Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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Elaine Messias 04/04/2023

Romance de formação
Relatos da vida da personagem Stephen Dedalus da infância até a idade adulta. Mostra os conflitos entre a formação católica em casa e na escola e os desafios da vida real.
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Cinara... 15/02/2020

"Como era bonito! Ah! E como era triste! Que bonitas que ficavam as palavras quando diziam: Sepultem-me no claustro da abadia! Um tremor correu-lhe pelo corpo todo. Que triste e quão bonito seria! Sentia vontade de chorar, mas não por si mesmo: O sino! O sino! Adeus! Oh! Adeus para sempre!"

Maravilhoso, o inferno mais terrível de todos!
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Ricardo Rocha 16/06/2015

um romance de formação escrito durante o processo e não em retrospecto e todavia tampouco valendo-se puramente de eventos autobiográficos é sem dévida digno de respeito. a questão principal taçvez seja essa: um clássico não chega a ser um clássico porque gostam dele mas porque o tempo o legitimou
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EURAC 11/06/2015

Em Um Relacionamento Aberto Com: RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
(...) Nossa relação se tornou maçante e a caminhada longa. Muitas vezes pensei em me despedir; dobrar a esquina e desistir de James Joyce. Acho que foi a expectativa em demasia que depositei no encontro. Mas dei a mim mesmo mais uma chance de poder ver no homem o jovem artista que tantos clamavam. É claro que ele falava com eloquência, e articulava com brilhantismo as palavras dos seus argumentos (Joyce usava termos na conversa que seria necessário um dicionário para acompanhá-lo literalmente, sem, contudo, tornar-se pedante) – mas, para mim, ele revelou ser apenas mais um. (...)

site: www.eurac.com.br
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Hastha 27/02/2021

livro da minha vida.
deu uma luz enorme à minha adolescência e tirou um peso das minhas costas que eu nem sabia que estava lá. ser adolescente é de fato horrível (sacudindo as asas de sua exultante e terrível juventude!) mas james joyce é o cara. gosto como o estilo da narrativa muda ao longo dos capítulos para acompanhar o crescimento e a mente de stephen.
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Ingrid 01/03/2021

Contra tudo que eu esperava
o livro narra a história de stephen, um garoto que é criado por pais religiosos, em um mundo relogioso, cercado de religiosidade. Entretanto, o foco do livro não é a religião, é o achar de stephen dentro de si mesmo. Quem ele é? no que ele acredita? E durante os longos cinco capítulos ele caminha em busca de si mesmo, muitas vezes se perdendo no que a sociedade acham que deveria ser correto para ele, deixar seu lado pecaminoso/humano de lado, algo que ele não consegue fazer, afinal de contas, como deixar de ser humano?
O último capítulo é sem dúvida o melhor, é o fechamento, mas o mesmo tempo o início de uma nova história, do stephen sendo ele mesmo, se encontrando ou começando a se encontrar.
De fato é um livro arrastado, mas com o qual me identifiquei. Só quem cresceu cercado de religiosidade entende como é difícil sair dessa rede, como você acaba "machucando" algumas pessoas nessa jornada, simplesmente por não ser o que eles esperavam. Mas como stephen eu nao tenho medo de ficar só.
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claudio.louzd 01/01/2018

Clássico. Obrigatório.
Primeira obra relevante de JJ, é autobiográfica por meio de seu alterego Stephen Dedalus. Relatos pontuais da infância até jovem adultez.
A escrita não é difícil, ao contrário. Torna-se mais complexa ao longo do livro, mas sem se tornar pesada. É interessante ver como ele joga com a narrativa, em 3ª pessoa, mas com fugas para a 1ª.

Tem trechos cansativos, particularmente das introspecções religiosas - mas que mostram a importância da Igreja para o autor e para a própria história da Irlanda.
E tem também trechos SENSACIONAIS.

Uma palha:
"Uma alegria líquida e macia, como o ruído de muitas águas, derramava-se por sobre a sua memória; sentia no coração a doce paz dos espaços silenciosos, tenazmente esmaecidos por sobre as águas. A doce paz do silêncio oceânico; a doce paz das andorinhas voando através do mar escuro, por cima das águas oscilantes."

"E falando, enrugava um pouco a testa sardenta e mordia, entre as frases, a ponta fina dum lápis".

"Seu raciocínio era um crepúsculo de dúvida e de autodesconfiança clareado, às vezes, pelos vislumbres da intuição, por iluminações de um tão claro esplendor que, em tais momentos, o mundo desaparecia debaixo dos seus pés como se o fogo o tivesse consumido; ..."
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Mylena.Esteves 06/03/2024

Autobiográfico
Romance de formação e autobiografico com Stephen Dedalus, alter ego de James Joyce. Acompanhando o livro, a gente percebe que ele sempre foi diferente, de difícil adaptação social e que foi se tornando uma pessoa extremamente solitária. Ele cresceu em uma Irlanda no auge do catolicismo e frequentou escolas católicas super rígidas e, nessa mesma época, ele viu a família perdendo status social e financeiro.
Cada vez mais solitário, ele renegou a Irlanda, se afastou da família, da religião e decidiu voar para a liberdade e abraçar a arte para tentar se encontrar.
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Bel1412 30/01/2018

Um plácido rio deslizante que não nos leva a lugar algum.
"Sinto-me bombardeada e salpicada por miríades de balas minúsculas, mas não se recebe uma ferida mortal na cara", isso foi o que escreveu Virgínia Woolf em seu diário durante a sua leitura de Ulisses, do mesmo autor, o irlandês modernista James Augustine Aloysius Joyce. Mas também aqui é totalmente cabível com a minha impressão. Há sim muitos tópicos interessantes no livro, como a violenta educação nos internatos jesuítas daquela época e a paranoia inculcada pela Igreja sobre o conceito de pecado e punição. Por conta disso, o livro interessou-me até a negação e libertação de Dedalus dos grilhões religiosos. Mas só até ai. (E aquela parte do sermão do padre sorveu todas as minhas forças). A narrativa do livro é suntuosa e vai se sofisticando ao longo da evolução da personagem. O que é bem interessante. Mas, atrás dessa escrita tão reluzente quanto um plácido rio deslizante, a essência do romance é difusa, impalpável. Acho que o principal defeito de Joyce aqui é que não há equilíbrio entre o pensamento e a ação, como o encontramos em Cem anos de Solidão, do Gabriel Marques, ou no Lobo da Estepe, de Hesse.
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Lili 01/04/2018

Retrato do Artista quando Jovem
Eu comecei a ler este livro como uma espécie de introdução a James Joyce, já que pretendia ler Ulisses. Lá se vai mais de um ano e quase terminei Ulisses antes dele. Não, ele não é mais difícil. Mas algo me travava, e eu não entendo totalmente o que é, mas quase.

Este livro me apresentou a uma técnica de escrita chamada fluxo de consciência, muito usada por James Joyce também em Ulisses. Aqui o texto é bem mais amigável e compreensível do que em Ulisses, mas já começam as dificuldades. O fluxo de consciência é a expressão fiel do pensamento humano. E você já parou pra escutar seus pensamentos por uns minutos? É a loucura, minha gente. As coisas vão passando em uma velocidade vertiginosa e não fazem sentido algum. O escritor que consegue transpor isso para o papel já merece os louros apenas por isso. Mas Joyce vai além.

O livro é dividido em cinco capítulos. Eu os nomeei zombeteiramente assim:

1. Infância
2. Pré-adolescência e adolescência
3. Um tratado sobre o inferno e as penas eternas
4. Um tratado sobre a culpa católica e o começo da liberdade
5. Vida propriamente dita

Foi desta maneira que eu enxerguei a vida de Dedalus - que é, por acaso, a vida de Joyce. Achei genial como cada fase não foi somente narrada, mas você conseguia perceber o estágio da vida pela forma como se dava a narração; pela linguagem utilizada. Isso é fantástico. Meu capítulo preferido foi, de longe, o primeiro. A infância de Dedalus foi bonita e complicada, e isso foi magnificamente retratado no livro.

Não consegui absorver tudo o que o livro tem para oferecer. Isso porque o fluxo de consciência me faz ter minha própria ~viagem~, então tenho uma grande dificuldade de concentração quando leio esse estilo. E foi isso também que me fez demorar pouco mais de um ano entre a primeira vez que abri este livro e a conclusão. Mas não posso deixar de dizer que o livro é genial, assim como seu escritor.

Recomendo? Não sei. Ler James Joyce para mim é um desafio. Para outros pode não ser tão difícil... Mas o que posso garantir é que você evoluirá como leitor se encarar esta jornada.
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Michel.Nascimento 20/08/2020

A história se passa na Irlanda, relatando a vida de um jovem em um ambiente católico, vivido no que parece ser uma escola regida por padres. Reflete suas dúvidas referente a religião a própria religião.
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Vitor Hugo 05/03/2021

Um romance de formação
Todos conhecem a fama de difícil leitura das obras de James Joyce, especialmente no que diz respeito a "Ulisses".

Confesso que "Um retrato" foi minha primeira incursão na seara de Joyce, e efetivamente, no meu entendimento, a fama do autor não é à toa.

Por vezes, o livro é enfadonho e de difícil compreensão, sendo que as notas desta edição ao final do texto acabam por salvar o leitor diversas vezes.

Mas obviamente que se trata de uma grande obra, que se vale da técnica do fluxo de consciência, a fim de acompanharmos a infância, a adolescência, a juventude e o início da maturidade de Stephen Dedalus, que, apesar da negativa do tradutor, tem sim, ao que parece, muito do próprio James Joyce.

Acredito que a questão central da obra se dê nos conflitos internos de Dedalus no que diz respeito a sua inserção, aceitação e vocação para a vida como um todo, perpassando a religião e a arte até optar pela segunda (o nome e o sobrenome do personagem já refletem tal dicotomia).

Aliás, a religião abarca boa parte do livro, até mesmo pelo contraste entre o irlandês católico e o inglês protestante, uma questão que abarca a própria autonomia da Irlanda frente ao Reino Unido.

Em suma, há percalços na condução da leitura, a qual, contudo, é decididamente rica. Contudo, não colocaria o livro na lista dos meus preferidos, o que é uma questão pessoal, claro.
Vanessa 06/03/2021minha estante
Excelente! Tenho Ulycess aqui na estante, mas ainda não encorajei.




Samantha @degraudeletras 17/09/2011

Resenha em Word in my bag, ( http://wordinmybag.blogspot.com )
Stephen Delalus, alterego do autor, está sempre em busca do autoconhecimento através dos estudos, da formação católica e dos que o rodeiam. O romance é narrado em terceira pessoa e podemos notar o refinamento e a cristalização do fluxo de consciência de Delalus conforme o andamento da narrativa, não se tem um delimitar de tempo, o notamos através dos pensamentos que se tornam mais complexo ao decorrer na narrativa. Aponto aqui o tão notável amadurecimento de pensamentos dos seres humanos tão bem trabalhado por Joyce.
Descrevendo com perfeição os sentimentos de Delalus, pensamos até estar sentindo o que é descrito pelo autor. Como a descrição da angústia sentida pelo protagonista por medo da morte.
Joyce aborda ainda concepções de Shelley e Santo Agostinho, cria sua própria visão das coisas que o rodeiam (grifo aqui seu como sendo do auterego do autor, Delalus) e os debate com um amigo e nota-se aqui a riqueza de conhecimento e de pensamentos próprio de Stephen e que isso o faz ser visto com admiração pelos colegas, é notado como um verdadeiro ser pensante.
Faz-se crítica ao sistema católico desordenado da Irlanda e usa o tema como pauta de boa parte da narrativa.

Samantha Monteiro
Word in my bag.
http://wordinmybag.blogspot.com
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