DêlaMartins 18/12/2020
Li esse livro em 2018 e, agora em 2020, depois de ler O tribunal da quinta-feira e Maçã envenenada do mesmo autor (Michel Laubb), retornei ao livro. Gostei de todos os livros, mas Diário da queda é meu favorito.
A narrativa é bastante reflexiva, escrita de forma diferente (itens), bastante envolvente. O narrador conta sobre sua relação com o pai e com um "amigo", fatos isolados, mas fortes, que permearam toda sua vida. O avô, sobrevivente de Auschwitz, que teve uma relação complicada e ausente com o filho (pai do protagonista). O pai que teve uma relação difícil com o filho, mas diferente da que teve com seu próprio pai. E um"amigo", uma festa, uma brincadeira de mau gosto. Tudo isso junto, gera uma série de ações, atitudes, modo de vida do narrador, sobretudo sobre seus casamentos. O livro mostra os impactos, exageros, percepções e, no final, as coisas se esclarecem e se encaixam, deixando claro que o que sempre foi considerado importante deixa de sê-lo e vice-versa. Muito bom!