Luciana Mara 21/05/2011Sophie tem 15 anos e acabou de fazer uma grande burrada: um feitiço de amor.
Mas não, não foi para ela! O que nos leva a pensar porque uma atitude tão altruísta seria uma tremenda burrada, correto? Tudo estaria ótimo se ela não tivesse feito o cara mais popular do colégio ficar completamente apaixonado pela garota mais nerd da escola no meio do baile de formatura. Depois de armar uma tremenda confusão e de ser acusada publicamente de bruxa pela nerd só haviam duas saídas para a garota:
a) fugir novamente
b) ir para Hecate Hall
Mas desta vez não havia escapatória. Durante anos, a mãe de Sophie (que era humana) tentou preservá-la, mantendo-a longe do mundo mágico, mudando de cidade sempre que algo estranho acontecia. Porém, por interferência do pai da garota, um grande feiticeiro que ela não conhecia, seu destino estava selado: a bruxinha ia para o reformatório Hecate Hall. Lá estudavam todos os tipos de prodígios, desde de fadas, metamorfos e lobisomens até vampiros!
E por mais que a mãe de Sophie tivesse estudado sobre o assunto e contasse para a garota coisas do mundo mágico, nada a tinha preparado para o que iria encontrar e enfrentar. Hormônios em ebulição e uma paixonite pelo gato do colégio, Archer Cross, encarar a ira das três bruxas mais populares da escola ao negar entrar para o coven delas (sendo a bruxa-chefe a namorada de Archer) e dividir o quarto com a única vampira da escola de quem se tornou amiga, mas que era a estudante mais odiada de Hex Hall, eram seus problemas básicos.
Sophie ainda tinha que dominar seus poderes, investigar o passado e o pior: acompanhar a repercussão e temer novos ataques aos estudantes do Hecate Hall. Eram muitas coisas para uma bruxa só! Fora desconfiar que algum integrante de um antigo grupo que atacava prodígios (L'Occhio di Dio) estava mais perto do que parecia.
Ufa! Mais problemas que Sophie só mesmo em um livro de cálculo ¬¬ (saudade nenhuma, melhor destacar) e para descobrir as soluções dos problemas, só consultando o livro do professor (que eu tinha em pdf), ops, contei o segredo errado! Para descobrir as soluções dos problemas de Sophie (se é que todos têm solução) só lendo Hex Hall.
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Sabe aquele tipo de livro que te prende desde o início, que você quer logo desvendar os mistérios, quer ler um pedacinho até mesmo no curto período de tempo (cerca de 2 minutos) entre entregar a carteirinha para a recepcionista e esperar seu nome ser chamado para fisioterapia? Assim foi a leitura de Hex Hall e por uma simples razão: a protagonista!
Sophie é autêntica, esperta, destemida, verdadeira, o tempo inteiro defende seu ponto de vista e seus amigos e o melhor, ela é super/mega/ultra engraçada.
O jeito que a Rachel escreve, cheio de um humor inteligente, lembra um pouco a escrita de Rick Riordan, com uma grande ressalva: enquanto o tio Rick aprofunda na história, na descrição do cenário acho que a Rachel pecou um pouco.
Todo mundo sacou que eu adoro comparar os livros, e não adianta, farei isto eternamente. Mas sem detalhes da escola, das aulas, dos estudantes é impossível criar uma atmosfera tão envolvente como em Harry Potter, por exemplo. Eu gostei de Hex Hall, mas acho que o livro poderia ter sido melhor.
E outra, vai chegando um ponto que você fica tão viciada em literatura fantástica, mas tão viciada que alguns desfechos você já prevê. E isto aconteceu comigo (porque lembrou coisas que acontecem em Noite Eterna – lá vai eu comparar de novo ¬¬) e pode ter sido o motivo de eu não espantar com algumas conclusões.
Ahhh... E quanto ao romance? Eu acho que caia bem mais um pouquinho, né?! Mas este é só o primeiro da série. Ainda tem Demonglass, 2º livro da série, ainda não lançado no Brasil.
Recomendo ^^
Mais em: http://toclivros.blogspot.com/2011/05/60-hex-hall-rachel-hawkins.html