Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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Enzo.Baleeiro 27/03/2021

Um estilo único, Joyce!
No começo tive muita dificuldade para ler, o estilo de Joyce é único.
Porém depois que você entende suas técnicas de expressão, fica mais fácil. Outro fator é que tem bastante referência culta nele, mas nada impossível, eu diria, talvez em Ulysses seja muito mais aprofundado.
Começei a gostar mesmo e me apegar ao Dedalus mais pro meio/final do livro, ele mais maduro e já nos passos finais para se encontrar.
Não expere um livro que explora as relações humanas, mas sim o ser (no sentindo ontológico tbm) Dedalus.
É um livro que mistura um Fluxo de consciência em 3° pessoa, técnicas de repetição,muita biografia, Diálogos altamente filosóficos (referências a Aristóteles e Tomas de Aquimo...), Além de muita poesia, um livro que consegue colocar poesia numa prosa, além disso, muitas cenas Joyce mistura todos esses fatores. Realmente um livro que a alma do personagem está gritando por doces e amargos poemas.
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Nuza 25/09/2020

Interessante
Posso dizer que esse livro cativou exatamente 65 % do meu interesse, fiquei meio dividida entre as maçantes partes de sermões religiosos e a relação do personagem com a religião, com a forma reflexiva com que o autor traz a busca do personagem pela identidade, e também pelo fato de o passar do tempo ser transmitido através da linguagem e forma de pensar do personagem além da narrativa
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Mari 02/10/2021

Um labirinto subjetivo dos mais complexos.
Um labirinto subjetivo dos mais complexos. É por esse percurso labirtíntico que peregrinamos neste romance de traços autobiográficos de James Joyce... Em “Um retrato do artista quando jovem”, somos apresentados à vida de Stephen Dedalus, o protagonista que acompanhamos em cada página dessa narrativa e com quem criamos um laço fortíssimo de existência. A imagem do labirinto se reforça no sobrenome Dédalus, uma clara menção ao artificie da Antiguidade Clássica, que construiu o labirinto-prisão do Minotauro. O Dédalo de Joyce também é um criador de labirintos e nos conduz por ele, de maneira desordenada .
O romance nos traz às vistas a formação de Stephen desde a mais tenra infância, quando era um bebezinho. O fluxo de consciência intenso e vertiginoso nos coloca na mente deste bebezinho que, aos poucos, vemos crescer e formar sua própria identidade, opiniões e vivenciar suas experiências, sempre mergulhado em um conflito sobre os ímpetos artísticos e a severidade da vida religiosa.
A vida de Stephen Dedalus é profundamente marcada pelo catolicismo de sua família. A mãe quer que o filho siga a carreira eclesiástica e, portanto, sua vida na infância e adolescência é moldada pelos padres que o rodeiam no colégio e fora dele. O interesse crescente pela literatura faz com que Stephen coloque em cheque os valores religiosos que o aprisionam no mais rígido moralismo cristão, até que ele rompe esse casulo e voa livremente para a sensualidade criadora que lhe era inerente o tempo todo. “Ser” torna-se essencial e não mais motivo de culpa. Seguimos com Stephen para a Universidade, acompanhamos suas descobertas na jovem vida adulta e a forma como ele vai tomando consciência da própria arte. É então que o protagonista conclui que o dever essencial do artista é afastar-se de sua criação completa e permanecer distanciado para que ela possa viver uma vida própria. No processo de construção da narrativa, cada vez mais, é possível sentir que o discurso de Stephen se torna poético, o que reforça a ideia de que ele vê a beleza nas coisas cotidianas e fica obcecado com a extração do aspecto estético do que presencia. A linguagem vai ficando cada vez mais distante do religioso e mergulhada no lirismo.
Stephen Dedalus, assim como seu homônimo grego, arrisca tudo e alça voo, livre, rumo à liberdade desejada para sua arte.
James Joyce, o artista do lado de cá, nos orienta nesse mergulho da autoconsciência e descoberta. Uma mistura de vertigem e deleite absoluto! Que leitura!
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Lurdes 24/12/2022

Stephen Dédalus em busca se si mesmo.

Este poderia ser um resumo ou um sub-título do livro, pois a narrativa é um fluxo de consciência do personagem, com muitas referências auto biográficas de Joyce.

Stephen, nascido em família abastada e católica, conta de suas lembranças desde tenra idade.

Este início é narrado em terceira pessoa e reproduz pensamentos e falas do pequeno Stephen em linguagem infantil.
Um período de descobertas, desde seus estudos no internato Clongowes College, mantido por padres jesuitas, no início do Séc XX.

Com o passar do tempo e a derrocada financeira de sua familia, Stephen muda de escola e depois completa seus estudos na Universidade.

Acompanhamos seu amadurecimento, a convivência com os colegas, cada qual com diferentes ideias, as discussões político religiosas entre seus próprios familiares, a descoberta dos prazeres carnais, condenados pelos padres, mas dos quais Stephen não deseja abrir mão, os primeiros amores. Lembremos também, do contexto da época, com a Europa e, em especial a Irlanda de Joyce, passando por muitas turbulências e mudanças advindas da crescente modernidade.

Todas estas experiências vão moldando o Stephen Dedalus adulto, que vai se libertando dos rígidos dogmas católicos e abraçando a arte como sua razão de viver, sempre impulsionado por sua sede de conhecimento.

Dedalo, na Mitologia Grega, em algumas versões é apresentado como o arquiteto que criou um labirinto para aprisionar Minotauro, e em outras, sugere que Dedalo acaba preso neste labirinto com seu filho Ícaro e, para se libertarem, criam asas.

Seja como for, nosso Dédalus, assim como o Dédalo mitológico precisa encontrar a saída correta do labirinto, não repetindo os erros daqueles que ficaram presos nele.

Nem sempre é fácil, mas é necessário, caso queira, verdadeiramente, ser livre.

Vamos ver onde as asas de Stephen Dedalus vai levá-lo em Ulysses, cuja leitura está em andamento.
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Luan 18/01/2021

O Narrador...
Eu amei a narrativa! Foi delicioso ver suas mudanças conforme o amadurecimento do personagem. Ver esse narrador, que se aproxima intimamente do personagem, às vezes, quase deixando de existir, foi uma sensação totalmente nova. É livro muito bom, mas, salvo a narrativa, não me agradou muito.
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Luiz Nogueira 07/10/2020

Esperava mais
Primeiro clássico que eu não gostei. Talvez eu não esteja pronto p ele ou não tenha o conhecimento pretérito necessário à melhor apreensão do que a obra oferece. A avaliação que faço, hj, é de que se trata de uma leitura enfadonha e confusa, com algumas pérolas aqui ou acolá, mas que não justificam o esforço. Não indico.
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Gabriele81 05/06/2021

Sensível e único!
James Joyce traz a Irlanda pra mais perto da gente e os anseios de um menino oitocentista em plena explosão do mundo das ideias sobre si, sobre os outros e sobre Deus.
O estilo de escrita não é comum, tem que ir se familiarizando, mas depois que você compreende como se inserir dentro do universo dele, você sente e vive o crescimento protagonista junto com ele.

Suas definições sobre o mundo e seus questionamentos nos trazem a uma profunda reflexão sobre nossa própria construção social, o que consideramos sagrado, profano, divino, belo e feio.


Sem palavras!
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Guga 21/09/2010

Não é um livro de fácil entedimento, mas o leitor não deve se intimidar por causa do autor ser famoso pela dificuldade de Ulisses e Finnegans Wake. Retrato do Artista Quando Jovem é para se lido e relido várias vezes, porque mesmo sendo mais fácil que os dois livro citados anteriormente, continua sendo James Joyce.
Gostei bastante das descrições de angústia dos protagonista. Cito um parágrafo que Stephen fala de seu medo da morte:
"A débil claridade do medo tornou-se em terror do espírito, quando a voz rouquenha do pregador derramou morte dentro da sua alma. Sofreu a sua agonia. Sentiu o frio da morte tocar-lhe as extremidades e subir até seu coração, a faixa da morte velando-lhes os olhos, os claros centros do cérebro extinguindo-se um a um como lâmpadas, o último suor fluindo-lhe da pele, a impassibilidade dos membros ao morrerem, a fala cerrando-se, atrapalhando-se, e o coração falhando, batendo debilmente, sempre mais debilmente, tudo o mais já vencido, a respiração, a pobre respiração, o pobre sopro humano sem auxílio, soluçando e suspirando, gargarejando e estertorando na garganta. Nenhum auxílo! Nenhum socorro! Ele - ele pessoalmente - aquele seu corpo ao qual dera tudo, estava morrendo. Para a tumba com ele. Fechemo-lo, dentro duma caixa de madeira, a esse cadáver. Carreguemo-lo para fora de casa nos ombros do servente. Empurremo-lo para longe da vista dos homens, dentro dum buraco bem amplo, no chão, dentro da sepultura, para ser pasto dos seu vermes movediços e para ser devorado pelos ratos em sanha, os ratos de roliços ventres." Pág 126, 2º parágrafo, Ed. Civilização Brasileira, 8ª edição.
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Loren 24/01/2017

O clássico romance de formação e a Irlanda de Joyce
Ler o Retrato do artista quando jovem foi uma experiência interessante. A primeira metade do livro li com verdadeiro encanto, e a segunda bem mais arrastada, na expectativa pelo fim. Acho, no entanto, que tal impressão faz parte do que o livro é. A jornada do herói é aqui contada a partir da infância, e da subjetividade de um indivíduo que se mostra, desde o início da narrativa, como um tipo "diferente", com uma sensibilidade e curiosidade que refletem a experiência da infância, e ao mesmo tempo a experiência de um indivíduo que cresce para se tornar um poeta. Nesse sentido, a primeira metade do livro contempla uma etapa da vida em que a sensibilidade artística não é um problema, mas uma porta para a apreensão da realidade. Ao longo da narrativa, quando o personagem passa pela adolescência, a relação do artista com questões como a religião se tornam latentes. A partir daí a narrativa se tornou, PARA MIM, menos agradável, na medida em que também o personagem passava por momentos de conflitos internos, e com os valores da sociedade irlandesa. Nesse sentido, o livro traz uma crítica à influência da igreja católica na sociedade irlandesa, tanto cultural quanto politicamente, tangencia também questões relacionadas ao nacionalismo irlandês, além de explorar uma breve reflexão em torno da beleza e da estética. Dessa forma, Retrato do artista quando jovem é, ao mesmo tempo, uma narrativa que parece extremamente universal, ao abordar os sofrimentos gerados a partir do fim da infância, com a busca da individualidade; e ao mesmo tempo muito específica, ao desenvolver temas tão pontuais da realidade irlandesa daquele momento histórico. Tudo isso levado ao extremo da sensibilidade -e da chatice em alguns momentos - a partir da ótica de um futuro artista.
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Charmssss 10/04/2023

Leiam esse antes de Ulisses
Não façam a burrada que eu fiz! Hahaha
Esse livro é como se fosse uma introdução para Ulisses, é mais fácil de entender e acompanhar as ideias dele.

Bom, o livro conta a história de Stephen Dedalus, um garoto comum que mora na Irlanda e estuda em escolas bastantes cristãs. Com o tempo Stephen vai crescendo e tomando consciência das coisas da vida. Temos neste livro um embate entre carne x alma. O que é certo? Não tem como saber. Mas acho que cada um deve seguir aquilo que realmente deseja, que deve ser livre pra escolher o seu caminho. E é exatamente isso que Stephen faz, sua própria escolha, sem medo de julgamentos da família, dos amigos, da igreja. Liberdade!

O ponto principal do livro é a escrita do James Joyce, esse homem é o cão!!!! Ele escreve aqui todos os pensamentos de Stephen, sim, os pensamentos! Então você tem que tentar ir se encontrando e entendendo o que está acontecendo ali, porque a nossa cabeça não para né? Um pensamento puxa o outro e assim vai. Além das palavras difíceis e do contexto histórico. Você não faz somente uma leitura, você faz um estudo de caso, tem que mergulhar pra valer.

Saí com muito conhecimento após a leitura dessa livro e com sensação de dever cumprido!
AndrAa58 22/08/2023minha estante
É exatamente isso que estou fazendo. Conhecendo o Dedalus antes de encarar o Ulysses ?. Você já leu Ulysses? É bem mais exigente?


Charmssss 23/08/2023minha estante
Li sim! Como eu li Ulysses primeiro eu achei bem mais exigente, a escrita muda, o tom muda. Fiquei bem perdida na época. Mas preciso dar uma segunda chance pra ver se consigo compreender melhor.


AndrAa58 23/08/2023minha estante
Vou ler em Setembro com um amigo, se quiser fazer uma releitura, podemos combinar. A leitura será sem pressa e com calma ?




ricardo marçal 25/06/2021

Uma mente para usar como se fosse uma roupa. Linguagem, texto, são a história. Forma e conteúdo se olhando num espelho. Consequente por orgânico, encarna. Sucessor de Wilhelm Meister, também ele um leitor de Hamlet, Dedalus não pontifica: somo-lo. Ler por dentro.
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Amanda 30/09/2021

"Eu tentei amar a Deus"
eu entendo a importância do james joyce e dessa obra pra literatura. O retrato do artista quando jovem apresenta alguns personagens que estão presentes em Ulysses ? outra obra importantíssima. Mas, esse livro é muito chato em determinado momento..
assim, não que seja chato, mas é repetitivo e doloroso.
O personagem apresentado é Stephen, que tem todo o meu carinho, sério. É um romance de construção, então acompanhamos os processos de formação e modificação do pensamento de Stephen. O Stephen é o alterego do James Joyce, então, logicamente, muito do James tá presente nesse livro.
O problema é que a relação do Stephen com a religião deixa o livro totalmente enfadonho, acredito que essa até era a premissa do autor, já que entra-se numa escuridão terrível; e é até interessante percebemos como as relações do stephen influenciaram um período triste da vida dele ? ele se sentia culpado por pecar e se machucava (emocionalmente falando) de todas as formas possíveis. é engraçado que até eu me senti influenciada pelos enormes discursos apregados pelos referendos da escola do Stephen.
O livro não é ruim, mas eu me senti triste por não ter gostado tanto assim. Com certeza vou reler em alguns meses ou anos, não quero perder o contato com o Joyce (principalmente porque ate ja comprei um livro de contos dele) e espero ter maturidade pra ler Ulysses, uma obra que todo mundo fala sobre.

Mas, não poderia deixar de falar sobre a tradução MAGNÍFICA do Caetano Galindo. Uma edição perfeita com notas essenciais pro entendimento do livro. Simplesmente perfeito. Parece que o Caetano tá segurando na nossa mão e nos ensinando como ler James Joyce.
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Ray- 23/02/2014

Foco, força e fé
Joyce não ganha seu lugar como clássico mundial com Retrato do Artista Quando Jovem, certamente. Com exceção de breves trechos, o livro é extremamente desconexo e não "nos leva a lugar nenhum". A escrita de Joyce é reconhecida pelo seu diferencial, fazendo-a parecer mais complexa, porém tudo tem um limite, e em Retrato do Artista Quando Jovem, os limites da paciência e perseverança do leitor são severamente testados.
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Geovanna.Faleri 29/05/2021

conflitos
um livro peculiar, repleto de conflitos identitários e religiosos. muitas menções à Bíblia, às questões políticas da Irlanda e à arte. foi um desafio (muito bom) poder entrar nesse universo do Stephen Dedalus que o Joyce constrói, até com traços autobiográficos, sobre a formação desse personagem que, acima de tudo, é um humano com os dilemas mais humanos possíveis. alguns trechos me deixaram com preguiça, como os sermões do padre falando das almas pecaminosas no inferno, mas ao mesmo tempo estou curiosa para o desenrolar de dedalus apresentado no Ulisses. leiam esse livro!!
Andre.Trovello 05/06/2021minha estante
Gostei mt da resenhaa! Sempre quis ler alguma coisa do Joyce




fepopi 07/12/2022

Muito bom
Fiquei muito interessada em ler mais do Joyce. Descobri no fim que é um dos protagonistas de Ulysses, o que definitivamente me deixou mais cativada. No começo, não curti tanto, mas foi ficando mais interessante conforme Stephen crescia.
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