Um retrato do artista quando jovem

Um retrato do artista quando jovem James Joyce




Resenhas - Retrato do Artista Quando Jovem


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fepopi 07/12/2022

Muito bom
Fiquei muito interessada em ler mais do Joyce. Descobri no fim que é um dos protagonistas de Ulysses, o que definitivamente me deixou mais cativada. No começo, não curti tanto, mas foi ficando mais interessante conforme Stephen crescia.
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Elu 03/02/2009

Um livro interessante, que conta com detalhes, sobre escolhas da vida, sejam elas íntimas, sociais, artísticas. Sobre alcançar a maturidade através do desenvolvimento físico e psicológico do protagonista. Muito bom.
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Vicente.Sanches 17/01/2023

Rumo a Ulysses
O livro é lindo e a leitura é bastante recompensadora. Vale muito a pena cotejar com o original. A tradução é muito boa, mas a sonoridade do original é indescritivelmente incrível (sobretudo quando das epifanias de Stephen). Sem mais.
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Jonara 15/04/2010

Bem... todo mundo fala que James Joyce é muito complicado. Este foi o primeiro livro que li dele e achei um pouco sim, porque, ao menos neste, escreve como se fosse o nosso pensamento... sem uma lógica perfeita, sem uma sequência cronológica, é uma coisa escrita no ritmo de lembranças e suposições, tal como funciona nossa cabeça. O livro conta a história de um garoto irlandês, desde a infância relativamente rica, passando pela decadência financeira da família, a troca de colégio, o sofrimento do convívio com outros garotos, a adolescência mergulhada em vícios, um falso momento iluminado pela religião e finalmente uma negação completa de todos estes sacrifícios e o amadurecimento.
Vou ser sincera... eu acho que não entendi muita coisa do livro, não pela maneira como foi escrito, mas basicamente porque não conheço nada da Irlanda, principalmente os famosos conflitos religiosos. Como se vê que muito dos conflitos que ele passa tem a ver com questões diretamente ligadas as contradições irlandesas, acho que seria bom se informar um pouco sobre a cultura antes de ler este livro. Enfim, acho até que gostei, mas penso em ler novamente no futuro.
Mendes-Neto 12/07/2010minha estante
A principal questão deste livro, como todos os do James Joyce, é ser autobiográfico. E se levarmos em conta a condição psicológica do autor dá para entender o porque de tão confusa torna-se a leitura, principalmente por ser tão cheia de epifanias.




Gu Motta 27/08/2022

A jornada de um herói quando jovem
(Cito algumas passagens do livro. Por alguns, pode ser motivo para não ler a resenha)

Quem sou "eu" senão minha família, meu país ou minha cultura, numa confusa relação dialética eu-Outro?

Joyce nos conta, com brisas de uma autobiografia, a jornada de um proto-artista através de sua infância à idade de jovem adulto.
Marcado por eventos de sua educação religiosa, intrigas familiares e políticas da Irlanda de seu tempo, que voltam em formato de memórias perseguindo o protagonista.

Stephen Dedalus é um arquétipo do Herói em sua jornada de individuação. É o Dédalo que forja suas próprias asas pra livrar-se da prisão, embora ironicamente possa ser também o Ícaro que voa alto demais e queima-as ao sol.

Dedalus é também a Fênix que ressurge das cinzas. Queimado uma vez mais, renasce ainda outra. "Viver, errar, cair, triunfar, recriar da vida a vida!" - como dirá em uma das mais lindas epifanias que já pude ler.

Contado por um narrador, o livro alcança seu clímax quando Stephen alcança sua liberdade. Com asas firmes, consciente de si, embora não à parte de dúvidas, dispensa a voz terceira e proclama sua própria jornada. De fato um filho de seu tempo, mas um filho rebelde.

"Não vou servir àquilo em que não acredito mais, possa essa coisa se dizer minha casa, minha pátria ou minha Igreja".
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formasfixas 25/04/2011minha estante
O livro de Joyce é, de fato meio seco e não possui a tuba canora e belicosa do Ulysses ou do Finnegans Wake. Traduções não ajudam também. À medida que Stephen cresce, e isso só no original se apercebe, a musicalidade bem como a linguagem vão ficando nitidamente mais refinadas.

Afora isso, a temática labiríntica do labirinto (tão explorada por Borges) tem seu cerne central aqui. Jean Paris faz uma análise muito bacana sobre este aspecto do livro. Stephen Dedalus, Dédalo, é preso em inúmeros labirintos ao longo de sua vida (chega até a ser Pasífae com sua vaquinha na colina [ou debaixo da mesa]) e consegue apenas reverter a situação a partir da visão quase que deífica da moça na praia. A partir daí ele é Dédalo que construirá labirintos. E que labirintos! Tão intrincados que ele mesmo, como se vê no Ulysses, se enreda e se perde...

A técnica de composição do livro é digna de nota também. Richard Ellmann faz um bom apanhado em sua grandíloqua biografia: o desenvolvimento embriônico (não ainda o mais-que-perfeito do Ulysses) do texto e das relações intersociais de Stephen vão sendo nitidamente vistas a partir da linguagem. Stephen sem opinião, formando uma junto com seu coração e sentidos. O livro se fecha com o diário de Stephen, uma forma escondida de monólogo interior que iria explodir no Terceiro Episódio (Proteu) do Ulysses.

O livro é, no final das contas, fechados em símbolos e interpretações sombrias que só o advento do macrocosmo do Ulysses decifraria... E que, gosto de imaginar, apenas o Finnegans Wake poderá elucidar e finalizar... Afinal de contas, o Finnegans Wake é a obra da vida e para a vida: o Retrato igualmente, não?




Joao 14/12/2020

Só os sofrido com culpa de cristão online
Primeiro livro que leio dele, gostei tanto que antes mesmo de terminar já comprei Ulysses. Ler isso no mesmo ano que li misto quente tirou todo amargor que o livro do Bukowski deixou na boca.
Toda a questão que o Stephen tem com a religião me tocou muito forte. Claro que meu contexto não se compara ao da Irlanda no fim do século 19, mas, mesmo assim, o João de 10 anos, que chorava porque tinha medo do Diabo ou pela eminente ida do irmão ateu pro inferno, se viu presente na descrição de uma infância marcada pelo catolicismo. Joyce é absurdo, a escrita dele sobre esse anseio de fuga do temor a Deus é perfeita. Quando o alterego do autor, Stephen Dedalus, tem descritas suas práticas pra mortificar os sentidos fiquei no chão sofrido choroso.
Definitivamente tô muito ansioso pra ler Ulysses. No momento vou me dar umas férias de James Joyce mas se tudo dar certo daqui uns meses já tô me reencontrando com o brabo.
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Lorena 26/04/2021

Foi bom conhecê-lo, Stephen/James
Primeira obra que li de James Joyce, me arrisquei em algo intermediário entre a maior de todas e a mais conhecida (haha), por ter esse tom autobiográfico e refletir muito das concepções do próprio autor de arte, literatura, bem como as influências de viver em um país extremamente católico e permeado por relações políticas instáveis.

Sinto que é necessário mais pesquisa e compreensão da amplitude do trabalho de Joyce como escritor, mas esse primeiro contato foi um começo. Não busquei entretenimento, busquei conhecer, explorar, então foi uma experiência positiva.

Provavelmente não voltarei a esta obra em específico, mas talvez queira conhecer outras do autor. Como aprendiz, toda experiencia de leitura para mim sempre é válida.
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andyflower 04/07/2021

Se não fosse uma leitura obrigatória da faculdade, raramente me interessaria por este livro e acabaria perdendo muita coisa. Este é um livro denso de todas as formas possíveis e exige um certo costume com o literário pra ser compreendido.
James Joyce conta a história de Stephen Dedalus no limiar autobiográfico e auto ficcional. Joyce brinca muito com a musicalidade da escrita e joga com as representações da religiosidade, da família e da pátria. O livro é narrado em terceira pessoa, às vezes em primeira, em forma de memória e isto está muito relacionado a quebra narrativa de cena a cena: ora fluída, ora repentina.
Creio que a estrutura do texto é muito interessante e chama mais a atenção que o enredo em si, tornando esse romance único de várias formas. Um romance de formação, pode ser lido como um pré Ulisses, já que Stephen é o primeiro personagem introduzido na obra.
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Angelo 01/05/2022

Joyce é único. Uma prosa tão bela, tocante e singela. Tão profunda. Esse livro é uma delícia tanto pela viagem na mente do personagem quanto pela escrita primorosa do autor.
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purestxheroine 01/08/2021

coming of age irlandês
26 de abril. mamãe está colocando minhas roupas novas (de segunda mão) em ordem. e está rogando agora, diz ela, para que eu possa aprender na minha própria vida, e longe do lar e dos amigos, o que o coração é e o que ele sente. amém. assim seja. sê bem-vinda, ó vida! eu vou ao encontro, pela milionésima vez, da realidade da experiência, a fim de moldar, na forja da minha alma, a consciência ainda não criada da minha raça.
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Evelize Volpi 05/11/2022

Mais um degrau que subo na direção de Ulysses, meu objetivo com Joice.
Esse livro nos faz conhecer o personagem principal da tenra infância até a mocidade.
Entendendo um pouquinho mais do universo Joiceano.
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Léia Viana 10/06/2022

12 Livros para 2022 - Livro de Maio.
"Um Retrato do Artista Quando Jovem"

"- O senhor é um artista, não é mesmo, sr. Dedalus? disse o diretor, olhando para cima e piscando seus pálidos olhos. O objetivo do artista é a criação do belo. Agora saber o que é o belo é outra questão."

Este foi um dos livros de poucas páginas, do qual enrolei muito para terminar a leitura. Mas, quando terminei a satisfação foi enorme.

Não pense você que o livro é difícil, não o é, mas por ter uma narrativa comum, na terceira pessoa, em muitas passagens o narrador parece ceder voz e ponto de vista ao personagem central da história e isso, se o leitor não estiver muito atento a leitura, poderá se perder na narrativa voltando várias vezes para refazer a leitura, acreditando ter perdido "algo" no meio da história.

Stephen Dedalus, personagem central desse livro é também tido, para muitos críticos literários, ser o alter ego de James Joyce, e que nesse livro é uma espécie de biografia / autobiografia. Nessa edição que li, na nota do tradutor Tomaz Tadeu, o tradutor afirma que não o é. Mas confesso que após o término do livro e as pesquisas que fiz, cheguei a conclusão que é bem possível que seja.

Este é um romance de formação, passamos pela infância até a juventude (quando esta cursando uma Universidade) de Dedalus. Sua formação é religiosa, o personagem estuda em um colégio Jesuíta, e podemos ir acompanhando todos os seus conflitos, descobertas e aprendizados, assim como a reflexão que faz sobre sua vida.

Mas, o mais interessante, e isso só descobri nas pesquisas que fiz e ao assistir a aula no YouTube do professor, José Monir Nasser, é o nome dado ao personagem principal:

Stephen - é o nome do Santo Estevão, que foi o primeiro mártir do Cristianismo - martírio do santo com o martírio que o personagem sofreu com sua formação religiosa.

Dedalus - está relacionado ao mito de Dédalo ( Mitologia Grega) que foi acusado de conspirar contra o rei e ficou preso no próprio labirinto que construiu para prender o Minotauro, ao construir asas ganhou a sua Liberdade.

Veja o quão interessante é: pela construção do nome do personagem central do livro temos uma analogia, um paralelo a essa narrativa e tudo o que passa esse personagem ao longo da história.

Genial!

Mas, para muitos leitores poderá passar por enfadonho ou arrastado demais por trazer essa "narrativa comum", e assim, deduzindo-se não haver necessidade de pesquisar melhor e ficar bem atento ao que se ler.

É aquele tipo de livro que para um entendimento ainda maior se faz necessário pesquisas a seu respeito.

Gostei bastante dessa leitura
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rexonaguy 02/03/2021

o retrato do artista é um dos meus romances preferidos. li ele numa época em que ainda estava formando uma ideia de estética em literatura. e é justamente isso que Joyce faz no romance kkk. escreve com um primor técnico pra contar uma história simples: como um menino descobre que literatura é foda.
...
li uma resenha de uma burra falando de "sermão religioso". talvez um dos livros mais subversivos em relaçao a religião. colocando palavras escritas por um doutor da igreja na boca de adolescente punheteiro, fazendo um santinho q estuda em escola de padre comer puta na rua kkkk.
Joyce é um gênio e quem discordar é idiota pq n entendeu
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Ezequiel.Cesar 23/01/2022

Autobiografia do autor
Um livro diferente de tudo o que eu já tinha lido. Do início até mais ou menos o meio do livro o autor faz uma narrativa da infância até a adolescência de Stephen Dedalus (alter ego do autor), a partir daí faz um longo ensaio sobre estética literária, é bem maçante essa parte.
Recomendo a leitura da obra, principalmente para quem está interessado em ler Ulysses, que seria a continuação deste.
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