As esganadas

As esganadas Jô Soares




Resenhas - As Esganadas


323 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Ana Fonseca 21/04/2021

Tudo acontece de forma rápida, o assassino é descoberto em um capítulo com deduções simples, no outro é capturado e depois é o epílogo. Gosto da forma como o Jô escreve literatura atrelada a história e consegue contextualizar bem seus personagens nos acontecimentos, mas não gostei da velocidade da narrativa do desfecho.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



JOY 31/05/2020

"Nenhum ser humano é inocente. Tu és um ser humano. Logo, não és inocente; portanto, és culpado."

Sem delongas, Jô nos apresenta o assassino do caso "As esganadas" logo no início. Ao contrário do que possa parecer, o homem é mais misterioso do que pensamos. Suas motivações, embora descritas, não tem um fundo bem explicado. Nos perguntamos de onde surgem suas revoltas, gerando uma verdadeira reflexão sobre a psique humana.

A história é muito bem ambientada, em um Rio de Janeiro, ainda Distrito Federal, em 1938, sendo o ponto forte do livro. O caso a ser desvendado se mescla com citações de personagens conhecidos, citando nomes como os Fernando Pessoa e Assis Chateaubriand; além de fatos historicos, como o começo do Estado Novo, expansão dos partidos nazistas e fascistas, Copa do Mundo de 1938, entre outros.
O time de detetives, no entanto, é muito raso, por vezes se mostram verdadeiros estereótipos.

Apesar de apresentar momentos leves e descontraídos, a história é repleta de cenas fortes de assassinatos, os quais o autor descreve sem papas na língua. Quem tem sensibilidade a cenas fortes, talvez seja melhor desconsiderar a leitura.

Além disso, levanta questionamentos sobre gordofobia, pressão estética e a forma que mulheres obesas são vistas na sociedade.

É uma leitura interessante.
comentários(0)comente



Rafael.Dardes 12/04/2022

Puro Jô
Essa obra mostra com maestria todo o talento e habilidade de Jô Soares como escritor e romancista.
É evidente um trabalho de pesquisa ferrenho para criar uma ambientação histórica concisa com a realidade.
Além disso, o riquíssimo vocabulário empregado traz profundidade e minuciosodade para a trama e também complexidade para os personagens.
Uma leitura que te prende da capo al fine cheia de um humor perspicaz e incisivo, trabalhadíssimo no deboche.
comentários(0)comente



Regina 07/07/2023

Bom
Um livro leve, não muito grande e ótimo para relaxar a mente. Debochado e cômico trata dos assassinatos no Rio de Janeiro de forma bizarra.
comentários(0)comente



Beth 12/07/2023

Saborosa leitura, temperada com humor!
Leitura rápida e divertida,com ótimas tiradas... Adorei o enredo no todo.
Minha imaginação dividia a história em duas partes uma leve e irreverente da parte "policial" e outra sombria do assassino, que inclusive foi muito bem construído.
comentários(0)comente



Beto | @beto_anderson 08/12/2020

Divertido
Uma das características mais legais dos livros do Jô é a troça que ele faz com fatos históricos. Se por um lado ele diverte com as tiradas engraçadas de seus personagens, por outro me interessa muito conhecer um pouco da história do nosso país, mesmo que sobre um olhar irônico. Recomendo.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
comentários(0)comente



Teixeira 04/11/2020

Me surpreendi com o livro, comédia muito leve de se ler e com uma boa trama, provavelmente lerei outros livros do Jô.
comentários(0)comente



Kauã 18/01/2022

"Ela é gorda, gela, voraz e gulosa."
IMPORTANTE DEIXAR CLARO QUE POSSUI MUITO CONTEÚDO SEXUAL E NÃO É INDICADO A CRIANÇAS!!!

Essa obra do Jo Soares foi incrível e me prendeu demais para ler, todo os personagens e a história foram incríveis, eu ri muito e fiquei muito preocupado com os acontecimentos.

O autor tratou uma história tão pesada que são assassinatos e um serial killer de uma forma que foi possível de colocar "comédia" no meio.

A linguagem é formal, mas podemos ver varias vezes a utilização de gírias e palavras estrangeiras.

Eu simplesmente amei, o final então... Eu fiquei chocado, mandei mensagem para meus amigos do tanto que estava pasmo.

Indico, mas para pessoas que não gostam de conteúdo pesado ou crianças não é o indicado.
comentários(0)comente



Ediane.Siqueira 09/09/2020

Engraçado, divertido assim são os personagens, daqueles livros que se lê rapidinho.. Ótimo para uma leitura de final de semana.
comentários(0)comente



Rubens 29/11/2022

Romance policial à lá Jô
Poderia ser mais um romance policial se não fosse escrito pelo Jô. Mesmo com os casos extremamente violentos apresentados ao longo do livro, o autor é capaz de nos tirar boas gargalhadas de uma forma totalmente espontânea.
Uma temática nova com uma leitura leve.
comentários(0)comente



Matheus 22/09/2022

Fui entretido
Jô Soares tem uma forma muito específica e envolvente de apresentar personagens e situações e, logo depois, adicioná-los a trama principal de forma natural e empolgante. O mistério nao precisou se fazer presente, mesmo sabendo da identidade do assassino logo de cara, o enredo faz um bom trabalho nos apresentando a equipe de investigação e até mesmo um olhar dentro da mente psicopata do assassino.
comentários(0)comente



Lu Tibiriçá 10/10/2022

Lição de história e humor
Apesar do título pouco convidativo (imagino que tudo tem lá seu propósito... mas eu não curti, perdão Jô), a história é incrível!

História do Rio, de Portugal, de receitas portuguesas, de investigação criminal, de psicopata.... uma lição de escrita bem humorada, apesar de ser uma história bem pesada (sem duplo sentido, por favor).
comentários(0)comente



Raphaella 27/11/2011

Caronte, dono da conceituada funerária Estige, vive atormentado pela mãe desde sempre - deve até seu nome (na mitologia grega, Caronte é o barqueiro que leva almas pelo rio Estige, fazendo a travessia entre o mundo dos vivos e dos mortos) ao humor discutível de Odília. Seu pai sempre vivera sob o domínio autoritário da mulher, e, por conta disso, ao completar 50 anos, suicida-se, deixando a funerária para Caronte.

Caronte nunca quis tomar parte nos negócios familiares - apaixonado pela música clássica (aprendeu a tocar piano de ouvido), queria ser maestro. Sua mãe, é claro, proibiu. Ela, que era gorda, também proibia o filho de comer doces e controlava sua alimentação, com receio de que ele ficasse como ela. Caronte a odiava.

Então, decidiu matá-la.

"A morte de Odília foi considerada acidental. Na verdade, o “acidente” havia sido provocado por um empurrão do filho. O corpo fora encontrado no chão liso da cozinha como se ela tivesse escorregado e batido com a base do crânio na quina do forno, quando preparava um imenso Pudim Abade de Priscos. Antes de chamar a polícia, Caronte debruçou-se sobre o fogão e sorveu avidamente a calda caramelada do pudim mesclada ao sangue da mãe. Um espasmo sacudiu todo o seu corpo e a nódoa escura que se alargava na frente das suas calças revelava o fruto de um orgasmo incontrolável."

Porém, isso não aplaca sua angústia. Desde então, Caronte passa a assassinar mulheres gordas, esganadas por comida, esganadas com comida.

Sim, já no início do livro, o autor dos crimes, bem como seu método, é revelado, restando o suspense sobre se/como será feita sua captura. Então, são introduzidos os personagens que comandam a investigação: um delegado mau-humorado, seu medroso e simplório assistente e o detetive português "Esteves sem metafísica" (do poema Tabacaria, de Álvaro de Campos - heterônimo de Fernando Pessoa).

Pessoas que realmente existiram, como o próprio Fernando Pessoa, estão presentes na obra, mas não de forma acentuada, sendo levemente incluídas (a maior parte é apenas citada).

Jô Soares, ainda, tenta dar uma ambientação mais histórica (a narrativa se passa no Rio de Janeiro de 1938, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas), incluindo, por exemplo, notícias de rádio - mas não convence muito.

"As Esganadas" conta também com citações eruditas, passagens em outros idiomas sem tradução e alguns vocábulos não muito comuns (que não são de fácil compreensão para o leitor não habituado - como comprovado por um dos próprios personagens, que muitas vezes é ridicularizado por isso). Fica a sensação de que o autor tenta se usar desses elementos para conferir, forçadamente, intelectualidade a sua obra.

Em se tratando de um livro de um humorista conceituado, espera-se que existam passagens divertidas, porém, não existem trechos notadamente engraçados. Esclarecendo: a intenção de provocar risadas existe, mas não chega a divertir e conta com tiradas prontas - a clássica piada de português, previsivelmente (já que um dos principais personagens é português), está presente.

Quanto à trama, poderia ser mais bem explorada. Não se sente todo o drama de Caronte, não justificando suas ações extremas. Certo, aqui você pode dizer que não se justificam as ações de um psicopata, mas, neste caso, o próprio autor deixa claro que Caronte é movido única e exclusivamente em busca de vingar-se da mãe. Ora, por que ele opta pelo assassínio? Não fica claro o momento exato que Caronte mata sua mãe, apenas que foi depois da morte do pai, mas presume-se que ele já não era mais uma criança, por que, então, não simplesmente deixou tudo e foi em busca de seu sonho (excelente músico que era - ao ponto de ser perfeitamente capaz de ingressar em uma orquestra)? E, depois que o fez, por que prosseguir? Finalmente estava livre da tirania materna, ninguém suspeitava dele e tinha dinheiro suficiente para fazer o que bem entendesse de sua vida. Simplesmente não me parece coerente.

A "genialidade" de Caronte ao assassinar mulheres gordas entupindo-as de comida foi uma boa sacada. Só que não é novidade. É inevitável não associar seu método ao filme "Seven - os sete pecados capitais". Na abertura do filme em questão, vê-se o psicopata arrancar a pele dos dedos para retirar suas impressões digitais e não deixá-las na cena do crime. No primeiro crime, um homem extremamente gordo é amarrado e obrigado a comer até a morte. Certo, você pode dizer de novo, mas todo mundo recebe "influências" de outras coisas para escrever. Tudo bem então. Até aí, sem problemas, se o fato fosse bem aproveitado no livro.

Enfim, "As Esganadas" é uma história simples com ares de intelectual, que não cativa, não diverte, e nem consegue entreter.

http://bit.ly/upwWmM

Dri 07/12/2011minha estante
Ele mata as mulheres com comida? Eu achei que fossem mortes mais sérias. Fiquei com receio de ler o livro porque vi um vídeo em que o Jô lê um trecho do livro e ele trata as gordas como gulosas, compulsivas por comida... Fiquei enojada. Já que é para fazer joguinhos e torturar a vítima, prefiro mortes no estilo de 'Jogos Mortais' hehe. Sua resenha ficou excelente, parabéns!


Raphaella 08/12/2011minha estante
Mata sim, só que, na minha opinião, isso não foi bem aproveitado - não tem propriamente joguinhos, na verdade é bem superficial, mas não entrei em muitos detalhes pra não dar spoiler *O QUE VOU ESCREVER AGORA ACONTECE NO COMEÇO DO LIVRO, MAS SE VC NÃO QUER NENHUM TIPO DE SPOILER NÃO LEIA O PARÊNTESIS* (por exemplo: na primeira morte, ele droga a vítima, enfia um funil na garganta dela e despeja gelatina - depois fala que a gelatina solidifica no estômago, o que eu acho que não aconteceria). *PODE VOLTAR A LER A PARTIR DAQUI*
Sem contar que o final é bem incoerente (seria um grande spoiler comentar, mas se vc quiser saber é só dizer). Realmente, "Jogos Mortais" é imbatível nesse aspecto, dá aflição de ver hehe... mas "Seven", que eu citei, também é bom (não lembro direito dos detalhes, porque vi faz um tempão). É bem assim que o autor trata as gordas no livro mesmo, mas o detetive português, que também é gordo, não é visto desse modo... E muito obrigada! :)


Gabii 03/01/2012minha estante
Achei a resenha que retrata a minha sensação ao ler o livro. O Legal é ver o quanto de pesquisa foi feita pra enchê-lo...
O que tem de legal fica na página virada, por que só me lembro das vezes em que pensei "isso aqui não ficou muito legal..."

Acho que o livro como um todo é como as receitas portuguesas enfiadas goelas abaixo das gordas. Muita mistura e pouco sabor.


Raphaella 05/01/2012minha estante
"Acho que o livro como um todo é como as receitas portuguesas enfiadas goelas abaixo das gordas. Muita mistura e pouco sabor." Realmente :)




Vicente Moragas 18/10/2012

Pior impossível
Livro chato, arrastado, no melhor estilo Jô Soares de vomitar soberba em forma de cultura e ainda ter a capacidade de explicar as coisas mais elementares, como se seus leitores fossem infinitamente menos cultos.

O único gracejo que me fez rir durante o livro foi uma piadinha no último capítulo, que meu avô já contava. Nada original.

Cheguei até o fim porque a leitura é fácil e rápida e por que, como viciado em leitura, quase nunca consigo parar de ler, mas olhando pra trás, preferia não ter começado a ler livro
comentários(0)comente



323 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |