Elisa 27/05/2014Romance, mistério, drama e fantasia.
Em "Garota de Papel", conhecemos Tom Boyd, o grande escritor do momento, que após levar um fora da namorada entra em depressão, se entupindo cada vez mais de antidepressivos e comida enlatada.
Quando, por algum motivo desconhecido, uma garota aparece em sua varanda, numa noite de temporal, e diz ser Billie, uma personagem de um dos seus romances, e que caiu de um livro com falha na impressão, Tom se vê envolvido numa grande aventura, rodando o mundo a procura de uma solução para o seu 'pequeno' problema: se não voltar ao mundo literário logo, Billie pode morrer.
A principio o livro parece ser super interessante, e a história tem tudo para ser maravilhosa, mas depois de algumas páginas fui perdendo rapidamente o interesse.
Além da escrita cansativa e hiper detalhada do autor, a história cheia de "coitadismos" me enjoou um tanto.
Terminei o livro mais por uma questão de orgulho, mas devo dizer que o final me surpreendeu bastante, e ainda não sei dizer se isso é bom ou ruim.
O lado positivo é que o livro não foca só na história dos personagens principais, e pra dizer a verdade, o personagem que mais me encantou foi Carole Alvarez, a amiga de infância de Tom. Acompanhada de Milo, o último componente do trio, Carole conhece Tom desde a infância difícil que ambos compartilharam na violenta McArthur Park. Carole é uma detetive da policia de Los Angeles, que não poupa esforços para ajudar Tom, o amigo ao qual ela acredita dever tudo.
O livro trata bastante o tema "amizade", talvez mais até do que o romance em si, e devo admitir que isso foi o que mais me conquistou. Eu invejei as amizades de Tom até a última gota, e senti as suas brigas no fundo do coração. Em parte porque todos querem ter uma amizade dessas, desde sempre até sempre. Em outra, eu talvez seja suspeita para falar, mas os personagens secundários são tão amáveis, que talvez cheguem até a superar os principais.
"- Eu caí.
- Caiu de onde?
- De um livro. Da sua história, caramba!
Olhei para ela incrédulo, sem compreender uma única e maldita palavra de seus devaneios."
Pág. 59
Nota final: 3/10
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