Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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Thais CardBeg 29/08/2021

De fato, um retrato.
Retratando a vida de um jovem (por trás a vida de próprio Joyce), é um romance de formação em que expõe as diversas lutas internas de um jovem diante de suas origens: família, classe, Estado e (arrisco como principal) religião.

Com diversas referências, ensaios e discursos argumentativos, ler Joyce é entrar num fluxo de consciência acerca da temporalidade humana, suas etapas r posicionamentos.

Não digo que a leitura prende, porém instiga as próprias reflexões além da referência cultural.
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Fernanda T. 19/10/2021

O trabalho de um gênio
Não é um livro simples? Uma leitura, por vezes, trabalhosa e certamente requer releituras! Vale a pena ? Depende muito do que o leitor busca ? para quem gosta de escrita experimental, fluxo de pensamento e leitura desafiadora: talvez essa seja uma excelente indicação. Se compreenderá 100% da obra da primeira leitura? Não garanto uma vez que eu mesma precisarei reler ( e o farei) esse livro algumas ( muitas rs ) vezes mais. Gostei muito da edição da Autêntica. Ao final do livro o leitor encontrará muitas e muitas notas, além de QR Code para o Google Maps - Que ajudarão muito durante a leitura.
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Ingrid 01/03/2021

Contra tudo que eu esperava
o livro narra a história de stephen, um garoto que é criado por pais religiosos, em um mundo relogioso, cercado de religiosidade. Entretanto, o foco do livro não é a religião, é o achar de stephen dentro de si mesmo. Quem ele é? no que ele acredita? E durante os longos cinco capítulos ele caminha em busca de si mesmo, muitas vezes se perdendo no que a sociedade acham que deveria ser correto para ele, deixar seu lado pecaminoso/humano de lado, algo que ele não consegue fazer, afinal de contas, como deixar de ser humano?
O último capítulo é sem dúvida o melhor, é o fechamento, mas o mesmo tempo o início de uma nova história, do stephen sendo ele mesmo, se encontrando ou começando a se encontrar.
De fato é um livro arrastado, mas com o qual me identifiquei. Só quem cresceu cercado de religiosidade entende como é difícil sair dessa rede, como você acaba "machucando" algumas pessoas nessa jornada, simplesmente por não ser o que eles esperavam. Mas como stephen eu nao tenho medo de ficar só.
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Hastha 27/02/2021

livro da minha vida.
deu uma luz enorme à minha adolescência e tirou um peso das minhas costas que eu nem sabia que estava lá. ser adolescente é de fato horrível (sacudindo as asas de sua exultante e terrível juventude!) mas james joyce é o cara. gosto como o estilo da narrativa muda ao longo dos capítulos para acompanhar o crescimento e a mente de stephen.
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Karamaru 11/10/2019

O DESPERTAR
É inegável a capacidade de James Joyce em subverter a linguagem para um estado de consciência. Isso pode ser comprovado com a leitura do “Retrato do artista quando jovem”, mas será assaz enriquecido, por certo, com a leitura de outras obras do autor. Mas é aqui, em o “Retrato...” que o escritor irlandês lança sua pedra fundamental.

Stephen Dedalus (SD), protagonista do romance, é um jovem irlandês, tímido e inteligente, que está se mudando para um colégio interno. As primeiras páginas do livro se encarregarão de mostrar ao leitor essa nova realidade: o cotidiano escolar, as amizades, os dissabores próprios da pré-adolescência e a formação de uma consciência.

Todas essas mudanças vão sendo habilmente talhadas por Joyce no plano do conteúdo e da linguagem, e, neste, as alterações nem sempre são tão perceptíveis, mas estão lá, seja pelo vocabulário mais refinado, seja pela sintaxe mais trabalhada que expressam o interior labiríntico da personagem, a procura de SD pelo seu eu e pelo seu lugar no mundo.

Há trechos memoráveis que, por si só, renderiam ótimas análises e discussões, como a cena da ceia de Natal, após as primeiras férias de SD, e o terrível sermão do padre Arnall sobre o inferno. É precisar aguçar o olhar – Joyce não joga com o óbvio. Neste último excerto, por exemplo, para intensificar o horror do inferno, o pároco, já com o plateia hipnotizada, vai se afastando do relato bíblico. Lances que só os mestres fazem.
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Maitê 23/09/2019

Preciso ler esse livro ainda muitas vezes antes de escrever uma resenha coerente.
Só posso dizer que é um livro único, apesar de em alguns momentos me lembrar Proust, mas Joyce não é igual a ninguém, e seu personagem se desenvolve de uma maneira que eu ainda estou tentando elaborar.
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Gustavo Simas 19/08/2019

Uma pseudo-autobiografia parcial
James Joyce não é fácil de se entender.
Autor de uma das obras consideradas mais difíceis de se ler de todos os tempos ("Ulisses" - ou "Ulysses"), o autor narra aqui em Retrato do Artista Quando Jovem as desventuras de Stephen Dedalus, um possível heterônimo seu. Os diferentes atos/segmentos do livro são evidentes:

- O início é infantil e ingênuo, carrega um tom despreocupado e marrento; livre e cartunesco. Stephen criança brinca com os desafios que surgem, faz das laranjas limonada, e aprende de tudo um pouco, e um pouco de tudo.

- A puberdade/pré-adolescência marca o início da ascendência dos desejos e do contato com o espiritual, com a Igreja, com os indivíduos diáfanos do clero religioso. O legal é perceber que as obrigatoriedades e demandas da juventude no início do século XX são muito semelhantes às de hoje.

- O jovem adulto Dedalus monologa sobre questões filosóficas, sobre metafísica, sobre a sua vida, e a vida de outrem. E encerra seu "diário" com uma das melhores frases de encerramento que já li.

No entanto tais divisões não são claras e bem definidas. Joyce constrói capítulos longos, com parágrafos extensos, frases compridas. Todo a narrativa se conecta, e noção de tempo é fosca. Sendo assim, é impreciso datar bem as ações. O que dificulta e também deixa mais fantástica a leitura.


P.S.: fui atraído por essa obra ao ter lido um livro de poesias do Manoel de Barros, "Retrato do Artista Quando Coisa" o que, por sinal, também é muito bom, sendo inspirado bastante no linguajar infantil da primeira parte desta obra de Joyce.











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Elaine Messias 04/04/2023

Romance de formação
Relatos da vida da personagem Stephen Dedalus da infância até a idade adulta. Mostra os conflitos entre a formação católica em casa e na escola e os desafios da vida real.
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Laura.Brito 05/02/2023

Para mergulhadores bem treinados
"São questões profundíssimas, sr. Dedalus. É como olhar do alto dos desfiladeiros de Moher para as profundezas. Muitos descem às profundezas e nunca mais sobem. Só o mergulhador bem treinado consegue descer a essas profundezas e explorá-las e voltar à superfície".
Nesse excelente romance de formação, James Joyce nos apresenta seu personagem e alter-ego Stephen Dedalus. Ao longo do livro, acompanharemos o crescimento do personagem permeado por crises de identidade, dilemas psicológicos, desafios sociais, dogmas religiosos e o contexto político da Irlanda. Nascido em família abastada em descensão, Stephen inicia sua vida com um rumo, aparentemente, bem traçado. No entanto, decide ir contra as expectativas, abandonando tanto a possibilidade da faculdade de medicina quanto a carreira de sacerdote para se dedicar à arte. Ou melhor, para "descobrir o modo de vida ou de arte em que o seu espírito possa se expressar com total liberdade".
Pessoalmente, um dos maiores feitos desse livro é a narrativa de James Joyce, que se modula em estilo de acordo com a maturidade do personagem, apresenta fluxos de consciência excelentes e as epifanias literárias mais bonitas. Podemos acompanhar com proximidade a busca de Dedalus (e de Joyce) por si mesmo, os dilemas que enfrenta, a decepção com a religião, o desespero da juventude e a vontade latente de encontrar sua vocação. O nome do nosso protagonista também não poderia ser diferente, aludindo à figura mitológica de Dedalo, que, ao arquitetar um labirinto para aprisionar o Minotauro, lá se vê preso com seu filho Ícaro. A semelhança entre essas trajetórias está na necessidade de fuga de tal labirinto. Dedalus, no entanto, precisará sobrepôr a criação de asas de cera para alcançar a tão desejada liberdade.
Esse foi um livro que acendeu minha vontade de ler mais clássicos e já despertou meu interesse por Ulysses e pelos próximos passos de Stephen Dedalus.
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claudio.louzd 01/01/2018

Clássico. Obrigatório.
Primeira obra relevante de JJ, é autobiográfica por meio de seu alterego Stephen Dedalus. Relatos pontuais da infância até jovem adultez.
A escrita não é difícil, ao contrário. Torna-se mais complexa ao longo do livro, mas sem se tornar pesada. É interessante ver como ele joga com a narrativa, em 3ª pessoa, mas com fugas para a 1ª.

Tem trechos cansativos, particularmente das introspecções religiosas - mas que mostram a importância da Igreja para o autor e para a própria história da Irlanda.
E tem também trechos SENSACIONAIS.

Uma palha:
"Uma alegria líquida e macia, como o ruído de muitas águas, derramava-se por sobre a sua memória; sentia no coração a doce paz dos espaços silenciosos, tenazmente esmaecidos por sobre as águas. A doce paz do silêncio oceânico; a doce paz das andorinhas voando através do mar escuro, por cima das águas oscilantes."

"E falando, enrugava um pouco a testa sardenta e mordia, entre as frases, a ponta fina dum lápis".

"Seu raciocínio era um crepúsculo de dúvida e de autodesconfiança clareado, às vezes, pelos vislumbres da intuição, por iluminações de um tão claro esplendor que, em tais momentos, o mundo desaparecia debaixo dos seus pés como se o fogo o tivesse consumido; ..."
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Giovanavski 25/11/2022

No começo estava gostando muito, na metade foi me entediado e no final acabei me interessando de novo.
Um bom livro, peguei boas frases anotadas e interessante as ideias do autor. Qualquer hora preciso realizar uma releitura.
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Ricardo Rocha 16/06/2015

um romance de formação escrito durante o processo e não em retrospecto e todavia tampouco valendo-se puramente de eventos autobiográficos é sem dévida digno de respeito. a questão principal taçvez seja essa: um clássico não chega a ser um clássico porque gostam dele mas porque o tempo o legitimou
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EURAC 11/06/2015

Em Um Relacionamento Aberto Com: RETRATO DO ARTISTA QUANDO JOVEM
(...) Nossa relação se tornou maçante e a caminhada longa. Muitas vezes pensei em me despedir; dobrar a esquina e desistir de James Joyce. Acho que foi a expectativa em demasia que depositei no encontro. Mas dei a mim mesmo mais uma chance de poder ver no homem o jovem artista que tantos clamavam. É claro que ele falava com eloquência, e articulava com brilhantismo as palavras dos seus argumentos (Joyce usava termos na conversa que seria necessário um dicionário para acompanhá-lo literalmente, sem, contudo, tornar-se pedante) – mas, para mim, ele revelou ser apenas mais um. (...)

site: www.eurac.com.br
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Felipe 01/04/2013

Belissima jornada, de vida e literária!
A narrativa é riquíssima e bela, sendo que varia em sua forma de acordo com a idade/maturidade do personagem. Quase toda a narrativa é fruto de observações e pensamentos do protagonista e freqüentemente partes das diversas histórias observadas são ignoradas por não ter valor real para o protagonista. Essa ausência tem como função definir seu personagem tanto quanto aquilo que é narrado. Conseqüentemente, com freqüência, ela se torna confusa, o que, mesmo estando nos planos do autor, pode desestimular alguns a ler. Os capitulos são longos demais para muitas pessoas.

Resenha completa em: http://www.instanteliterario.com/2009/09/um-retrato-do-artista-quando-jovem.html
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