da maratona literária #SouDoidera resolvi terminar de ler esse livro no primeiro dia da maratona e me surpreendi com a leitura até o final.

No começo da narrativa conhecemos Naoko Yasutani uma garota de 16 anos que mora no Japão, e deseja que todos conheçam sua avó uma senhora monja que já tem cerca de 104 anos e ajudou muito Naoko a superar situações bem complicadas da vida.

Os primeiros capítulos são narrados em primeira pessoa pela Naoko e confesso que no começo ela fala com você como se fosse uma apresentação do livro sabe, demora um pouco para se dar conta que a história já começou, talvez por isso eu me senti um pouco perdida no começo.

Página 11
Suposições são um saco. São que nem expectativas. Suposições e expectativas matam qualquer relação, então você e eu não vamos entrar nessa, ok?



Depois de um tempo começa a se alternar as narrativas entre Naoko a menina que escreve seu diário e é narrado tudo em primeira pessoa e Ruth uma moça mais velha já casada que mora em uma ilha no Canadá narrado em terceira pessoa.

Ruth encontra esse diário na praia quando vai com o seu marido colher mariscos, e então percebemos que a narrativa do começo do livro é exatamente o diário de Naoko que Ruth está lendo.

Ruth lê em voz alta para que seu marido também saiba o que acontece com Naoko e depois que Naoko começa a revelar os fatos de sua vida, impossível não se sentir e se comover com sua história, ela sofre bullying na escola da pior maneira possível, além de enfrentar isso na escola teve que lidar com aquela crise que afetou o Japão e acabou deixando seu pai desempregado, e homem sem trabalho no Japão não é nada, ele tenta o suicídio diversas vezes e Naoko sempre fica apreensiva com medo de um dia seu pai de fato conseguir se matar.

Naoko começa a cuidar de seu pai, apesar de não falarem muito ela sempre fica próxima dele e deseja que ele pare de pensar em se matar, pois a vida dela também é ruim mas nem por isso ela quer perder a vida.

Página 166
Da maneira como a sociedade funciona, os pais deviam ser os adultos a cuidar dos filhos, mas muitas vezes acontece o contrário.


A maior parte do livro é narrado nos capítulos de Naoko e isso é a melhor parte da história, depois vai alternando com o que Ruth também está achando da leitura do diário dela e ela começa a procurar algumas referências que tem no diário na internet para ver se ela consegue encontrar pessoalmente Naoko ou pelo menos saber se pelo menos Naoko ainda esta viva.

Naoko passa uma temporada de férias com sua avó Jiko no templo budista onde ela é monja e aprende a agradecer por tudo que tem em sua vida, inclusive até a fazer as necessidades básicas no banheiro, achei engraçado esse relato dela mas até tem fundamento, aprende também a não criar ódio por ninguém e mesmo sendo maltratada por seus amigos na escola ela acaba tentando praticar tudo que sua avó Jiko lhe ensina.

Página 58
Minha velha Jiko diz que tudo acontece devido ao seu carma, que é uma espécie de energia sutil que você gera através das coisas que faz ou diz ou até mesmo pensa, o que significa que você tem que se vigiar e não ter muitos pensamentos devassos, senão eles voltam para te pegar.


Nessa viagem ao templo budista ela conhece o irmão de seu pai, já morto na guerra e esse tio deixa um diário também de memórias de tudo que viveu na guerra e precisou enfrentar, os relatos são emocionantes e também passa uma outra visão do Japão e de como esse povo já sofreu na vida.

Página 301
Eu só conseguiria parecer ridículo aos meus próprios olhos se insistisse em me agarrar a vida quando ela nada mais tem a oferecer. Sócrates.


O livro é muito bom, só pecou mesmo no inicio acho que talvez não seja um livro fácil de se engatar de ler sem parar, mas depois que começa não queremos mais parar de ler.

Um ponto negativo no e-book que foi onde eu li é que o livro tem muitos termos e gírias em japonês e a tradução disso fica somente no final do capítulo, isso atrapalhou na hora de querer saber o significado.

Mas com certeza é um belo livro que te passa muitas lições de aprendizado, de como entender melhor a vida, e de como a diálogo é importante.

Um livro que te faz sonhar e com certeza refletir na vida de uma forma única, um livro que te deixará com saudades de Naoko com toda certeza!

Na maratona literária pede para assim que ler um livro indicar uma música que combine com a história que leu, como no livro ela fala um pouco sobre Edith Piaf que eu gosto muito pensei nessa música que tem tudo haver com viver:

site: http://www.livrosechocolatequente.com.br/2014/06/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
comentários(0)comente



Marcos 30/06/2014

Ruth é uma escritora que vive em uma remota ilha do Canadá. Certo dia, ao caminhar pela orla enquanto cata mariscos com seu marido, se depara com um saco plástico escuro e percebe que há algo em seu interior. Como quando acontecem tsunamis na Ásia, esporadicamente resquícios dos destroços aparecem por lá, ela resolve investigar o seu conteúdo. Logo ela se depara com uma lancheira da Hello Kitty vermelha, coberta de cracas. Ao abri-la, ela encontra um livro preto, de capa dura, de Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido. Mas ao folheá-lo ela percebe que não se trata do livro em si, mas sim de um diário de uma garota japonesa, Nao Yasutani.

Nao é uma garota que tenta escapar de sua realidade. Sofrendo bullying na escola e com um pai suicida e alcoólatra, por ter perdido todo o seu dinheiro no Vale do Silício, onde trabalhava e morava com a família. Um dia, ela resolve ler as cartas de seu bisavô e escrever um livro sobre sua avó, uma monge budista de 104 anos que é sua inspiração de vida. Para registrar todo esse processo, ela resolve criar um diário. Ao lê-lo, Ruth ficará extremamente intrigada e viciada na narrativa. Mas o que ela não sabia é que essa viagem iria mexer com sua vida, seu relacionamento e seu modo de enxergar o mundo.

Quer continuar a ler a resenha? Acesse:

site: http://capaetitulo.blogspot.com.br/2014/06/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
comentários(0)comente



Márcio_MX 24/03/2015

O Budista de Schroedinger
13/03/2015
"Puxa como é difícil comentar esse livro! Ele mistura zen-budismo com física (de budismo não entendo muito e quero aprender, mas de física...). A autora encontra uma mensagem “espaço-tempo” que é melhor que uma mensagem na garrafa, é um diário numa lancheira perdido na praia de uma menina intrigante que narra à história de sua avó (104 anos), uma senhora monja zen-budista e muito à frente de seu tempo e que ainda por cima sabe usar internet e celular! Coincidências enormes acontecem e pelo visto as páginas vão derramar grandes discussões sobre a vida e todos nossos questionamentos:

Tempo de gratidão: “Eu fui causada a viver pelas condições intensas do Universo, pelas quais sou humilde e profundamente grata”

“E acho que a velha Jiko não vai ligar, porque, sendo budista, ela realmente entende a inconstância e que tudo muda e nada dura para sempre.”

"O tempo em si é ser, ele havia escrito, e todo ser é tempo... Em essência, tudo o que há no universo inteiro está profundamente interligado como momentos no tempo, contínuos e separados”.

Duas dicas: 1) Pesquise a biografia da autora. É interessante para melhor compreender as motivações do livro
2) O nome do gato é Schrödinger e isso já diz tudo.”

"E de repente me vejo estalando os dedos, risos" Nota: 4

15/03/2015
"Só acho que pela quantidade de assuntos, a autora não vai ter tempo de se aprofundar nos temas em apenas 462 páginas. Tudo parece uma deliciosa conversa em que um assunto passa pro outro e volta novamente, típico de pessoas de pensamento ágil." Nota: 3

16/03/2015
"Recomendo que esse livro seja lido por ebook, porque tem várias referências e alguns apêndices. Isso vai tornar a leitura menos cansativa, porque a consulta será imediata sem parar muito a leitura." Nota: 4

18/03/2015
"A autora e seu marido como protagonistas do livro ao lado de Nao, misturando ficção e realidade, nos põem a dúvida se a "mágica" aconteceu, o que é bem pertinente ao tema. Nós leitores ora somos meio, ora somos fim.”Nota: 4

19/03/2015
"A leitura que a princípio parece ser leve, não é. O tema morte e suicídio são recorrentes. Gostei disso: "O 11 de Setembro é como uma faca afiada cortando o curso do tempo." Nota: 4

20/03/2015
"Tudo se encaixa... Esse capítulo sobre o pai de Nao é revelador, com uma ótima discussão sobre consciência:
” A vergonha é algo que vem de fora, mas a consciência deve ser um sentimento natural que brota do âmago mais profundo de um indivíduo."
Sobre a culpa: "...Nesse mundo de causas e efeitos tão emaranhados, seria impossível saber ao certo."
Linda a frase: "Filosofar é aprender a morrer” “Nota: 5

21/03/2015
"Realidade, parece algo fácil de entender, mas nas profundezas, o que é de fato?” Nota: 5

22/03/2015
"Terminando com a física quântica na filosofia. Um livro que representa lindamente o pensamento do século XXI." Nota: 5






comentários(0)comente



Marla 09/05/2015

A terra inteira e o céu infinito - Ruth Ozeki
Ruth é uma romancista que vive com seu marido Oliver e Pesto o gato deles, numa ilha remota em Desolation Sound no Canadá. Em um dia comum caminhado pela praia Ruth encontra um saco boiando no mar, com o intuito de jogá-lo no lixo ela o recolhe e leva para casa e graças á curiosidade do marido ela acaba descobrindo que dentro dele havia uma lancheira da Hello Kitty, com três pilhas de cartas escritas à mão em japonês , um livro grosso de capa vermelha e um relógio de pulso antigo. Num primeiro momento Ruth não se interessa pelos objetos, até descobrir que o livro na verdade é um diário de Naoko Yasutani ou simplesmente Nao uma garota japonesa de dezesseis anos. Ela então decide ler o diário, para descobrir quem é Nao, para quem sabe assim encontrar uma forma de devolver os objetos. Nao que é uma jovem solitária decide ocupar seus dias escrevendo sobre sua querida bisavó Jiko, uma monja zen-budista de 104 anos com quem ela tem uma forte ligação, porém ela acaba desabafando sobre sua própria vida. Nao foi criada na Califórnia por causa do trabalho do pai que era engenheiro da computação, mas quando ele perde o emprego , a família e obrigada a retornar para o Japão. Falidos eles acabam vivendo em um pequeno apartamento na periferia, onde Nao sofre para se adaptar a sua nova vida, já que passa a sofrer bullying no colégio e para piorar seu pai se torna um homem recluso com tendências suicidas. Com o passar dos dias, Ruth vai se envolvendo mais em mais com a história de Nao e a cada nova página lida ela vai descobrindo novos fatos, como o inesquecível verão na companhia da bisavó no templo, a admiração de Nao pelo tio – avô Haruki que foi piloto Camicaze na Segunda Guerra Mundial e o rápido relacionamento dela com um homem mais velho. Entre os altos e baixos na vida de Nao, Ruth vai percebendo o constante medo que a garota tem de não conseguir evitar que o pai cometa suicídio. Poderá Ruth fazer algo para ajudar, ou será tarde demais para elas se encontrarem.

"Estou esticando o braço para a frente, através do tempo, para tocar em você... você está estendendo o braço para me tocar."

Assim que li que a editora iria lançar A terra inteira e o céu infinito eu fiquei logo animada para lê-lo, já que gosto de tramas com diários e o melhor que tinha o todo o mistério por ter sido trazido pelo mar, porém infelizmente o livro não funcionou para mim. Vejam o livro não é ruim, a proposta da autora é boa, só que achei algumas partes bem cansativas e demorei bastante para lê-lo não chegando a me envolver realmente com a trama. O livro e dividido em quatro partes, mais epílogo e tem a narração intercalada entre Nao e Ruth. Conhecemos Nao através de seu diário, apesar de todos os problemas em sua jovem vida ela tem um jeito sarcástico e se mostra lutadora em vários momentos, assim como muitas vezes acredita que o melhor seria desistir de lutar. Já no caso de Ruth, nos vamos acompanhado seu dia a dia enquanto ela ler o diário. Ruth que no momento estar passando por um bloqueio criativo, reflete sobre suas escolhas, acredito que de certa maneira ela encontra a motivação que estava faltando em sua vida ao ler o diário, ela não desiste em tentar descobrir tudo que for possível, sobre Nao e sua família. Como ponto negativo eu poderia destacar a introdução de assuntos que ao meu ver não tinham nada a ver com a trama, essas situações ocorriam geralmente durante a narração de Ruth, o marido dela , o Oliver sempre surgia com um assunto e prolongava em suas explicações, o que fazia com que a leitura fosse cansativa. O livro também tem muitos momentos de reflexão e a autora utiliza bastante o idioma japonês, durante a narração de Nao. Enfim o livro não foi o que eu esperava o que foi uma pena, mas ele pode muito bem agradar vocês, então eu sugiro que vocês leiam e tirem suas próprias conclusões.

"... a zilhões de quilômetros de distância no tempo e no espaço, como a bela Terra vista do espaço sideral, e eu e papai éramos astronautas, morando em uma espaçonave, orbitando nas trevas frias."

Resenha Postada no blog Louca por Romances no dia 03/06/2014

site: http://loucaporromances.blogspot.com.br/2014/06/resenha-terra-inteira-e-o-ceu-infinito.html
comentários(0)comente



99 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR