Ju Oliveira 15/04/2012Esse é o último livro lançado por Marian Keyes, minha musa do Chick-lit.E o primeiro resenhado aqui no blog. Li os três primeiros livros dela e amei! Sua escrita sempre muito irreverente e engraçada. Por isso minha decepção foi tão grande ao começar a ler "A estrela mais brilhante do céu." Não conseguia encontrar aquele tom cômido e despojado que é a marca registrada da autora. A história estava bem mais séria e até sem graça. Nem parecia que estava lendo um best seller da Marian Keyes.
Eu comentei aqui no blog que estava lendo o livro e já passava da página 100 e não estava gostando nada da história. Uma leitora fofa, então comentou que esse livro era parado mesmo no começo e que a partir da página 300 a história começava a fluir. E foi dito e feito...
Comecei a ficar cada vez mais encantada pelo moradores do edifício 66 da Star Street. Katie, que está apavorada com a chegada dos seus 40 anos e ainda solteira, os poloneses esquisitões (e lindos) que dividem o apartamento com a ranzinza Lydia, taxista desbocada e corajosa. Tem também Fionn um jardineiro boa pinta que veio morar com sua avó e o casal Matt e Maeve, apaixonados mas um tanto quanto excêntricos em seu relacionamento.
A vida de todos os moradores desse edifício, irão se cruzar em algum momento. Pois um estranho espírito ronda o número 66 da Star Street. E irá dar uma ajudinha ao destino para que em algum momento tudo se encaixe na vida dessas pessoas.
Os personagens criados pela autora dessa vez são um pouco mais "adultos" do que os de outros livros dela. Cada um tem sua história, seus medos, desejos e anseios. Os personagens são muito reais. Minha preferida foi a Katie, uma mulher independente, que está entrando na casa dos 40 anos, ainda solteira. Por isso, ela fica paranóica com a idéia da velhice se aproximando e ela sem um companheiro. Ela se apaixona por seu chefe Conall e ele por ela. Eles vivem esse amor, no meio de vários conflitos,principalmente por Conall ser um workaholic assumido e obviamente para ele nada é mais importante que seu trabalho.
Outra personagem que eu detestei no começo e aos pouquinhos fui mudando minha opinião sobre ela é a Lydia. Ela é mandona, sarcástica e rabugenta. Fala tudo o que pensa e não se importa se vai magoar alguém. Mas no decorrer da história, ao conhecermos sua vida desde que era criança, fui me apegando a ela e entendendo os motivos de ela agir assim.
Já Maeve... nossa, que mulherzinha chata! Mimada, adora se fazer de vítima! Odiei ela!!! Mesmo sabendo no final, dos motivos que a levaram a agir assim, não consegui mudar minha opinião sobre ela. E sei que ela foi a preferida de alguns leitores que leram o livro.
Acho que é isso que torna Marian Keyes tão amada por sua obra. Seus personagens provocam vários sentimentos nos leitores, de amor e ódio mesmo. Mesmo nossos sentimentos oscilando entre um e outro personagem mais querido, no final todos eles são inesquecíveis.
Nem preciso dizer que adorei o livro e super recomendo neh? Mesmo com a empacadinha que dei no começo. Marian Keys é sempre diva!!!
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