As esganadas

As esganadas Jô Soares




Resenhas - As Esganadas


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Nando 28/10/2011

A fórmula já está um pouco desgastada
Neste quarto romance policial, Jô Soares (relembrando os anteriores: Xangô de Baker Street, O Homem que Matou Getúlio Vargas e Assassinatos na Academia Brasileira de Letras) nos apresenta, novamente, uma história sobre assassinatos em série ambientada no Rio de Janeiro e, desta vez, na época do Estado Novo (1938). Como nos demais romances, ele mescla dados reais e personagens históricos com personagens e situações ficcionais. Dos personagens históricos que aparecem, ou são citados na história, podemos destacar : Getúlio Vargas, Filinto Müller (chefe de polícia do DF da época), Lourival Fontes (ministro da propaganda de Getúlio), Aleister Crowley (um ocultista britânico que viveu entre 1875 e 1947), Fernando Pessoa (poeta português) e Adolf Hitler.

A trama revela de início quem é o “serial-killer” e suas supostas motivações psicológicas. Desta forma o foco do suspense recai, para o leitor, na expectativa da descoberta e captura do assassino. O psicopata é Caronte, dono de uma funerária de prestígio no bairro de Botafogo, que, após o suicídio do pai, assassina a mãe, a quem considera uma figura opressora, e inicia uma série de assassinatos de mulheres gordas. Para desvendar o mistério, o delegado de polícia Noronha e seu auxiliar Calixto contam com a ajuda de Tobias Esteves, um ex-policial investigativo português (supostamente envolvido no caso da “Boca do Inferno” que envolveu Crowley e Pessoa) e atual confeiteiro de sucesso no Rio de Janeiro. A este trio junta-se a jornalista investigativa Diana que acompanha os policiais durante as ocorrências.

O romance apesar de ter uma veia cômica utiliza piadas antigas, de lugar-comum e não consegue atingir o nível de graça dos livros anteriores. Algumas passagens são engraçadas e as tiradas meio descabidas de Tobias Esteves, que têm o hábito de citar provérbios e ditos de Portugal, conseguem tirar algum sorriso do leitor. Apesar disso é ainda um bom entretenimento, de fácil leitura e de ritmo adequado. Dá pára ler em um dia tranqüilamente.
Júlia 06/01/2012minha estante
Gostei da tua resenha e concordo com a crítica a parte humorística do livro. O que ficou mesmo marcado pra mim foram os pastéis de santa clara e a história do pobre anão Battiscopa.


Leid 30/01/2012minha estante
tive a mesma impressão: uma história meio repetitiva. Concordo com a resenha. abs.


Máslova 18/04/2012minha estante
Quando pensei em como começaria uma resenha, me deparei com a sua, e só tenho a dizer que faço minhas as suas palavras. A sensação que teve lendo "As Esganadas" foi exatamente a mesma que a minha. Apesar de eu ter lido apenas "O Xangô de Baker Street", e ter gostado muitíssimo, uma das obras é o quanto basta para ter contato com o estilo do Jô Soares que, infelizmente, é um tanto repetitivo. O "Xangô" me hipnotizou, mas "As Esganadas" deixou a desejar. De toda sorte, também concordo que é uma excelente aposta para entretenimento.


Doroteia 25/04/2012minha estante
Cheios de detalhes que tiram o equilíbrio da história, fica parecendo que o autor quer se mostrar como grande conhecedor da cozinha portuguesa, o que não agrega nada à história. Ponto positivo é o investigador português com suas citações.


Mari 09/01/2013minha estante
Faço de suas palavras as minhas. Do Jô Soares li apenas "O Xangô" e "Assassinatos na Academia..." e "Xangô" se tornou um dos meus livros favoritos, mas As Esganadas me decepcionou muito. Primeiro que revelar logo de cara no inicio do livro quem é o assassino, pra mim já perdeu toda a graça...
o que ainda me levou a terminar de ler foi mesmo as tiras do Tobias, e uma ou outra citação engraçada. Mas no fundo, até que é um livro gostosinho de ler.


Tadeu.Santos 06/01/2021minha estante
Sério que você achou isso? Pois estou amando a obra, repetida? Um pouco, mas qual o(a) escritor(a) não tem um padrão de escrita? Em fim... vou continuar lendo, pois estou amando.




Jacy Coelho 01/03/2013

Desafio Literário - Fevereiro (Livros que nos façam rir)
Primeiro, quero fazer umas considerações que nada tem a ver com o conteúdo do livro.

Que livro cheiroso!!! Fazia tempo que não pegava um livro com um cheiro tão agradável. E o tamanho das letras e o espaçamento deixam a leitura fluir muito fácil. A capa é grossinha, não deforma, as páginas são bem mais grossas que o normal (esse é o padrão dos livros de Jô Soares, o tipo de capa e papel, mas ressaltei essas características porque, com o barateamento dos livros, a qualidade do material usado caiu bastante – não sou contra isso – e a qualidade do material de As Esganadas acabou me surpreendendo!)

E que sinopse!!!! A sinopse escrita por Luís Fernando Verísssimo é um senhor texto. Realmente vende o livro e o autor. Quem dera que todas as sinopses de livros fossem como essa.

Agora, ao que interessa:

Eu já li dois livros do Jô Soares – O Xangô de Bakerstreet (http://www.skoob.com.br/livro/882-o-xango-de-baker-street) e O Homem que matou Getúlio Vargas (http://www.skoob.com.br/livro/1714-o-homem-que-matou-getulio-vargas) , e gostei bastante dos dois. Aliás, ri muito com O Xangô de Bakerstreet. Mas esse mesmo estilo que tanto me agradou, não me convenceu em As Esganadas. O serial killer, as mortes absurdas que ninguém sabe decifrar, ficou tudo cansativo. O estilo esgotou, eu acho.

A ironia presente nas outras obras também está aqui (ou não seria Jô Soares), mas não me fizeram rir. Nem as piadas de português e de gordas, as menos clichês também não.


“Nos primeiros dias de junho, há um relaxamento na vigilância ostensiva das ruas da cidade. Primeiro porque não houve nenhuma repercussão a favor do golpe integralista e, segundo, e mais importante ainda, o Brasil estrou na terceira Copa do Mundo, na França, com uma vitória de seis a cinco sobre a Polônia.” (p.112)

Outro ponto também que achei desnecessário são as palavras antigas. Veja bem, não sou do tipo que tem preguiça de folhear um dicionário, não mesmo, mas realmente tem necessidade de uma frase como:


“Cumprida a manobra inicial, ato contínuo o verdugo dedica-se à infausta empreitada de vestir as quatro gordas. “Pesos mortos...”, ele pensa, rindo do calembur.”(p.52)

Não chega a deixar a leitura pesada, mas... sei lá...ficou over! A impressão que dá é que Jô estava lendo Machado de Assis, anotando as palavras antigas e pensando “hum...onde posso encaixar ‘gáudio’?” , e aí escreve: “Para gáudio de Caronte...”(p.196), quando se poderia usar uma palavra não tão corriqueira como júbilo e ter o mesmo efeito.

(Repare, não quero me meter no estilo do escritor, achar que ele deveria escrever diferente, meu deus, quem sou eu pra pensar assim! É uma opinião, uma impressão pessoal, pode ter leitores que não pensem assim, e eu estou bem com isso).

Quanto à trama em si, não tenho nada de ruim pra comentar...a história é muito bem escrita e encaixadinha, não há pontos soltos. A narrativa de Jô Soares é uma obra prima do começo ao fim. Sabe começar e terminar bem os capítulos, sabe introduzir muito bem todos os personagens. Todos os personagens são ricos, nenhum fica a desejar. A ambientação do Rio dos anos 30 é perfeita. Jô realmente refaz a atmosfera de uma época citando o nazismo, o comunismo, a copa do mundo, corridas de carro, e tantas outros fatos que ocorreram, sem precisar se aprofundar, apenas citando em momentos oportunos, deixando tudo mais realista.

E sinceramente, dá uma satisfação saber que o autor não escreveu ao léu, não inventou da própria cabeça, mas fez uma pesquisa minuciosa e faz questão de pelo menos chegar bem próximo do que realmente aconteceu. Assim como os outros títulos, esse também é quase um livro de história.

Outro ponto positivo são as narrações de rádio, o Rodolpho d’Alencastro me fez rir em alguns momentos. E a sequência que intercala uma narração de um jogo de futebol com um assassinato de uma das gordinhas é incrivelmente bem montada.

Vale a leitura, o Jô é um ótimo escritor. Esse só não é o melhor de seus trabalhos, e infelizmente, não me fez rir tanto quanto eu queria, mas quem sabe se em outro momento, eu não tenha outra opinião.

E só um adendo. Todos os livros do Jô são bem cinematográficos. as Esganadas não é diferente, mas eu imaginei o tempo inteiro como um longa de animação...O físico do Caronte, as gordinhas alegres saltitando... se alguma produtora se interessar em fazer um filme de animação de As Esganadas, pode roubar minha ideia, juro não vou cobrar nada! ;)
Flávia 01/02/2013minha estante
Eita! Gostei muito da sua resenha, viu? Aff, que saco usar palavras tão rebuscadas, hein? Eu também não me incomodo de consultar um dicionário, mas pelo menos, aquela frase que você citou ficou cansativa.

Ainda não me convenceu a ler, mas, é gosto mesmo. Não tenho vontade, por enquanto, de ler, hehe.


Jacy Coelho 01/02/2013minha estante
obrigada, Flávia!


Michelle Gimene 06/02/2013minha estante
Do Jô, eu só li "Assassinatos na ABL" e isso da escrita over também me incomodou naquela ocasião. No caso do livro que eu li não eram palavras rebuscadas, mas parágrafos cheios de palavras em inglês em uma narrativa de futebol, ou seja, desnecessário. Se fosse um esporte não tradicional no Brasil, até entenderia, mas nesse caso forçou. E, pelo que tenho lido em outras resenhas, o estilo pedante parece se repetir. Pena.


Indira 07/03/2013minha estante
Oi Jacy! Gostei muito da resenha. Mas acho que como a Flávia, não me animei. Acho que peguei trauma do Jô com Xangô... rsrsrs.
Mas tenho que concordar com você, ele é um mestre em montar uma história compatível com a realidade. Adoro esta característica! rs.

Beijos.




Sueli 24/04/2012

A Piada Perdeu O Seu Tempo
Incentivada pelos livros anteriores comecei a ler As Esganadas com muito entusiasmo, infelizmente não fui recompensada dessa vez...
Mas, foi interessante ver os personagens do romance inseridos em um Rio de Janeiro muito comentado por meus pais e avós, e esse é um truque que vem sendo adotado com muita frequência por alguns autores.
Nosso querido Jo Soares, dessa vez perdeu o ritmo, e a piada ficou sem graça e passada. Resta-nos esperar pelo próximo!
Aline 09/01/2014minha estante
Foi o primeiro livro que li do Jô e gostei muito!


Sueli 09/01/2014minha estante
Aline, eu li todos os livros do Jô Soeres, e o que eu mais gostei foi "O Xangô de Baker Street", cujo filme não fez jus ao livro, aliás, como sempre, não é mesmo?
Mas, agradeço muito o seu comentário. Volte sempre que quiser.
Bjks


Ilana 26/04/2014minha estante
Esse é um dos livros que desejo imensamente terminar de ler, comecei, mas não conseguir terminar. Bem, acho que boa parte da culpa foi minha, mas pretendo retomar a leitura.


Sueli 26/04/2014minha estante
Oi Lana, às vezes acontece que, ao começarmos a ler determinado livro, a mágica não se faça presente de imediato.
Então, é preciso insistir para se poder ter uma ideia da obra em sua integralidade.
Dê uma chance ao livro e quem sabe você não modifica a minha impressão sobre ele...
Obrigada pelo seu comentário, vou aguardar os próximos, ok?
Bjks




Raphaella 27/11/2011

Caronte, dono da conceituada funerária Estige, vive atormentado pela mãe desde sempre - deve até seu nome (na mitologia grega, Caronte é o barqueiro que leva almas pelo rio Estige, fazendo a travessia entre o mundo dos vivos e dos mortos) ao humor discutível de Odília. Seu pai sempre vivera sob o domínio autoritário da mulher, e, por conta disso, ao completar 50 anos, suicida-se, deixando a funerária para Caronte.

Caronte nunca quis tomar parte nos negócios familiares - apaixonado pela música clássica (aprendeu a tocar piano de ouvido), queria ser maestro. Sua mãe, é claro, proibiu. Ela, que era gorda, também proibia o filho de comer doces e controlava sua alimentação, com receio de que ele ficasse como ela. Caronte a odiava.

Então, decidiu matá-la.

"A morte de Odília foi considerada acidental. Na verdade, o “acidente” havia sido provocado por um empurrão do filho. O corpo fora encontrado no chão liso da cozinha como se ela tivesse escorregado e batido com a base do crânio na quina do forno, quando preparava um imenso Pudim Abade de Priscos. Antes de chamar a polícia, Caronte debruçou-se sobre o fogão e sorveu avidamente a calda caramelada do pudim mesclada ao sangue da mãe. Um espasmo sacudiu todo o seu corpo e a nódoa escura que se alargava na frente das suas calças revelava o fruto de um orgasmo incontrolável."

Porém, isso não aplaca sua angústia. Desde então, Caronte passa a assassinar mulheres gordas, esganadas por comida, esganadas com comida.

Sim, já no início do livro, o autor dos crimes, bem como seu método, é revelado, restando o suspense sobre se/como será feita sua captura. Então, são introduzidos os personagens que comandam a investigação: um delegado mau-humorado, seu medroso e simplório assistente e o detetive português "Esteves sem metafísica" (do poema Tabacaria, de Álvaro de Campos - heterônimo de Fernando Pessoa).

Pessoas que realmente existiram, como o próprio Fernando Pessoa, estão presentes na obra, mas não de forma acentuada, sendo levemente incluídas (a maior parte é apenas citada).

Jô Soares, ainda, tenta dar uma ambientação mais histórica (a narrativa se passa no Rio de Janeiro de 1938, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas), incluindo, por exemplo, notícias de rádio - mas não convence muito.

"As Esganadas" conta também com citações eruditas, passagens em outros idiomas sem tradução e alguns vocábulos não muito comuns (que não são de fácil compreensão para o leitor não habituado - como comprovado por um dos próprios personagens, que muitas vezes é ridicularizado por isso). Fica a sensação de que o autor tenta se usar desses elementos para conferir, forçadamente, intelectualidade a sua obra.

Em se tratando de um livro de um humorista conceituado, espera-se que existam passagens divertidas, porém, não existem trechos notadamente engraçados. Esclarecendo: a intenção de provocar risadas existe, mas não chega a divertir e conta com tiradas prontas - a clássica piada de português, previsivelmente (já que um dos principais personagens é português), está presente.

Quanto à trama, poderia ser mais bem explorada. Não se sente todo o drama de Caronte, não justificando suas ações extremas. Certo, aqui você pode dizer que não se justificam as ações de um psicopata, mas, neste caso, o próprio autor deixa claro que Caronte é movido única e exclusivamente em busca de vingar-se da mãe. Ora, por que ele opta pelo assassínio? Não fica claro o momento exato que Caronte mata sua mãe, apenas que foi depois da morte do pai, mas presume-se que ele já não era mais uma criança, por que, então, não simplesmente deixou tudo e foi em busca de seu sonho (excelente músico que era - ao ponto de ser perfeitamente capaz de ingressar em uma orquestra)? E, depois que o fez, por que prosseguir? Finalmente estava livre da tirania materna, ninguém suspeitava dele e tinha dinheiro suficiente para fazer o que bem entendesse de sua vida. Simplesmente não me parece coerente.

A "genialidade" de Caronte ao assassinar mulheres gordas entupindo-as de comida foi uma boa sacada. Só que não é novidade. É inevitável não associar seu método ao filme "Seven - os sete pecados capitais". Na abertura do filme em questão, vê-se o psicopata arrancar a pele dos dedos para retirar suas impressões digitais e não deixá-las na cena do crime. No primeiro crime, um homem extremamente gordo é amarrado e obrigado a comer até a morte. Certo, você pode dizer de novo, mas todo mundo recebe "influências" de outras coisas para escrever. Tudo bem então. Até aí, sem problemas, se o fato fosse bem aproveitado no livro.

Enfim, "As Esganadas" é uma história simples com ares de intelectual, que não cativa, não diverte, e nem consegue entreter.

http://bit.ly/upwWmM

Dri 07/12/2011minha estante
Ele mata as mulheres com comida? Eu achei que fossem mortes mais sérias. Fiquei com receio de ler o livro porque vi um vídeo em que o Jô lê um trecho do livro e ele trata as gordas como gulosas, compulsivas por comida... Fiquei enojada. Já que é para fazer joguinhos e torturar a vítima, prefiro mortes no estilo de 'Jogos Mortais' hehe. Sua resenha ficou excelente, parabéns!


Raphaella 08/12/2011minha estante
Mata sim, só que, na minha opinião, isso não foi bem aproveitado - não tem propriamente joguinhos, na verdade é bem superficial, mas não entrei em muitos detalhes pra não dar spoiler *O QUE VOU ESCREVER AGORA ACONTECE NO COMEÇO DO LIVRO, MAS SE VC NÃO QUER NENHUM TIPO DE SPOILER NÃO LEIA O PARÊNTESIS* (por exemplo: na primeira morte, ele droga a vítima, enfia um funil na garganta dela e despeja gelatina - depois fala que a gelatina solidifica no estômago, o que eu acho que não aconteceria). *PODE VOLTAR A LER A PARTIR DAQUI*
Sem contar que o final é bem incoerente (seria um grande spoiler comentar, mas se vc quiser saber é só dizer). Realmente, "Jogos Mortais" é imbatível nesse aspecto, dá aflição de ver hehe... mas "Seven", que eu citei, também é bom (não lembro direito dos detalhes, porque vi faz um tempão). É bem assim que o autor trata as gordas no livro mesmo, mas o detetive português, que também é gordo, não é visto desse modo... E muito obrigada! :)


Gabii 03/01/2012minha estante
Achei a resenha que retrata a minha sensação ao ler o livro. O Legal é ver o quanto de pesquisa foi feita pra enchê-lo...
O que tem de legal fica na página virada, por que só me lembro das vezes em que pensei "isso aqui não ficou muito legal..."

Acho que o livro como um todo é como as receitas portuguesas enfiadas goelas abaixo das gordas. Muita mistura e pouco sabor.


Raphaella 05/01/2012minha estante
"Acho que o livro como um todo é como as receitas portuguesas enfiadas goelas abaixo das gordas. Muita mistura e pouco sabor." Realmente :)




spoiler visualizar
lsbelini 05/05/2012minha estante
Quando for revelar o final, coloque como SPOILER. ¬¬"


Silvia 25/05/2012minha estante
Também achei um pouco chato este livro, fui com sede de ler e derramei o pote kkk


steh 25/05/2012minha estante
foi mal laís, nao vi que não tinha marcado :{




Myllena.Silva 22/02/2023

No Rio de Janeiro, na década de 30, altos embates políticos, a cultura sendo vigiada de perto, o governo de Getúlio Vargas em andamento... um assassino mata mulheres gordas. O que acho interessante na narrativa, é que já sabemos quem é o assassino, suas motivações e suas armadilhas pra pegar as vítimas, o que nos leva a acompanhar as investigações e suspeitas nem sem corretas.
O quarteto formado por Noronha, Calixto, Tobias e Diana é muito divertido e sagaz.
A estória é muito bem contada, com detalhes muito divertidos e o humor fino de Jô Soares.
Suzana.Kawai 22/02/2023minha estante
Sua resenha me deixou com vontade de reler. Sugiro "Agosto", do Rubem Fonseca. É pra não sair desse contexto histórico-policial. Conhece?


Myllena.Silva 22/02/2023minha estante
Eu li "Agosto" ano passado. Gostei muito, muito mesmo!


Suzana.Kawai 22/02/2023minha estante
Eu gosto muito desse autor.




Giovanna 22/08/2022

Uma ótima leitura
Sempre achei o Jô Soares um ótimo apresentador, e confesso que só comprei as esganadas porque achei a capa bonita (vai entender minha mente, eu tinha 12 anos), li nessa época mas confesso que era uma leitura pesada para uma pessoa dessa idade.
11 anos depois resolvi reler com a cabeça mais madura e foi a melhor decisão.
Desde o começo da leitura, Jô já nos mostra quem é o serial killer e qual a sua motivação.
O que faz com que o livro seja interessante na minha opinião, são as pessoas que vão caçar esse serial killer. Mello Noronha, um delegado ranzinza, seu funcionário Valdir Calixto que é medroso, Tobias Esteves que era investigador em Portugal mas acaba sendo expulso da polícia de lá e resolve vir para o Brasil ser empresário no ramo alimentício, e por último mas não menos importante, Diana uma linda jovem repórter.
Apesar de ser um livro meio pesado por conta dos assassinatos, Jô consegue dar leveza a ele graças a esses 4 personagens que mencionei.
Além disso, a leitura desse livro nos faz viajar na história do Brasil e do Rio de Janeiro da década de 30, além de mencionar um pouco sobre a Ascensão de Hitler no Mundo.
Foi uma leitura super gostosa, recomendo a todos.
@rafadeodato_ 22/08/2022minha estante
Amg tu com 12 anos achou essa capa bonita?


Giovanna 22/08/2022minha estante
Confesso que hoje parando pra ver, não faz muito sentido kkk. Mas eu realmente me encantei naquela época por essa capa




Wallace 13/11/2011

Não cumpre o que promete
O que é isso? Um livro de humor? Pois não achei nada, nenhum trecho, engraçado. Era pra ser suspense? Como assim? Se no primeiro capítulo ficamos sabendo quem é o assassino e o motivo de suas crueldades. Terror? Não me causou medo. Me causou nojo, ao ver aquelas defuntas misturadas com comida.. Urgh... Quando comecei a achar que poderia haver um quê de romance, decepcionei totalmente..!!!

Enfim... Entendi a história, mas não o livro. Não vi sentido em contar uma história dessas. Ficou aquela sensação de que perdi meu tempo, pois não descobri nada, não senti nada, não aprendi nada....
Raphaella 18/11/2011minha estante
É, concordo com você.


Dri 07/12/2011minha estante
Deve ser nojento mesmo misturar as mortas com comida.




mura 15/12/2011

Não sei como consegui chegar até o fim desse livro. História fraca, não prende o leitor em nenhum momento.
Bruno Ferreira 18/12/2011minha estante
Foi praticamente a mesma coisa comigo. Posso falar sem dúvida que foi uma leitura arrastada. Só não abandonei pra não dizer que não li até o fim.


Day! 27/12/2012minha estante
Mesma coisa comigo.Cheguei a abandonar o livro, mas nao queria reclamar dele sem chegar ao fim... achei que iria melhorar . Desepção!




Victor Hugo 23/10/2012

Iniciante em Jô
Gostei do livro, mas só gostei, entrei no enredo e terminei em 2 dias, me envolvi com os personagens, mas tudo muito superficial, talvez fui com muita sede ao pote, senti que o final Jô escreveu nas pressas, Caronte foi simplesmente descoberto do nada, não gostei muito mas não deixaria de recomendar, percebi forte influência de Sherlock Holmes em algumas partes. Esperava mais de Jô
Simão 01/07/2014minha estante
As esganadas me decepcionou um pouco, mas acho que foi porque li depois de O xangô de Baker Street. Recomendo este último, muito bom de verdade.




Flá Costa 16/12/2011

Resenha
Se eu tivesse que marcar uma decepção do ano, com certeza marcaria "As Esganadas", do Jô.

Sei que nunca devemos ir com muita sede ao pote e que quanto maior a expectativa maior o tombo. Mas a verdade é que diante de tanta propaganda e entrevistas eu não via a hora de ler o livro e fiquei completamente cansada a cada virar de página. Nada de muito interessante. Me arrisco a dizer mais ainda: O livro não seria nada se não fosse de Jô. Fico imaginando quantos escritores talentosos e desconhecidos são desperdiçados por aí, enquanto o mundo compra livros como o do Jô: sem sal, cansativos e insossos.

Não recomendo!
mura 23/12/2011minha estante
Você disse tudo em poucas palavras. " O livro não seria nada se não fosse de Jô".




Annie 20/04/2012

As Esganadas, por Ana Nonato.
Enredo
• Espaço: É descrito de acordo com a necessidade. Por exemplo, quando o foco do trecho é conversa entre personagens, pensamentos, sentimentos (e etc), a narração trata o ambiente de modo secundário, já que este pouco colaborará com a cena que se passa. Todavia, quando a cena se torna muito mais convincente e real mostrando-se o ambiente em que acontece (no caso dos assassinatos, por exemplo, é de suma importância), o autor não economiza palavras para deixar o leitor cada vez mais inserido naquele local.
• Tempo: É de muita importância neste enredo, possui declarações diretas (década de 1930), já que o autor mescla características e eventos da época para endossar a história.
• Personagens: Possui diversas personagens que podem ser classificadas em uma escala de 0 a 5 de profundidade de acordo com a importância das mesmas para o enredo. O assassino e os envolvidos na investigação são as mais complexas, já que aparecem mais e estão diretamente envolvidas com todos os acontecimentos da trama. As assassinadas têm um grau de complexidade variante com o espaço dedicado a elas na história (as três primeiras, por exemplo, são bem pouco complexas por somente serem mencionadas). Outro aspecto importante das personagens é que suas origens foram bem preservadas. Por exemplo, o "Esteves sem metafísica" tem linguajar e cultura próprios de Portugal; Diana possui as características físicas de uma mulher da época exceto a personalidade marcante de jornalista. Muitas vertentes médicas são utilizadas para embasar vários fatos da história, principalmente se tratando do assassino.
• Criatividade: O foco deste enredo é novo (assassinato de mulheres cujo único em comum é o fato de serem gordas e esganadas), mas a fórmula segue bem o padrão dos enredos anteriores do autor.
• Andamento do enredo: Em grande parte da história há um andamento constante, já que o leitor conhece o assassino e suas táticas, mas também conhece o lado dos investigadores. A partir da aproximação entre estes (assassino e captores), o nível de tensão adquire proporções gradualmente elevadas, tornando praticamente impossível a parada da leitura.
• Início, meio e fim: O enredo, em sua totalidade, é muito bem escrito. O início mostra o assassino e o porquê de seu ódio pelas gordas, mas não o explora em sua totalidade (isto acontece durante a história). A partir de então, vários acontecimentos da época se entrelaçam aos assassinatos (ocorridos de forma brutal, mas curiosa). Algumas características que aparecem no enredo são muito coincidentes, o que o torna um pouco surreal nestas. O final, infelizmente, não compensou toda a construção pesquisada e bem arquitetada, já que foi "mais do mesmo", um verdadeiro clichê.

Estrutura "Artística"
• Capa: O desenho de uma mulher gorda em giz estirada no "asfalto" da época é bem pertinente ao enredo.
• Diagramação: Perfeitamente organizada.
• Fontes: de tamanho excelente, fácil assimilação e leitura.
• Sinopse: Esta demonstrada acima é escrita por Luis Fernando Veríssimo e serve mais para elucidar as características "excelentes" do autor que a história propriamente dita. A sinopse encontrada nas orelhas do livro expõe demais todas as características do enredo. Em suma, duas sinopses que não se complementam e que muito pouco funcionam como deveriam (ou seja, atrair um futuro leitor em potencial).
• Enredo: é, notoriamente, completamente planejado e organizado. Todos os elementos foram bem pensados e colocados (o que só não ocorre no final que é muito simplório e previsível, contrariando todo o andamento anterior).

Estrutura Física (Materiais)
• Capa: Material agradável ao toque, permite que a lombada seja aberta razoavelmente sem se deformar. Na capa em si, pode estar sujeito a alguns vincos ou rasgos, mas nada alarmante. .
• Páginas: De cor amarelada, reduzem a intensiva reflexão de luz, auxiliando o leitor a prolongar seu tempo de leitura.

Análise
Enredo (x2): 3,92
• Espaço (x2): 4 (muito bom);
• Tempo (x2): 5 (ótimo);
• Personagens (x2): 5 (ótimas);
• Criatividade (x1): 2 (regular);
• Andamento do enredo (x2): 4 (muito bom);
• Início, meio e fim (x3): 3 (bom);

Estrutura Artística (x1): 3,44
• Capa (x1): 5 (ótima);
• Diagramação (x1): 5 (ótima);
• Fontes (x2): 5 (ótimas);
• Sinopse (x2): 1 (ruim);
• Enredo (x3): 3 (bom);

Estrutura física (x1): 5
• Capa (x1): 5 (ótima)
• Páginas (x2): 5 (ótimas)

Nota final: [2.(3,92) + (3,44).1 + 5.1]/4= 4,07 (MUITO BOM)

Gostei da obra?
Até a metade estava adorando, tudo muito bem escrito, arquitetado, milimetricamente planejado. A partir deste momento, algumas passagens se tornaram perfeitas demais, muito coincidentes mesmo, entendem? Daquelas que, quando lê, você pensa "isso só pode acontecer na ficção". Mesmo assim, a leitura continuou sendo bem agradável e divertida. O problema foi o final. Estava tão animada, tão tensa querendo saber como eles descobriam o assassino que não conseguia parar de pensar no livro. Então, o final se revelou tão clichê que eu fiquei muito decepcionada, sério. Esperava mais, principalmente depois de todo o modo como o enredo foi construído até aquele momento. Era para ter uma nota excelente, mas por essas e outras a nota caiu bastante.
Annie 01/08/2012minha estante
Se você gostou ou não gostou, comente o porquê (pode ser por aqui mesmo)! Sua opinião é de extrema importância para meu crescimento. Obrigada!




Samantha @degraudeletras 06/07/2012

Samantha M. - Word in my bag - http://wordinmybag.blogspot.com
Esse foi o primeiro livro que li do autor, fiquei com a sensação de ter feito uma ótima escolha para começar a conhecer suas obras. Um encanto só, com uma autenticidade marcante e cativante. Uma onda de assassinatos brutais às gordas na Era Vargas, Nazistas em visita ao Brasil, um investigador português (supostamente amigo de Álvaro de Campos) cobrindo o caso e o nosso gordo contando um romance fora de série que nos deixa com aquela sensação de " será que isso aconteceu de verdade ?".

Jô Soares mescla de maneira singular humor, dados históricos e um clássico caso de psicopatia em As Esganadas. Em meio a um cenário da década de 30, no Estado novo encontramos um pequeno grupo investigativo em busca de um assassino em série.
Cheio de humor, muitas vezes ácido, nos diálogos, Jô apimenta ainda mais o romance com trocadilhos interculturais e bordões próprios já relatados em seu programa.


“- O senhor é evangélico? - pergunta curioso Calixto.
- Não, sou agnóstico.
- Agnóstico? O que é agnóstico?
- É um ateu cagão - define Mello Noronha, à sua maneira "
p. 47


Envolvendo dados reais aos fictícios, o autor cria um universo mais que possível para sua ficção, com ajuda de um investigador português chamado Esteves (este seria o mesmo de um dos poemas de Álvaro de Campos) ajuda a desvendar o misterioso caso das esganadas, que deixa a polícia de mão atadas e o leitor rindo das presepadas dos personagens pitorescos.

O leitor sabe logo de início quem é o assassino e isso nos leva a loucura quando percebemos que realmente não dá para perceber quem é o assassino sem algumas informações específicas. Ao longo do thriller a trupe do ranzinzo Noronha, o impagável Esteves e o boa praça Calixto nos fazem rir em suas conversas confusas devido à diferença da língua do português e do brasileiro.
Geovane 27/07/2012minha estante
Samantha, acho que você vai se surpreender positivamente quando conhecer as demais obras do Jô Soares.

Eu gostei muito do Xangô, principalmente.




Volpato 01/01/2012

Bom Livro.
Uma história envolvente, divertida e muito criativa.


Li 06/03/2012

DESAFIO LITERÁRIO 2012 - MARÇO - SERIAL KILLER *OFICIAL*
Sinopse: Os tipos e a trama deste livro são especialmente engenhosos e através deles o autor nos dá um retrato saboroso do Rio de Janeiro no fim dos anos 1930 e começo do Estado Novo — o Rio das vedetes que davam e dos políticos que tomavam, das estrelas do rádio e das corridas de “baratinhas”. E nesse mundo em ebulição chega uma figura portuguesa, saída de um poema do Fernando Pessoa, para elucidar o estranho e terrível caso das gordas desaparecidas que… Mas não vou revelar mais nada. Um dos prazeres da literatura policial é ir acompanhando o desvendar de uma trama, levados de revelação a revelação por alguém com a fórmula exata para nos enlevar — e enredar. (...) Só posso dizer que a trama deixará você, ao mesmo tempo, horrorizado e com fome. E que depois da sua leitura os Pastéis de Santa Clara jamais significarão o mesmo.

Bom, um dos meus livros preferidos é “o xangô de Baker street” do autor... Apesar de não ter gostado do “assassinato na academia brasileira de letras”, pois achei o final alinhavado e corrido, resolvi apostar neste para tirar a prova!

Bom, ele é melhor que o da academia brasileira de letras e pior que o xangô! Tem algumas tiradas muito boas, mas não gostei muito do enredo... Muito desencontrado, muitas ramificações desnecessárias. E outra, nenhum personagem me cativou, e isso é muito importante para mim, apesar de Caronte ser muito peculiar! Como gostei muito do xangô de Baker street, me decepciono a cada livro de Jô que leio agora... Acho que “as esganadas” será minha última tentativa com os livros dele.
“A gorda chega à rua Primeiro de Março, agarrando o gigantesco éclair de chocolate com as duas mãos, como se fosse um imenso falo negro. Antes que desfira a primeira dentada na cobiçada iguaria, sua bisbilhotice é atiçada por um furgão branco fosco estacionado quase na esquina da rua. O que alerta a atenção da gorda são os diversos doces e bombons expostos numa grande prateleira que sai do veículo, e o cartaz empunhado por um homem ao lado onde se lê em letras garrafais : DEGUSTAÇÃO GRÁTIS! PROVE OS SABOROSOS PETISCOS DA PÂTISSERIE DOCES FINOS E AJUDE-NOS A ESCOLHER. NENHUMA EXPERIÊNCIA NECESSÁRIA.
Ela enfia na boca o éclair de uma só vez e se aproxima daquele Eldorado gastronômico sem saber que se avizinha da sua última tentação.”

Escolhi um serial killer de Jô pois ele sempre usa do humor, mesmo que negro, mas achei o livro sem graça a maior parte do tempo e a fusão da época (por volta de 1930) com personagens conhecidos pelo meio, como Fernando Pessoa e Hitler não deu muito certo desta vez, ao meu ver!


*http://desafioliterariobyrg.blogspot.com/*
Viquinha 11/03/2012minha estante
Hmmm, esse livro nunca me apeteceu. Minha irmã chegou a comprá-lo, mas não me animei ainda.




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