Resenhas - Uma Questão de Confiança

Marcela Pires 09/03/2013

Recomendo!

"Então, quando abri a boca para lhe contar a verdade, hesitei. Ao hesitar, observei a verdade se soltando silenciosamente de minha boca, vagando numa nuvem indistinta de ar condensado e desaparecendo no céu negro como o breu". p. 285

"Uma Questão de Confiança"é um livro viciante, posso dizer que foi um dos que eu mais gostei de ler nesse ano.

Ele conta a estória de 3 mulheres distintas:
Callie, mãe de Rae, divorciada de Tom.
Suzy esposa de Jez e mãe de Henry e mais gêmeos;
Debbs casada com Allen.

Callie mudou-se para a rua há 2 anos com Rae. A menina sofre de um problema cardíaco que esta controlado, porem a mãe vive de cheia de cuidados e medos pela saúde frágil da garota.
Suzy é uma mãe exemplar de 3 meninos, e guarda o desejo de querer uma filha, porem seu marido Jez a rejeita e não a deseja mais.
Debbs é uma senhora de 48 anos, recém casada com Allen, uma mulher um pouco transtornada com seu passado, sofre de transtornos de ansiedade.

Callie vê em Suzy a sua única amiga, já que a vizinhança toda e até as mães do colégio das crianças não querem contato.
Quando Callie recebe uma oferta de emprego e vê aí uma oportunidade de parar de depender financeiramente do pai de Rae, sua vida começa a se complicar. A menina que sempre foi meiga, começa a fazer birra para ir à escola, Suzy a alerta sobre o comportamento estranho que Rae começa a desenvolver, a menina sofre um acidente nas mãos de Debbs.
A polícia é acionada e o histórico de Debbora é apresentado.

Porém até que ponto podemos confiar numa pessoa? Quem é totalmente confiável?

O livro é dividido em 3 narrativas, sendo Callie em 1a pessoa, e Suzy e Debbs em 3a pessoa. Ele narra a vida dessas mulheres comuns, como eu e você, e a estória poderia acontecer com qualquer uma de nós, e isso é o mais interessante.
Suzy é uma mãe que ama demais seus filhos, guarda todas as mágoas para que os meninos não sintam o clima hostil de seu casamento, ela mantem as aparências pelo lar que construiu, mas sente saudade do tempo que foi amada, e sente falta do amor do marido. Acredito que Suzy e Debbs são as personagens mais bem caracterizadas e formadas do livro. O leitor sente o que elas sentem, é impressionante.
Callie é separada e relembra como era bom estar com o pai de Rae, faz tudo pela menina, mas ao mesmo tempo quer independência financeira.
Debbs é professora, tem 48 anos, uma mulher ansiosa e insegura, sofre de manias. Vive fragilizada pelos seus medos e perseguições.
A vida dessas três mulheres se enreda de uma forma envolvente e viciante.
São 382 páginas que voam, pois a escrita é interessante, rápida e fácil
O leitor não consegue parar a leitura. A trama é muito bem formada, é um suspense psicológico maravilhoso.

Vale muito a leitura!!



http://www.mulhericesecialtda.com/2013/03/resenha-uma-questao-de-confianca-louise.html

Chrys 06/03/2013

Um Thriller Light e viciante
Uma questão de Confiança é um Thriller psicológico escrito por Louise Millar. O livro é contado a partir do ponto de vista de 3 personagens principais: Callie, Suzy e Debs.

Há dois anos, Callie e sua filha Rae mudaram-se para Hampstead - Londres.

Callie estava separada de Tom e desde o nascimento de Rae se dedicara integralmente aos seus cuidados. A garotinha nasceu com um problema cardíaco e até os 3 anos vivera praticamente no hospital sob cuidados intensos.

Em Hampstead a única pessoa que se dispôs a fazer amizade com a divorciada Callie, foi Suzy, sua vizinha da frente que era casada com Jez e mãe de 3 crianças, Henry e os gêmeos Peter e Otto. Suzy não trabalhava, dedicando-se à casa, ao marido e aos filhos em período integral. Apesar de seu casamento estar por um fio, Suzy tentava sempre demonstrar a todos que viva um conto de fadas.

Debs era a mais nova vizinha, uma senhora da terceira idade, professora e recém casada com Allen. Debs dividia paredes com a casa de Suzy e tinha uma audição apurada, incomodando-se com quaisquer barulhos, inclusive aqueles que outra pessoa em seu lugar não escutaria. Ao contrário do que imaginou, sua mudança não lhe trouxe a paz desejada.

Callie não se reconhecia mais, sua vida tinha se resumido a cuidar de Rae, desaprendendo a fazer novas amizades e a conquistar homens.

"A doença de Rae nos deixou secos. Sou uma palha. Uma concha vazia. Não me admira que outras mulheres me evitem. Percebem que vou sugá-las também." Pág 40.

Suzy esconde os muitos problemas em seu casamento, as sucessivas saídas noturnas diárias de seu marido, a levaram a contratar os serviços de uma estimada amiga para descobrir por onde Jez andava.

"Seu marido, o mistério. Fora de novo pela quarta noite" Pág 70.

Debs esconde a razão de sua mudança que vai além do casamento com Allen. Mudou-se depois de um incidente na antiga escola em que trabalhava.

" - A senhora esteve envolvida numa agressão a uma criança da Queenstock Academy?" Pág 169.

Callie decide voltar a trabalhar e acaba se tornando ainda mais dependente de Suzy, que por sua vez se sente abandonada pela amiga a quem se dedicou tanto.

É numa tarde em que Callie precisa trabalhar até mais tarde que tudo acontece! Callie pede a Suzy que busque Rae na escola que por sua vez pede a Debs que a trague para casa e é nesta volta para casa que Rae, a frágil e doente menina sofre um acidente.

"Londres deveria ter sido um novo começo. Um lugar para ser uma pessoa normal, finalmente, com uma família normal e amigos normais, longe dos mentirosos, traidores, aproveitadores e dos demônios de casa. No entanto, parece que aqui também existem mentirosos e traidores". Pág 331
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A forma da narrativa com o ponto de vista de 3 personagens diferentes e principais na trama te prende da primeira à última página. Todos têm segredos e você deseja sabê-los desesperadamente.

A autora faz as quebras dos capítulos de forma a te fazer devorar as páginas e a visão de cada uma é muito importante para o desenrolar da história. Aprovei.

Ontem a noite peguei o livro na página 168 das 384 e quando vi, varei a madrugada no desejo de terminá-lo.

Eu achei que os acontecimentos fossem ser mais "pesados", mas foram mornos. Os segredos é que são inimagináveis e me surpreenderam sim!

Não posso contar mais nada a respeito da trama, pois a autora amarrou os acontecimentos de tal forma que 1 detalhe entrega tudo!!!

Me identifiquei em algumas passagens com Callie e simplesmente me apaixonei por Rae.

Indico a leitura, com a ressalva de que não leiam com muita expectativa no quesito Thriller psicológico. na minha opinião é um livro para puro entretenimento.

jacdeoliveira 04/03/2013

Callie é uma jovem que se separou recentemente e agora está vivendo sozinha com sua filha pequena Rae que tem problemas cardíacos. Juntas elas se mudam para um lugar mais calmo na cidade de Londres onde só querem reconstruir suas vidas. Contudo, as coisas não parecem ser fáceis para as duas, já que as outras crianças e suas mães parecem não gostar da presença das duas naquela cidade.
Tentando mudar a situação Callie passa a deixar sua filha na confiança de uma colega, totalmente oposta de si, mas que possui 3 filhos também e que parece entender o que é cuidar de uma criança. Mas a situação só vai piorando e quando achamos que o problema era mesmo com a nossa personagem descobrimos o que está por trás de todo aquele drama que acontece na cidade.

Com certeza esse não é o tipo de livro que eu estou acostumada a ler, e que eu goste de ler. Mas confesso que a história deste livro me chamou bastante a atenção, principalmente por ter diversas crianças envolvidas na trama.
O drama/suspense da história faz com que você deseje que a leitura flua ainda mais rápido, você quer que tudo aquilo passe logo e quer que as personagens sintam-se bem e felizes.
Quando você parece que vai finalmente aliviar, a situação piora e o drama recomeça.
Complicado.
Um livro que mexe muito com o lado sentimental das pessoas (pelo menos mexeu bastante com o meu). Como o próprio título já diz, essa questão de confiar nas pessoas é algo complicado e vemos exatamente isso na história.
A escrita é bem limpa, mas devido ao assunto do livro não posso dizer que a leitura flui rapidamente e que torna tudo mais fácil e até mesmo divertido. Achei um pouco pesado.
Contudo, o livro recebeu minhas 4 estrelas, não pude dar minhas 5 estrelas pelo motivo que: Apesar do livro ser bom e ter essa história que realmente mexe com o nosso emocional, não senti que ele era ótimo. Ele é bom. Mas só. E eu sei que pode ter ficado confusa essa resenha, mas foi realmente complicado colocar no papel/word/sei lá o que o livro realmente passa.

Maressa 04/03/2013

Resenha: Uma questão de confiança
"Uma questão de confiança" é o tipo de história em que o leitor sente que há muitos segredos escondidos debaixo do tapete. Mesmo com páginas um pouco "mornas" os conflitos vão se desenrolando até que da metade do livro em diante a obra chega num ritmo frenético, cheio de reviravoltas.
Sem dúvida nessa história não há ninguém totalmente inocente. Cada um dos personagens traz consigo segredos obscuros que podem destruir a aparência de "belas famílias" e "boas amizades". Aliás, as aparências mostram duas mulheres que não se desgrudam. Uma sempre está na companhia da outra. Callie só pode recorrer a Suzy sempre que precisa de ajuda, especialmente com a filha Rae. Por sua vez Suzy busca em Callie uma maneira de suprir a infelicidade no casamento.
Porém, nesse quebra-cabeça ainda faltam peças. Com a chegada da misteriosa vizinha Debs, acontecimentos estranhos revelam que Suzy e Callie não se conhecem tão bem assim. Agora os erros cometidos no passado podem acabar colocando no caminho da pequena Rae muitos perigos. E se uma criança tivesse que pagar o preço de tantas mentiras?
Apesar de ter um começo lento, "Uma questão de confiança" é um suspense bem construído. Os personagens são humanos e falhos, tornando a história bem próxima do leitor. A diagramação é simples mas bem bonita. Fica a dica de uma história bem interessante!

Nita 04/03/2013

Você deixa seu filho com uma amiga. Todo mundo faz isso. Até que algo sai errado...
Callie é uma jovem mulher separada com uma filha que sofre de problemas cardíacos. Triste, desamparada ela se isola do mundo, e se muda para um tranquilo lugar de Londres. No começo do livro ela nos conta que ninguém no bairro fala com ela, nenhum vizinho se quer. Na escola da sua filha as outras crianças também se afastam, e as mães nunca convidam sua pequena Rae para ir visitar as amigas em casa. O que eu achava estranho, afinal ela parecia ser tão boa, tão do tipo ''não incomodo nem mosca''.
A exceção a regra é sua vizinha Suzy, ambas se conheceram em circunstâncias criticas e se tornaram inseparáveis, Suzy tem dinheiro, é refinada, adora compras e mais compras, enquanto Callie é pacata, pobre e desanimada. Essa amizade me parece estranha uma vez que as personagens não tem nada em comum. Mas de certo modo funciona, Suzy tem três filhos, o pequeno Hanry e os gêmeos, e juntas elas se revezam cuidando das crianças.


''A doença de Rae nos deixou secos. Sou uma palha. Uma concha vazia. Não me admira que outras mulheres me evitem. Percebem que vou suga-las também. Talvez Tom esteja certo.Talvez tudo esteja relacionado a mim. Eu e meus intermináveis problemas.''


Jez o marido de Suzy, é um cara esquisito, retraído as vezes bravo, parece um fantasma no começo do livro, aparece e some logo, rápido notamos sua negligência com a família, e fica mais natural simpatizarmos com Suzy.


''- Ah, quer parar, cacete! - ele gritou de repente, agarrando seus pulsos e segurando-os acima da cabeça dela - Você não esta me ouvindo? Eu não quero! - Seus olhos estavam separados por centímetros de distancia (..)
- Ok, me solte - ela sussurrou.''


Já Tom, o marido ausente de Callie é apenas citado no começo do livro, é mais para o meio que começamos a vê-lo em ação.

Temos também uma estranha vizinha nova chamada Debs, uma senhora recém casada, fugindo de antigos demônios, que acaba envolvida até o pescoço nessa trama.


''Nada com o que se preocupar no entanto. Já tinha conhecido menininhas como essa antes e sabia como lidar com elas...''


Esse livro é muito surpreendente, do tipo que você vai gostando dos personagens e depois vai levando sustos conforme os conhece melhor. Sabemos pelo titulo, capa e frase de divulgação que algo de terrível acontece com a filha de Callie, e tudo vai girar em torno disso. O que torna interessante os capítulos com narrativas intercaladas, me senti em um jure, ouvindo um caso e sendo apresentada aos suspeitos, mesmo sem fazer ideia ainda do crime ocorrido.


''Indico a mão de Suzy com os olhos. Ela está segurando uma pequena faca afiada de cozinha (..)
- Suzy - sussurro - O que você fez?''


O livro trabalha a questão das mães, não somente as casadas mas as separadas que precisam trabalhar, nem que seja para viver um pouco além de trocar fraldas. Mas deixar filhos na creche ou com babás? Ficar em casa de olho neles ou tomar coragem e ir a luta, os entregando a cuidados de estranhos?

Nesse dilema vive nossa personagem principal, que acredita estar fazendo o certo em deixar sua filha só um pouquinho na vizinha... mas conforme vamos lendo, amigos viram inimigos e inimigos se mostram ''solidários'', é tudo bem diferente, eu levei um choque na metade do livro e fiquei pensando ''e agora?''

Focado nos rotineiros dramas familiares, condutas duvidosas, meias verdades, ele mostra o psicológico estranho, e assustador das pessoas, em como não se pode confiar em ninguém, principalmente os mais íntimos. Eu gostei muito do fato de que tudo que li é muito possível na vida real, na verdade já vimos coisas parecidas nos noticiários. Quem é mãe ou pai, pode ter uma boa lição sobre ser omisso na criação dos filhos e sobre confiança.

Fui do amor ao ódio em praticamente todos os personagens (tirando as crianças) todos eles tem pecados que nos faz repensar sua ''simpatia''.

Apesar do começo morno, eu adorei o livro, quando você começa a se perder na trama percebe que foi necessário as descrições longas do começo. Foi do tipo, suspense enigmático, nada cheio de muita ação, como nos livros de Harlan Coben, mas na medida certa dessa história.


''Um suspense psicológico perturbador que explora a vida de exceção no subúrbio de Londres''


Autores: Louise Millar
Titulo: Uma Questão de Confiança
ISBN: 9788581631936
Selo: NOVO CONCEITO
Ano: 2013
Páginas: 384



Beijos
Nita

SahRosa 03/03/2013

daimaginacaoaescrita.com
Tentando dar a sua filha Rae uma vida normal como qualquer criança, Callie não vê mal em deixar Rae com os colegas nas atividades extras da escola, para poder novamente voltar a trabalhar. Mas preocupação com sua filha têm que ser constante, Rae já enfrentou muitos desafios apesar de sua pouca idade e estar cercada por vizinhos hostis, faz com que Callie não saiba em quem pode confiar. Há apenas sua amiga Suzy, que há dois anos tem sido a única lhe estender a mão, a se mostrar gentil e carinhosa. No entanto essa bela amizade, se mostra difícil com o passar do tempo e Callie não compreende como lidar com Suzy, há algo que precisa ser dito, mas lhe falta coragem...

Em meio a uma vizinhança cheia de segredos, Callie ainda precisa proteger sua doce Rae da estranha Debs, mulher misteriosa, aparentemente parece ter sérios problemas emocionais e que coincidentemente esta envolvida entre ela e Suzy.

Seria realmente Debs uma ameaça? Quais os motivos que levam as pessoas a hostilizarem Callie e sua filha? Suzy realmente é sua amiga? Desses dois anos de convivência, Callie nunca sentiu o apego da amizade, parecia mais uma carência desprovida da intolerância dos demais vizinhos, que se afastavam cada vez mais das duas.

Até que ponto se pode confiar?

***

Uma Questão de Confiança é um suspense bem estruturado, com pegadas ótimas e segredos surpreendentes, que apenas nas páginas finais vão se revelando mostrando que o leitor pode se enganar com os personagens de Louise Millar. Possuindo dois tipos de narrativa e três personagens centrais que giram em torno do livro, temos capítulos narrado em primeira pessoa por Callie e em terceira pessoa, mostrando os fatos em torno de Suzy e Debs. Cada capítulo surge para moldar ao outro, dando pistas ou intercalando os mistérios em volta do livro. No entanto, devo re-saltar que até a metade, Uma Questão de Confiança é bem arrastado e chega até ser meio maçante essa divisão de capítulos. Apenas da meta para o final fui me apegando ao livro e não consegui desgrudar até terminá-lo.

Mas sinceramente, eu esperava algo a mais. Houve um bom suspense e somos fisgados pelas palavras da autora, que se mostra envolvente e cativante. Só que faltou certa “maldade” em relação aos fatos que se sucederam e o final deixou muito a desejar, como se estivesse faltando alguma coisa a ser dita. A meu ver houve pouco desenvolvimento nesses momentos, foi tudo muito morno e abatido, ficando por isso mesmo.

Quantos aos personagens, fica pouco complicado falar algo deles sem soltar algum spoiler, pois cada um tem sua parcela sobre os segredos do livro. Em relação ao trabalho editorial, diagramação e revisão, todos eles foram ótimos. Pouquíssimos erros foram encontrados, um designer simples, mas bonito, tipografia em bom tamanho, tudo para o leitor passar boas horas envolvido com a trama de Louise Millar. Recomendo para aqueles que procuram um suspense brando, narrando os acontecimentos que podem suceder até mesmo em nossas vidas.

Aione 18/02/2013

Uma Questão de Confiança se inicia de maneira tranquila, apresentando os fatos ao leitor. Através de uma narrativa que se divide em capítulos sob o ponto de vista de Callie, em primeira pessoa, e de Suzy e Debs, em terceira pessoa, conhecemos essas personagens, bem como a rotina que as envolve.
Por ser um thriller psicológico, as vidas das três mulheres são contadas a partir de suas emoções e impressões. Conhecemos primeiro seus pensamentos e sentimentos para depois compreendermos suas vidas. Inicialmente, a história aparenta tranquilidade e o suspense não fica tão evidente. Contudo, Louise Millar soube desenvolvê-lo com maestria, manipulando o leitor e o encaminhando exatamente para onde ela desejou, para depois surpreendê-lo e envolvê-lo a ponto de se tornar impossível interromper a leitura. A leitura se mostrou fluida logo de início e a fluidez só tende a aumentar conforme a complexidade da história também cresce.
Callie, Suzy e Debs são complexas, e, por isso, é impossível compreendê-las logo de início. A história se desenvolve ao passo que também são desenvolvidos os fatos necessários para que as personagens, enfim, sejam compreendidas. Ainda, Miller soube muito bem como entregar os pontos para o leitor aos poucos, criando o suspense de maneira quase imperceptível. Quando todas as peças começaram a se juntar, fiquei realmente surpresa porque não havia imaginado nada daquilo. Tive uma única suspeita muito superficial, mas, no momento em que ela me ocorreu, era impossível de encaixá-la no contexto apresentado, então logo a descartei.
Um dos pontos que mais me chamou a atenção foi a maneira de como a autora conseguiu tão rapidamente criar um vínculo entre o leitor e as personagens. Apenas a partir das impressões delas, dadas por meio de de seus pensamentos, criei as minhas sobre elas e acabei por simpatizar com algumas e antipatizar com outras, e foi exatamente essa a chave de minha surpresa final.
Em minha opinião, a história se faz surpreendente por conta da habilidade da autora em construir suas personagens e de conduzir o leitor a ter suas impressões sobre elas. A história em si não é recheada de grandes acontecimentos em todos os momentos, mas o principal está em conhecer as personagens a partir de suas emoções e pensamentos e, dessa maneira, compreender a vida ao redor delas. A autora soube como esconder todos os segredos que as envolvem, bem como a hora exata de revelá-los.
Uma Questão de Confiança certamente me surpreendeu e me proporcionou uma ótima leitura. Aos que procuram por um thriller psicológico desenvolvido calmamente no início, eletrizante no final, e sempre de maneira fluida e agradável, certamente recomendo essa leitura.

Pandora 10/02/2013

Uma mãe solteira superprotetora com a filha doente; outra mãe zelosa que vive para os filhos e se mostra a melhor amiga que se pode ter; uma nova vizinha, estranha e intrometida... Um livro ágil e interessante que atiçou minha curiosidade; ao longo da história surgiram pequenos mistérios que, quando revelados, conseguiram me surpreender. Só achei o final um tanto clichê, mas valeu como diversão.