Macário & Noite na Taverna

Macário & Noite na Taverna Álvares de Azevedo




Resenhas - Macário e Noite na Taverna


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WalterGoncalves 01/08/2023

Noite na Taverna e Macário
Noite Na Taverna é destinado ao puro melodrama exótico graxento em psicopatias e depravações.
Macário é destinado ao tortuoso satanismo, ceticismo, romantismos e depravações.

A escrita de Álvares de Azevedo, é puxada ao fascínio do erudito, trajada com pragmatismo e dogmatismo.

Eu gostei!
Há quem não goste.
Não foi feita para todos!
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anonimoBR 17/01/2021

Eros e Thanatos
Obra repleta de um hedonismo tenaz batizado com diversas depravações e perversões, marcando personagens perdidos ao tentar atingir uma suposta satisfação plena, que nunca será atingida, podendo até relacionar parcialmente com a irracionalidade impulsiva do ID, instância psíquica descrita por Freud e a psicanálise, que sempre busca a obtenção do deleite absoluto, que no entanto é impossível, também havendo um interjogo interessante entre as pulsões de vida e morte relatadas também por essa abordagem psicológica.

Noite na taverna se divide em contos que se ligam parcialmente em dados momentos, há ênfase nas paixões fervorosas e perversas descritas pelos personagens ébrios.


Já em Macário há um predomínio de certa escrita filosófica, debatendo diversos aspectos da natureza humana enfatizando novamente a sua perversidade e melancolia. A única coisa que não me agradou tanto foi o segundo ato, que não foi tão imersivo e interessante quanto o primeiro, mas continua sendo, de um modo geral, uma obra excepcional e riquíssima.
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Isabelalalala 29/10/2023

Macário + Noite na taverna foi uma leitura interessantíssima! Sempre tive uma curiosidade enorme para ler algum livro do Álvares de Azevedo e a experiência foi agradável. Exige paciência, ler com bastante calma para captar de fato todos os detalhes do que está acontecendo. Caso contrário, vc se pega lendo e não absorvendo nada, precisando voltar tudo de novo.
Os temas mais variados e caóticos possíveis em diversas histórias. Azevedo é criativo e extremamente fiel à segunda geração romântica, aquele drama e melancolia fortíssimos. É uma leitura rápida e confortável.
3,8??/5! - bom demais.
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Karina Paidosz 19/10/2021

E o ceticismo não tem a sua poesia?... O que é a poesia?
Eu achei incrível como essa obra, com pequenos contos, consegue ser trágica, poética, lírica, filosófica e ultrajante.

" SATÃ

Isso de mulheres, nem eu, que sou o Diabo, as entendo. Quem entende o vento, as ondas, e o murmurar das folhas? A mulher é um elemento.
A santa mais santa, a virgem mais pura, há instantes em que se daria a Quasímodo; e Messalina era capaz de enjeitar Romeu ou Don Juan. Mas enfim..."
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Maria.Solar 23/01/2024

Ultrarromantismo em sua essência
O livro é muito interessante, principalmente para as pessoas que buscam estudar mais sobre esse movimento literário.
Apesar de ter pouquíssimas páginas, consegue abordar temas como: Necrofilia, abuso sexual, canibalismo, entre outros assuntos super convenientes e agradáveis para uma tarde em família...
Achei a escrita bem rebuscada, obviamente pela época em que foi escrito, né... Mas mesmo assim não foi uma experiência ruim. Os tópicos abordados não são confortáveis, entretanto estava lendo para estudo, então valeu a pena!
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Renata 18/06/2023

Muito ruim
Livro muito ruim - terminei na força do ódio. Vários momentos tive vontade de fechar o livro e dar como lido kkk

Noite na taverna: possui várias histórias doidas, onde as mulheres são tratadas como objetos sem vontade própria e não dignas de respeito (nem na morte!!) Péssimo

Macário: história doida sem pé nem cabeça, personagens chatos e dramaticos ao extremo.

A impressão que ficou é que Álvares de Azevedo era um adolescente "emo" que não teve tempo de amadurecer sua obra
Lydiane3 19/06/2023minha estante
???????


Lydiane3 19/06/2023minha estante
porém, escreve muito bem! só as histórias que... nossa! se ele não tivesse morrido cedo... ?


Renata 19/06/2023minha estante
?????




nflucaa 05/06/2024

O caráter taciturno e mórbido é dominante
Acho que eu teria amado essas duas obras na adolescência. Não que agora não goste, longe disso. Gostei bastante, mas não sou mais de tanto impressionável como era.

Nessa edição que li da editora Nova Fronteira, a qual não indico (se forem ler, leiam a da editora Globo), não há nenhuma nota de rodapé, nenhum tipo de material suplementar. E acredite, Alvares de Azevedo quis mostrar TODAS as referências que ele conhecia, sobretudo no início de ?Noite na taverna?. Daí, portanto, o alto ganho em ler em uma edição que tenha um bom material suplementar, como a já citada edição da Globo. Até mesmo a ordem da leitura, a meu ver, é melhor na da Globo, que traz ?Macário e Noite na taverna?, já que, é possível especular, o fim do primeiro é o início do segundo.

Ambas as obras são ótimas representantes do ultrarromantismo, contendo as características próprias ao movimento: a atmosfera lúgubre e sombria, taciturna até, predominantemente melancólica. O egocentrismo exasperado e as tendências depressivas são marcantes. O caráter geral é mórbido, remetendo muito ao gótico.

Enfim, ?Noite na taverna? traz relatos das peripécias amorosas (e sexuais) de um grupo de amigos que está reunido numa taverna em uma noite de bebedeira. Cada relato é pior que o outro, envolvendo verdadeiros absurdos, como antrop0f4g14, 3stupr0, n3cr0f1l14, inc3st0, etc. Todas as histórias envolvem um fator bizarro algum tipo de absurdo. Alerta, as mulheres são meros objetos dos desejos dos homens aqui, mesmo quando amadas, são amadas enquanto objetos de desejo. É um livro filho de seu tempo, afinal. Vale a pena ler? Bem, acredito que vale. Parece coisa de emo depressivo, então se te apetece, vai fundo.

?Macário? eu gostei bem mais. Aqui temos o jovem Macário tendo como guia e tutor o próprio cramulhão, o diabo em pessoa. Macário é dado aos excessos, às concupiscências. É curioso ver aquela velha trama, já presente em Werther e sua Lotte, nos delírios do sonhador com sua Nástienka, e em tantos outros, da paixão por uma mulher dilacerando o coração dado a excessos. Bem, Macário, ao contrário dos dois que citei, não tem um fim trágico e tristonho, mas continua desregrado: afinal, o capeta é seu guia! Há alguns diálogos morais legais nessa novela, vale muito a leitura.

Ahhh, um adendo: Álvares de Azevedo claramente gostava de escrever pomposamente, então ele usa a segunda pessoa do plural sempre, aquela coisa do ?vós?. Acho enfadonho, mas tô habituado por conta da Bíblia Almeida. A linguagem aqui pode constituir uma barreira, ele usa muitas palavras incomuns para nós. Mas vale o esforço.
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Gabs 09/06/2020

Clássico
Em um livro conjunto que traz as duas principais obras da escrita do maior representante do ?mal do século?, Noite na Taverna e Macário, Álvares de Azevedo incorpora o byronismo, o sofrimento, o desejo e a visão da mulher como inalcançável e inatingível, sem nunca deixar de representar reflexões a respeito da religião, dos valores da época, do julgamento divino e da morte e do sonho como fuga.
A linguagem é rebuscada, mas o entendimento é fácil; a leitura é rápida (na medida do possível), contando com apenas 40 páginas (em média) cada livro.
Indico pra quem quer conhecer esse tipo de escrita mais reflexiva e afetada e que gosta de algo obscuro e tenso, marca dos contos de Noite na Taverna.
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Vi2 30/05/2020

Chocante
O contos presentes nesse livro me atingiram desprevenido. Eu esperava outro assunto abordado nos contos, porém, não fiquei assustado, ou ofendido, ou enojado. Foi justamente o contrário, foi isso o que me amarrou aos contos.
São contos curtos, rápidos de serem lidos e cada um é mais pesado que o outro. Leitura sensacional.
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Sebo Gato Bibliotecário 04/03/2022

Número 2
Álvares de Azevedo é dono da cadeira número 2 da Academia brasileira de letras, só não escreveu mais livros porque morreu jovem por tuberculose aos 21 anos. O tema de suas publicações são morte, suicídio, orgias, melancólia, mulheres, vinho, amor e outros sentimentos, sendo autor obrigatório para a literatura gótica. "Macário" trata de uma peça de teatro dividido em dois episódios, o primeiro episódio onde o protagonista, chega em uma estalagem para descansar após uma longa viagem. Um desconhecido chega depois a ambos conversam a noite toda. O segundo episódio, Macário está na Itália e conversa com seu amigo penseroso. Conheci Álvares de Azevedo no ensino médio, atrás do livro de português da escola, no livro tinha um trecho do capítulo de "Solfieri", de outro livro do autor, "noite na taberna". Neste livro, cada capítulo é um personagem contando a sua história. Uma pena que Álvares de Azevedo morreu cedo (ainda não li "Lira dos 20 anos). Como essas dois contos são curtos, a editora Nova fronteira, fez uma única edição com as duas histórias, e acabei comprando porque não conhecia a peça "Macário", e não sabia que era uma peça de teatro, fui saber quando abri o livro, pensei que era na forma de conto.
nath191 04/03/2022minha estante
Eu já vi trechos de Macário mas não sabia que era dele.
Noite na taverna eu li e sim, Álvares de Azevedo foi (e com certeza seria muito mais) um escritor fenomenal??




Leonardo Felix 28/01/2021

Muito bom
Escrito pelo mestre no goticismo literário Álvares de Azevedo. A vida de universitário de direito, regrada à saideiras, bebidas, sexo, experiências literárias e filosóficas e reflexões metafísicas, conversas intelectuais com amantes da língua alemã, o próprio Álvarez estudioso do idioma germânico, tudo se fez presente na vida do autor, morto precocemente aos 21 anos, mesmo caso de vários escritores góticos brasileiros ou até pior, como Cruz e Sousa que assistiu aos filhos morrerem, um a um de uma forma ou de outra até chegar o seu próprio momento de partida. Toda a atmosfera niilista e melancólica permeia o romance e a vida dos personagens. Supõe-se que os crimes mais nefastos narrados como incesto seguido de fratricídio foram inspirados em casos reais vividos pelo escritor e companhia. Uma pérola das histórias góticas, gênero genial, porém infelizmente com poucos adeptos e produções. Ou felizmente pois isso conserva a qualidade, o que não poderia ser garantido se virasse "modinha".

A premissa é simples: 8 amigos, inspirados no Álvares e nos campanheiros se reúnem na taverna(equivalente ao bar no Brasil do Século XIX) de preferência do bando, estudantes e intelectuais para fazer o padrão: beber e conversar com o adiocional de que cada um deve contar uma história, da maior proporção sinistra possível e revelar os lados mais obscuros que habitam neles. É proibido mentir. A partir daí acompanhamos contos dentro de um romance de uma forma que só o gótico proporciona.

E Macário, não menos importante, numa vive meio Fausto, um estudante tem encontros com o diabo em pessoa produzindo dialógos bem interessantes com encontro de pontos de vista, narrado com uma linguagem bem primorosa e culta.
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Pedro Schabarum 23/12/2021

Noite na Taverna
Gostei das histórias contadas pelos personagens, mas de qualquer forma não me prendeu totalmente. Porém nem sempre podemos contar que um livro seja totalmente do nosso agrado, nem que estejamos lendo em um momento que conseguimos captar sua essência.
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Lima 05/03/2022

"mas é a ironia mais amarga, a decepção mais árida de todas as ironias e de sodas as decepções. Tudo isso se apaga diante de dois fatos muito prosaicos ? a fome e a sede."
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Leila de Carvalho e Gonçalves 13/07/2018

Obra Póstuma
Nascido em 1831, Álvares de Azevedo morreu aos vinte anos de tuberculose, legando uma obra pequena, de inquestionável qualidade e que só veio a público postumamente.

"Macário", considerado seu melhor texto, é de difícil classificação, oscilando entre teatro, diário íntimo e narrativa. Nitidamente romântico, divide-se em dois episódios: no primeiro, é apresentado o encontro entre o protagonista e Satã que o leva para conhecer uma cidade grande (talvez São Paulo da época de acordo com estudiosos); já no segundo, ambientado na Itália, entra em cena Penseroso, um jovem melancólico em busca de um amor virginal que acaba cometendo suicídio.

Curiosamente, no desfecho, Satã leva Macário, amigo de Penseroso, para admirar uma cena onde cinco amigos dormem após uma noite de orgia. Esse é o cenário de "Noite na Taverna", uma seleção de sete contos de Azevedo. Por esse motivo, é frequente os dois textos aparecerem reunidos numa mesma edição.

Acredita-se que "Macário" e "Noite na Taverna" fizessem parte de um único projeto que o escritor desmembrou ou não chegou a concluir. Girando em torno do amor e da morte, essa coletânea exibe relatos sobre necrofilia, incesto, assassinato, canibalismo e várias formas de loucura. No entanto, ela não envereda para o sobrenatural, mas para o extravagante, repleta de debates filosóficos.

Original, "Noite na Taverna" sofreu forte influência de Hoffman e Byron, por conta de sua abordagem mórbida e decadente. Vale mencionar que esse não era o mundo de Azevedo, um jovem instruído e de boa família que, precocemente doente, vivia distante da depravação. Portanto, todos esses assuntos foram introjetados em sua obra através da leitura, fato que surpreende pela naturalidade que sabe manejá-los.
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