Diário da queda

Diário da queda Michel Laub




Resenhas - Diário da Queda


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Douglas.Soares 07/11/2020

Longe de ter sido um texto fácil. Muito menos rápido (e são poucas páginas). Terminei após muitas pausas reflexivas, e só fluía alguns trechos por dia. Tem muitas perguntas e respostas que não vão muito além. Mas, é curioso como ele se desenrola com tão poucos elementos, e como resume que uma vida toda pode ser pautada por um ato infeliz da juventude.
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Bruna Beatriz 23/10/2020

Comovente porém..
Senti falta de mais detalhes, a história do livro em si é boa, porém não me prendeu.
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NegrALANE 13/05/2020

Sem ar
Diário da Queda é sobre a experiência humana. Ou sobre a inviabilidade da experiência humana em todos os tempos e lugares. É ao mesmo tempo uma leitura de uma experiência íntima (por que contada em primeira pessoa, abordando sinceramente acontecimentos que ajudaram a formar quem é o personagem) e global (por que fala de holocausto, Aushwitz, casamento, família, alcoolismo, etc...).
Ele fala de seu avô um sobrevivente de Aushwitz que veio viver no Brasil, de seu pai e a influência que a vida do pai deste (avô do personagem-narrador), sua e de João, um colega não judeu da escola. O livro aparentemente vai abordar a queda de João em que o personagem está presente com outros colegas e que leva a diversos desdobramentos, mas ao final é muito mais. É sobre como certas experiências têm a potencialidade de moldar a vida de cada um.
Em diversos momentos senti vontade de dizer ao personagem que dialogar, pedir desculpas, perdoar e se perdoar ajuda a seguir. Mas é inevitável. É sobre como a vida é avassaladora e o quando somos pequenos diante dos acontecimentos. É sobre a impossibilidade da experiência humana em todos os tempos e lugares. É sobre paralisa diante dessa constatação ou seguir apesar dela.
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Gustavo Aranha 01/05/2020

Livro muto descritivo
É um livro com uma temática excelente, no entanto, ao meu ver, carece de elementos narrativos, o que deixa a leitura por vezes cansativas e arrastada. Mas, é um livro que precisava ser escrito, traz importantes reflexões a cerca da construção da masculinidade, como nós homens não conversamos uns com os outros sobre sentimentos e como isso afeta a nossa vida. Além de trazer o peso do holocausto e como isso modificou profundamente a vida das personagens.

site: https://www.instagram.com/narrativasdoaranha/
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Cândida Bernardi 01/05/2020

"...porque se Auschwitz tivesse matado uma única pessoa por causa de etnia ou religião a simples existência de um lugar assim poderia ter a mesma gravidade..."
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

Diário da queda, Michel Laub - Nota 8,5/10
Esse foi o segundo livro que li do autor @michellaub , e que, na minha opinião, é um dos melhores escritores nacionais contemporâneos. Assim como em O tribunal da quinta-feira, nessa obra o autor construiu uma narrativa extremamente atual, que gera reflexões, mas sem perder seu tom de ironia característico. Diário da queda é um livro de memórias de três gerações. Um avô, vítima de Auschwitz, que se recusa a falar do passado; um filho criado com os fantasmas do nazismo e que faz desse assunto sua obsessão; e um filho em conflito com sua herança cultural judaica e que sofre com uma difícil relação paternal. A história, construída em forma de lembranças, é contada a partir do fluxo de consciência do neto e tem como ponto inicial um episódio traumático ocorrido em sua infância. É uma obra curta e fácil de ler, mas que aborda temas extremamente complexos, principalmente em como os traumas de infância e conflitos familiares podem influenciar a formação do indivíduo. O autor entrega o que promete: um diário de memórias e quedas, sejam elas vividas ou ouvidas, escrito para as próximas gerações.

site: https://www.instagram.com/book.ster
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Fabiana 23/02/2020

Conflitos humanos
Neto de um sobrevivente do Holocausto. Filho único de um empresário gaúcho que agora se depara com as doenças da velhice.
O autor guia o leitor por momentos que foram marcos na vida de seus antepassados e na sua, como o ?acidente? com João, seu colega de classe e as consequências disso em sua vida de adolescente judeu em Porto Alegre.
Com ar de um relato pessoal, temas como antissemitismo, bullying, alcoolismo e relação entre pai e filho são abordados.
Em capítulos subdivididos em períodos longos e numerados, que lembram um pouco o estilo de Saramago (inclusive sem nomear a maioria dos personagens da obra), o autor compartilha suas vivências, contudo sem a ironia do mestre português.
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Ocelo.Moreira 14/01/2020

Memórias Fragmentadas
Ficção e realidade se misturam nesse livro escrito de maneira simples e impactante. O livro se trata de uma reflexão pelo próprio autor a partir dos seus 13 anos.

Tal reflexão perpassa três gerações onde sua história parece ser uma só, apenas parece, mas são lembranças que se juntam de forma fragmentada.

O livro na verdade é uma viagem inusitada pela memória de um homem no momento em que ele precisa fazer a escolha que mudará para sempre sua vida.

Esse é o segundo livro do autor que leio, o primeiro foi "A maçã envenenada", muito bom também. Mas gostei um pouco mais desse por ser mais direto e conciso.
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Michele 19/09/2019

LEITURA FEITA AO ACASO PARA ENTRAR NOS PREFERIDOS DO ANO
Diário da Queda foi um livro o qual me aventurei ler sem ter ideia do que ia encontrar. Acabei lendo rapidamente em um fim de tarde/ início de noite. A narrativa, toda fragmentada em parágrafos numerados, acabou me levando no embalo da vida deste narrador/personagem tão interessante quanto dinâmico. O protagonista recorda os fatos da sua vida que o fizeram ser a pessoa que ele é na atualidade. Aos treze anos, juntamente aos colegas de escola, causou o acidente de um outro garoto, João. O sentimento de culpa o fez buscar a amizade do colega. Durante a narrativa vai descobrindo a história do avô que passou por Auschiwitz, do pai que tragicamente encontrou o avô morto e, aos poucos, vai montando sua própria história.

site: https://youtu.be/25tsEPqm5Y0
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Rodrigo1001 11/08/2019

Impactante e confessional (Sem Spoilers)
Uma das principais vozes da literatura brasileira contemporânea, Michel Laub é um escritor e jornalista gaúcho autor de oito livros publicados em treze países e dez idiomas. Leitura obrigatória do vestibular da UFRGS, Diário da Queda narra histórias de três gerações de uma mesma família - filho, pai e avô - que lidam de modos distintos com suas memórias, dilemas e conflitos.

Já nas primeiras páginas, o filho, que é o narrador principal, adianta para o leitor o tom em torno do qual o relato orbitará: um tom íntimo, confessional, particular. A memória é o que constrói a narrativa de "Diário da Queda" e a maneira como o enredo é construído coloca o leitor no papel de confidente. Você está lendo um diário, quase como um invasor, pois não há convite prévio.

Talvez seu ponto mais forte, os três personagens principais são muito bem construídos e terrivelmente críveis. Perpetuamente marcado pelo seu passado, os dramas do narrador principal transportam o leitor para as relações dessa família, em um compasso cadente e intempestivo.

O livro é muito bonito, apesar de toda a dor que carrega. A escrita de Michel Laub é contundente, com frases longas, sintaticamente trabalhadas, que adia por alguns momentos o clímax do enunciado, e a trama desemboca em um desfecho inesperado e trágico-barra-bonito.

Dito isso, esse não é um livro para todos. Como ele não entrega tudo de bandeja, cabe ao leitor interpretar algumas passagens para entender, de fato, o que se passa ali. Não é um livro Walita, que simplifica a vida. Mostra, pelo contrário, as entranhas de um relacionamento familiar conturbado, como muitos dos relacionamentos que vemos por aí. O autor se utiliza da repetição para realçar os sentimentos do narrador e deste para outros personagens. Há uma espiral de remorso, medo, arrependimento e desorientação que requer um certo olhar atento ao que não está escrito, ao que está nas entrelinhas.

Então, se você tem facilidade pra entender e gosta de livros que não entregam tudo de bandeja, esse livro vai te agradar. Se você se interessa por temas como judaísmo, alcoolismo, paternidade e relacionamento, também vai gostar.

Por fim, me pareceu claro o esforço do autor de não querer somente contar uma história de reavaliação da vida numa situação-limite, como se a perspectiva do fim de alguém próximo nos fizesse ver o quanto tudo o mais é desimportante. O livro vai além disso e me deu muito o que pensar.

Ironicamente, um dos pilares da narrativa é a relação do narrador com seu pai.

Hoje é dia dos pais.

Dia em que os tentáculos da saudade me agarram com potência máxima.

Os tentáculos desse livro, que me deu imenso prazer na leitura, ficarão comigo por um bom tempo também, até tirá-lo novamente da estante.

Pela lindeza de livro e sua profundidade, leva 5 de 5 estrelas.
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Aurélio prof Literatura 26/07/2019

Pode o perseguido se tornar o perseguidor?
[15:23, 26/7/2019] Aurelio : Diário da queda é uma narrativa contada por um jovem rapaz que é descendente de judeus e participa de um quase homicídio. Um de seus colegas de classe é jogado para cima por outros estudantes da mesma sala para comemorar sua passagem de ano - o aniversariante fazia 13 anos. Tal forma de comemoração é proveniente da cultura judia onde o aniversariante é jogado para cima até contabilizar o número de anos que fará na passagem de seu aniversário. O adolescente, chamado João, não é amparado pelos colegas na 13º vez, cai e fratura seriamente suas costelas, o que quase o deixa paralítico não fossem as cirurgias feitas bem como as fisioterapias. Além disso, o narrador conta a difícil relação que teve com o pai. Pois eles não se comunicavam muito bem, e tal falta de interação já vinha da época do avô que também não se comunicava com o pai do narrador, porque o avô paterno tinha sido um prisioneiro nos campos de concentração de Auschwitz, na Polônia. O genitor passa a contar sobre a vida do avô (o que é possível lembrar), bem como a referência ao campo de concentração de Auschwitz. Porém, como se tratam de gerações diferentes, o narrador parece não dar a mínima importância para o que o avô vivenciou até descobrir por si só o que era ser realmente judeu (na 2ª escola dele, o narrador é perseguido pelos colegas). Ao ir narrando sua vida e o relacionamento com o seu pai o narrador tenta entender o que aconteceu em Auschwitz, pois as informações são colhidas no diário - cadernos - do avô, mas sem muitas informações precisas do que de fato aconteceu lá. Tais informações não são elucidativas visto que fica nas entrelinhas que devido aos horrores vivenciados pelo avô no campo de concentração, ele não conseguiu por no papel o que testemunhou nos anos em que fora prisioneiro. Outra questão que é vista na obra é que o narrador quando estudava na sua primeira escola, que era voltada para judeus passou a perseguir e a maltratar o colega de classe chamado João. E o autor põe em debate e reflexão que o perseguido pode em determinado contexto vir a ser o perseguidor. Depois que o narrador deixou João cair e se machucar gravemente, ele começa a avaliar a crueldade a que chegou e começou a refletir que o seu avô fora perseguido, preso e quase morreu em um campo de concentração, enquanto o neto vivia em condições relativamente boas (seu pai era de classe média), perseguia e maltratava um colega não judeu de sua sala. Para tentar esquecer o que foi descobrindo sobre o avô, sobre Auschwitz e sobre João o narrador começa a beber.
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