A sangue frio

A sangue frio Truman Capote




Resenhas - A Sangue Frio


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Marina 13/10/2023

O horror e o fascínio pelo True Crime
“Matar é fácil - muito mais fácil do que passar um cheque sem fundos. Lembre-se: eu só tinha conhecido os Clutter mais ou menos uma hora antes. Se eu conhecesse aquelas pessoas de verdade, acho que o meu sentimento seria outro, e talvez eu não conseguisse viver em paz comigo mesmo. Mas da maneira como aconteceu, foi a mesma coisa que praticar numa galeria de tiro ao alvo”.

Para pessoas comuns é muito difícil aceitar essa frieza e falta de sentimentos em casos com homicídios tão sinistros. Talvez seja por isso que os filmes, séries e histórias de True Crime despertam tanta curiosidade - é uma tentativa de entender como e o porquê uma pessoa pode agir da forma que os assassinos de A Sangue Frio agiram. E é isso que o Capote faz muito bem: ele contextualiza de maneira brilhante todo o acontecimento do assassinato da família Clutter com a história de vida dos assassinos. E apesar do escritor ter sido alvo de críticas, não senti em nenhum momento que ele foi parcial ou que quis justificar as atitudes dos culpados, mas apenas explana de maneira muito detalhada como esses dois criminosos chegaram até ali. O texto de Capote não me fez ter simpatia pelos réus pela vida que tiveram, mas ajudam a entender a razão de pessoas como Dick e Perry dar tão pouco valor à vida humana.
Uma leitura maios que recomendada para quem se interessa pelo gênero.
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gabrielleabr_ 06/10/2023

Dissecando a história de um crime
"A Sangue Frio" nos traz uma visão completa de como um crime nasce e morre. Começou por ganância e terminou em crueldade. Capote narra começo, meio e fim de como as vidas da família Clutter, e de vários habitantes da cidade de Holcomb, no Kansas, se cruzaram às vidas de Perry Smith e Dick Hickock.

Para além do impacto do crime na vida de cada um, acredito que ele tentou acessar as motivações mais íntimas dos dois criminosos. É daí que vem parte das críticas a Capote, por trazer tanta humanidade a Smith. Alguém que, pelo que fez, desconfiamos se é, de fato, um ser humano.

A leitura é fluida, embora carregue muitos detalhes, justamente porque Capote consegue fazer com que cada um deles tenha um significado dentro da narrativa.

As últimas páginas, na minha opinião, é o que de fato vale a leitura. Depois de páginas e mais páginas de expectativa, terminamos lendo os perfis psicológicos dos dois criminosos, e beiramos na ideia de uma explicação para tudo o que aconteceu.

Esse livro é um marco da não-ficção e tem motivo para isso. Espero que a leitura não drene parte da fé na humanidade que você possa ter. Porque, a mim, drenou.
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henriqueboaventura 25/09/2023

A origem dos podcasts de true crime
Se você, jovem ou iniciado no mundo dos podcasts, adora um episódio do estilo True Crime (ou Crime Real) provavelmente você deve um bocado a Truman Capote e a esse livro. Tido como um dos primeiros romances criminais baseados em uma história real. O livro tem uma linha temporal interessante, apresentando a família Clutter (vítima do crime), o que ela representava para a sociedade e intercalando essa descrição vemos como a vida dos criminosos seguiu depois do crime, até que as duas narrativas se encontram e ficamos sabendo como que se desenrolou toda a fatídica noite e a motivação da dupla assassina. Não é meu gênero favorito, mas é fácil entender porque é um clássico.
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Aline 24/09/2023

True Crime
Jornalismo literário ou romance de não- ficção (como sugere o autor), o fato é que o livro é muito bem escrito, com um relato que, a despeito de pender para algum dos lados vez ou outra, traça um perfil psicológico dos criminosos e também, digamos assim, da mentalidade local (ou do homem branco norte-americano temente a Deus).
A leitura é envolvente e fluida. Além de extremamente impactante, convidando-nos, os leitores, a uma reflexão sobre a sociedade e o seu moralismo, por vezes, perverso...
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Maria 24/09/2023

Que escrita tinha Capote. Ela te pega e faz querer continuar a leitura. Em relação ao tema para quem se interessa pelo assunto de crimes vai gostar muito. Mas o que mais gostei no livro foi como ele deu uma perspectiva para cada pessoa que ele entrevistou. Claro que a veracidade da história é complexa, mas acho interessante a forma que ele construiu a narrativa.
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Margô 21/09/2023

DENTE POR DENTE.
A princípio, não me interessava em ler nada de que fosse assinado por Capote...em algum momento a má informação bateu de forma errônea na minha obstinada afeição pela leitura.

Mas eis que participando de grupo de leitura compartilhada, Oblíquas e Dissimuladas, está na programação do semestre, o título, A Sangue Frio, autor? Truman Capote. Não deu outra...encarei a leitura, li , e... gostei bastante!!

O gênero, se foi ele ou os saxões que inaugurou, não importa. Importa dizer que o tal do jornalismo literário ou não ficção é surpreendente! E mais surpreendente é a narrativa de Capote.
Eu diria que é uma proeza literária difícil de ser superada.
O autor escreve sem nenhum momento deixar transparecer que entrevista alguém, ele coloca os peões no tabuleiro, e o jogo começa em um intricado movimento de personagens que se despem , se apresentam no que fazem , como são, como vivem, e os que além desses aspectos, tem os que entram na apresentação de como morreram e como mataram.

É uma viagem para as cabeças dos criminosos, Dick e Perry, de forma que o leitor conheça os que estes viveram , e até a motivação do crime.
São histórias bizarras e estarrecedoras.
E assim a gente vê uma inclinação do relato pousando na compaixão por Perry. Rapaz de vida difícil, com uma família totalmente desfacelada , e abusado pelas instituições que o reteve por anos confinado em locais de "acolhimento"; O outro, Dick, também é um rapaz da pá virada , porém, oriundo de uma família simples , modesta, que não contribuiu para a delinquência do rapaz. Um psicopata... Os dois.

A narrativa é impecável , avança de forma progressiva, sem pontas, sem dúvidas, mas que é bastante perturbadora.
Não conseguia ler sem pensar no lado obscuro da personalidade humana.
Quem é quem , no nosso entorno?
O que é ser normal?
E o que pensar quando um sociopata pensa que tem algo errado na cabeça dele, ou deles, por tirarem a vida facilmente de quatro pessoas, de forma injusta e covarde .

Truman Capote, sucumbiu ao trabalho que lhe roubou a alma.
Ele deveria sofrer de alguma perversão...( sou leiga no assunto!). Mas , como poderia um homem dito normal apaixonar-se por um pobre diabo que matara 4 pessoas, a Sangue frio?

Quer um conselho? Leia. Se gostas de textos bem construídos e um bom roteiro viciante...Este é o livro.
Daniel 22/09/2023minha estante
Leia Bonequinha de Luxo! O filme com a Audrey Hepburn foi baseado nele, mas é outra coisa! Leia!




Carla.Ligia 14/09/2023

É um livro bom
Em geral não gosto de jornalismo literário. Acho que o viés do jornalista é sempre muito claro e indica um "único" caminho possível.
Mas o Capote consegue seguir uma linha bem boa sem colocar muitas opiniões até a última parte.
Embora haja muitas insinuações por parte dos comentaristas sobre a sexualidade do autor e do seu relacionamento com um dos réus, Smith, não senti nada disso no texto.
Exceto que nas páginas finais ele para de se referir a Smith e passa a dar voz a Hickook.
Enfim, achei o livro bom.
Recomendo para quem gosta do gênero já que dizem que esse foi o primeiro.
Margô 21/09/2023minha estante
Estou concluindo a leitura. Me admirei da genialidade da narrativa. Sem lirismo, com um forte viés da oralidade dos entrevistados, e o que considero uma grande proeza literária. A respeito da críticas à Capote, no meu ponto de vista, nada lhe retira a qualidade literária que ele nos presenteou.
Super indico!


Carla.Ligia 21/09/2023minha estante
Ele escreve muito bem, fiquei envolvida do começo ao fim.


Margô 21/09/2023minha estante
Duas!!! ????




Mariana Rodrigues 10/09/2023

A Sangue Frio
O americano Truman Capote foi um escritor versátil: produziu textos de qualidade em vários gêneros (contos, peças, reportagens, adaptações para TV e roteiros para filmes). Mas sua grande obra foi o romance-reportagem A sangue frio, que conta a história da morte de toda a família Clutter, em Holcomb, Kansas, e dos autores da chacina. Capote decidiu escrever sobre o assunto ao ler no jornal a notícia do assassinato da família, em 1959. Quase seis anos depois, em 1965, a história foi publicada em quatro partes na revista The New Yorker. Além de narrar o extermínio do fazendeiro Herbert Clutter, de sua esposa Bonnie e dos filhos Nancy e Kenyon - uma típica família americana dos anos 50, pacata e integrada à comunidade -, o livro reconstitui a trajetória dos assassinos. Perry Smith e Dick Hikcock planejaram o crime acreditando que se apropriariam de uma fortuna, mas não encontraram praticamente nada. Perry era um sonhador. Teve criação conturbada e violenta, e achava que a vida lhe tinha dado golpes injustos. Dick, considerado o cérebro da dupla, queria apenas arrebatar o dinheiro e desaparecer. Presos e condenados, ambos morreram na forca em 1965. Publicado no mesmo ano da execução dos assassinos, A sangue frio rapidamente se tornou um sucesso de crítica e vendas, rendendo alguns milhões de dólares ao autor. A intensa relação que Capote estabeleceu com suas fontes foi determinante para o êxito da obra. Além de passar mais de um ano na região de Holcomb, investigando e conversando com moradores, ele se aproximou dos criminosos e conquistou sua confiança. Traçou um perfil humano e eloqüente dos dois "meninos", como costumava chamá-los. Por seu estilo que combina a precisão factual com a força emotiva da criação artística - um romance de não-ficção, nas palavras do próprio autor -, A sangue frio é um marco na história do jornalismo e da literatura dos Estados Unidos. Reflexão sutil sobre as ambigüidades do sistema judicial do país, o texto desvenda o lado obscuro do sonho americano.
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isa godoi 09/09/2023

True crime
Fui sem expectativas e sai com uma ótima experiência de leitura. A construção dos personagens desse crime horrível, desde a família Clutter, os assassinos até aos habitantes da cidade do interior, fazem esse livro ser irresistível, sem possibilidade de parar de ler, pois, a cada página virada, entramos mais no íntimo da atmosfera vivida pelas pessoas na ocasião do crime.
A forma como foi escrito, trazendo a tona o novo gênero do jornalismo literário, utilizando a objetividade dos fatos com os recursos literários, apresenta cenas vívidas e personagens reais interessantes (com passado, motivações, traumas, virtudes e erros), tornando o envolvimento do leitor com os fatos a peça chave da trama.
Margô 21/09/2023minha estante
Concordo com a sua valiosa análise...Pena que Truman entrou em parafuso após a escrita desta obra...queria mais livro do autor, bem nessa linha que ele se considerou o mentor!




gabriella12 25/08/2023

O erro foi meu?
Não li a sinopse mas sabia que se tratava de assassinato, assunto que eu amo ler, tanto de ficção como não-ficção, porém eu não sabia que A Sangue Frio era uma não ficção, se eu soubesse com certeza leria com outros olhos.
Tendo em vista que li como uma ficção eu acabei achando a leitura cansativa, não entendi porque tinha pontos e personagens (que agora sei que são pessoas de verdade) que o autor se aprofundava demais e também eu não conseguia me conectar com o livro.
Agora que ja terminei e descobri que era um relato verdadeiro, me arrependi de não ter lido a sinopse, teria aproveitado muito a leitura.
Ps: tinha achado genial o laudo do psiquiatra e me peguei surpresa de como esse campo da psicologia tava avançada para a época
Margô 21/09/2023minha estante
Cansativa?? É justamente a narrativa atrativa que me fez render-se à leitura por dias a fio...Mas é isso, cada leitor ler com olhos diferentes. Viva a diferença!!


gabriella12 21/09/2023minha estante
eu achei cansativa porque nao sabia que era não ficção, achava meio sem sentido do nada focarem num personagem


Margô 21/09/2023minha estante
Ah tá. Compreendo ??.




julia 12/08/2023

Otimo
Merece toda a fama que tem. descreve tudo no menor detalhe possivel e é uma trama q prende muito, especialmente depois de pesquisar os personagens e crimes na vida real
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Mare 11/08/2023

Uma não ficção com cara de ficção
Como jornalista, esse livro é uma leitura obrigatória, uma fez que é considerado a primeira obra do chamado ?New Journalism? ou jornalismo literário/romance de não ficção, que é quando se mistura a narrativa jornalística (factual) com elementos da literatura.. um estilo que me agrada e muuito.
Por isso, em alguns momentos foi difícil entender que tudo aquilo era real e não inventado.

Bom, dito isso vamos pra história.

Riquíssima em detalhes descritivos que ocupam pouco mais de 400 páginas dependendo da edição, Capote escreve com maestria todo esse caso e traz um ar (ao meu ver) mais humano para os assassinos, que apesar do crime grotesco que cometeram, te faz criar uma certa simpatia por eles.

É meio questionável toda a escrita ser feita apenas da memória de Truman, mas como a obra é aclamada por muitos pela precisão, é de se admirar a capacidade do autor de reter na memória tanta coisa.

Também é bem notória a inclinação do autor à ?personagem? Perry, se tem muito enfoque nele, em seu passado e pensamentos. Em um momento temos transcrições de cartas sobre ele que ocupam aproximadamente 40 páginas, que seriam resumidas em poucas palavras, além de outras longas frase que senti serem repetidas durante a leitura, mas isso pode ter sido a tradução. Enfim, alguns alegam que Capote teve um ?relacionamento amoroso? com Smith e por isso o maior enfoque nele.. mas isso são suposições.

No geral eu adorei a obra, tenho pequenas ressalvas como dito a cima. O tempo que levei pra finalizar a obra me deixou em agonia pois em alguns momentos eu ficava em tédio completo e em outros em transe frenética me deleitando com os detalhes da escrita.

Recomendo para faz de true crime!
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Fernanda.Rettore 10/08/2023

Um Romance Criminal Para Ter Pesadelos
"A Sangue Frio" é um livro de autoria de Truman Capote, um escritor, roterista e dramaturgo norte-americano. Foi publicado em 1966 e logo considerado um marco na literatura do gênero não-ficção, conhecido como "romance de não-ficção".

O livro conta a história real e chocante do assassinato da família Clutter, no Kansas, ocorrido em 1959. No início do livro, Capote relata detalhadamente o assassinato brutal dos quatro membros da família, e em seguida, acompanha de forma minuciosa a investigação policial, a captura dos criminosos e o julgamento.

Capote mergulha nas vidas das vítimas, descrevendo suas personalidades, sonhos e aspirações, para então introduzir os assassinos, Richard "Dick" Hickock e Perry Smith. O autor explora a psicologia dos criminosos, construindo um retrato profundo dos assassinos e do impacto que o crime teve sobre a pequena comunidade em que ocorreu.

"A Sangue Frio" é um livro que vai além de uma simples narrativa criminal, pois Capote investiga as complexidades emocionais dos personagens. O estilo literário do autor é caracterizado por uma prosa detalhada que cria uma atmosfera de tensão e agonia ao longo da narrativa.

No geral, a obra discorre sobre a complexidade dos seres humanos, principalmente sobre a consciência dos assassinos, para tentar descobrir suas motivações. É uma leitura perturbadora, que deixará os leitores imersos em um mundo de suspense.
Gessyka.Loyola 10/08/2023minha estante
Resenha incrível, quero muito ler esse livro! ?????


Fernanda.Rettore 12/08/2023minha estante
Obrigada, Jessika :D eu particularmente não gostei muito Hahah mas não é o estilo que curto.


Fabio 15/08/2023minha estante
Adorei a resenha, Fernanda!
Parabéns!


Fernanda.Rettore 22/08/2023minha estante
Obrigada, Fabio!! Adoro as suas também.


Jardim de histórias 27/08/2023minha estante
Show Fê!




Vinicius Ciongoli 06/08/2023

Clássico
O maior clássico do jornalismo literário e uma obra prima que te faz apaixonar-se pelo gênero de não ficção mas ao mesmo tempo te faz sentir péssimo pela história narrada e pela narração extremamente crua e verdadeiramente.

O livro que me fez estudar jornalismo na faculdade.
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Lorena.Mireia 27/07/2023

Um fenômeno do Jornalismo Literário
A Sangue Frio, de Truman Capote, narra um crime hediondo que ocorreu em 15 de novembro de 1959, na pacata cidade de Holcomb, situada no estado do Kansas, EUA. O cenário é a fazenda River Valley, propriedade de um honesto e estimado cidadão: o Sr. Clutter ? sujeito bondoso, corajoso e de conduta moral irrepreensível. A sua esposa, Bonnie, lida com o estigma social causado pela depressão, lutando com seus próprios demônios enquanto sua sanidade mental é continuamente posta em dúvida pelos vizinhos. O casal tem quatro filhos, sendo que apenas os dois mais novos residem com os pais: os jovens Nancy e Kenyon ? ambos cheios de sonhos e perspectivas para o futuro, sobretudo, Nancy, a queridinha da cidade, moça prestativa, solidária e imbuída de diferentes talentos. Os dias seguem o curso normal dos acontecimentos até que, inesperadamente, numa aterradora madrugada de sábado, a família Clutter é surpreendida por uma dupla de atrozes bandidos, os quais tencionam roubar um cofre ? todavia inexistente na casa ? e assassinar todos os membros. As vítimas foram amordaçadas, amarradas, sofreram terror psicológico, e no fim, foram exterminadas com tiros de espingarda.
O terrível caso, sem precedentes na cidade, alarmou a população e a imprensa. Amedrontados, os vizinhos trancafiavam-se em suas casas, amargando o temor de serem as próximas vítimas. Os agentes policiais trabalhavam incessantemente para desvendar os mistérios e prender os culpados. Parecia um crime perfeito, sem pistas contundentes, sem testemunhas oculares, sem vestígios concretos. As autoridades já haviam perdido as esperanças e a pressão pública era crescente. Contudo, um personagem-chave entra na história e revela aos policiais os nomes dos criminosos: Perry Edward Smith e Richard Eugene Hickock.
No ponto da narrativa em que os culpados são capturados, conhecemos a história de vida de cada um, as personalidades opostas ? Hickock, um indivíduo desbocado, debochado e contador de piadas indecentes; e Perry, um sujeito retraído, calado, revoltado e ressentido com o mundo por vir de uma família desestruturada.
Capote os visita regularmente na prisão e recolhe material suficiente para escrever um baita livro. O autor alcança a proeza de uma narrativa imparcial, inteiramente desprovida de julgamento ou de clemência. Ademais, apresenta uma escrita fluida, tão envolvente e eletrizante que a sensação despertada no leitor é exatamente a mesma ao ler um romance policial. Capote mostra o profissionalismo de um jornalista ao narrar uma história real e a sagacidade de um mestre da literatura ao utilizar elementos de prosa ficcional. Um dos melhores livros que já li na vida!!!
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